Geração Swasy escrita por YSmiler


Capítulo 4
Capítulo 4 - Um Swasy A Mais


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior, Agatha, a prima de Igor, havia chegado. Mas, mal chegou e já chegou causando... rsrs... Levantou muitas suspeitas e tomou uma péssima decisão: se juntou aos Morgans. Depois de uma longa tarde de treinamento no castelo, Igor vai até a biblioteca e encontra algo estranho! Vamos ver como foi esse encontro agora!



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No dia seguinte, após o encontro de Igor e Thais, Igor foi até o castelo Swasy para treinar, coisa que os atuais Swasys fazem todos os dias para ficar sempre preparados para os Morgans. Mas nesse dia, Igor, foi até a biblioteca do castelo. Lá ele encontrou um espírito branco reluzente que tinha a aparência de uma raposa. Ele se aproximou e perguntou:

–  EI! Quem é você?

O espírito calmamente respondeu:

–  Vós não sabeis quem eu sou? Conheces-me tão bem, e perguntas quem sou?

–  Sim! Até mesmo porque não sei quem você é!

–  Eu sou o espírito da Oitava Swasy!

–  Mas como? Eu planejei apenas sete e não oito Swasys!

–  Vós não planejeis nada! Os sonhos são apenas revelações que a ti foram confiadas!

–  Agora não entendi mais nada!

–  É simples caro amigo: você e seus amigos foram escolhidos para ser a Nova Geração S.W.A.S.Y!

–  Mas na sigla, o primeiro S significa Seven, sete em inglês!

–  Aí está a resposta do mistério que tanto te intriga. São sete oficiais mais uma oitava extra, pois ela só é escolhida depois que os sete titulares são escolhidos. Os poderes dela são a união dos sete de vocês, ela é a mais poderosa do grupo.

–  Mas, quem é a Oitava Swasy? Como saberei reconhecê-la?

–  Não deves procurá-la! No dia certo ela será revelada!

–  Não dá! Não aguento com tanta ansiedade!

–  Calma, amigo! Como você sabe, os mais poderosos poderes dos Swasys são ativados pelo amor. Amor a qualquer coisa: amor a alguém, amor à família, amor à vida... Enfim! Os poderes da Oitava Swasy serão ativados com a prova do amor que ela tem.

–  Que ela tem pelo o que? Ou por quem?

–  Na hora certa saberá!

Igor insistiu muito, mas o espírito não revelou. Igor mudou de assunto, perguntou por que ela (pois o espírito é mulher) ainda era um espírito. Ela respondeu:

–  Todos os Swasys são espíritos antes de escolher seus hospedeiros e como eu te disse a Oitava Swasy é escolhida depois de todos os sete Swasys tiverem sido escolhidos, pois ela deve ter uma ligação maior com os demais.

Igor continuava ansioso, mas conseguiu aguentar até o dia que a Oitava Swasy seria revelada. Depois eles conversaram mais. Igor perguntou ao espírito se o assunto poderia ser revelado aos demais Swasys, o espírito respondeu que não, pois acha que eles não estão prontos. E assim foi. O segredo ficou entre eles dois. Depois Igor se despediu do espírito e foi pra casa.

Quando Igor chega em casa, encontra sua mãe preocupada. A mãe de Igor é uma empresária bem sucedida, trabalha pela manhã, pela tarde e o início da noite, mas nesse dia ela tinha chagado mais cedo em casa. Ao ver Igor ela fica aliviada, mas o enche de perguntas:

–  Onde estava? Por onde você andou a tarde toda? Responda-me! Com quem estava? Eu quero respostas!

E para todas as perguntas, Igor só tinha uma resposta:

–  Calma, mãe! Não estava fazendo nada de errado, é só isso que precisa saber!

–  Ah é?! Pois está de castigo, não vai sair mais! Só de casa pra escola agora!

–  O QUE? Ah não mãe!

–  E tenho dito!

Igor fica com raiva e corre pro seu quarto. Yasmin ouve a porta batendo fortemente e vai ver o que é. Ela entra no quarto de Igor e pergunta a ele:

–  Igor onde você estava? Porque demorou tanto?

–  Estava no castelo Swasy! E...

–  E o que?

Igor pensou em contar o segredo, mas lembrou da promessa que fez ao espírito da Oitava Swasy.

–  Nada! Esquece!

–  Esquece! Não! Conte-me!

–  Não posso!

–  Não pode por quê?

–  Porque prometi que não ia contar a ninguém. E você sabe quando faço uma promessa eu cumpro custe o que custar!

E assim ficou. Igor não contou o segredo, mas disse que ele seria revelado no momento certo e na hora certa.

No dia seguinte, na escola, Igor e seus amigos conversam sobre o castelo. Igor comenta:

–  Gente, ontem no castelo, eu demorei mais do que o normal.

–  Por qual motivo? – pergunta Thais, estranhando a situação.

–  Nada! Não precisa se preocupar! Só treinei muito! – disse Igor tentando desviar do assunto verdadeiro. Mas Lucas ajuda dizendo:

–  Igor, por falar no castelo, eu pensei: Seria bom se agente tivesse uma conexão aqui nos nossos tempos, para não ter que viajar no tempo para irmos ao centro, o lugar de encontro dos Swasys. Não acham?

–  [Todos] Sim! É mesmo!

–  Já sei! – disse Igor animando-se com a ideia que acabara de ter – Tem um prédio na cidade que está abandonado, olhando pra ele lembra o castelo.

–  Entendi aonde você quer chegar Igor! – disse Thiago interrompendo Igor – Você quer transformar o prédio no castelo Swasy, né?

–  É!

–  Eu e a Ana vimos que tem um feitiço que é uma espécie de feitiço de construção, nos livros do castelo. Esse feitiço só pode ser feito com todos os sete Swasys. Nenhum a mais nenhum a menos!

–  É! É uma boa ideia! – disse Ana apoiando Thiago.

–  Então tá! Hoje, à tarde vamos até o prédio para montarmos a nossa conexão Swasy! Quem sabe até não se chama assim o local! – disse Igor animado. Logo ele repara numa coisa – Gente, vocês perceberam que a Amanda, o Guilherme e a Samantha não estão vindos à escola esses últimos tempos?

–  Graças A Deus! – disse Ana – Aquela garota é muito ruim; muito perversa; má!

Só que o que eles não imaginavam, é que os Morgans estavam planejando algo contra os Swasys. Lá na casa da Amanda acontecia a reunião dos Morgans. Amanda dizia:

–  Pessoal, a partir do momento que vocês escolheram seguir a mim, escolheram um caminho sem volta, sem saída e sinuoso, por isso tenham cuidado, pois qualquer um que pisar em falso sofrerá bruscamente as consequências, sem dó nem piedade!

–  Poxa, Amanda. Não precisa ser tão rude assim também, não!

–  Rude?! Minha cara, isso é o mínimo a ser feito com traidores! Só peço que tenha cuidado para não errar, pois as consequências serão aterrorizantes. E que isso sirva de conselho a todos. Enfim, chamei vocês aqui, pois quero avisar algo.

–  O que é? – perguntou Guilherme curioso e assustado.

–  Desta vez, não estamos lidando com simples feiticeiros, mas sim com Swasys extremamente poderosos.

–  Quer dizer que existem outros? – disse Agatha.

–  Bem... Não existem, existiram! Pois os espíritos dos Swasys reencarnam em corpos a cada cem anos. Ao longo de vários anos, eles sempre escolheram pessoas fracas e com poucos sentimentos, pois os poderes deles são ligados aos sentimentos, assim, nós os Morgans conseguíamos derrotá-los facilmente, mas sempre eles me aprisionavam no mundo dos espíritos, de onde consigo sair somente com a morte deles. Desta vez, sinto que não irei mais para o mundo dos espíritos. Sinto que na primeira batalha dos sete contra mim, serei exterminada para todo e eterno sempre.

–  [Todos] Nossa!

–  Mas ainda temos uma possível chance de vitória. Durante anos, várias civilizações fizeram ou até mesmo construíram fatos e artefatos mágicos, com poderes além da nossa compreensão. Alguns foram feitos por boas pessoas para bons fins às pessoas, mas nas mãos erradas causa um sério dano à humanidade! Alguns desses artefatos são feitos na hora e só se podem utilizar de uma única vez. Procurei um pouco e encontrei o jeito de reproduzir o cajado que minha verdadeira mãe usava. O Cajado de Morgana Le Fay.

–  Uai! – comentou Agatha – Eu já li vários livros e textos sobre a vida de Morgana e nenhum falou que ela tinha esse famoso e poderoso cajado!

–  Eram textos que falavam exclusivamente da vida de Morgana? – disse Amanda.

–  Na verdade, não! Eram textos que falavam da história do Rei Arthur. Daí falava de Merlin, Morgana.

–  É isso mesmo! Eles não falam tanto de Morgana, por isso não falavam do cajado mágico dela. Enfim! Vou ter de passar uns tempos fora, pois os ingredientes fundamentais para a formação do cajado não se encontram aqui, quando voltar será o tempo da nossa vitória sobre os Swasys. Mas não demorarei muito, ficarei fora durante uma semana, mais ou menos. Guilherme, eu quero que fique para tomar de conta deles, pois não os confio muito. Já sabe: se alguém passar fora da linha... Assim, na minha volta, a humanidade estará em nossas mãos! Poderemos escravizar todos e governar o mundo! [risada maléfica] Muahahahahaaa!

E assim foram as palavras de Amanda. Ordens dadas, ela seguiu viagem. Na verdade foi uma viagem no tempo. Ela viajou pelas terras de Cantus aliquot1 em busca dos elementos essenciais para a formação do cajado. Ela lutou com um minotauro para conseguir seus chifres; aniquilou um unicórnio negro e pegou seu chifre, peça mágica fundamental para o ataque de magia do cajado; viajou até a Montanha Crepuscular2 para pegar uma joia crepúsculo3; caçou uma fênix e pegou duas penas de seu rabo; de um bode negro, ela arrancou bruscamente suas patas; e por último, mas não menos importante, um galho de tamanho médio da árvore Arbor occidit4. Itens coletados. De repente, começa uma grande chuva. A sorte dela é que ela já às proximidades do Reino Animarium, ela vai até uma hospedaria para passar a noite. Como é bem conhecida, ela usa um disfarce mágico, se passando por Estefânia, uma jovem viajante. Na hospedaria...

–  Boa noite! – diz Amanda com leveza nas palavras.

–  Boa noite! – responde o dono da hospedaria.

Nestor, dono da hospedaria, olha para o rosto de Amanda se maravilhando com sua beleza, mal ele sabia que estava diante da mais perversa vilã de todos os tempos, ele disse:

–  Em que posso ser útil, linda donzela? – ele beija a mão dela – O que desejas desse seu nobre escravo?

Com um sorriso falso, ela diz:

–  Gostaria de um quarto pra ficar a noite. Mas, infelizmente, não tenho dinheiro pra lhe pagar, mas posso recompensá-lo com serviços durante minha estadia.

–  Não! De forma alguma! Não é necessário sujar suas belas mãos com serviços desta humilde hospedaria! Pode ficar o tempo que achar necessário!

–  Obrigada! Onde é o meu quarto? – falsamente, diz Amanda.

–  É no fim do corredor, mas antes, só registrar aqui! Qual é o seu nome?

–  Ama... Estefânia! Estefânia Prevorios.

–  Hum... [pausadamente] Estefânia Prevorios, registrado, pode ir! Tenha bons sonhos, bela donzela!

–  Obrigada! – depois de se afastar um pouco, ela diz – Idiota!

A mulher do dono da hospedaria estava de longe olhando. Ela se aproximou do marido e disse:

–  Quem era aquela sirigaita? – disse a mulher, demonstrado raiva e ciúmes.

–  Olha o respeito, mulher! Ela é apenas uma viajante!

–  Viajante? Mulher tem mais que ficar em casa! Não ser uma andarilha! – disse a mulher desconfiada!

–  Deixa de ser besta, mulher!

–  É mesmo! Tenho que deixar de ser besta e ficar mais de olho em você!

–  Rum... – disse o homem, encerrando a conversa.

E assim, ficou. A mulher do dono da hospedaria com uma pulga atrás da orelha de Amanda, e com razão, pois ela é uma Morgan. Amanda, foi para o seu quarto, lá, entrou em contato com Guilherme através de um espelho mágico.

–  Guilherme, responda! Guilherme?

–  Oi Amanda, o que fazes que você ainda não chegou?

–  Tive um contratempo! Aqui está a maior tempestade!

–  Hum... Certo! Amanda, eu pensei um pouco e cheguei à seguinte conclusão: a Agatha e a Samantha não têm poderes. Embora a Samantha já está no grupo dos Morgans a certo tempo, ela nunca teve poderes, afinal, nunca precisamos usá-los até agora.

–  É mesmo! – disse Amanda refletindo sobre o assunto – O que faremos agora?

–  Então, aproveitando que você já está aí, você podia arrumar algum artefato ou arma mágica para as duas, pois quanto maior nossa força, maior nossas chances de vencer os Swasys.

–  Ok! Vou ver o que posso arrumar! Até mais!

–  Até!

E, assim, termina a conversa deles dois. Amanda reflete:

–  A Agatha e a Samantha não têm poderes... Eh... Entrei num beco sem saída! ... Se bem, que na biblioteca do reino, tem alguns livros sobre magia e vejo o que posso arrumar para elas duas. É, mas agora, é bom dormir, pois amanhã o dia será longo!


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Notas finais do capítulo

1 - Cantus aliquot, etimologia: Do latim, Diversas magias, pois a floresta possuí diversos seres místicos, como fênix, garudas, ninfas, sereias, dentre outros. Como a história acontece em territórios onde hoje é o Brasil, Cantus aliquot correspondia aos estados do Pará, Amazonas e Roraima.
2 - A Montanha Crepuscular é chamada assim, pois é nela que começa o início do crepúsculo (Claridade fraca e indireta dos períodos de transição do dia para a noite e vice-versa; quando o Sol ainda não surgiu no céu ou já se pôs, mas sua luz incide nas camadas superiores da atmosfera) do dia-a-dia.
3 - A Jóia Crepúsculo é peça fundamental em alguns rituais de magia negra. É bastante utilizada pelos Morgans. Também foi inserida em alguns artefatos mágicos. Somente o Cajado de Morgana aparece nessa história com a jóia.
4 - Arbor occidit, etimologia: Do latim, "Árvore mortífera", pois seus galhos possuem espinhos cujo o veneno mata em poucos segundos



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