Purple Ribbon escrita por Laurinha1302
Sabe quando você não para de pensar em uma pessoa? É, eu estou assim. O garoto do elevador.
- Pai, a Alice está vindo pra cá! – Disse em direção a sala onde meu pai estava.
- Tudo bem, mas promete que vai ficar bem?
- Eu já tenho 16 anos pai. – Disse séria.
- Vai saber né...
- Pai!
- Desculpa, estava só brincando. – Ele riu. – Eu confio em vocês.
- Ah bom...
- Vou indo minha pequena, não quero perder o vôo.
- Boa viagem pai.
- Obrigado Angie. – Me abraçou. – Não se esqueça que em alguns dias a sua avó chegará.
- Não vou esquecer. – Confirmei.
Pensei que ia ser fácil me despedir do meu pai, por que afinal não sou muito apegada a ele, mas foi o contrário. Nesses últimos dias nós nos acostumamos a conviver juntos.
Corri para o meu quarto e liguei o rádio, estava feliz por algum motivo. Fiquei rabiscando no meu caderno até que enjoei e resolvi dançar. Aumentei o volume e comecei a dançar Peacock da Katy Perry, o pior não foi isso, percebi que a janela estava aberta. OMG, alguém deve ter visto essa palhaçada!
Fui até a janela e tentei fechar, mas a porcaria estava emperrada. Então percebi alguém se aproximando na janela do vizinho. O garoto ficou paralisado olhando para mim.
Meu vizinho. ↑
- Perdeu alguma coisa? – Disse constrangida por tê-lo encarando para mim.
-Boa pergunta. – Ele disse balançando a cabeça na tentativa de voltar a Terra.
- Aff. – Revirei os olhos.
- Você deveria dançar mais vezes assim! – Disse o garoto rindo.
- Haha, muito engraçadinho você. – Disse séria.
- Quem sabe eu não falo com o seu agente e te contrato para dançar na minha festa de solteiro? – Riu.
- Quer saber, eu não vou perder o tempo com você. – Fiquei irritada e tentei fechar a janela novamente.
- A dançarina quer ajuda para fechar a janela?
- Dispenso a sua ajuda colega.
- Des de quando você está morando aí?
- Por que quer saber?
- Eita dançarina que gosta de dar patadas. – Ele disse se encostando à janela e dando um gole da bebida que parecia ser coca.
- Eu não sou dançarina, ok?
- É sim. – Teimou.
- Aff, vai catar sapinho vai. – Revirei os olhos novamente.
- Responda a minha pergunta primeiro. – Insistiu.
- Ai ta...Um mês. Satisfeito?
-Como é o seu nome?
- Não vou te dizer. – Fiz bico.
- Hey, você já tentou tirar a madeira que está ao lado da janela?
Olhei para a madeira que prendia a janela com raiva e retirei, assim fechando a janela. O garoto só ria da minha cara, que legal. Quando ia fechar a cortina, sem querer olhei para os olhos do garoto que estava fixo ao meu, aqueles olhos cor de céu... Terra chamando Angie! Lembrei-me do que havia acontecido agora e fechei as cortinas com raiva.
‘Aquele garoto ficou o tempo inteiro me assistindo????? OMG, que micooo!’’ Disse a mim mesma indignada sentada na cama de costas para a porta.
- Você está bem? – Alguém colocou a mão em meu ombro.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – Pulei da cama caindo no chão.
- HEY ANGIEE, sou eu, a Alice! – Ela disse dando gargalhadas.
- Ai garota, quer me matar do coração??? – Disse me levantando.
- Que garoto? – Ela perguntou curiosa.
- Nada não, você não ia entender.
- Está me chamando de burra? – Ela fez cara de indignação.
- Não não, to te chamando de inteligente. – Revirei os olhos.
- Não, tudo bem então. – Ela se fez de triste. – Vou embora com a minha caixa de bombom e o filme que tinha alugado para nós hoje...
- Awwwn Alicee, não fica assim. Eu estava só brincado! – Abracei-a.
- Você sabe que eu te amo né?
- Claro que sei. – Ri.
- Boba.
Depois que assistimos o filme escutei umas risadas lá de fora, era aquele vizinho ‘conversando’ com os seus amigos.
- Awn Angie, você viu os gantinhos lá fora? – Alice disse encantada.
- Negativo, pode apagar o seu foguinho mocinha.
- Por favor... – Ela fez aquele olhinho, merda.
- Ta, o que vamos fazer lá fora?
- Hoje está um belo dia para lavar o carro, o que acha? – Ela sorriu e piscou.
Lá fomos nós, agua e espumas, há algo melhor? Acho que não.. kk
A Alice tinha ido na frente, pelo visto já tinha lavado a calçada. Logo que coloquei o pé na garagem eu escorreguei, sorte que a Alice me segurou...
- O que vamos fazer esta noite?
- Não sei, o que pretende? – Perguntei.
- Nem sei.
Já fazia um tempo que estávamos lavando o carro, quase terminando.
- Alice, me passa a esponja?
- Claro. – Ela sorriu. – Pensa rápido! – Disse jogando a esponja acertando o meu rosto.
- Vaca! – Gritei.
- Vaca nada, me passa o pano.
- Pega! – Disse jogando o pano encharcado molhando-a.
- Ae? – Ela pegou a mangueira que estava segurando e apontou em minha direção me molhando por inteiro.
Percebi alguns olhares curiosos vindo do vizinho... Medo.
- Alice, tem um negócio sujo aqui no seu rosto. – Menti.
- Tira? – Ela caminhou até a mim.
- Pronto. – Disse a sujando de graxa e ri feito uma condenada.
- ANGIE! – Ela berrou tão alto que o bairro inteiro acho que escutou. Isso fez com que risse mais ainda.
Eu já disse que sou desastrada? Pois é, eu ri tanto que acabei escorregando e caindo de bunda no chão.
- Angie, Angel??? Você está viva? – Alice se aproximou.
- A-I QUE – MI-CO. – Disse me deitando no chão molhado e olhando para o céu.
- Não foi tão ruim. – Ela disse se deitando ao meu lado e observando o céu também.
- Olha, parece um peixe aquela nuvem! – Apontei.
- Aquela parece o seu laço Angie!
- É mesmo!
- Acho que você deveria tirar uma foto.
- Valeu pela ideia! – Disse me levantando e dando um beijo na bochecha rosada da Alice e fui para o meu quarto pegar a câmera. Aproveitei e troquei de roupa.
- Vem Lice. – Disse a chamando para ficar na balança que tinha em frente de casa e me deitei para tirar a foto da nuvem.
- Posso tirar algumas fotos? – Ela pediu.
- Ta, mas olha lá o que você vai fotografar. – Ri.
Enquanto ela tirava as fotos fiquei observando a minha volta, entrei em desespero quando percebi que os garotos estavam vindo em nossa direção.
- Boa tarde garota. – Disse o vizinho.
- Só se for pra ti. – Continuei olhando para o céu.
- Por que a grosseria? Te fiz algo?
- Sim, você apareceu na minha vida.
- Não tenho culpa se você ficou dançando em frente a minha janela. – Ele riu.
- Não quero falar sobre isso ok? – Disse me sentando. – O que quer?
- Quer ir a uma balada esta noite? – Convidou.
- Não, valeu. – Cruzei os braços.
- Hey, estou tentando ser legal. Mas você falando desse jeito fica difícil.
- Ninguém pediu pra você ser legal comigo.
- Então fechado. Te pego as 21:00. – Ele deu um beijo em minha bochecha e foi embora em direção a sua casa.
FILHO DA MÃE. Por que ele insiste em ser tão...tão...Chato.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Oii, tudo bem com vocês?
O que acharam do capítulo?? Espero que tenham gostado!
Reviews por favor ok?
BEIJOOOS ;*