A Caçada De Dexter escrita por Fsandri


Capítulo 9
Capítulo 9




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/173981/chapter/9

Londres, Inglaterra  01:32


O homem que estava desfrutando mais uma vez de jogar sinuca no bar, se é que podemos dizer isso, era mais uma sala onde ele e seus amigos se reuniam para conversar e jogar sinuca nos fins de semanas. Tudo ocorria bem,  quase todos eles eram casados, e mesmo assim continuavam a jogar mesmo àquela hora. Era uma amizade que durava anos, e para eles era quase como casamento, “até que a morte os separe”, sempre estavam juntos, é claro, jogando sinuca.

Dois homens de ternos entraram pela porta de entrada, e um deles disse:

- Quem aqui é Christian Jones?

Um homem de estatura media, olhos verdes, careca  e blazer aberto olhou bem para os dois homens, e disse:

- Sou eu, o que querem? Estão perdidos?

- Não, nós não estamos perdidos, você tem algo que meu chefe quer. Disse um dos homens caminhando em sua direção.

O homem tentou dar um soco, Jones tirou o braço do homem com o seu antebraço e com o outro punho golpeou-o na cabeça, em seguida, pegou um taco de sinuca e acertou o pescoço do homem, que sentindo a dor, abaixou-se, dos amigos de Jones, só dois ficaram, e esses dois tentaram ajudar, mesmo que fosse, para dividir a surra. Ambos tentaram chutar o homem abaixado, que esquivou de um, e do outro antes mesmo que conseguisse chutar, já estava deitado no chão com uma dor imensa no pescoço, isso devido ao soco que recebera nessa área, que em termos de auto defesa e defesa pessoal, é uma das áreas mais sensíveis, junto com as orelhas, virilha e olhos.

No outro homem Jones, chutou-o no escroto, e depois jogou-o no chão, com um empurrão. Os seus amigos, um estava agonizando no chão com uma dor no pescoço, e outro agora estava levando socos na cara, e depois de voar sobre a mesa de sinuca, ficou deitado, sentindo a dor.

Jones saiu correndo pela porta da frente, sentiu o frio, mas não poderia parar, se ele parasse poderia perder o objeto que carregava, e isso não seria nada bom. Virou uma esquina, continuou correndo.

Os homens começaram a correr atrás dele, um saiu da rota, para tentar surpreende-lo. E o outro seguiu a rota de Jones, conseguia ver em meio a escuridão, e todo aquele silencio gerado pelo horário, era fácil escutar os barulhos dos passos apressados de Jones. Que quando passou por mais uma esquina foi parado por um guarda.

- Está correndo por quê? Roubou uma loja?

- Não, mas não tenho tempo para explicar. Com isso Jones com uma das mãos atacou a garganta do guarda, e com a outra tentava abrir rapidamente o coldre do guarda, e depois que conseguiu, pegou o revolver e empurrou o guarda, até que  este caísse no chão, e gritasse:

- Volta aqui, seu ladrãozinho!

Por causa desse grito, complicou a vida de Jones, que foi o mesmo que ele tivesse gritado onde estava. O homem identificou a voz, e correu na direção que o barulho ecoou, viu um homem tentando se levantar, e para pará-lo, ele chutou-o na barriga, e continuou a seguir Jones, que ainda não tinha fugido deles.

Enquanto corria, verificou a Smith & Wesson modelo 60, notou que todos os projeteis ainda estavam no tambor, e empunhando o revolver, ouviu um disparo, este passou à 50 centímetros longe dele, acertando o vidro traseiro de um carro que estava estacionado na rua, e o segundo disparo foi o de seu revolver, esse disparo era mais para afastá-los, do que para  matá-los. Não estava pensando da forma correta quando virou de costas para a esquina enquanto disparava para o homem ficar longe, se tivesse ficado de lado, poderia ver o homem correndo e o agarrando, jogando os dois contra o chão molhado devido à chuva.  Em uma tentativa frustrada de apontar a arma e disparar contra o homem, foi desarmado, e tentou fugir, mas não deu certo na tentativa de correr foi imobilizado com o braço esticado e o ombro e a cabeça encostados no chão.

Com o outro braço, não conseguia fazer nada, teve de ficar quieto, um homem velho apareceu da escuridão, e começou a interrogá-lo.

- Cadê a chave?

- Que chave? Disse Jones, tentando fingir que não sabia de nada, mas suas ações, como fugir não correspondiam à não saber de chave nenhuma.

- Você não quer cooperar? O velho passou um pano pelo rosto, colocou a mão dentro do sobretudo para guardar o pano e perguntou mais uma vez. - Cadê a chave? Se não quiser cooperar, eu peço para eles revistarem você, pode ser?

- Gostaria de saber sobre o que você está falando. Disse Jones bem calmo.

- Chefe, acho que ele quer passear. Disse o homem que estava imobilizando Jones.

- Pois bem, vamos passear. Disse o velho sorrindo.

Eles entraram em uma limusine e começaram a chegar cada vez mais perto do rio Tâmisa, quando chegaram, tiraram Jones a força e jogaram-no no chão, e depois de receber dois chutes dos homens que estavam de botas, parou de se remexer e ficou parado.

- Quer mesmo fazer isso? Perguntou novamente o velho. – Podemos soltar você aqui, e poderá voltar para casa, mas tem que nos dar a chave.

- Eu não sei que chave é essa que vocês estão falando. Disse Jones agora tremendo de frio por causa do chão molhado e gelado.

- Tudo bem levantem-no. Os homens fizeram o que o velho mandou, e este começou a revistar Jones, e depois que pegou um molho de chaves no bolso do blazer disse. – Você  vai me dizer qual dessas chaves são as que eu quero.

Jones explicou tudo que o velho queria saber e os homens o jogaram no Tâmisa, no começo, sentiu o frio tomar conta do seu corpo, fechou os olhos, respirou pela ultima vez, e o rio começou a afundá-lo, e por mais que se debatesse parecia que era pior, enquanto gastava energia debatendo-se começou a engolir pequenas quantidades de água, sua laringe se fechou, é uma das formas do nosso corpo parar da água chegar aos pulmões. Depois de algum tempo respirou uma imensa quantidade de água, uma parte do liquido foi para o estômago, e o resto inundou seus alvéolos. Com seu pulmão encharcado, a troca gasosa ( gás carbônico por oxigênio) parou de ocorrer, acabou perdendo a consciência, e seu coração parou de bater.

Começou a boiar sobre a água, os homens agora viam apenas um corpo na água. Eles entraram na limusine e saíram da cena do crime, eles seriam procurados, mas não conseguiriam achar nada que provasse que eram eles que fizeram o crime. E agora com tudo o que precisava Robert Nixon poderia prosseguir com seu plano.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

tentei descrever o afogamento da forma mais real possível. Deve ser horrível.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Caçada De Dexter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.