Próxima Vítima escrita por Anny Andrade


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem dessa one simples.



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Quase posso tocar a pele dele, se não fosse pelos metros que nos separam, se não fosse pelo medo que me mantém aqui. Pode parecer incrivelmente estranho, mas eu gosto de ficar observando o jeito dele. O jeito como sorri de tudo e para todas, o jeito que mexe no cabelo tentando conseguir um pouco de atenção. Eu gosto de observar como ele sempre consegue me surpreender. E eu gosto de fingir que nada disso faz com que eu me sinta mais viva.

     Aquela idéia de que opostos se atraem me interessa, porque somos opostos, e porque ele me atraiu a partir do momento que descobri que garotos idiotas atraem garotas inteligentes. E que garotas como eu jamais vão ter seu famoso final feliz, não com garotos como ele.

     Fecho os olhos tentando me concentrar na poção em minha frente. Essa sempre foi uma das minhas aulas preferidas, o que é estranho segundo o histórico de incidentes de toda minha filha com tal matéria. O que me atrai são os cheiros diferentes, e os ingredientes misturando-se e criando formulas maravilhosas. São tantas poções para tantas utilidades que é impossível não se envolver.

     Essas aulas me lembram das férias quando me sento na cozinha e fico observando meu atrapalhado pai tentando cozinhar e criando as coisas mais estranhas e gostosas do mundo. Tudo muito diferente das comidas balanceadas e chatas que mamãe sempre nos obrigou a comer. Faz bem para a saúde ela diz, faz mal para o estomago meu pai brinca. Concordo com ele. E aproveito cada segundo aqui na escola. Hogwarts possui uma das melhores comidas que já provei. Perdendo apenas para a da vovó e do papai. Eles são incríveis na cozinha. Quem sabe um dia eu chegue lá.

     Ninguém me vê como essa garota. Essa que gosta de poções, que observa ele, que pretende cozinhar e que trocaria tudo por uma boa música. Sou mais a garota que gosta de estudar, que coleciona livros, e que sempre segue as regras. O que posso fazer se eles não me conhecem? Eu sei quem sou e sei o que quero ser. Quero ser tão feliz quanto meus pais são, e quero realizar um terço daquilo que eles realizaram.

     E quero um amor. Sejamos sinceros todos querem isso, até mesmo aqueles que negam veemente. Eu faço parte desses e detesto quando me perguntam sobre ele. Eu prefiro fingir que somos assim: Ele o cara errado e eu a garota certa. Nunca iríamos nos misturar, essa era a regra. Minha única regra.

     — Espero que consigam fazer trabalhos dignos e que as duplas permaneçam como dividi. Não irei aceitar mudanças. — O professor está falando sobre o que? Trabalho? Duplas? Possivelmente eu perdi alguma coisa, eu estava um pouco distraída reparando em como Hogwarts deveria ter aulas mais diversificadas.

     — Possivelmente nosso trabalho será o melhor de todos não? — Certo essa voz não deveria está tão próxima a mim. Estou começando a imaginar muito mais intensamente. O que não pode ser algo bom. Será que em pouco tempo estarei maluca? — Hei, Weasley... — Sinceramente acho que não é imaginação, está soando tão real. Melhor erguer a cabeça e encarar a realidade. Ele está aqui parado em frente a minha carteira, e está sorrindo. Possivelmente me achando alucinada.

     — Malfoy... — Eu respondo com desprezo, algo que herdei da minha mãe, ela consegue ser fria nos piores momentos, nunca com me pai, mas que ela tenta eu sei que tenta. — Desculpe, mas o que está falando?

     — Do nosso trabalho. — Ele respondeu tão seguramente, ignora por completo meu desdém. Mas o que estou pensando? Ele é um Malfoy. Ele é o rei do desdém. — Em como possivelmente será fácil e receberá uma ótima nota.

     — É... Tanto faz... — Eu respondo finalmente conseguindo me mexer, o efeito do olhar acinzentado passou. E mesmo com o coração um pouco acelerado e as pernas ligeiramente moles eu consigo me colocar em pé e juntar meus livros em uma torre mal arrumada.

     — Tanto faz? — Ele questionou com uma voz completamente nova. Eu não conhecia esse sorriso também. Algo me diz que estou me deixando levar pelo jeito dele. Foco é a melhor escolha. — Está mesmo falando isso? A melhor aluna de Hogwarts? A brilhante e doce Rose Weasley está dizendo que tanto faz? Me belisca porque definitivamente tomei muita cerveja amanteigada antes de vim para a aula. — Doce? Eu sou doce? Olha eu realmente não esperava por isso. Pelo resto sim. Pelo melhor aluna, que de fato sou. Seja filha de Hermione Granger e tente ser uma aluna média, não daria certo. Mas eu sou doce...

     — Malfoy não preciso das suas brincadeiras... O professor já avisou que não poderemos trocar de parceiros... — Eu respondo. Sou durona. Será que eu deveria sorrir? Não precisa o sorriso dele já é luminoso suficiente, o meu apenas seria uma distração desnecessária. — Só precisamos marcar uma hora para o trabalho e resolvemos isso.

     — Rose, anda muito irritada. Relaxa... — E ele voltou a sorrir de um jeito que eu não conhecia, e eu conhecia cada sorriso dele. Eu observava todos os romances começarem e terminarem na velocidade da luz, e esse sorriso era definitivamente novo. E uma aproximação está começando a me incomodar. E meu rosto está tão quente, daqui a pouco minhas orelhas ficaram tão vermelhas quanto sangue, por sorte meu cabelo as cobre evitando um outro constrangimento. — Que tal depois do almoço? Te espero na biblioteca. — Scorpius Malfoy acaba de dar um soquinho em meu braço. Pode ter uma saudação mais masculina que essa? Ele acha que sou um garoto? Oras...

     — Não se atrase. — Respondo com um certo tom de raiva. Ele poderia não ter me tocado, seria bem melhor que esse soco idiota no meu braço. Passo por ele sem olhar para trás, garoto idiota.

     Minha próxima aula é de herbologia e por sorte não preciso voltar a ter aquela distração novamente. Por sorte não precisarei absorver o perfume enjoado e nem ouvir a sotaque arrastado dele. O professor poderia ter me colocado em qualquer outra dupla. Um soco no braço, inacreditável. E depois cumprimentou Lily com um beijo no rosto. Odeio o fato de meus primos serem amigos dele, tanta gente nessa escola e eles escolheram justamente o idiota de plantão para ter como amigo. James me disse que possivelmente era rebeldia, provocar os mais velhos da família.

     Eu até acreditaria nisso, se no caso Hugo fosse amigo dele, meu pai realmente iria se sentir afrontado. Não que ele odeio Scorpius, porque afinal ele não o conhece e não sabe que ele me deu um soco no braço. Só acredito que seja pelo fato dele ser um Malfoy, especificamente o fato de ser filho de Draco Malfoy. Pensar nisso me faz lembrar tanto de Romeu e Julieta e um fato sobre mim é que adoro estórias trouxas, mas detesto essa.

     Começo a perceber que replantar mandrágoras pode ser muito desestressante e até penso como seria interessante deixar uma de presente para Scorpius, quem sabe um dos gritos me livrasse uma vez por todas dele. E dos sorrisos e olhares que me fazem perder qualquer atenção que eu tenha. Tantos garotos para me apaixonar e escolho justamente a opção errada. Isso deve ser praga da Lily só porque sei que ela nutre uma paixonite por meu irmão.

     — Rose... Queria a aula acabou... — E agora o professor possivelmente ficará preocupado comigo, como a melhor aluna está tão distraída? Parabéns querida, você é realmente um gênio dos disfarces.

     — Desculpe professor somente me distrai um pouco, as provas estão se aproximando. — Resposta certa. Provas atormentam todos os alunos até mesmo os tidos como melhores.

     — Tudo bem, e não se preocupe é uma excelente aluna. — Gosto da professor ele é simpático, na verdade gosto de todos os professores, mas Neville é quase da família.

     — Obrigada... — Dou um sorriso verdadeiro. Só que me faltava ele comentar com meus pais sobre meu jeito distraído. Do jeito que eles são aparatariam de alguma maneira até aqui e fariam um drama imenso. — Preciso ir...

     Saiu rapidinho da estufa, e caminho lentamente de volta para o castelo, faltam alguns minutos para o almoço e posso me dar o prazer de andar próximo ao lago. Essa escola é realmente muito bonita e quando o outono chega ela fica ainda melhor. Gosto tanto de ver as folhas secas caindo pelo chão e sentir o vento acariciando meu rosto. Talvez essa seja a estação que mais me ajuda a respirar.

     Só existe uma coisa que não gosto no lago. Os casais. Todos eles ficam em volta da água não sei se esperando que o outro morra afogado ou esperando se afogarem nos beijos que trocam. O que mais detesto é que ele sempre está lá. Sempre de mãos dadas. Sempre brincando e rindo. Nunca é comigo.

     Na hora do almoço eu já sentia meu estomago embrulhado, mas estava preparada para o ritual de sempre. Meus primos, meu irmão e toda a grifinória falando alto e contando sobre as últimas novidades do mundo bruxo. Lily sempre fora a mais informada, sempre sabia do que acontecia na escola e fora dela. Algo que realmente me assustava.

     — Dizem que o Malfoy terminou com a Grey... — Ela faz de propósito, eu sei que ela faz. Por isso eu vou ignorá-la. Como o meu empadão está gostoso, mas prefiro os de frango e não de carne. — Dizem que ele está apaixonado... Por uma garota... Mas ela não dá nem bola para ele... — Sério, deveria ser permitido ataques a primas malucas. Quem sabe um cruciatus pudesse fazer com que ela calasse a boca. Maldições imperdoáveis deveriam ser perdoáveis.

     — Lily... Está atrapalhando meu almoço. — Se eu não falasse nada ela possivelmente continuaria falando e falando e me irritando. Não que eu acredite que isso a fará calar a boca. Eu sei que não fará.

     — PRIMA! — Gritos, por que eu mereço isso? Por quê? — Rosinha do meu coraçãozinho amado, como pode se fingir de desinteressada? Scorpius Malfoy não está namorando com Grey... E está apaixonado... Essa é a fofoca do século. — Sério... Por quê? Por que eu mereço isso? Sempre fui uma boa garota, não merecia passar por isso.

     — Scorpius nunca namora, ele usa as garotas o que tem de novidade nisso? — Respondo sentindo que a comida não irá chegar em segurança no meu estomago, resolvo me dedicar ao bolo de chocolate recheado que surgem em minha frente como se os elfos lessem meu pensamento.

     — Nisso não tem nada, mas no fato dele está apaixonado... — Lily estava batendo as mãos. Sim batendo palmas de êxtase. Eu devo ter feito algo muito ruim em outra vida, não que bruxos acreditem nisso, ou deixem de acreditar... Enfim, estou ficando confusa.

     — Isso deve ter sido somente uma desculpa para ele se livrar da garota e procurar uma nova vitima... — Eu tenho toda uma teoria para explicar atitudes como às de Scorpius. E todas as minhas teorias são excelentes. Só que ele está vindo em minha direção. Não em minha, mas na direção da mesa da grifinória. Ele passou pelas primeiras dez cadeiras e continua andando, realmente parece que está vindo em minha direção. E o sorriso novamente, é a terceira vez que me vejo hipnotizada por aquele sorriso maldito.

     — Rose te espero na biblioteca. — Talvez ele realmente estivesse vindo em minha direção, talvez eu estivesse me perdendo naquele andar, naquele sorriso, naqueles olhos, talvez eu não saiba mais onde estou. Só que foi tão rápido, quase posso jurar que vi seu olho piscando para mim. Estou começando a delirar, e isso é tão triste. Tão nova e com tantos problemas mentais.

     — Eu conheço a próxima vitima. — Lily está falando e eu certamente não sei do que se trata. Eu não sei de mais nada agora, só sei que ele possui o perfume mais delicioso do universo, tão intenso que quase me deixou tonta. — Ei... Próxima Vitima, ainda está viva?

     — Lilian Luna, quietinha... — Eu digo chamando-a pelos dois nomes, o que resolve o problema. Não que ela não goste dos nomes, mas prefere o Lily porque diz ser menos sérios e carregar menos responsabilidade. Afinal todos sabem que Lilian é o nome da vó dela e que Luna lutou na grande guerra com nossos pais. É a mãe do amigo estranho do meu irmão.

     — A verdade sempre dói... — Minha prima resmungou rindo e eu senti novamente a vontade de usar uma das maldições imperdoáveis, que minha mãe não saiba disso. Ela abomina essas coisas, e não a culpo, não depois de tudo que eles passaram, não depois de tudo que ela passou.

     Simplesmente acho melhor me levantar sem responder absolutamente nada. Seria bastante humilhada por ela para continuar com essa historia. O rostinho meigo e angelical da ruivinha que tenho como prima pode ser confundido com pureza, mas eu sei o que se passa na mente dela, e não é nada puro e nem delicado.

     Quando chego na biblioteca lá está ele sentando em uma das mesas afastadas, com a cabeça sobre os livros, não acredito que esteja dormindo. É pedir demais que os defeitos dele parassem na questão da galinhagem? Dormir sobre livros é péssimo. Só me resta suspirar e caminhar de encontro a ele. De encontro à mesa cheia de papeis e canetas.

     O que me surpreende é que antes de chamar, antes de sequer mexer nas cadeiras para poder me sentar ele levanta o rosto. Foi como se soubesse que eu estava ali, como se estivesse vendo por entre os braços que escondiam seu rosto. E eu confesso que estou um pouco encabulada com o olhar dele, e que estou confusa com o que tenho que fazer.

     — Não me atrasei. — Ele sorri. O mesmo sorriso de antes, um sorriso novo, mas que me deixa completamente perdida. Ele não parece aquele garoto errado, não nesse momento. Eu me sento finalmente e coloco meus cadernos sobre a mesa na tentativa de me concentrar em outra coisa, na tentativa de fugir dos olhos dele. — Veja como sou responsável. — Ela está brincando. Está sendo simpático. E está olhando para mim, só pra mim. Eu estou alucinando. Tenho certeza que sim.

     — Parece que sim. — Respondo me ajeitando na cadeira. Não sabia que tê-lo tão perto fosse tão desconfortável. Não sei o que falar, não sei nem o que pensar. Estou perdida. Perdida.

     — Para você ver como ninguém conhece ninguém. — Ele disse rindo. Eu gosto do barulho da risada dele. Gosto tanto que até me esqueço de respirar. — As aparências enganam Rose Weasley. — Ele disse de uma maneira tão sincera, de um jeito tão novo e tão único para mim. Será que ele poderia me beijar? Um beijinho que fosse? Eu aceitarei ser a próxima vítima, nesse momento eu praticamente me sentia assim.

     — Enganam? — Eu pergunto o encarando. Encarando realmente, como nunca havia encarado. Sinto a tensão entre nós, e ele apenas sorri. Vejo sua pele branca ganhar um vermelho claro, quase rosa. E quando passa a mão pelo cabelo constrangido percebo que está procurando a resposta certa. Mas ela parece tão obvia.

     — Enganam. — Ele responde e suspira. Seu suspiro é tão longo, tão profundo, eu quase o sinto na minha garganta. — Acredita mesmo nessa fama que me acompanha? — Ele se aproxima da mesa, se aproxima de mim. Eu me perco nos atos e acabo me aproximando também, disposta a escutar uma teoria. A teoria dele. — Acha mesmo que faço vitimas? — Como ele sabe sobre isso? Obvio. Todas as meninas comentam das relações que ele tinha, todos sabiam da fama de destruidor de corações.

     — Não sei... Talvez as vitimas que procurem você... — Respondo atônica. Sei que ele faz vitimas, olha só para mim. Estou completamente apaixonada, estou completamente entregue. Ele somente não sabe disso, ele somente ignora isso. Talvez eu realmente seja uma ótima atriz.

     — Queria que realmente acreditasse nisso. — Ele está sorrindo. E se afastando da mesa. Também me afasto enquanto tento entender até onde essa conversa vai nos levar. Sinto que a lugar nenhum. Ele só está sendo legal. Sendo Scorpius Malfoy o garoto popular da sonserina. — Não faço vitimas, e essa fama não demonstra em nada a minha realidade. — E agora ele está rabiscando coisas em folhas em branco. E eu estou completamente confusa. Torcendo para que o que ele diz seja verdade, mesmo que eu não acredite nela. — Que tal começarmos? — Ele sugere e eu apenas balanço a cabeça concordando.

     Nunca acreditaria se me contassem, mas Scorpius é muito engraçado e muito bom com poções. Achei que teria que fazer tudo sozinha, mas eu praticamente não fiz nada, eu apenas corrigi os erros gramaticais e as vírgulas. Estava começando a entender o porquê dessa paixão absurdo, porque essa necessidade de ficar sempre observando os detalhes dele. Entendi o porquê de todas as garotas se sentirem atraídas. 

     — Foi divertido. — Ele diz esticando os braços e sorrindo para mim. Divertido? Foi simplesmente perfeito! E eu te amo loucamente. Obvio que não responderei isso. — Obrigado.

     — O que? — Não esperava por essa. Obrigado? EU não fiz nada. Além de julgá-lo e de querê-lo.

     — Obrigado por me deixar ser eu mesmo. — Ele se levantou sorrindo para mim. O sorriso. Aquele sorriso que eu descobri hoje. E ele se aproximou. Estava pronta para sentir o soco no braço, para ficar frustrada, para voltar a achá-lo um idiota. Mas o que recebo me deixa sem palavras. Será que não estou sonhando?

     Eu sinto que isso é um sonho. Porque sinto os lábios molhados dele sobre os meus. Sinto a boca dele macia se juntando na minha. Sinto o ar quente dele contra meu rosto. Eu sinto meu coração parando, e meus olhos fechados evitando encarar os olhos azuis dele. Sinto que poderia morrer exatamente ali. E sinto ele se afastando. O selinho foi desfeito e enquanto ele saia da biblioteca a passos lentos. Eu não consegui fazer nada.

     Ainda estou na biblioteca, ainda estou sentada e ainda estou tentando acreditar naquilo que havia acontecido. Finalmente sinto o ar voltando para meu cérebro, sinto que finalmente posso me mexer. E tenho certeza de que foi tudo real. Ele realmente selou meus lábios.

     Estou pronta para sair, quando encontro o papel que ele rabiscou. Estou pronta para encontrar palavras soltas, para encontrar desenhos estranhos, mas o que eu encontro não é nada do que eu esperava. Em uma letra fina e garranchosa eu leio.

     “Ouvir dizer que Scorpius Malfoy está apaixonado... Ouvi dizer que ele cansou dessa fama que o cerca... Ouvi dizer que ele não faz vitimas... Ouvi dizer que ele ama as aulas de poções e o pior que também ama as aulas de canto... Ouvi dizer que ele anda sorrindo diferente... Ouvi dizer que ele está perto da garota mais perfeita da escola... Ouvi dizer que ela também não é como a fama que carrega... Ouvi dizer que seu sorriso é meigo e que seus olhos são lindos... Ouvi dizer que os pais dela são heróis, não é qualquer um que têm uma filha tão perfeita... Ouvi dizer que Scorpius Malfoy sempre quis beijá-la... Ouvi dizer que ela nunca o olhou dessa maneira... Eu ouvi dizer que Scorpius Malfoy vai tentar conquistá-la... Eu sei que ele a beijará e somente depois disso ela vai entender que... Scorpius Malfoy gosta dela desde o dia que a viu parada no embarque para escola.”

     Eu ouvi dizer que estou completamente boba, parada na biblioteca segurando uma folha de papel sem acreditar nas palavras existentes nela. Eu acho que Lily estava certa. Eu sou a próxima vitima e não me importo nem um pouco em me arriscar. Sabe aquele negocio de opostos que se atraem, isso me parece muito interessante, porque eu me atrai por ele, e incrivelmente ele se atraiu por mim.

The End.


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