Percy Jackson - em - A Busca Das Semideusas escrita por Sra Rockwell


Capítulo 17
Capítulo 17 - Segredo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/174620/chapter/17

Pov. Percy

A sala dos tronos continuava exatamente a mesma que eu me lembrara. A não ser por um deus que parecia, surpreendentemente, pensativo. Ele veio em nossa direção em seu tamanho humano.

—Como está minha filha? – Zeus abraçou Thalia.

—Bem, pai...

—Soube que desistiu de ser caçadora. – ele disse levemente zangado. – Gostaria de entender o motivo.

—Eu não queria mais, apenas isso. – disse simplesmente.

—Se é o que quer. – ele mexeu uma sobrancelha, indiferente.

—Obrigada... eu acho. – Thalia agradeceu, em dúvida.

—Quiron. – Zeus o cumprimentou. – Espero que esteja tudo bem no acampamento.

—Zeus. – falou de volta. – Sim, tudo corre normalmente.

Ele virou-se para mim.

—Perseu.- disse. – Não tem causado problemas a Quiron espero.

—Não foi que nos chamou aqui? – perguntei confuso.

—Pare de enrolar pai, fale de uma vez. Aposto que eles tem suas coisas a fazer. – Apolo disse exasperado.

— Fala isso unicamente porque está curioso. – Zeus o repreendeu. – Não porque realmente se importe com eles.

—Me ofende com essas palavras pai. Claro que me importo. – Apolo dissimulou surpresa.

—Parem. – Thalia disse irritada. – Porque nos trouxe aqui pai?

—Tenho uma pergunta a vocês. – ele voltou a ser o poderoso Zeus. – É sobre Ártemis e o segredo.

Thalia e eu nos olhamos. E Zeus suspirou exasperado.

—Há anos Ártemis me esconde um segredo. E ela jurou pelo Estinge que se um dia eu tivesse realmente que saber, um dos filhos dos 3 grandes teria que morrer. Eu adiei tanto porque achei que achava que era você, Thalia. Mas então o filho de Hades morreu e o jogo mudou de figura. – disse Zeus. – E soube que um de vocês sabe.

—Eu nem sabia desta história.- falei.

— Nem eu. –Thalia disse.

—Falem logo, tem coisas a fazer.- ele começou a irritar-se.

—Pare de incomoda-los pai. – Lady Ártemis disse aparecendo de repente. – Eles não sabem.

—Quiron disse que um deles sabem. – Zeus disse.

—E é verdade. – Ártemis começou. – Nico sabia disso. Foi essa a causa de sua morte. – ela virou-se para Thalia e eu. – Era por isso que Quiron estava tão receoso em manda-los na missão. Sabia que um de vocês morreria.

—Depois de tanto tempo, ainda tenho muito apreço pelos meus campistas. – Quiron colocou a mão em nossos ombros.

—E então...?- disse Thalia.

—A questão é que eu tenho um filho.- disse calmamente.

—Como assim tem um filho?! –Zeus estava pasmo.

—Isso é simples pai. Eu sempre vi todos os outros deuses terem vários filhos e na maioria das vezes, não dar atenção e nem importância a isso. Então, sempre pensei que se algum dia eu tivesse um filho, cuidaria dele e daria a atenção que um filho realmente precisa. Mas eu sempre soube que isso era impossível, já que fiz meu juramento de permanecer virgem. E não quebrei esse juramento. – disse Ártemis. – Com toda essa tecnologia de hoje em dia, descobri que podia ter um filho por inseminação artificial e continuar virgem. Até mesmo o parto foi por cesariana. Então pai, não se preocupe, eu não quebrei meu juramento, e nunca farei isso. – terminou a deusa.

Zeus realmente parecia surpreso. Ele não parava de olhar Ártemis sem conseguir dizer nada. Apolo murmurou um “uau’’ e permaneceu quieto. Eu pisquei algumas vezes, tentando assimilar o fato.

—Como Nico soube disso?- Thalia perguntou se recuperando da noticia.

—Fiquei sozinha durante todo o tempo que estive grávida, apesar da gestação das deusas ser acelerada. Nunca parei de caçar durante esse tempo. E em uma dessas caçadas, de repente, e eu ainda não sei porque isso aconteceu, Nico Di Angelo sai das sombras e descobre esse fato.- disse ela a Thalia.- Quando tentei usar a Névoa para faze-lo esquecer isso, ele fugiu de mim. E fugiu por muitos meses. Quando o encontrei novamente, o fiz jurar pelo Estinge que nunca contaria a ninguém. E foi o que ele fez. Só que junto a esse juramento de um dos filhos dos três grandes morrer, seria o primeiro a descobrir.- ela virou-se para Zeus.- Então pai, isso não tem a ver com o dia em que o senhor realmente devesse saber, mas sim ao primeiro a saber.

— Então porque Nico não morreu na época em que descobriu isso? – perguntei.

— Isso é mais uma cláusula do juramento. O semideus somente morreria quando houvesse risco de mais alguém descobrir isso. Ou seja, se minha filha Lara morresse, todos descobririam a verdade.

— Tanta coisa para apenas um juramento. – falei baixo.

—O juramento de um deus é muito mais complicado do que imagina Perseu.- Ártemis virou-se para mim.

— E porque você não queria que ninguém soubesse mana?- Apolo perguntou.

— O que acha que aconteceria se todos soubessem Apolo?! – Ártemis irritada. “A deusa mais correta do Olimpo achando brechas em um juramento antigo para realizar mais um capricho?” – ela respirou fundo. – Onde vai parar minha credibilidade? Vou ter que lidar com isso agora, muito obrigada .

—Lady Ártemis, a senhora sabe o quanto gosto da senhora, e o quando me dediquei durante todo o tempo estive na caçada. – Thalia realmente parecia transtornada. –Mas não acredito que Nico teve que morrer para que não tivesse que contar isso e manter esse segredo idiota. –acho que Thalia não estava tendo noção do perigo. – Nico morreu por causa disso. Mas a senhora nem está se importando com isso não é? – ela passou a mão na testa, visivelmente frustrada.

—Escute aqui Thalia...- Ártemis começou.

—Saiam daqui, todos vocês. – Zeus que esteve quieto durante esse tempo, gesticulou para Apolo e para nós.- Precisamos conversar Ártemis.

—Vamos pessoal.- Apolo disse fazendo com que uma luz crescesse a nossa volta.

Quando abri os olhos novamente, estávamos dentro da casa grande, no acampamento. Thalia saiu correndo dali. Eu estava completamente abismado com a conversa de segundos atrás. Os deuses sempre poderiam ser os piores. 

Ela entrou em seu chalé rapidamente, batendo a porta. Pouco depois, parei na frente de sua porta. Respirei fundo e bati na porta.

—Seja quem for, vá embora! – ela gritou.

—É o Percy, Thalia. Quero falar com você. – falei.

—Não quero falar com ninguém, não entendeu? – disse mais calma.

—Eu só quero ajudar você...

Ela abriu a porta de repente, me interrompendo. Seus olhos estavam avermelhados e inchados.

—Entre.- eu obedeci.

Ela colocou a mão na testa. Respirou fundo e virou-se para mim, que estava sentado em sua cama.

 

—Agradeço sua preocupação, de qualquer forma. – ela deu um sorriso simples. – Mas não acho que eu possa precisar de sua ajuda. Da ajuda de ninguém, alias.

Levantei de sua cama e parei na sua frente. Ela olhou para mim.

—A morte de Nico afetou a todos. Mas tenho certeza Thalia, ele gostava de muito de você.

—Ele não precisava morrer, Percy. - ela disse, chateada. - Tudo isso por um juramento assim?

Ela me encarou por um segundo e uma lágrima escorrei de seu rosto. Eu a abracei forte. Ela largou-me e passou as mãos no rosto.

—Você é uma boa pessoa, cabeça de algas.- ela balançou meu cabelo e sorriu.

—Você também, cara de pinheiro.

Ouvimos ao longe o trombeta que chamava os campistas para o inicio da caça a bandeira.

—Melhor irmos. – disse ela. Antes de abrir a porta, ela virou-se para mim. –Se contar a alguém que me viu chorando, eu te mato. –disse para mim. – E estou falando sério.

Thalia iria ser sempre a Thalia. Mas era melhor não arriscar.

Fomos ao encontro dos outros campistas e logo Quiron fez a divisão de chalés.

Ao som da trombeta, todos correram para a floresta. Que comece o jogo.

 

Pov. Thalia

Eu estava escondida atrás de uma árvore, esperado o momento certo de atacar um filho de Ares, que estava acompanhado de mais uns cinco irmãos.

Eu não conseguia parar de pensar no que acabara de fazer. Não podia ter chorado na frente de Percy! Apesar de ele ser meu amigo, não queria parecer vulnerável.

O campista finalmente ficou sozinho. Ele era grande e forte, e como todos os filhos de Ares, tinha raiva na expressão. Olhei em volta, e não vi ninguém. Segurei firme minha espada, e quando levantei-me e iria sair das sombras para ataca-lo, alguém tapou minha boca e puxou meus braços para trás, imobilizando-me.

—Largue a espada. – sussurrou em meu ouvido. Não reconheci a voz. Me debati. – Nem pense nisso.

Larguei a espada receosa. Estava calculando qual eram as chances de eu me soltar dele.

—Agora, preste atenção: Isso é um sequestro. - ainda não tinha reconhecido a voz, apesar de ter percebido que era masculina e jovem. – não faça nada, ou vai se machucar.

A garoto moveu-se de modo com que andássemos dois passos para trás.

Senti algo bater forte em minha cabeça, e de repente minha visão escureceu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Percy Jackson - em - A Busca Das Semideusas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.