A Herdeira das Trevas escrita por Lua
Capítulo 7: Armadas PDV. Alana Riddle –Eu... eu não fiz nada! - Corri para meu dormitório, eu precisava chorar um pouco, e sozinha. –Eu sei o que aconteceu lá, Alana. - Ouvi uma voz vinda de trás de mim. Me virei, e vi Hermione alí parada. Mas o que ela sabia? Como ela sabia? –Hãm? Como assim? - Enxuguei minhas lágrimas, e ela se sentou ao meu lado em minha cama. –Quem te deu esse medalhão? - Perguntou-me apontando para meu pescoço. –Minha mãe. - O segurei, apertando-o firmemente. –Tem certeza? - Ela egueu as sombrancelhas. –Sim, meu pai disse que foi ela, quando nasci. Por que? –Esse medalhão, Lana, é muito poderoso, é feito de magia negra para lhe proteger, pode ser por aí que seu pai se comunica com você. Você sabe o que é uma horcrux? –Sim, por que? –Já pensou ele que pode ser uma? Eu segurei o medalhão, como ele podia ser tão forte? E se ela estiver certa? E se for mesmo uma horcrux? –Mas é uma horcrux! - Ela afirmou. –Espera aí? Como você sabe o que eu estava pensando? –Leglimência, eu tinha que saber se você era boa de coração! - Falou Hermione, é, ela estava mesmo certa. - Tudo bem, já dá para confiar, eu paro. - Ela sorriu. –Obrigada... - Pensei mais um pouco. - E o que aconteceu com a Pansy? –Não tenho certeza, mas é melhor você falar com... você-sabe-quem. –Meu pai? - Ela assentiu. - Está bem, vou lhe mandar uma coruja. Ah, e não tenha medo de falar seu nome, não faz mal e nem dói. –Vou tentar. - Sorrimos uma para a outra. [...] " Papai, preciso te falar uma coisa. Sabe a horcrux que me deu quando eu era bem pequena? E sim, sei que é uma horcrux, por isso estou falando com você. Pois bem, uma garota hoje estava me tirando do sério, então ela tocou a horcrux, e de repente ele começou a brilhar, e ela desmaiou. Quero saber o que aconteceu com ela, e se ela morreu, ou vai ficar bem. Esperando por uma resposta, Alana Riddle. " Enviei esta carta ainda de tarde, e a noite já deve chegar uma resposta. Enquanto isso, tive um 'emocionante passeio' até a sala do diretor. Entrei na sala. –Srta. Riddle, sente-se por favor. - Sentei-me onde me endicara. - Fiquei sabendo de seu desentendimento, digamos assim, com uma de nossas alunas. –Ela está bem?! - Me desesperei. –Está sim, apenas ficará de repouso por um tempo, e se eu fosse você, não iria visitá-la se não estiver usando um campo de força. - Até mesmo comigo me sentindo culpada, ele consegue me fazer rir. –Eu estou encrencada? - Falei, parando de rir. –Não, não está. Sei que nada do que aconteceu esta manhã foi por sua causa, e sei que isso aí - Ele apontou para a horcrux - também não deveria estar com você, e você nem mesmo tem controle sobre ele. Mas... Seria prudente falar com o Harry sobre isso, não acha? Olhei curiosa, do que ele está falando? Não estou entendendo, falar com Harry? Como Dumbledore pode saber de tudo o que acontece com os alunos ? Ótimo. Estou completamente confusa, pois então assenti, iria mesmo falar com o Harry, ele já derrotou meu pai antes, por que não fazer de novo? Se ele fizer isso, eu realmente vou abrir o Fan Clube Harry Potter, sei que com isso posso ganhar muito, como sou palhaça. Até nessas horas, Lana? Olhei pela janela e lá vi a coruja negra de meu pai. Ela estava batendo na janela. Dumbledore logo seguiu meu olhar até ela. –Pode pegar a carta, não me importo. - Disse ele, e eu assenti. Me levantei e abri a janela, logo a coruja, da qual não sei o nome, jogou uma carta negra escrita com gotas de sangue em cima de mim, como é de seu costume. Abri. "Querida Alana, vejo que és mais inteligente do que pensava. Não são todos que reconhecem uma horcrux. Lamento informar que a garota em que você machucou não morrerá, e ficará bem, a ponto do possível. O que ocorreu é que esta horcrux, que deveria me pertencer, passou para você, então, parte dos poderes de quem a tocou, passaram para ti. Aproveite sua força enquanto pode, e espero por retorno; Atenciosamente, Lord Voldemort. " As cartas de meu pai sempre me deram arrepios, papéis negros com a ponta queimada e escrita a sangue trouxa. Mas... O que ele quis dizer com 'espero por retorno'? Isso ainda não foi bem exclarecido, mas vai ser. –Acredito que não queira me contar, estou certo? - Dumbledore disse, arqueando as sobrancelhas. –Ainda não. - Me levantei e corri para meu quarto, precisava testar uma coisa. Quando cheguei vi Gina lá, parada. Estava penteiando os cabelos. –Oi Lana! O que é isso? - Ela disse apontando para o medalhão, e se levantando. –Uma horcrux. - Fiquei me lembrando de que aquilo era o meu único e suposto presente que tinha da minha mãe, e era uma farça. - Meu pai me deu. –Ah é, eu soube o que aconteceu com a Pansy! O que você fez? - Ela veio até mim, indo tocar meu colar. –Não toca! - Tirei de perto de suas mãos. - A Pansy tocou e foi parar no hospital! - Ela se assustou, também né, olha a forma ameaçadora que eu contei a ela - Parece que essa horcrux suga os poderes, e me dá. –Sério? Deve ser por isso que você-sabe-quem te quer por perto. - Ela falou algo que faz muito sentido, ele já deveria ter me matado a anos, deve ser por isso que me 'guardou' tanto tempo. - Você deve ser bem poderosa então, não é? –Parece que sim... - Fomos interrompidas, Draco entrou no quarto. - Draco! Esse é o quarto feminino da Grifinória! - Gritei. –Me fala, o que você fez com a Pansy?! - Ele parecia furioso. PDV. Hermione Granger Fui falar com Harry, ele precisa saber sobre a Alana, eu o encontrei no corredor, indo para sua aula, que no caso também é minha. –Harry! - O chamei. - Preciso falar com você. –O que foi? - Ele se preoculpou ao me ver com vários folhetos da biblioteca na mão. - Olha, geralmente você não carrega folhas rasgadas, andou assaltando uma biblioteca? –Rá, rá, rá. - Ri sarcástica. - Você é hilário, garoto. –E você é muito irônica, devia aprender a mentir melhor. - Ele viu minha cara entediada. - Tá bom, parei. Fala. –A Alana, ela parece não ser filha de Voldemort de verdade, ela é adotada, ou melhor, raptada! - Falei rápido. –A Alana com certeza é filha dele, não tem como ele ter poupado a vida dela sem a amar. Se bem que ele não ama ninguém, não é? - Ele disse duvidoso. –Não sei, só sei que seja lá onde ela estiver, temos que achar Annabeth Stiller, com urgência. - Falei segura. – Não sei quem é Annabeth Stiller, mas é aula do Snape, eu aceito faltar. É por uma boa causa... - Eu ri desse comentário, e nós fomos procurar mais cúmplices. [...] – Estamos dentro. - Fred e Jorge disseram, juntos. Eu acho que eles devem ensaiar para isso durante a noite, sempre falam juntos, e no mesmo ritmo. – Eu também. - Gina disse levantando o braço e o abaixando rapidamente. – Perfeito. - Falei orgulhosa. - E você, Rony? – Não. Eu não vou ajudar uma Riddle, jamais! – Ele está é chateado porque ela roubou todos os amigos dele. - Gina brincou, e não vi reação vinda de Rony. Ele estava com ciúmes da Alana por que o Harry está caidinho por ela. Como não percebi antes? O Rony se levantou da cadeira onde estava sentado e foi em direção ao jardim, onde chovia muito. Eu o segui, deixando todos os Weasley, e Harry alí, sem entender nada. – Rony, espera! - Eu tentava me esquivar da chuva, por mais que eu saiba que é impossível. – O que foi Hermione?! - Ele parou, e eu me aproximei. Ele parecia irritado. – Rony, o que foi? O que aconteceu com você? Mudou tanto! –Você não percebe? Eu perdi todos de quem gosto, perdi meus irmãos, minha irmã, meu melhor amigo, até você eu perdi! - Ele argumentou. –Não Rony... Não perdeu! –Tem razão, não perdi. A Riddle roubou de mim. - Ele ia continuar andando, mas eu o segurei. –Não Ronald, você não perdeu a mim. Nunca vai perder! - Me aproximei dele cada vez mais, e selamos nossa conversa com um beijo. Um beijo doce e calmo, do qual nós dois esperávamos acontecer a muito tempo, e do qual nenhum de nós se soltaria, se não fosse um maldito espirro que eu dei. Definitivamente, beijar na chuva não é uma das coisas mais empolgantes e românticas que já vi ou fiz. –Saúde. - Ele disse tentando segurar o riso, o que era inevitável. Logo eu também ri, e nós fomos para um lugar coberto, dessa vez de mãos dadas. É, eu acho que consegui meu primeiro namorado.
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