Ficamos esperando o tal Roger chegar, quando ouvimos passos, só poderia ser ele. Logo me endireitei na cadeira e o esperei entrar, Gina e Harry fizeram o mesmo.

– Róger!- Annabeth disse enxugando as lágrimas. Logo pude ver o Roger, ele estava confuso por ver tanta gente em sua casa.

–O que está acontecendo aqui? - Ele foi abraçar a mulher e filha. - Quem são vocês? O que fizeram com Annabeth e Amanda?!

–Calma Roger, esses são Gina, Draco e ... - Amanda estava nos apresentando quando foi interrompida.

–Harry Potter. - Ele falou surpreso, mais uma vez o Potterzinho é o centro das atenções. Argh.

–Isso. Eles sabem sobre a Sophia, e querem ajudar! - Annabeth continuou. - Ela está em Hogwarts! - Ela se animou, e logo vi um grande sorriso surgir no rosto de Roger, que ao chegar estava prestes a explodir de raiva.

–Ela está viva... - Ele se sentou no chão rindo, e apoiando a cabeça com as mãos, logo ele começou a gargalhar e Amanda foi o abraçar contente.

–Está. E foi adotada por Tom Riddle, o Lorde das Trevas, e agora se chama Alana - Ouvi essa voz muito familiar entrar, e percebi ser a Granger sangue-ruim, que acabara de entrar, nos pregando um susto. - Desculpe pelo susto, mas tinha que falar uma coisa.

–Hermione, Rony, esses são Annabeth, Amanda e Roger. - Harry se levantou e os apresentou, foi quando percebi que o ruivo azedo do Weasley estava alí atrás, por que ele se esconde tanto?

–Olá, mas não dá tempo para mais demoras, a Alana quando foi roubada, foi mantida escondida por Voldemort, acreditando que ele é seu pai de verdade! Ela está com uma horcrux, e essa é ainda diferente! Ela suga os poderes de quem a toca, e quem ganha esses poderes?

–Voldemort? - Dei um chute.

–Não, a Alana! Foi o que aconteceu com a Pansy, inclusive na época ela não sabia disso, mas agora é um risco deixá-la com Voldemort e a horcrux!

Fiquei pensando, então era verdade o que a Alana havia me dito, o colar é a horcrux, o que significa que ela pode estar em perigo, Voldemort com certeza vai querer seus poderes, e vai matar para conseguir isso.

Logo me toquei na grosseria que eu fiz com Alana, e não disse nada, apenas aparatei. Fui parar no quarto feminino da Grifinória.

Quando olhei em volta, tudo estava silencioso e vazio. Fui entrando entre as camas, e achei uma que deveria ser da Alana, lá estavam cartas negras debaixo do travesseiro, com as pontas bem a mostra.

Me aproximei, e me sentei naquela cama. Fiquei preso em meus devaneios, e quando reparei já estava com o travesseiro dela no rosto, e já o cheirava profundamente.

–Draco? - Ouvi uma voz vinda da porta, não demorou muito e eu a reconheci.

–Alana! Você está bem? Onde estava? - Tentei disfarçar o constrangimento, o que era impossível, e logo consegui enxergar a garota que estava atrás dela, bem tímida pelo visto.

–Estou sim... Fui visitar o papai, e... Essa é a Catherine, minha... Hãm... Prima por parte de pai. - Ela parecia em dúvida, supostamente, Catherine não é parente dela. - Cath é da Grifinória também, e acaba de entrar em Hogwarts.

Pensei. Afinal, estamos prestes a fazer guerra, agora que descobrimos os pais da Alana eles vão lutar por ela, e... Ah é, melhor não contar nada por enquanto, eles tem que tomar a decisão, e não eu.

–Sei... Agora tenho que falar com você a sós. - Falei segurando suas mãos.

–Eu espero lá embaixo. - Catherine disse descendo as escadas correndo e fechando a porta, estava tão envergonhada quanto eu por causa do flagra.

–O que quer me contar? - Seus olhos brilhavam, e eu não pude desfixar os meus deles, era um tipo de imã que me sugava até ela, lábio a lábio, e foi isso que aconteceu, mas dessa vez foi diferente, ela queria resistir, e quando percebi isso eu a soltei. - Isso não era o que eu tinha em mente da conversa que teríamos...

–Não, não é. Quero te pedir desculpas. - Eu sorri. - Devia ter acreditado em você, deveria ter percebido que falava a verdade, eu deveria saber que você não é violenta.

–Está aí mais uma prova de que não me conhece. - Ela falou friamente, enquanto se afastava de mim, me dando as costas.

–Exatamente. Quero conhecer! Você não percebeu, não é? - Me aproximei dela. - Lana... Eu te amo! - Ela se virou para mim, e olhou fixamente dentro de meus olhos, logo eu fiz o mesmo, e vi nossos olhos marejarem.

–Draco... Eu ... - Ela ia falar, e eu a impedi, colocando meu dedo sobre seus lábios e me aproximando. Ela estava entregua a mim, estava sem reação.

–Não se preoculpe... Não vou fazer nada que você não queira. - Falei em tom de sussurro, me aproximando dela cada vez mais. - Fala não se quizer que eu pare... - Fui chegando mais, e mais perto, eu já sentia sua respiração ofegante em meu rosto, e logo cedemos espaço para o beijo.

Nós ficamos alí, nos beijando, por uns dois minutos, dois minutos bem longos e ofegantes, ela se largou com falta de ar.

–Draco, eu acho que nós... Não devíamos! - Ela separou nossos corpos com um empurrão. Eu estava sem entender nada, ela retribuiu, o que houve? - Olha, sinto muito, tchau! - Ela saiu andando rápido.

Eu sou um idiota! Nunca devia ter mostrado meus sentimentos dessa forma, não é típico de minha família e nem de meu sangue. E isso não se repetirá.

Eu sou uma idiota! Sou apaixonada por um garoto que se declara para mim, e eu fujo? Que tipo de pessoa sensata faz isso? É babaquice!

Eu me peguei no flagra chorando, e para variar, corri para me esconder, dessa vez em um lugar no qual não encontrarei o Draquinho, na floresta proibida.

Ao chegar lá achei que algo de ruim aconteceria por eu estar aqui, desobedecendo a regra principal de Hogwarts e por estar chorando.

Me sentei em uma pedra, já estava bem tarde, e eu conseguia ouvir uivos de lobos e passos de cavalos, todos correndo. Me senti observada, mas nada pode ser tão ruim do que eu estou sentindo agora. Me magoei comigo mesma, e com meus outros problemas, é lógico.

Ouvi um barulho que me assustou. Passos pesados vindos até mim, por trás. Me virei para verificar, e tomei um baita susto ao ver um grande homem gordo e barbudo me olhando. Seus cabelos e barba eram negros, e ele carregava uma grande pá.

–Não se desespere. - Ele disse vindo a minha frente. - Não lhe farei mal, meu nome é Rúbeo Hagrid, sou o guarda costas de Hogwarts.

–Sou Alana Riddle. - Falei em tom baixo.

–Ah, então você é a famosa Srta. Riddle? Muito prazer então! - Eu sorri amigavelmente. - O que uma dama como você estaria fazendo aqui, eu me pergunto?

–Só estava pensando... Pensando em coisas tristes...

–Sei... Pensando molhado, não é?

–Hãm? - Perguntei confusa, do que ele estava falando afinal?

–Sim, eu vi que estava chorando, não se preocupe, esse será nosso segredinho! - Ele sorriu, e eu retribui. É bom falar com pessoas tão boas de vez em quando, ajuda a esquecer os males.

–Obrigada Hagrid. - Enxuguei minhas lágrimas, e me levantei. - Agora me diga, por que essa floresta é proibida? Parece tão inofenciva... - Olhei ao redor.

–Para você talvez, minha cara! Todos sabem de quem você é filha, e sabem a concequência se algo de ruim acontecer com você. Ninguém aqui é besta! - Ele olhou seu relógio de bolso. - Puxa! Olhe só para isso! Já é tão tarde assim? Tenho que ir madame, mas vai ficar bem!

–Até logo!

–Até! - Ele se despediu, e eu o vi se afastar, afastar, afastar... e enfim sumir por meio da floresta. Logo me vi sozinha de novo, e comecei a sentir um mínimo medo.

–Tudo bem Lana, - Falei comigo mesma. - Quem canta, os males espanta! - Respirei fundo e comecei a compor, compor meus sentimentos, comecei a cantar o que eu estava sentindo nesse momento em relação a Draco.

Ao terminar a canção não me segurei, e voltei a chorar, a música dizia o que eu sentia, mas não o que eu queria que fosse verdade.