Mentiras! escrita por KawaiiBel, Extremer


Capítulo 6
Um bom encontro.


Notas iniciais do capítulo

Agora voltando a ativa!
Novos capitulos estaram sendo postados o/
E quero só ver a reação dos leitores .-. Será que já sabiam que eram as pessoas? *-*
Vamos ver o/



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O nervosismo de Elfman estava muito grande, ele mal conseguia respirar direito ao vê-la vindo em sua direção. Gray e Loki que estavam sentados numa mesa um pouco afastada viam o moreno caminhando para um péssimo encontro e comentavam sobre isso. Gray às vezes gargalhava tampando a sua boca e Loki tentava impedir que Gray continuasse, mas ele mesmo também ria, assim desencadeando em gargalhas que não podiam ser ouvidas por Elfman.

Um longo vestido escarlate escorria e encaixava perfeitamente no corpo dela. Os barulhos do salto alto vermelho. Os tons das cores combinavam com seu cabelo que escorria com duas mechas pelo seu ombro, mas o volumoso coque era notável a distancias. Toda a elegância dos movimentos e a sutileza que ela caminhava sobre os saltos deixavam Elfman mais nervoso. Sua mente pensava milhões de coisas em pequenos segundos até que ela se posicionou na frente de Elfman, e movendo aquele par de lábios avermelhadas pronunciou o nome dele.

- Olá Elfman. – Fez Elfman engolir seco.

- Oi Erza. – Elfman se levantou e numa forma bruta apontou para a cadeira em sua frente. – Senta.

A ruiva esboçou um sorriso doce e não rogou ao “pedido” de Elfman. O moreno notava cada movimento que ela fazia, o toque leve na cadeira, o arrastar da mesma e o seu lento movimento para se sentar. E isso só o fazia pensar que ele não era bom o suficiente para ela. Ele engolia seco a cada movimento que ela fazia e não pronunciava nada fazendo com que ela entendesse a seriedade do momento para o homem que estava na sua frente.

- Então Elfman, o que queria comigo? – Erza colocou os cotovelos sobre a mesa e repousou seu queixo nas mãos. Elfman corou o rosto de leve e passou um dedo na ponta do nariz.

- O que estava na carta. – Elfman novamente havia sido “gentil” com a ruiva que deu um pequeno sorriso vendo o quão grande era o nervosismo dele.

- Hum... Elfman, então me diga.

- Dizer? – Ele perguntou assustado.

- É. Diga o que sente por mim. – Ela a olhava atenciosamente, fixando seus olhos nos olhos dele que desviava a todo o momento dos olhares da ruiva. – Deve ser uma coisa importante, para me convidar para um jantar. – Ela completou fazendo-o ficar mais desesperado. Já que ela esperava algo extremamente importante para ela, e talvez não fosse. Isso era o que ele pensava.

- E-e-eu... Er... Sinto... Er... Deixa-me vê... – Ele procurava as palavras que encontrava mais logo sua consciência parecia excluías e impedi-lo de pronunciá-las.

- Senhor! – Um garçom punha-se ao lado da mesa com uma caderneta em sua mão. – Gostaria de fazer um pedido? – Aquele homem veio como a salvação de Elfman. Pois ele de forma alguma conseguiria pronunciar o que Erza queria naquele momento.

- Sim! Como homem já gostaria de fazer o pedido. – Novamente Erza esboçou um pequeno sorriso de canto de boca. Após o consentimento de Elfman, o garçom lhes entregou o menu e começou a recomendar as refeições preferidas dos clientes. Elfman ouvia atentamente.

Após os dois escolherem suas refeições, o garçom se retirou deixando-os novamente sozinhos. Elfman não dizia nada, e muito menos Erza que esperava que ele a dissesse tudo o que ele tinha para dizer. Alguns minutos se passaram e os dois ainda calados olhavam para direções opostas. Por terem ficado perto da vidraça, Erza olhava para a rua e via as pessoas caminhando e se descontraia. Enquanto ele, às vezes olhava para trás na direção de Gray e Loki que estavam curiosos com aquele momento, e quase todas às vezes olhava com o canto do olho para a face despreocupada de Erza.

O encontro estava de mal a pior, o tédio dominava o lugar e deixava Elfman suando frio por não saber o que fazer. Gray e Loki se perguntavam como poderiam ajudar seu amigo que estava levando seu primeiro e possivelmente ultimo encontro ao buraco. Todos os três, e talvez quatro com Erza, pensavam que o encontro não poderia piorar. Mas isso aconteceu.

Erza ainda olhava para fora, até que viu rostos conhecidos passarem na rua. Elfman não havia notado a presença de pessoas conhecidas, até porque elas passavam um pouco longe. Lucy, acompanhada de Natsu e Wendy caminhava pela rua tranquilamente. Os três conversavam sem interrupções até que Natsu viu Erza pela vidraça do restaurante, saiu em disparada a direção da vidraça.

- Erza! – O rosado acenava para ela e corria em direção a vidraça, assim arrastando Lucy e Wendy.

Lucy por saber do encontro saiu correndo desesperada a direção de Natsu, e Wendy foi junto. Natsu entrou correndo no restaurante, assim fazendo Gray e Loki se assustarem.

- Erza! – Natsu gritou assustando algumas pessoas do restaurante.

- Natsu. – Erza disse um pouco preocupada.

- NATSU? – Elfman gritou se levantando da mesa assustado.

- Ai, droga! – Gray e Loki levantaram-se da mesa e correndo a direção de Natsu.

- Gray? Loki? – Erza perguntou assustada.

- Natsu, volte aqui! – Lucy puxou o rosado pelo cachecol e começou a puxa-lo para fora do restaurante.

- Vamos Natsu! – Gray chegou na voadeira em Natsu, o retirando por completo do Restaurante. Após o ataque, Natsu e Gray começaram a brigar e a briga se estendeu para longe dali.

- Oi Erza. – Loki cumprimentou a ruiva com um sorriso falso no rosto. – Elfman, tchau! – Após dizer, o espírito saiu dali correndo.

Elfman estava acabado. Sua cabeça estava a mil e seu nervosismo havia se fundido com irritação. Algumas pessoas do restaurante criticaram a Fairy Tail, já que ela havia entrado ali de uma forma totalmente “sem ética”. Erza olhava séria para Elfman que permanecia calado.

- Elfman. – A ruiva o chamou fazendo-o a olhar. – Tem algo para me dizer? Sobre, Gray e Loki?

- Acho que não. – Ele mentiu, mas sua consciência pesou. – Na verdade...

- Na verdade?

- Tem sim. E homem que é homem não mente para uma mulher.

- Então poderia começar bem do começo. Mas antes, vamos sair daqui? – Erza o chamou.

- Prefere?

- Sim, prefiro. – Erza se levantou juntamente com Elfman. Após Elfman ter fechado a conta e saído do local, ele alcançou Erza que havia partido sem o esperar. Ela procurava não ser vista com Elfman em lugar publico, até porque, ela via que o nervosismo dele poderia desencadear em algo vergonhoso. Tanto para ele quanto para ela.

Os dois caminhavam pelas ruas de Magnólia como dois desconhecidos. Erza de um lado, um pouco distante, e Elfman de outro lado, também distante. Conversa não havia. Troca de olhares, apenas da parte do moreno. A ruiva caminhava elegantemente com seu vestido longo, mas preferiu trocar de roupa vestindo sua típica armadura prateada com uma a saia azul marinho.

Os caminhavam sem rumo, e o silêncio permanecia no local como uma tortura para os dois. Erza não sabia o certo o que Elfman queria com ela. Tinha suas suspeitas, mas não mostrava interesse. Elfman sentia uma imensa dor por não estar agindo como o homem que ele deveria agir. Em sua cabeça ele não estava sendo homem deixando aquele silêncio no local.

- Erza. – Ela o olhou. – Não gostou do restaurante?

- Não é isso. – Eles continuavam caminhando e o silêncio voltava.

- Então por quê?

- Não se preocupe sobre isso, Elfman. – Erza cortou o assunto sobre o restaurante, para poder entrar no assunto que ela buscava naquele local. – Elfman... Já está pronto para me falar o que queria comigo?

- Er... Hum... Erza vamos parar aqui. – Elfman ficou estático na frente da Árvore do Parque e Erza parou na sua frente.

O rosto cheio de melanina corou fazendo a ruiva perceber. O seu “jeitão” demonstrava um completo nervosismo fazendo-o tentar do fundo de seu coração conseguir dizer. Mas, algo em sua garganta travava a sua fala, talvez a incerteza em sua cabeça se realmente deveria dizer aquilo para a Titânia, a mulher mais respeitada da guilda. A mulher que o fez mudar. Mudar o modo de agir, mudar o corpo e até mesmo, mudar o jeito de falar apenas para demonstrar ser um verdadeiro homem. Ele cerrou os punhos, moveu os lábios carnudos com velocidade, respirou fundo e sem ter papas na língua, soltou tudo o que estava engasgado.

- Você me fez mudar. Mudar meu corpo, mudar meu jeito e minha fala. Me fez te idolatrar, te desejar. E começar a agir como homem. Pois homem que é homem tem que fazer a mulher que ama se sentir bem e protegida ao seu lado. Erza, eu te amo. E preciso dizer isso para você. Nunca tive nada com Evergreen, e então acho que não tem nada que me segure a lhe dizer o que sinto. Tudo começou há muito tempo, o seu jeito, eu não sei dizer, chamou minha atenção e me fez quere-la. Mas quem ia querer um covarde como eu era? Então mudei! E... E... E...

Ele balançava a cabeça para todos os lados sem saber o que dizer, até porque ele achava que já tinha tido tudo o que era necessário. Sem pensar, ele pegou com as duas mãos nos ombros de Erza e fixou seus olhos nos olhos dela. Seu rosto, agora sem estar corado, estava sério, o que fez Erza esboçar um pequeno sorriso.

- ERZA, EU TE AMO! – Elfman gritou, fazendo todos que estavam ali perceberem a cena. E a ruiva após ouvir aquela declaração de amor um tanto quanto apressada levou uma de suas mãos à face do alto e moreno mago alisando delicadamente sua face. Um olhar tristonho se formava nos olhos de Erza, que esboçava um sorriso.

O olhar era por conta de não sentir o mesmo pelo grandão. O sorriso era por ele ter conseguido dizer tudo o que estava sentindo por ela. Ela sabia que talvez, a partir daquele momento, as coisas ficassem diferentes e até melhor para Elfman. Agora era a ruiva que buscava palavras para não machucar o grande homem que a encarava esperando uma resposta.

- Escute Elfman. – Erza deu alguns tapinhas no ombro de Elfman fazendo o afastar. – Eu não sei como você pode ter se apaixonado por mim, achei muito bonito de sua parte me contar, mas é que para mim foi uma surpresa.

- Surpresa? – Elfman já se preocupava, percebia a que rumo àquela conversa iria. E era o rumo que ele mais tinha medo.

- É. Você apaixonado por mim. É uma surpresa. – Ela olhou para o lado, ainda buscando um motivo que não o fizesse ficar magoado. – E acho que tem alguém que te quer.

- Você?

- Não. Evergreen.

- Por que todos querem isso? Por que todos insistem numa coisa que não dará certo? – Elfman se irritou. – Não percebe que é você que eu amo?

- Sim, Elfman. Percebo. Mas, não posso fazer nada. Talvez no fundo isso seja apenas uma coisa que você acha que é. Talvez não me ame. Apenas precisou de um motivo para mudar.

- Está dizendo que meus sentimentos por você são mentiras? É isso?

- Não, Elfman. Cadê o homem? O seu homem que é homem aceita um fora? – Erza o olhou preocupada, já que ela não queria que ele ficasse magoado, mas agora ela percebia que havia feito mal em dizer aquelas palavras.

- Esse homem, que tenta agir como homem, apenas por achar que a garota que ele ama gosta de homens que achem como homens... Morreu. – Elfman se virou com os punhos cerrados. Seus olhos marejavam, já que ele acabava de se declarar para a garota que ele amou durante vários anos e dela ele não ouvia nada que gostaria.

Colocou em sua cabeça que havia sido um erro tudo aquilo. Erza ficou preocupada, tinha medo que ele ficasse com raiva dela. Mas sabia que havia feito à coisa certa. Pois, se ela aceitasse os sentimentos de Elfman iria apenas o ferir mais, já que ela não sentia nada a esse nível pelo moreno.

Alguns minutos já haviam se passado desde o termino do encontro de Elfman com Erza. E o moreno andava pelas ruas sem rumo, já que para sua casa não queria ir naquele momento, pois teria que responder as perguntas para sua irmã. Para a Guilda, nem passava pela sua cabeça, pois se fosse para lá teria que agüentar piadinhas do pessoal que já deveriam saber sobre o encontro, e se ele chegasse irritado e sozinho entenderiam que havia sido um fiasco.

Então com esses pensamentos e mais sobre os sentimentos por Erza em sua cabeça, ele resolveu andar sem rumo por toda a cidade. Estava nervoso como nunca havia ficado, agora não aquele nervosismo por conta do momento e sim, aquele nervosismo que sentimos quando estamos irritados. Aquele que nos faz cometermos coisas sem pensar.

E o nervosismo causou isso no moreno que entrou num Bar e comprou uma garrafa de Vodka, a mais forte que eles tinham. Com a garrafa de Vodka numa mão e na outra em seus olhos, ele estava sentado num morro na frente de uma ponte perto da casa de Gildartz. O moreno que nunca havia bebido virou a garrafa. O liquido desceu queimando em sua garganta, fazendo o soltar um grito quente. De primeira o gosta da bebida não havia agradado o moreno, mas após goles seguidos de outros goles, ele havia se acostumado com o gosto.

- Te achei. – Ever punha-se atrás do moreno que não lhe disse nada, apenas continuou olhando para frente. Via a água passar pela ponte e alcançar o resto da correnteza.

- Erza me procurou e mandou eu te procurar... Mas como você dá trabalho. – Ever sentou ao lado do moreno que ainda permanecia calado.

- Foi uma merda. – Elfman se referia ao encontro.

- É eu sei... O meu confessionário não foi do melhor também não. – Evergreen pegou a garrafa de Vodka que estava pela metade e gargalhou. – Aprendeu a beber foi? – E também girou a garrafa bebendo um pouco.

- Foi... Eu aprendi a beber. – Logo começaram a dividir a garrafa. Hora ele bebia um pouco, hora era ela, até que o fim do liquido chegou.

- E acabamos do mesmo jeito que começamos. – Ever gargalhou.

- Ahn?

- Não sacou?

- Não.

- Me deixa vê... Mentimos e nos ferramos. Começamos a namorar. Resolvemos nos declarar. Declaramos-nos e nos ferramos. E aqui estamos-nos, juntos novamente. – Os dois gargalharam juntos.

Os olhares dos dois bêbados se cruzaram, e pensamentos também. Elfman que estava mais bêbado custava formar o rosto de Evergreen,   que não conseguia o encarar. O moreno levou a mão no cabelo da morena garota que o encarou pelas lentes dos óculos.

Elfman por impulso, passou o outro braço em Evergreen, logo mandando todo o seu corpo em cima do dela. Ela que segurava a garrafa a soltou, levando suas duas mãos aos cabelos do moreno que beijava seu pescoço, Evergreen respirava fundo sentindo os lábios esfomeados do garoto que subia sua mão pelas coxas da mesma.

- Onde aprendeu isso, hein Elfman? – Evergreen perguntou revirando os olhos, enquanto enlaçava com as pernas a cintura do moreno sentindo algo firme entre meio a suas pernas. Após ser enlaçado o moreno não deixou barato, e moveu seus lábios mais para baixo. Ele agora passava os lábios quase nos seios da morena.

- Vai com calma. – Uma voz quase nula saia de sua boca. Ela não o repreendia, ela apenas queria sentir mais daquele momento. Ele alcançou os lábios dela que movia seu corpo contra o dele. Os lábios dos dois magos da Fairy se entrelaçavam de uma forma sem ritmo, sem emoção, sem amor.  Era um beijo de momento, um beijo de necessidade, um beijo de atração.

Coisas passavam na cabeça dos dois. Na de Elfman era que ele amaria aquela mulher e na dela, era que ele a amaria. E nisso, com esses pensamentos, Elfman sujava o vestido de Evergreen naquela grama, enquanto a mesma adentrava a regada do moreno arranhando suas costas.  E assim foram por incontáveis minutos, apenas beijos com um amasso intenso entre os dois morenos, que se amaram ali, naquele morro.

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- Você melhorou, Elfman. – Agora já sentada novamente no morro e menos bêbada, Evergreen dava um sorriso forte para o moreno que estava deitado sobre o colo da mesma a encarando.

- Acha?

- Acho.

- Elfman.

- Diga.

- Esses beijos nunca aconteceram, ouviu?

- Quais beijos?

- Isso mesmo. – Os dois se encaravam com sorrisos, eles estavam firmes na decisão de não contarem e muito menos lembrarem sobre os beijos. Mas será que duraria? Será que eles realmente não lembrariam?

- Vamos já esta tarde. – Elfman levantou tropeçando fazendo a morena gargalhar.

- Vou te levar em casa, garotão.

- Ei! Homem que é homem não aceita...  - Antes que ele pudesse terminar a frase, foi interrompida por Evergreen.

- Ta! Ta! Já entendi, não aceita que uma mulher o leve em casa, não é?

- Isso mesmo. – Ever gargalhou, olhou para Elfman e lhe fez uma proposta.

- Você me deixa te levar em casa e prometera que isso não ira ferir seu orgulho, e...

- E?

- Eu te deixo me chamar de Ever. Fechado?

- Fechado.

Evergreen agora estava crente que aquele moreno, de alguma forma, mexia com ela. Até porque, a partir dali, ele era intimo dela.

Continua....


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Notas finais do capítulo

Capitulo novo para voces o/
Espero comentarios!