-Nossa. Que triste- disse Eliza, enxugando uma lágrima fantasma.

            -...

            -Hey! Thiago, você está chorando?

            -Snif. Não, entrou um... um...

            -Tá, tá... Conta aí, como você morreu? Ou melhor, como você bateu as botas?

            -Não precisa falar assim comigo. Fale do jeito que você fala normalmente, por obséquio.

“Eu tinha cabelos castanhos claros ondulados, olhos cor de mel. Eu tinha dezessete anos. Eu estudava num colégio militar, o Fighting Castle, lá haviam os dormitórios das meninas e dos meninos. Na minha época não era comum a educação feminina, mas a nossa escola as ensinava como ser uma espiã para o nosso país. Ficavam quinze policiais e quinze seguranças mulheres protegendo o dormitório feminino e a mesma quantidade só que homens para proteger o dormitório masculino.

Nós éramos obrigados a usar palito, camisa social e gravata, eu tinha um truque que deixava a gravata três dedos mais folgada do que deveria, mas parecia que estava normal. Eu descobri que era um semideus quando conheci minha namorada, Gabriela.

            Eu estava na aula de marcenaria, eu estava fazendo uma casinha para passarinho, mas eu me distraí com o martelo e bati com muita força na mesa, quebrando ela no meio e consequentemente levando os projetos de meus amigos juntos.

            Eu tinha um melhor amigo, Sam, Sammuel de La Paz, meu melhor amigo. Alto e magro, cabelos loiros, olhos castanhos, sorriso hã, como diriam as meninas, “mais brilhante que as maçãs da Sra. Pittersheil”. Sério, aquela mulher devia poli-las...

            Continuando, o Sr. Gartadge (ou como nós o chamávamos, Sr. Garbage) liberou a nossa classe, mas pediu para eu o acompanhar, ele me levou até a parte das garotas. Garras surgiram no lugar das unhas e sua pele ficou escamosa, verde e com um brilho sobrenatural.