O Retorno Do Anjo De Sangue escrita por Rodneysao


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Algumas observações antes do proximo capítulo
1) pode acontecer de eu escrever uma cena onde algum personagem usa uma habilidade que não exista no jogo.
2) Os outros personagens jogaveis que não apareceram ainda podem ou não entrar em alguma cena, isso tudo vai depender de muitos fatores como por exemplo se eles estão vivos, se foram presos, se fugiram etc
3) pode acontecer mais para frente de entrar um pouco no mundo do Dissidia. convenhamos, se o Ramza estivesse presente no dissidia seria um jogo ainda melhor do que é.
curtam o capítulo =D



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                Um mês depois...

                Ivalice é o principal reino dentro do continente, por ser tão grande e ocupar muito da área habitável de terra era muito difícil ouvir falar de outros países pequenos que existem nos arredores, principalmente com a guerra dos leões onde todas as atenções estavam focadas nos problemas internos.

                De certa forma foi bom para Ramza e Alma, pois ambos deixaram Ivalice à dois dias, eles sabiam que não existia onde ficarem na antiga pátria, ambos eram considerados mortos e Ramza era considerado um herege. E pela falta de atenção de Ivalice para com os países visinhos eles conseguiram sair sem nunca serem notados.

                Nessa ultima semana de viagem os dois entraram em um pequeno país chamado Galna, Galna era um país de clima mais temperado, tendo como base de renda principalmente a pesca e o turismo, pois era um país costeiro.

                Andando pela estrada velha e esburacada, Ramza e Alma chegaram à cidade de Burkos, uma cidade conhecida na região pelos campos de trigo e pela terra fértil, Ramza não podia se dar ao luxo de desperdiçar Gil, depois da fuga do cemitério de aeronaves todo seu dinheiro e equipamentos de sobra tinham ficado com Bersórdio, pai de Mustádio. A cidade era bem movimentada e alegre, mas bem pequena se comparada à Dorter ou Gariland, os dois encontraram uma taverna de aparência modesta, já era tarde, quase ao anoitecer e ambos precisavam de uma boa noite de descanso.

                - Irmão, quando de Gil ainda temos?

                Ramza pegou a algibeira e contou as moedas douradas – mil trezentos e quarenta e quatro Gil, acho que da para uma noite sem ameaçar nossa economia.

                - Vamos passar a noite aqui por hoje, amanhã podemos procurar um pedaço de terra à venda, se vamos começar de novo vamos ser camponeses, menos responsabilidades.

                Ramza deu um pequeno sorriso – bem, acho que tem razão.

                Tendo decidido o que fazer eles entraram na taverna, o ambiente era tranqüilo e surpreendentemente limpo, varias pessoas estavam sentadas nas mesas conversando e bebendo, Ramza se aproximou do balcão e um homem alto e um pouco gordo com um bigode grosso os atendeu.

                - o que posso fazer pelos senhores?

                - precisamos de um quarto para ficar por essa noite, eu e minha irmã estamos viajando a muito tempo e precisamos descansar.

                - bem, um quarto simples com duas camas, jantar e café da manhã sai por duzentos Gil.

                Ramza fez uns cálculos rápidos e concordou – vamos ficar.

                O homem foi até um pequeno armário e retirou uma chave – quarto doze, em uma hora o jantar será servido, então peço para que vocês desçam pois não temos serviço de quarto.

                - sem problemas, antes de subirmos, o senhor sabe de alguém que está vendendo terras nos arredores da cidade?

                O homem ficou pensativo enquanto franzia as sobrancelhas – terras à venda não há, mas se vocês estão querendo um lugar para viver acho que posso arrumar um, uma velha senhora vive em uma fazenda sozinha, há muito ela não consegue mais dar conta de todo o serviço, depois que seus filhos saíram de casa para tentar ganhar dinheiro na guerra ela pediu para quem estivesse interessado para ajudá-la na fazenda, acho que vocês podem falar com ela, seu nome é Maria.

                - muito obrigado, senhor, nós vamos nos encontrar com ela amanhã.

                Alma subiu na frente ansiando por uma cama macia para deitar, o quarto era simples, duas camas, um pequeno guarda-roupas vazio, uma mesinha de canto com uma lâmpada à óleo e uma janela que dava para as montanhas à oeste.

                Ramza sorriu quando alma pulou na cama rindo, ele entrou no quarto e trancou a porta, Alma retirou as botas e luvas e se deitou na cama suspirando contente, Ramza retirou a armadura e a colocou no guarda-roupas junto com a espada, ele agora vestia uma camisa branca e uma calça marrom de couro e botas de viajante.

                Uma hora depois o jantar foi anunciado, ambos desceram e viram uma grande mesa com pães, sopa de cebola e um javali assado. Eles se sentaram na mesa ao lado de vários outros viajantes.

                A comida estava deliciosa, mas Ramza sentiu falta de um vinho, Alma comia com gosto, meses se alimentando de carne seca e, quando encontravam, frutas a deixou com grande apetite. Enquanto comia Ramza fazia planos para o futuro, ele queria simplesmente viver como um fazendeiro até o fim de seus dias, seu trabalho já estava feito e ele não queria mais nada, Alma estava segura e Ivalice estava estável.

                Seus pensamentos foram cortados com a conversa que um jovem escudeiro estava tendo com uma alquimista na cadeira do lado – Lillian, você ouviu? Parece que a rainha Ovélia de Ivalice faleceu por uma doença.

                - é mesmo? Ouvi dizer que eles encontraram outro herege, como era o nome? Onan, Olan? Orran! Isso Orran, ele estava espalhando histórias sobre aquele herege, Ramza Beoulve, tentando inocentá-lo e jogar a culpa no rei e na igreja.

                - o que aconteceu com ele?

                - você não ouviu, Lee? Ele foi queimado na fogueira e sua alma purificada.

                Ramza congelou, Orran morto? Já era ruim presenciar a morte de Léo, Cid, Agrias e Mustadio, mas agora ouvir falar da morte de Orran? Era terrível. Ramza sentiu uma mão em seu ombro confortando-o, ele olhou para a direita e viu Alma olhando-o nos olhos, ela sabia, ela tinha ouvido a conversa e estava triste também, principalmente pela morte da rainha, mas mesmo assim ela se manteve no controle de suas emoções.

                - Acalme-se Ramza, não há nada que possamos fazer agora... – ela susurrou de modo que só ele poderia ouvir.

                Ramza respirou fundo e deu um sorriso de agradecimento, ela tinha razão, agora ele não poderia fazer nada.

                Eles terminaram de comer e foram dormir.

                Ramza se viu flutuando sobre um enorme campo de batalha, só pela atmosfera ele sabia que não era seu mundo, o ar estava carregado com magia, os céus eram esverdeados e a água parecia bem mais limpa que a água mais pura.

                No campo de batalha tinha dois exércitos, Ramza conhecia grande parte dos soldados dos dois exércitos, seus olhos se arregalaram ao ver Altima na frente de um dos exércitos e Bahamut na frente do outro, o exercito de Altima era formado pelos Lucavi, entre eles Belias, Adrammelech e Hashmal, e também por varias pessoas que ele sabia que estavam mortos como Cardinal Dracolix, Marquis Elmdore e Wiegraf.

                O exercito de Bahamut era formado principalmente pelos Espers principais, entre eles Shiva, Ifrit e Odin, e também por varias pessoas que Ramza tinha visto morrer, como Zalbaag, Balbanes e Cid.

                Bahamut e Altima olharam para ele e disseram ao mesmo tempo – Não pense que está livre de suas obrigações, cavaleiro esquecido, seu caminho para a paz ainda não se completou, suas escolhas vão influencias ambos os três mundos, o seu, o dos Espers e o dos Lucavi, saiba que a jornada não será fácil, você vai sofrer e vai derramar mais lagrimas, mas no final, se você escolher os caminhos certos, lhe será concedido o descanso e a paz que precisa em vida.

                Ramza sentiu o desespero crescer, ele tinha visto tantos morrerem em sua própria jornada para salvar Ivalice que ele não tinha certeza se conseguiria passar por tudo isso outra vez – por que? Por que eu? O que eu fiz para merecer isso?!

                Um flash de luz o cegou por um momento e quando sua visão se ajustou ele viu um grande e  belíssimo jardim, uma mulher estava sentada em um banco olhando-o de maneira tão intensa que ele teve certeza que ela estava vendo sua alma, ela sorriu, mas foi um sorriso triste, como se ela soubesse que o que ela fosse dizer iria causar muita dor.           

                - eu o escolhi, Ramza, porque sua alma é brilhante e pura, você tem a força e a vontade para lidar com grandes poderes e não se perder, você tem a moral de nunca deixar que o poder o controle, neste mesmo momento você é um dos mais poderosos homens na terra, e o que você faz com esse poder é o que eu me orgulho, você o usa para o bem das pessoas e não para o próprio bem.

                Algo nessa mulher estava absurdamente errado, ela tinha uma aura mágica tão poderosa que faria Bahamut não parecer nada, e mesmo assim sua aura era suave – Qu... quem é... você?

                - eu sou Cosmos, a guardiã da harmonia e da paz. Ramza, meu tempo está acabando, mas eu prometo, se você conseguir vencer essa guerra eu te darei a paz que tanto quer, longe de toda a dor que você já enfrentou – enquanto ela falava sua imagem ia se nublando até desaparecer em luz dourada.

                Estranhamente dessa vez ele estava calmo e relaxado, mas esse sonho foi tão estranho quanto o outro que ele teve um mês atrás, de alguma forma ele percebeu que o confronto daquela magnitude iria mudar o mundo para sempre, e, amargamente, ele percebeu que era um ponto chave no meio desse confronto.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado =D
postem reviews, quanto mais reviews mais JP o Ramza ganha, a cada capítulo novo vou colocar a contagem de JP atualizada, se alguem quiser comprar uma habilidade de fale XD
JP atual: 40



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