Maybe. Maybe Not. escrita por mycute_benji
Brendon’s POV
Espreguicei-me na cama, então abri os olhos definitavemente. Virei o rosto. O cobertor estava dobrado no canto inferior do colchão, o travesseiro em cima do cobertor.
─ Ryan? ─ chamei.
Talvez estivesse no banheiro...
Esperei alguns minutos. Nada. Então levantei e fui ao banheiro. A porta estava meio aberta, não tinha ninguém.
Lavei o rosto e urinei.
Desci.
Minha mãe estava tomando café na cozinha.
─ Cadê o Ryan?
─ Foi embora.
─ Quando?
─ Esta manhã. Ele disse que ficaria tudo bem. Já se resolveu com o pai?
─ Não, eu acho que não.
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Nobody’s POV
Brendon virou-se e saiu da cozinha. Subiu a escada. Em seu quarto, pegou o celular, que estava sobre a cômoda.
─ Ryan? Por que foi embora assim?
Houve silêncio.
─ Agradeço o que fez por mim, mas agora eu posso cuidar disso sozinho. Obrigado mesmo.
─ Ry, espera! ─ falou rápido, antes que o outro desligasse. ─ Onde você está?
─ Estou dirigindo.
─ Para onde?
─ Brendon, eu já disse que sou grato e, acredite, vou ficar bem.
─ Eu sei que está mentindo, Ryan.
xxxxxxx
Numa lanchonete, um triste Ryan passava o dedo na borda da xícara, observado por Brendon, que estava sentado no lado oposto da mesa para dois.
─ Então, o que pretende fazer?
─ Tenho uma prima que mora há uma hora e meia daqui... Ela teve bebê faz pouco tempo, mãe solteira. Talvez eu passe uns tempos lá.
─ Você não tem uma tia que mora por aqui?
─ Tenho.
─ Por que não fala com ela?
Ryan mordeu o lábio inferior, fitando a xícara de capuccino:
─ Porque ela não aceita pessoas como eu – olhou para Brendon.
O mais novo assentiu com a cabeça, baixando os olhos para o lanche que estava na bandeja à sua frente.
Eles comeram num clima pesado e angustiante, então Ryan levantou-se:
─ Obrigado pelo ‘almoço’, mas eu preciso ir.
Brendon levantou-se também.
─ Boa sorte ─ apertou a mão de Ryan. ─ Se precisar, você tem meu celular.
─ Okay. Obrigado mesmo. A gente se vê por aí...
─ É...
Ryan saiu da lanchonete e atravessou a rua, entrando no carro e colocando o cinto de segurança.
Com as mãos no volante, suspirou pesadamente. Era isso. Ele ia mesmo embora para a casa de sua prima, com a esperança de deixar todo tipo de merda aqui e tentar um recomeço, ainda que seu coração quisesse ficar...
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