Lonely escrita por lonelyofthedesert


Capítulo 25
Capítulo 25




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/174250/chapter/25

POV Harry

Quando os paramédicos a tiraram dos meus braços eu senti como se a tivesse perdido. Eu rezava com todas as minhas forças de que ela ainda estava viva e que logo ela estaria sorrindo para mim e encarando-me com aqueles olhos verdes.

Eu continuava chorando e Niall e Zayn pareciam tão desesperados quanto eu. Então o motorista da ambulância me trouxe de volta para a realidade:

- Quem vai acompanhá-la?

- Eu vou. Qual o hospital?

- St. Thomas' Hospital. – ele disse e eu virei para encarar os dois.

- Eu vou com ela. Vão em casa e peguem os outros. Chamem Lari também. – eles concordaram com a cabeça. – desculpa Zayn, mas acho melhor não levar Gabi. – eu disse e entrei na ambulância.

Os paramédicos já haviam ligados os monitores e eu pude perceber que And continuava viva. Seus batimento cardíacos eram fracos, porem ainda eram existentes. Ela não podia receber sangue por não sabermos seu tipo sanguíneo. Quando um dos paramédicos me falou isso eu liguei para Niall procurar os documentos dela e me informar qual o tipo sanguíneo dela. Eu informei então ao medico que seu sangue era O-. Porem a informação não adiantou em nada porque o sangue, por ser muito raro, estava em falta. Quando finalmente chegamos ao hospital eles a levaram à um quarto e eu fui obrigado a ficar em uma sala de espera, sozinho e desesperado. Uns 30 minutos os outros chegaram acompanhados de Larissa que chorava sem parar.

- O que deu? – perguntou Louis tão desesperado quanto os outros.

- Ela precisa de sangue. Mas o sangue dela é o mais raro, O-, e ainda não conseguimos um doador.

- Droga. – falou Lari. – ninguém aqui tem o mesmo tipo sanguíneo que ela? – todos negaram com a cabeça.

Depois disso o silencio se instalou no local, acho que uma mistura de preocupação com culpa por não termos acreditado nela antes. O silencio permanceu até Gabi entrar no pequeno cômodo.

- Como ela esta? – perguntou parecendo preocupada.

- Quem disse à ela onde a gente estava?

- Eu vi no noticiário, esta saindo em todos os lugares.

- Merda, logo vai estar lotado de repórteres aqui. – eu falei e então o medico de Andreza entrou, interrompendo nossa conversa.

- Vocês que são os parentes e amigos de Andreza Nunes?  - pediu e nós afirmamos. – ela esta melhor, mas precisamos de sangue. Ninguém aqui tem o mesmo tipo sanguíneo dela?

- Qual é doutor? – perguntou Gabi se intrometendo. Quão grande pode ser minha vontade de espancá-la? A culpa de a Andreza estar ali era dela.

- O- .

- É o meu tipo sanguíneo. Como faço para doar? – ela pediu e o medico pediu para ela acompanhá-lo para fazer uma bateria de exames.

Eu tive vontade de dizer que não queria que o sangue dela corresse dentro de Andreza, mas no momento aquela era a única alternativa. Pela cara nada feliz dos outros eu pude perceber que eles pensavam da mesma maneira.

Havia passado ums 30 minutos quando Gabi voltou:

- Meu sangue esta “limpo”. Andreza já vai recebe-lo. – falou Gabi mas ninguém respondeu ela. Ela se sentou ao lado de Zayn e tentou beijá-lo, mas ele desviou dela.

- Me diga Gabi, aquilo que a And falou sobre ser uma armação, é verdade né?

- Sim. – Gabi falou e instantaneamente todos começaram a prestar atenção no que ela dizia. – eu não queria que isso chegasse à esse ponto.

- Não? Então porque você fez? – perguntei me irritando cada vez mais com ela.

- Porque ela tem a vida perfeita. Ela mora com vocês, namora um de vocês e ainda é cantora e famosa.

- Bom, eu não sei se você percebeu, mas você também namorava um de nós e era amiga de nós e tornou-se meio famosa por conviver conosco. E tudo isso porque a Andreza te apresentou a gente. Mas você é muito egoísta para perceber isso não é? Pois agora você perdeu seu namorado, seus amigos e quase foi responsável por uma morte. – falou Zayn e se levantou deixando Gabi sozinha chorando.

Apesar de ninguém gostar da companhia de Gabi e de deixar isso bem expresso para ela, ela continuou ali sentada junto conosco. Quase uma hora depois uma enfermeira nos avisou que ela havia acordado e que nós poderíamos ver ela.

Eu fui o primeiro a entrar no quarto e me assustei ao ver a aparência de Andreza. Ela estava extremamente pálida e magra. Seus olhos estavam marcados por profundas olheiras e seus lábios continuavam roxos como se ela sentisse frio.

Quando ela viu eu, Lari e os meninos entrar soltou um sorriso fraco. Mas quando viu Gabi sua expressão se tornou séria:

- O que ela esta fazendo aqui?

- Eu vim aqui dizer que sinto muito. – Gabi falou, antes que qualquer outro pudesse responder a pergunta.

- Bom agora que você disse pode ir embora. – Andreza falou sorrindo irônica.

- Sabe eu me arrependo tanto, que até doei esse sangue. – falou apontando para a bolsa de sangue que se encontrava ao lado de Andreza.

- Tenho certeza que foi um enorme sacrifício para você doar seu sangue. – falou Andreza ainda irônica.

- Mas eu salvei sua vida. – falou Gabi, um pouco mais baixo.

- Bom agradeço por ter salvado ela. Mas não acho que vale de alguma coisa sendo que você foi o principal motivo para eu ter tentado tira-la. Agora te digo uma coisa, sou grata por você ter me salvo. Mas isso não significa que eu te perdoe e que eu te queira na minha vida. Agora que você terminou de se gabar por me dar seu “precioso” sangue você pode sair dessa sala e me deixar com os meus verdadeiros amigos. – Andreza falou com mais energia do que aparentava e finalmente Gabi foi embora.

- Como você ta minha pequena? – perguntei preocupado.

- Melhor. – ela falou simplesmente. Conversamos sobre qualquer coisa, e os meninos, como sempre, a fizeram rir. Depois de um tempo eu pedi.

- Vocês podiam dar um tempo para eu falar com ela a sós? – eles concordaram e se retiraram do quarto.

- Então... – Andreza falou me encarando. – o que você quer falar?

- Primeiro eu quero te pedir desculpas. Eu sei que sou ciumento e que errei ao desconfiar de você. Mas você tem que admitir que o plano da Gabi era a prova de erros.

- Olha Harry, eu entendo. Mas você sabe que eu odeio mentiras e te conto tudo. Se eu quisesse ficar com outra pessoa eu simplesmente terminaria com você e ficaria com ela. Mas o problema é que eu não queria isso, e nem quero.

- Eu sei pequena. Desculpa. – eu falei desviando meu olhar. – mas eu quero que você saiba que eu te amo muito e estou mesmo muito arrependido.

- Eu sei. – ela falou quase sem voz. – mas eu tenho um problema em confiar nas pessoas, e depois do que vocês fizeram comigo eu não sinto como se já pudesse estar em um relacionamento assim. Eu te amo Harry, mais que tudo, saiba disso. Mas agora eu vou precisar de um tempo sozinha e provavelmente com uma psicóloga para encontrar essa confiança nas outras pessoas de novo.

- Eu sei And... – comecei a lhe responder, porem uma enfermeira entrou no quarto de Andreza.

- Desculpa. – ela pediu corando, provavelmente me reconhecendo. – mas o horário de visitas acabou. – eu sorri para ela.

- Tudo bem... – li seu crachá. – Flávia. – me virei para And e lhe dei um beijo na testa. – Tchau pequena, se cuida. – então sai do quarto acompanhado de Flávia.

Entramos na pequena sala de espera onde os outros ainda se encontravam e pude ver que Flá estava meio tensa.

- Então, que horas são as visitas? – perguntei e percebi que ela encarava algo atrás de mim. Olhei por cima do ombro e vi que ela e Liam se encaravam. Pude ver que os outros seguravam o riso, resolvi falar mais alto. – Flávia? Qual o horário de visitas?

- Hã? Ah! É das 14h às 18h. Tenho que ir. Tchau. – ela falou e se retirou do ambiente. Niall que estava sentado ao lado de Liam lhe deu um tapa na cabeça.

- Liam safadinho, dando em cima da enfermeira. – depois de algum tempo zoando com a cara de Liam nós voltamos para casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!