Maybe. Maybe Not. escrita por mycute_benji


Capítulo 4
parte 4




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Brendon’s POV

Espreguicei-me na cama, então abri os olhos definitavemente. Virei o rosto. O cobertor estava dobrado no canto inferior do colchão, o travesseiro em cima do cobertor.

─ Ryan? ─ chamei.

Talvez estivesse no banheiro...

Esperei alguns minutos. Nada. Então levantei e fui ao banheiro. A porta estava meio aberta, não tinha ninguém.

Lavei o rosto e urinei.

Desci.

Minha mãe estava tomando café na cozinha.

─ Cadê o Ryan?

─ Foi embora.

─ Quando?

─ Esta manhã. Ele disse que ficaria tudo bem. Já se resolveu com o pai?

─ Não, eu acho que não.

xxxxxxxx

Nobody’s POV

Brendon virou-se e saiu da cozinha. Subiu a escada. Em seu quarto, pegou o celular, que estava sobre a cômoda.

─ Ryan? Por que foi embora assim?

Houve silêncio.

─ Agradeço o que fez por mim, mas agora eu posso cuidar disso sozinho. Obrigado mesmo.

─ Ry, espera! ─ falou rápido, antes que o outro desligasse. ─ Onde você está?

─ Estou dirigindo.

─ Para onde?

─ Brendon, eu já disse que sou grato e, acredite, vou ficar bem.

─ Eu sei que está mentindo, Ryan.

xxxxxxx

Numa lanchonete, um triste Ryan passava o dedo na borda da xícara, observado por Brendon, que estava sentado no lado oposto da mesa para dois.

─ Então, o que pretende fazer?

─ Tenho uma prima que mora há uma hora e meia daqui... Ela teve bebê faz pouco tempo, mãe solteira. Talvez eu passe uns tempos lá.

─ Você não tem uma tia que mora por aqui?

─ Tenho.

─ Por que não fala com ela?

Ryan mordeu o lábio inferior, fitando a xícara de capuccino:

─ Porque ela não aceita pessoas como eu – olhou para Brendon.

O mais novo assentiu com a cabeça, baixando os olhos para o lanche que estava na bandeja à sua frente.

Eles comeram num clima pesado e angustiante, então Ryan levantou-se:

─ Obrigado pelo ‘almoço’, mas eu preciso ir.

Brendon levantou-se também.

─ Boa sorte ─ apertou a mão de Ryan. ─ Se precisar, você tem meu celular.

─ Okay. Obrigado mesmo. A gente se vê por aí...

─ É...

Ryan saiu da lanchonete e atravessou a rua, entrando no carro e colocando o cinto de segurança.

Com as mãos no volante, suspirou pesadamente. Era isso. Ele ia mesmo embora para a casa de sua prima, com a esperança de deixar todo tipo de merda aqui e tentar um recomeço, ainda que seu coração quisesse ficar...



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