17 de março de 1643

Acordei eram mais ou menos cinco e meia da manhã.

O céu estava escuro, todo nublado, começava a chuviscar...

Levantei e fui me arrumar, afinal eu começaria hoje.Depois de pronta desci as escadas e fui para cozinha, encontrei minha mãe sentada na soleira da porta.

-Bom dia mãe ! – ela levantou e veio falar comigo, me dano um abraço apertado.

-Bom dia minha filha ! Animada para seu primeiro dia de trabalho?

-Na verdade mãe eu tenho uma dúvida...

-Diga-me, qual vem a ser a sua dúvida?

-É que eu não sei bem o que fazer, não sei o que ensinar para...eles – E foi nesse momento que eu me dei conta que eu ficaria o dia todo numa casa com dois homens, sozinha, sim, o Sr. Salvatore era um homem muito ocupado, não pararia em casa.

E o que eu ensinaria eles? Eles eram grosseiros e mal educados? Mastigavam de boca aberta?

Quase que automaticamente meu rosto se puxou em uma careta, fazendo com que minha mãe caísse na gargalhada.

-Calma minha filha, acalme-se, o Senhor Salvatore me explico tudo, eles não são grosseiros, nem mal educados, muito pelo contrario até, eles só necessitam de um toque feminino na vida deles...

-Não entendi mãe. Que toque feminino é esse?

-Eles precisam conviver com uma garota – minha mãe disse me indicando – passaram muito tempo só eles, o pai e as empregadas.

-Agora entendi. – eu ganharia dinheiro por simplesmente ficar com eles, fazer companhia para eles.

Sim isso seria fácil.

-Então será fácil, fácil, eu só terei que ficar na casa deles!

-Não tão fácil assim minha filha. Você terá que ensinar coisas para ele...

-Que coisa mãe?

-Coisas que você sabe de melhor...

Nesse momento eu entendi, eu teria que ensinar tudo que meu pai me ensino, desde jogos até...piano, minha paixão.

*Toc toc toc*

Minha mãe foi abri a porta, quando finalmente cheguei a porta, minha mãe se viro percebendo minha presença.

-Filha é a carruagem, ela chegou, me ajuda a pegar a...comida – percebi que minha mãe teve dificuldade em pronunciar a ultima palavra.

Ajudei ela a pegar a comida, levamos tudo pra dispensa, pelo que pude observar pelas sacolas enormes, tinha legumes e hortaliças, frutas, e muitas outra coisas, ele havia mudado, ao invés de por dia seria por mês?

-Vamos Senhorita Pierce? – O motorista da carruagem me perguntou.

-Claro – respondi pegando  meu chapéu – Mãe, até de noite, disse dando um forte abraço em minha mãe – de um beijo na Margareth por mim.

Entrei na carruagem e o motorista pos a mesma para andar.

*Vinte minutos depois*

A carruagem paro, e alguém abriu a porta para que eu saísse. A viagem tinha sido tranqüila, queria  que meu coração estivesse tranqüilo também...

Segui em direção a casa, o Sr. Salvatore me esperava na porta.

-Entre Srta. Katherine.- eu entrei e ele logo me acompanhou – Meus filhos a esperam na sala.

Nos encaminhamos até a sala. O sou bateu em cheio em meu rosto, ofuscando minha visão. Foi como se tivesse diminuído a intensidade do sol, permitindo que eu enxergasse a sala, e dois homens de pé.

Meu coração parou por um breve momento e voltou a trabalhar...

O que eu via era a visão mais perfeita, a mais bela arte da natureza...

Não sei quanto tempo fiquei encarando aquela miragem, só sei que foi tempo suficiente para não querer parar de ver.

-Katherine – Disse o Senhor Salvatore me tirando de meu transe – Esses são meus filhos, Damon e Stefan Salvatore.

Damon era o que tinha aparência de mais velho, cabelos negros como a noite, olhos azuis claros, pele clara, e um sorriso intimidador.

Já Stefan, tinha os cabelos claros, castanhos claros, seus olhos verdes prendiam minha atenção de tal forma que fazia meu coração...doer.

Fiz uma reverencia, os dois se aproximaram, e um de cada vez pegou minha mão e deu um beijo.

Percebi naquele instante que não seria tão complicado assim.Eles pareciam bem educados, pelo menos com isso eu não teria que me preucupar.

- Bem eu quero saber o que você pretende fazer hoje – o Sr. Salvatore queria saber o que eu faria hoje, acontece que eu não sabia...

-Hoje eu pretendo só observá-los, saber como se comportam no dia a dia.

Eu poderia ganhar um premio por pensamento rápido.

-Interresante – disse o Sr. Salvatore analisando – Bom, vi que dei o trabalho a pessoa certa. Me desculpa, mas terei que ir á uma reunião de negócios.

-Tudo bem – Disse, acompanhei com os olhos ele ir embora, me virei para os meninos que ainda me encaravam. – Bem, eu me chamo katherine, e acho que vocês já sabem para que eu estou aqui.

-Sim, sabemos – responderam em uníssono.

-Eu quero conhecer mais os seus hábitos, poder ver onde eu vou precisar investir, então hoje, eu quero que vocês finjam que eu não estou aqui e façam o que você fariam.

Bem podem começar a  agir como se eu não estivesse aqui.

-Meio impossível isso ! – Disse o ...o...Damon! O irmão dele,...Stefan deu uma cotovelada na barrigada do irmão, como para repreende-lo.

-Só estou falando a verdade! Mas tudo bem, vou tentar!

E assim passou o resto do dia, eu observando eles...