Ore Wa... Otoko Da!!! escrita por Lenore Marana


Capítulo 13
CAPÍTULO EXTRA em comemoração ao retorno do Haruhi e de Ore Wa Otoko Da


Notas iniciais do capítulo

Decidi voltar a escrever essa história depois de muito tempo parado. Espero que eu ainda tenha quem leia ela! hahaha



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As mãos corajosas de um herói de armadura arrancam das paredes de um beco do reino um cartaz que recruta cavaleiros de armadura. O homem vai até o castelo real, como o cartaz indica.

–Acho que a equipe de busca está completa. – Diz a capitã Marika, líder do grupo de cavaleiros reais. – Precisamos resgatar a princesa urgentemente.

É nesse momento que as portas se abrem e o homem coberto por sua armadura prateada adentra o recinto.

–Quem é? – Pergunta a capitã.

–Estou aqui pelo trabalho. – Ele diz por debaixo de seu capacete lustroso.

Todos subordinados da capitã Marika se voltam para o novo recruta.

–Acha que pode nos ajudar?

–É claro.

–Pois então deixe eu ver seu rosto, cavaleiro corajoso. – Exige a capitã.

O capacete se vai, dando lugar a uma feição angelical e longos cabelos louros e sedosos.

–Sir Haruhi do condado de Seitoku, a seu dispor, capitã da guarda real Marika.

A mulher de cabelos roxos e armadura pesada, que até então manteve a postura séria e imponente, não consegue evitar, por mais que tente, de deixar uma risada escapar mediante a situação.

–Uma garotinha!! – Exclama.

–Garotinha?! – Sir Haruhi dá um passo para trás, um pouco surpreso pela quebra de personagem. – Eu sou um homem, oras!

–Desculpa, desculpa! – Marika se desculpa como se tentasse falar sério mas não conseguisse. – Não posso deixar uma menininha ir conosco, esse tipo de coisa não combina com mulheres.

–Como assim? Você é mulher!

–Não tanto quanto você!

–Ora, sua...! – Ofendido pela sua honra, sir Haruhi saca sua espada e parte na direção da capitã Marika, com intenção séria de atingi-la, porém a capitã saca duas pistolas de cano longo e defende o golpe as cruzando no caminho da espada.

–Pistolas? – Haruhi observa, ainda no calor daquele golpe que não cedia para nenhum dos lados. – Nós estamos na época medieval, você não pode usar pistolas, Marika!

–Não enche, eu uso o que eu quiser! – Marika empurra as espadas fazendo Haruhi recuar e então acende um cigarro, apesar disso não combinar nem um pouco com o cenário ambientalizado. – Você pode participar, mas vai ter que ser a maguinha de cura.

–Eu quero lutar! Até arranjei essa espada maneira!

xxxxxxx

Após uma longa discussão, o grupo partiu.

–Por que eu sou obrigado a vestir isso? – Haruhi reclama de seu vestidinho de maga de cura e sua tiara brilhante. – E não tenho nem direito a meu próprio cavalo...

–Não reclame, você existe para ser maltratado. Agradeça. - Marika responde, enquanto dá carona para Haruhi em seu cavalo.

–Atenção! – A capitã anuncia. – O princesa maga cuca-fresca foi sequestrada! Sem sua magia cuca-fresca, nosso reino caíra em perdição, então é extremamente importante que nossa missão seja bem sucedida!

Todos outros cavaleiros do grupo urram em sintonia.

Enquanto Marika cavalga o cavalo, Haruhi está sentado com ambas pernas voltadas para mesma direção, o que permite que ele observe os outros cavaleiros do grupo.

–Olá. – Um dos cavalos se aproxima e a pessoa nele começa a conversar com Haruhi. –Meu nome é Kenzo.

O rapaz retira seu capacete e mostra sua face, cabelos castanhos lisos e um cavanhaque de mesma cor.

–Oi. – Haruhi responde desanimado.

–Eu serei aquele que irá salvar a princesa, e serei condecorado eternamente como um herói!

–Só vai fazer papel de idiota, né? – Ele responde, desdenhando.

Os cabelos lisos de Kenzo começam a se arrepiar, como um efeito colateral da raiva.

–Você verá! Não perde por esperar, princesinha!

–Sim, sim... Dá pra ir embora agora?

Kenzo se afasta e um novo cavaleiro chega perto, cumprimentando o louro e revelando sua face.

–Yuriko?!

–É, sou eu... Sou encarregada de comandar os cavaleiros na hora da batalha...

Haruhi se impressiona por sua amiga de aparência tão frágil ter uma tarefa tão difícil.

–Espera aí! Marika, você disse que mulheres não podem batalhar! – Reclama para a irmã.

–Você não acha isso machista demais? – Marika muda o tom, fingindo não saber de nada. – Eu acredito que cada um tem a sua vocação...

–Você fez isso só pra me provocar, não é, desgraçada? – Haruhi aponta o dedo para o rosto da irmã mais velha.

–Isso não é jeito de uma dama se portar!

–Eu não quero saber!

Assustada pela confusão, Yuriko se afasta e um terceiro cavaleiro chega ao lado, ele tira o capacete e revela cabelos negros e olhos nada chamativos, completamente normais.

–Oi, meu nome é – Ele é interrompido por um outro cavaleiro que para seu cavalo em frente à expedição.

–Quero fazer um anúncio! Vou me casar!

Todos se impressionam, ignorando completamente o rapaz que tentou se apresentar antes.

O cavaleiro pula do cavalo e retira seu capacete, mostrando-se um rapaz de linhagem nobre, cabelos louros curtos e olhos bem azuis. Era famoso no reino. O rapaz caminha até o cavalo de Marika e se ajoelha no chão, olhando para Haruhi.

–Senhorita maga da cura Haruhi, aceita se casar com esse Lorde Benibara Bara que tão humildemente pede sua mão?

Todos observam aflitos, aguardando a resposta da noiva.

–É claro... – Todos assumem que o casamento seria um sucesso. – Que não!

Haruhi, aproveitando a altura em que estava, usa o rosto de Bara como degrau para descer do cavalo.

–Isso... Isso é amor, não é? – Um Bara pisado fala sozinho no chão.

–Desiste amigo. – Marika puxa outro cigarro.

–Enfim, estamos aqui não é? – a “maga de cura” Haruhi caminha até o cavalo de Yuriko e mexe no bagageiro, pegando de lá a espada que carregava anteriormente, então apontava para uma torre. No topo dessa torre, em uma varanda, a princesa Reina Maga Cuca Fresca observa os heróis que chegaram.

–Ó, cavaleiros! Vieram me salvar? – Ela exclama do alto, e logo conde Kazuki aparece atrás dela trajando um sobre tudo preto, um rosto pálido e caninos afiados.

–Jamais deixarei que levem a princesa cuca fresca! Irei usar a magia dela para ser o conde mais poderoso do planeta! – Ele ri maleficamente em face do próprio plano! – A não ser que.... Me entreguem essa linda maga de cura em troca da princesa! Isso eu aceito.

–Trato feito! – Marika exclama lá de baixo sem nem hesitar.

–Ei! – Todos protestam.

–Não vou entregar minha noiva! – Bara saca sua espada e entra na frente de Haruhi para protege-lo.

–Quem disse que eu sou sua noiva? – Ele reclama, enquanto ignora a proteção oferecida e anda para frente de Bara com passos calmos. – Vamos, todos!

Liderando, Haruhi corre para dentro da torre, atrás dele, Bara, Yuriko, Kenzo e o outro rapaz, todos determinados a resgatar a princesa.

Meia hora depois estavam todos de volta, derrotados e acabados.

–Tropeçaram na escada, é? – Marika pergunta.

Nenhum deles tem força para responder, apenas caem exaustos no chão.

–Haruhi-chan... Use sua magia de cura na gente.. – Pede Bara.

–Eu não sei... fazer magias de cura...

Um cavaleiro que até então não tinha se apresentado dá um passo à frente. Retira seu capacete e revela ser Sir Dainori, um garoto normal, de cabelos curtos e óculos, que vive em uma casa com outros três garotos, porém possuidor de uma aura negra avalassadora. Ele entra na masmorra e em questão de minutos está de volta, segurando a princesa embaixo do braço como se ela fosse um pão.

–Co... Como conseguiu isso? – Haruhi, que estava se recuperando sentado no chão, pergunta.

–Foi só conversar com o conde... – Ele responde com a expressão mais cínica e falsa do mundo. Todos ficam com medo demais para perguntar qualquer outra coisa.

Ninguém nunca mais ouviu falar do Conde Kazuki.

xxxxxx

–Que tal, a minha ideia para a peça da escola? – Pergunta Kazuki, sentado numa carteira escolar, próximo de Haruhi.

–Péssima. Como esperado de você... E por que minha irmã sequer está na peça?

–É que quando ela está por perto, você mostra seu melhor lado. – Ele ri provocativamente.

–Minha vida escolar vai ser muito difícil... – O louro reclama.


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