Uma Cobra Entre Leões escrita por gaby_greeneyes


Capítulo 10
Capítulo 10 : Pesadelos




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Não conseguia dormir em meu quarto, era impossivel, eu me virava de um lado, virava de outro, e nada, sem um pingo de sono. 

Decidi dormir no sofá da sala comunal, afinal, os alunos só iriam voltar na semana que vem. Lá eu consegui dormir. 

Em meu sonho, eu via minha mãe com um criança no colo, um menino, o menino que eu tanto pedi a ela para ter, e que agora ela nunca teria. Ao lado dela estava meu pai, e toda a minha família, eles estavam posando para uma foto, a foto anual de família. Minha mãe me chamou para ir ao seu lado, e eu fui. 

Passaram-se alguns dias, e meu pai chegou do servisso um dia com a foto, mas eu não estava lá, eu não estava ao lado de minha mãe. 

- Pai, por que eu não saí na foto? 

Meu pai me olhou com desprezo e não me respondeu. 

Dalí, varios anos se passaram, meu irmãozinho crescia, eu era ignorada por todos, menos por minha mãe e por meu irmão. Eu ainda não saia em fotos de família, embora na hora que ela havia sido tirada eu estivesse lá. 

Onze anos se passaram. Aquele seria o primeiro ano de meu irmão em Hogwarts. Expliquei a ele como funcionava tudo, o trem, os barcos, o chapéu seletor, as casas, tudo. Ele havia ficado animado. E lá se foi meu irmãozinho, ele estava crescendo, e agora seria treinado para ser um grande bruxo. 

Meses passavam rápido, e lá estava o natal de novo, eu ja não ia mais para Hogwats, ja havia me formado.  

Fui com minha mãe buscar meu irmão na estação de trem, e lá vinha ele, com sua veste de gola vermelha, o mais novo orgulho da família, mais um leão. Ele veio correndo me abraçar e me mostrar seu colar, que era igual o da mamãe e do papai. 

Voltamos para casa. Como ja era normal no natal, eu não participava com eles, eu ficava em meu quarto, trancada, para que as grifinórios não me vissem. 

Uma bolinha de papel foi jogada na janela de meu quarto, eu ja sabia quem era. Draco. Ele não me deixava passar o natal sozinha desde quando essa regra me foi imposta, ele sempre vinha me fazer companhia. 

Abri a janela para que Draco entrasse. 

- Feliz natal. - Disse pulando para dentro. - E o pequeno? 

- Grifinória. - Respondi. 

- Já era de se imaginar. Ele sabe sobre você? 

- Sabe. 

- Mas você não queria que ele fosse um de nós? Assim você não... 

- Eu queria, mas eu prefiro que ele seja da Grifinória a acabar como eu. 

- Como assim como você? 

- Trancado num quarto, escondido, para fingir que foi expulso de casa. Eu o treinei para ser um ótimo Grifinório, e ele será. 

- Você sabe que ele pode atrapalhar seus planos, não sabe? Você ja está sendo caçada, embora ninguém saiba quem você é. 

- Eu sei, ele até pode, mas, eu vou tentar fazer com que ele fique fora disso. -

Impossível, se você quer vingança... 

- EU SEI O QUE EU FAÇO! - Eu não devia ter gritado, mas eu precisava por um fim àquela conversa. - Vamos mudar de assunto, por favor. 

Draco que estava de pé a minha frente, se sentou na cama comigo. Ele mexia em meus cabelos, desde quando havíamos começado a namorar, ele não parava de mexer em meus cabelos. 

- Você sabe que eu estarei aqui para tudo, não sabe? 

- Sei sim. 

- E que vou te ajudar em TUDO, nem que isso signifique ir para Azkaban? 

- Sei. 

- E que eu te amo mais que tudo nesse mundo? 

- Sei... 

Sua mão escorregou para minha barriga. 

- Me prometa que você vai esperar ele nascer, antes de fazer qualquer coisa. 

- Eu prometo. 

Draco me deu um beijo, mas fomos interrompidos pela porta. 

Quando os convidados foram embora e ficou só o pessoal da família, minha mãe me chamou para tirar a foto em família. Draco foi embora, e eu desci para tirar a foto. 

Esse ano tiraríamos a foto com nossas vestes. Meus avós paternos e maternos, meus pais e meu irmão com suas vestes de colarinho vermelho, e eu, a única de colarinho verde. Todos olhamos para a câmera, foi então que percebi o detalhe, a câmera era vermelha e tinha um chaveiro de um leão pendurado na riata, meu pai a ganhou num jogo de amigo secreto do trabalho. Ao lado da lente, uma frase : " Apenas os verdadeiros ". O que aquilo queria dizer? Apenas grifinórios. Por isso eu não saia nas fotos de família, eu não era uma verdadeira grifinória. 

Mais anos se passaram. Meu filho ja havia nascido e crescido, estava com seis anos, eu não morava mais com meus pais, agora eu e Draco moravamos na mansão dos Malfoy. 

- Acho que ja está na hora. - Disse Draco, me abraçando por tras. 

- Também acho... 

- Vamos? 

Viramos fumaça, eu tinha uma vingança pendente. Chegamos em frente a minha antiga casa, meus pais e meu irmão ainda moravam lá. 

- Pronta? 

- Mais do que nunca. 

Derrubamos a porta da casa, meu pai estava sentado em uma cadeira de balanço nos fundos. 

- Sarah? Minha filha!

Ele veio me abraçar, mas eu o empurrei para o chão. 

- AVADA KEDAVRA! - Gritei. 

Mas minha mãe, que havia ouvido a porta da frente sendo arrancada, desceu as escada, e quando viu meu pai no chão, se jogou sobre ele, e novamente ela foi morta no lugar daquele desgraçado. 

- NÃO! - Gritei. - SEU MERDA! 

Quando estava pronta para mata-lo novamente, minha varinha voa de minha mão. 

- EXPELLIARMUS! - Era meu irmão, bem que Draco havia me avisado que ele atrapalharia. - SARAH? O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? 

- Uma pequena vingança, nada demais, desculpe, não tenho tempo para explicar, não se esqueça que não sou uma vilã de desenho, que explica todo o plano pra você me matar enquanto falo. ACCIO VARINHA. 

Com a varinha ja em punho, fiz um sinal para Draco segurar meu irmão. Me virei para meu pai, aquele preconceituoso, que acabou com minha adolescencia. 

- AVADA KEDAVRA! 

Dessa vez, eu não falhei. Me virei para meu irmão. 

- Pronto, agora eu vou embora. 

Draco o soltou, e fomos para casa, em forma de fumaças negras. 

Ao chegarmos em casa, achamos nosso filho pendurado no alto do portão, morto, cheio de sangue. Em seu peito, o brasão da grifinória, como se estivesse indicando " Nós passamos por aqui ". 

Desabei, meu filho... Com certeza meu pai ja previa o ataque, e como vingança mandou que matassem meu filho. 

- Amor, fale comigo, você está bem? 

Olhei para Draco. 

- Nossa vingança só começou. - Falei, embora estivesse praticamente sem voz. 

Meu olhos estavam fechados por lágrimas, eu precisava entrar em casa, mas não tinha forças. 

- SARAH! - Gritava a voz de Draco em minha cabeça. - SARAH, ACORDE, SARAH! 

- SARAH, VENHA PARA MIM, EU SEI QUE VOCÊ PRECISA. - Era uma voz conhecida, uma voz que vivia em meu bolso, mas agora estava guardada em um cofre, para que eu nunca mais ouvisse suas súplicas, mas lá ela estava novamente. - VAMOS, ME TIRE DESSE SUFOCO! DEIXE-ME ALIVIAR-TE... 

Tudo ficava preto, meu mundo havia acabado. 


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