Fortune Cookies escrita por PSaiko


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas consegui!
Depois de enfrentar bloqueios, desemprego, viagens, crises com chocolate -qqq o capítulo finalmente saiu!!!
E Fortune Cookies já comemorou um ano! Emocionada *___*~



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Teruo acompanhou o garoto até a entrada do apartamento, dizendo que ia esperá-lo entrar em segurança antes de ir embora. Quando o pequeno questionou sobre onde o mais velho morava, ele apenas sorriu de canto, indicando com a cabeça que entrasse no prédio.

Mal colocou um pé para dentro do apartamento e foi praticamente puxado para um abraço sufocante, enquanto o otaku conversava no telefone, avisando o primo que ele havia voltado pra casa e estava bem.

A seguir, o moreninho foi puxado até o sofá, tendo Shibuya ajoelhado à sua frente, enchendo-o de perguntas, querendo saber onde tinha ido, o que aconteceu e por que havia saído sem avisar.

Ryuutarou ficou zonzo com a abordagem direta e decidiu por continuar calado, apenas encarando o mais velho, até que ele decidisse o que queria saber primeiro. Ele havia dito que ia procurar Takeo, não foi? Se o mais velho não lhe deu atenção, não era culpa sua.

Ikeuchi encarava-o preocupado e o silêncio do pequeno apenas piorava sua ansiedade. Ergueu-se e puxou o garoto junto, olhando seus braços e pernas, procurando qualquer arranhão. Passou a mão por sua cabeça atrás de algum sinal de pancada, mas ele parecia intacto.

Depois de tanto vistoriar o moreninho, Ikeuchi acabou sendo afastando com um tapa e um resmungo de que estava perfeitamente bem.

_ Mas... Jac-

_ Não me chame de Jack! – pediu em tom baixo, mas ameaçador, fazendo o mais velho silenciar. Andou até o telefone sem fio, apertando a tecla de rediscagem e levando o aparelho consigo até o quarto, trancando-se do lado de dentro.

_ Tudo bem por aí, primo? – Arata atendeu o celular, pensando que Jin queria falar sobre o sumiço, mas não foi o mais velho quem respondeu a chamada.

_ Passa pro Shiro.

_ Como?

_ Eu. Quero. Falar. Com. O. Shiroyama.

_ Cl-claro... – Hayato encarou o telefone com estranheza, caminhando até o quarto e batendo de leve na porta antes de abri-la – Telefone pra você.

_ É o Ryuu? – o ruivo sentou-se num pulo, estendendo a mão para pegar o telefone e recebendo um aceno positivo em resposta – E aí?

_ Preciso te contar o que aconteceu comigo! – Asamura jogou-se na cama de barriga, balançando as pernas no ar enquanto enrolava uma mecha de cabelo entre os dedos.

_ Conta! Não, espera! – Takeo afastou o fone do ouvido e encarou Hayato – Um pouco de privacidade seria bom...

_ Ah... certo! Desculpe. – Izumi sorriu sem graça, saindo do quarto e fechando a porta atrás de si.

_ Pronto, pode falar! – o ruivo também se jogou na cama, apoiando os pés na parede e deixando a cabeça pender para fora do colchão, encarando o quarto de cabeça-pra-baixo.

_ Você não vai acreditar no que aconteceu! Eu conheci o cara mais perfeito do mundo hoje! – riu, balançando as pernas no ar.

_ Como ele era? Conta tu-do! – perguntou animado.

Ouvira Izumi-san falando no telefone com o primo dele, algo sobre o amigo ter saído de casa sem avisar e que já havia se passado algumas horas. Ficara preocupado quando o outro se ofereceu pra ajudar a procurar, porque talvez a situação fosse mesmo séria, mas agora tudo era passado. Ryuutarou estava com sintomas de paixonite aguda e ele não queria perder os detalhes.

_ Ele é alto, moreno... tem olhos muito bonitos! Sem falar no sorriso e no quanto foi legal comigo.

_ Perguntou o nome dele? Vão se ver de novo? – Takeo sentou-se rapidamente, dando pulinhos no colchão.

_ Não sei se vamos nos ver de novo... – mordeu o lábio, girando na cama.

_ Ah, droga! Pelo menos pegou o telefone dele? – perguntou contrariado, armando um bico e se jogando de cara no colchão. Se fosse com ele, com certeza teria abusado um pouquinho de um cara bonito dando bobeira por aí...

_ Não... eu nem mesmo tenho um telefone para ligar para ele sem ter alguém em cima de mim...

_ Hunf... verdade... – bufou contrariado, virando-se na cama e encarando o teto – Mas o que vocês ficaram fazendo?

* * *

Terminou de amarrar o cadarço do tênis, levantando-se da cama e se olhando no espelho do armário do quarto. As roupas de Izumi-san haviam ficado grandes, mas não podia usar a camiseta que ganhara a semana toda.

O cheiro de café já invadia todos os cômodos do apartamento, então não demorou muito em seguir para a cozinha, onde o mais velho terminava de fazer algumas torradas.

_ Ohayoo... – Takeo cumprimentou com um aceno, sentando-se numa das cadeiras e se servindo da bebida quente.

_ Ohayoo! – virou-se para encarar o ruivo com um sorriso bonito no rosto – Já ia te chamar pra gente sair, mas pelo visto, você levanta cedo quando quer. – estendeu-lhe um prato com algumas torradas, servindo outro para si e sentando-se de frente para o menor, finalmente olhando-o de verdade – Se precisar tem pente no banheiro.

O comentário saiu tão casualmente, mas foi suficiente para fazer o ruivo armar um bico. Arata só pode rolar os olhos e se contentar em terminar seu café.

Adolescentes e sua rebeldia...

No geral, o moreninho sabia que não podia reclamar daquele gesto infantil, pois, comparado com o dia anterior, havia notado uma grande melhora nas atitudes do garoto. Haviam combinado que ele não ficaria sozinho por ali, e também não iria para o apartamento de Shibuya. Como prova da sua confiança, iria levá-lo consigo para mostrar onde trabalhava e o que fazia.

Aquela notícia foi tão divertida para o ruivo quanto se tivessem dito que antecipariam o Natal.

E tê-lo ali, à sua frente, conversando e fazendo uma refeição juntos, podia ser considerado um grande passo entre os dois.

* * *

Ryuutarou foi colocado em uma cadeira ao canto da sala, com recomendações que não fizesse barulho, caso contrário o som sairia nas gravações. Ficou observando quieto enquanto Ikeuchi terminava de dublar um episódio de um anime desconhecido para si, balançando as pernas calmamente ao ritmo de alguma música que cantarolava.

Devia ter pegado o videogame do mais velho, assim teria com o que se distrair. E agora não podia interrompê-lo para pedir o jogo, seria errado atrapalhar o seu serviço. Por outro lado, Ikeuchi havia dito que o levaria pra conhecer outros dubladores assim que terminasse o seu trabalho, e só aquela perspectiva já o deixava bastante animado.

_ Vamos, Ryuu! – o pequeno piscou lentamente, erguendo o rosto para o otaku. Quanto tempo ficara perdido com seus pensamentos, repassando o nome de todos os dubladores que gostaria de conhecer?

Acenou em concordância, pulando do banco e seguindo o mais velho para fora da sala. Afinal de contas, não havia demorado tanto por ali. E nem estava sendo tão chato quanto imaginara.

A cada porta que passavam, Jin apontava na direção e dizia qual anime estavam dublando por ali e quem era as vozes por trás dos personagens.

Ryuu ouvia tudo atentamente, reconhecendo alguns dos nomes ditos, perguntando se poderia conhecê-los pessoalmente depois, ao que o mais velho dizia que poderia tentar um encontro.

O passeio poderia continuar calmamente se Asamura não tivesse visto... ele. Koyasu Takehito*.

_ Eu. Não. Acredito. – sua voz saiu baixinha e aguda, enquanto seus olhos, arregalados ao máximo, encaravam o homem que vinha em sua direção.

Ele com certeza havia morrido e estava cara a cara com Deus.

* * *

_ Kyaahhhh que fofinhooo!!! – gritaram as cinco vozes de uma só vez.

As garotas com quem o staff trabalhava se levantaram rapidamente, rodeando o ruivo, apertando suas bochechas e a pontinha do seu nariz, brincando com seus cabelos e pendurando em seus ombros, tratando-o como um verdadeiro bebê que precisava de atenção.

Arata já previa a hora em que Takeo ia surtar e afastar todas elas de perto, dizendo que não gostava e não precisava de tantos mimos, mas ao olhar novamente para o garoto, ficou chocado ao notar o sorriso satisfeito em sua face. Ele respondia às perguntas das meninas com um sorriso extremamente fofo pregado nos lábios, fingindo-se de encabulado, enquanto era mais e mais bajulado.

_ Filho da... ele tá gostando! – Hayato resmungou baixinho, apertando as mãos em punho – Galinha!

Ah, mas ele não ia deixar barato! Depois de toda aquela conversa sobre tratá-lo como adulto, dar um voto de confiança e deixá-lo morando consigo, aquela peste tinha a cara de pau de mostrar que gostava de ser tratado como uma criança?!

Aproximou-se com passos duros, respirando fundo e se segurando para não dar um peteleco no garoto, recobrando a calma antes de se dirigir às garotas.

_ Meninas, esse é o Takeo. O irmão dele é meu amigo e como está ocupado com o trabalho, ele vai ficar alguns dias lá em casa. – mais gritinhos histéricos antes que Hayato pudesse continuar falando – Combinamos que ele viria comigo para cá, mas vai se comportar, não vai?

A pergunta foi lançada diretamente para o ruivo, juntamente com um olhar de aviso.

_ Izumi-san, não faça essa cara feia! Vai assustar o Take-chan! – Mika*, a baterista e líder da banda, apesar da carinha de fofa, foi a primeira a intervir, postando-se entre os garotos.

E uma após a outra, elas acenaram em concordância, voltando a mimar o ruivo, mostrando claramente que Hayato era o vilão ali.


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Notas finais do capítulo

Continua...
Sobre a fic:
* Koyasu Takehito: dublador do Aya de Weiss Kreuz. Alguém mais quer surtar com o Jack? lol
*Mika: preciso falar que é a Nii? Ou seja, o resto da banda somos nós, PSaiko-girls.
E estamos quase em reta final... eu acho... Estou programando pra terminar a história nos próximos 3 ou 4 capítulos. Nada certo ainda, só uma previsão.
Espero que tenham gostado ^-^



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