Me distanciei um pouco do pessoal pra comprar sorvete. Deixei london no carrinho um instante. E os outros ficaram um tanto longe, conversando. Peguei meu sorvete sabor caramelo. Voltei-me ao carrinho e ele não estava lá. Caminhei calmamente até o pessoal. Algum deles deve ter pego minha baby.

- oi Harry, me dá a London por favor? - pedi.

- ué você que saiu com ela, não eu. - disse ele.

- harry para de graça vai. Eu fui tomar sorvete e deixei ela no carrinho, quando me virei ela não estava lá. - falei.

- desculpa, eu não estou mentindo. - disse ele nervoso.

- você que dizer que ela desapareceu? - pedi nervosa.

- eu acho que sim. - disse zayn.

Me desesperei. Mil coisas começaram a passar na minha cabeça. Afinal era minha filha. Filha. Fiquei nervosa demais e acabei desmaiando. Fui acordada com Harry me beijando. Se minha filha não tivesse desaparecido eu teria achado graça a cena tão clichê entre príncipe e cinderela.

- harry, me diz que sonhei. - falei.

- desculpe, não posso mentir. - disse ele entre lágrimas.

Rapidamente meu celular tocou.

- atende. - pedi pra Niall. Era o único "calmo" ali.

Colocou no viva voz.

- Gostaria de falar com Fernanda Bastos ou Harry Styles. - disse um homem numa voz um tanto grossa.

- sim. - gritei.

- estamos com sua filha. - disse rapidamente.

- o que? porque? o que aconteceu? - falei chorando.

- nós a sequestramos. Está em boas mãos. A não ser que vocês não paguem a quantia que eu quero. - disse o tal homem.

- por favor moço, não faz nada. - falei abraçada à harry.

- quanto o senhor quer? - perguntou harry.

- 1 bilhão. Vocês tem 2 semanas pra arranjar o dinheiro e me encontrar na cabine 3, da london eye. - disse ele.

- tudo bem, por favor não faça nada com a London. - falei.

- depende de você. - disse e desligou.

- harry, por favor. - chorei altamente. Todos podiam me olhar.

- vai ficar tudo bem. Nós temos o dinheiro. - disse zayn.

Harry estava estático, apenas acariciando minhas mãos que estava entrelaçadas as minhas.

- vamos pra casa. - disse ash.

Todos seguimos pra casa. Não consegui nem olhar o carrinho da minha filha. Quem buscou foi algum dos meninos.

Tomei um banho rápido e quente. Deitei em minha cama e desabei à chorar. Só eu e Deus.

Ouvi a porta bater.

Não respondi. A porta abriu rapidamente.

- posso me juntar à você? - pediu harry.

- pode e deve. - mordi meus lábios.

Sorriu fraco e limpou minhas lágrimas.

- Obrigada por dividir a dor comigo. Não sei o que vou fazer. Antes da gente virar mãe não sabemos o que é amor incondicional. Só sabemos parte dele. E eu senti isso quando te conheci. E agora que virei mãe, tudo mudou. Meu mundo, meus sentimentos. Me sinto culpada por deixá-la por um segundo.

- não se sinta querida. Eu sei como se sente em relação à ser mãe. Eu nunca imaginei que ser pai fosse tão bom e complicado. Aqui estou eu, sofrendo tanto, como nunca. Nunca pensei amar alguém como amo você e minha filha. E agora só Deus. Só Ele pode protegê-la. - disse me abraçando.

Chorei bastante no ombro de Harry. Ele tentava ser firme para que eu não piorasse, mais eu podia ver em seus olhos, as lágrimas pedindo pra sair. Era duro sofrer por amor, imagine sofrer por um filho perdido? agora eu entendo isso. O quão é incondicional o amor de pai e filho. É visível isso até mesmo em Harry Potter. Lilian deu tudo de si pra salvar Harry. E você percebe isso em diversas situações da vida. Pais que tem filhos drogados, mais estão ali, os amando. Eu preciso da minha pequena. Olhar pro Harry doía. London tinha seus olhos esmeralda.

Em meio de tanto choro dormi. Não sei como consegui. Acho que era demais para mim. Harry fez cafuné em mim até que apaguei.