Há muito tempo atrás existia um reino de infelicidade onde uma bonita garota de quatorze anos reinava. Baixa, de curtos cabelos loiros e olhos azuis, assim ela era fisicamente. Mas era uma princesa má odiada por todo o reino.

Morava de uma forma sofisticada: possuía belos móveis novos, cavalos sadios, do qual seu favorito se chamava Josephine, e sempre comia do bom e do melhor. Além disso, um jovem servo muito parecido com ela a servia. O motivo de tanto se parecerem era por serem irmãos, apesar de apenas os dois terem conhecimento disso.

Se seu dinheiro andava curto, mandava tirar da população. E ordenava morte para aqueles que ficassem em seu caminho. Todos eram obrigados a se ajoelharem perante a princesa e obedecê-la fielmente. Essa era a razão de tamanho ódio da população sobre ela.

Todos os dias, quanto estava entediada, a princesa se dirigia ao jardim, onde observava as flores crescendo. Uma flor chamava muito a sua atenção, Tinha coloração vívida, era a flor mais bonita do jardim. Enquanto cresci de fora exuberante, as ervas daninhas ao seu redor murchavam.

– Eu sou essa flor do mal – disse a princesa para o servo ao seu lado. – Eu cresço de forma formidável enquanto os inúteis ao meu redor apenas murcham – ao terminar de falar, riu sombriamente.

– Entendo – respondeu o servo, seu irmão, sorrindo de forma calorosa.

Existiam muitos outros reinos, dentre eles, existia o reino azul, que se encontrava do outro lado do oceano. A princesa se apaixonou por um rapaz desse reino e iria declarar-se naquela noite, mas, ao avistá-lo, percebeu que estava ao lado de uma garota do reino verde. Era linda, alta de cabelos grandes e brilhantes, assim como os olhos, que mais pareciam duas pérolas. O rapaz azul parecia alegre ao lado dela.

Ele parecia... feliz...

A rainha amarela perdera.

Mas ela não aceitava perder. Ao voltar ao castelo, chamou o servo. Com uma voz calma, disse-lhe:

– Destrua o povo do reino verde.

Os olhos do servo se esbugalharam. Destruir o povo do reino verde, teria que fazer isso com suas mãos. Mesmo que... mesmo que amasse aquela garota de longos cabelos brilhantes.

Casas do reino foram reduzidas às cinzas. Pessoas morreram. Mas a princesa não sentiu arrependimento por sua morte, a única coisa que importava para ela era a morte daquela garota. Riu satisfeita com o resultado, em seguida foi apreciar o lanche daquela tarde.

A flor do mal continua a crescer de forma atraente, assim como a princesa. Mas, a medida que a flor crescia, adquiria espinhos. Espinhos que não permitiam que fosse tocada.

O rapaz azul, desolado pela morte de sua amada e com um sentimento de raiva pela princesa amarela, se uniu a uma espadachim do reino vermelho. Lideraram o povo furioso até o castelo. Cercada e se saída, a princesa amarela não podia fazer nada. Tudo estava vazio, os vassalos haviam fugido.

Uma espada foi apontada para seu pescoço. Ele estava capturada.

– Seu rapaz insolente! – disse com um sorriso divertido nos lábios.

Ah, flor do mal, agora florescia de forma atraente nos corações melancólicos.

O paraíso da princesa, ah, sim, o lugar em que ela se sentia bem e poderia sempre mandar, era quebradiço. E rapidamente desabou.

Seu orgulho a levou para aquilo.

Sozinha na prisão, a princesa pensava em como seria seu fim. Rápido e sem dor, assim seria bom. Porém, os pensamentos logo fugiram de sua mente ao ouvir passos. Estava na hora, então? A única coisa que sentiu foi o coração se acelerar.

Mas não era ninguém que a levaria para a execução, pelo contrário. O servo. Seu irmão gêmeo.

– Você precisa viver, princesa. Vou cuidar disso.

Enquanto sentia as correntes de suas mãos serem removidas, a garota riu de forma irônica. Um servo morrer no lugar uma princesa? Desde de quando ele era tão fiel? Não fora ela quem mandara matar a garota verde que ele amava.

– Não estou fazendo isso como servo, mas como irmão – respondeu ele, como se lesse os pensamentos dela.

A hora da execução chegara. O sino anunciou a badalada final. A princesa simplesmente sorriu e disse:

– Oh, está na hora de um lanche.

E então teve sua cabeça cortada.

Ao longe, a verdadeira princesa corria escondida sob uma capa marrom. Ninguém a reconhecera no caminho, ela estava salva então. Mas, por outro ângulo, seu irmão morrera por ela. Era como se sentisse seu corpo coberto com o sangue do outro. Como se ela o tivesse matado com suas mãos.

Pela primeira vez desde que subira ao trono, ela chorou. Mas não ouvida por ninguém.

A atraente flor do mal agora se dispersava em vívidas colorações.

As pessoas do futuro comentavam com os outros: “Ah, ela realmente era a filha do mal.”. Aquela que, por ser demasiada orgulhosa e arrogante, teve um fim solitário e melancólico.