Four Times escrita por VampireWalker


Capítulo 3
Three, Falling Falling Snow


Notas iniciais do capítulo

Outra música que eu segui o clipe, hoho.
Claro que eu inventei umas partes para o capítulo poder ficar com quatro páginas no word se não eu me revoltava.
KYAAAH, PENÚLTIMO CAPÍTULO! 8D
Boa leitura, nee~
Three, Falling Falling Snow



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     Lá estava ele, trajando um suéter branco e uma calça jeans escura, um casaco azul petróleo longo que ia até um pouco abaixo dos joelhos, uma bota de neve marrom clara e fones de ouvido felpudos pretos, luvas marrons mais escuras que a bota e um cachecol da mesma cor que as luvas. Estava parado no meio de uma ponte coberta de neve, ela era larga e embaixo de si havia um lago que lutava para não ser congelado naquele momento. Flocos de neve caíam sobre a ponte, o lago e as duas pessoas que se encontravam sobre ela.

Nesta cortina da noite, a lua brilha em duas pessoas

Procuro por calor enquanto abraço a quem me pertence

Minha respiração torna-se branco como eu uso o meu dedo dormente

Para gravar seu nome na neve como ela derrete e desaparece

     A moça vestia uma saia amarela com listras vermelhas, um cachecol idêntico a saia, uma jaqueta marrom fechada, uma bota de cano longo da mesma cor que a jaqueta que ia até os joelhos por cima de um par de meias brancas que iam até a metade das coxas.

     Len se agachou e tentou escrever o nome da moça na neve, “Rin”, mas a ventania e os flocos de neve o apagou em uma rapidez. O loiro fez uma cara triste enquanto se levantava, lembrou-se daquela vez quando segurou na mão de sua namorada e prometeu: Eu nunca vou te deixar.

A promessa que fiz naquela época

Está desaparecendo além da visibilidade branca

E retorna ao nada

     Um sorriso triste era presente no rosto do loiro enquanto o mesmo se lembrava daquele dia, fora um dia depois de tê-la pedido em casamento pelo que se lembrava.

     Ele olhava a silhueta de sua amada esposa que estava andando em passos apressados para longe de si, dizendo que nada mais importava. Seus olhos estavam azuis celestes e brilhavam sem intensidade, pois a tristeza era a palavra que se cabia para o tal brilho de seus belos olhos. O loiro cantou um trecho de sua música predileta, que combinava perfeitamente com aquela situação. Sua música favorita era uma que ele mesmo tinha cantado e escrito sua letra, mas não sabia que aquela situação realmente aconteceria um dia de sua vida.

Caia, caia neve. Eu quero que você me cubra e me esconda

Eu vejo suas costas indo para longe de mim e seguro minhas lágrimas

A queda de neve engole, meu mundo e meu amor

Até que a dor no meu peito cura

Derreter-se no branco

     Len ficou parado com o olhar distante, esperando que sua bela esposa voltasse para seus braços, pedindo desculpas pelo mau entendido que havia acontecido em sua primeira lua de mel. O que havia de errado em chegar atrasado no hotel por causa de um chocolate quente que não saia? Se ela queria tanto assim um chocolate quente, era só tê-lo avisado quando chegasse no hotel que ele procuraria por algum local que vendesse por isso e não esperá-la reclamar.

Os dias que eu passei com você através do fluxo de passagem das estações

As memórias se encheram de risos se tornaram uma imagem transitória

Sua aparência começa a desaparecer no congestionamento

     Novamente se lembrou dos dias que passaram juntos em todos esses anos, quando estavam na primavera e se depararam com a plantação amarela, a cor preferida de ambos, apesar do rapaz apelar para o laranja de vez em quando, brincando naquela colheita, rolando na grama amarela, pegando uma flor e dando-a para sua garota que ficava envergonhada ao ver que ele se aproximava e colocar uma bela flor de margarida atrás de sua orelha, logo dando um sorriso e o beijando em seguida.

     A imagem de Rin desaparecia aos longos passos que dava para se distanciar do marido, longos e dolorosos passos, seu coração desabava em lágrimas por ela mesma, não iria chorar agora enquanto ele ainda estivesse por perto. Sua silhueta ficava cada vez mais distante e transparente por causa da rajada de neve que teimava em cair naquele péssimo dia.

     - Por favor não vá. - pediu o loiro para o vento, mas se direcionava para a loira.

Meus sentimentos tornaram-se um fragmento na neve

     - Caia, caia neve. Eu quero isso para cobrir e esconder sua aparência. - cantava Len enquanto olhava para a neve abaixo de seus pés - São esses objetos silenciosamente caindo na neve ou as minhas lágrimas?

A queda da neve engole, você e nosso passado

Até o dia quando ele derrete e desaparece

     Ele pedia baixo, cantava a letra baixo, esperando com o resto das esperanças que existiam em seu peito que sua mulher o ouvisse com amor e carinho, voltando para seus braços.

     - Não se esqueça de mim. - cantarolou.

     Len olhava ao redor, a ponte estava mais branca do que sua cor original, o lago já estava um pouco cristalizado, até o amanhecer já teriam crianças brincando no lago congelado. Um pequeno sorriso se abriu no rosto triste do Kagamine ao pensar em crianças, sempre teve o desejo de ser pai desde que viu a pequena Kamui aos dezesseis anos, agora que ela era a Senhorita Kagamine, o que faziam da vida?

     Ficou a pensar um pouco, ainda olhando para frente. Estava viajando em sua mente enquanto lembrava-se dos dias felizes que teve com sua Kagamine, não esperaria que tudo acabasse em lua de mel, quem esperaria por isso? Com certeza Gakupo iria matá-lo quando voltasse para sua cidade natal, bem... Ele bem que poderia mudar o seu roteiro de viajem para não ser morto muito cedo, ainda queria ser pai pelo menos.

     Pai... Esta palavra ficava rodeando sua mente. Será que não era o fato de sua mulher querer comer de tudo? Já seria pai no início do casamento? Balançou a cabeça negativamente, apagando aqueles pensamentos da sua cabeça.

     Estava certo, Gakupo realmente iria lhe matar quando voltasse. Além de fazer sua queria irmãzinha alegre “chorar” entre aspas, ainda a tinha engravidado após o casamento ter acabado, sem pensar nas consequências? Gakuko também faria o mesmo, só que de forma mais rápida do que seu irmão mais velha faria.

     Já estava estremecendo ao pensar como seu querido e belo cunhado iria lhe matar, talvez o prendesse no quarto mais alto da torre mais alta de um castelo alugado, o fizesse vestir-se que nem uma princesinha para total humilhação do loiro, pegasse sua poderosa espada que limpava e afiava todos os dias e, com um sorriso maníaco, começasse a fazer leves cortes no loiro que deveria estar com um vestido rosa longo parecido com o da Bela Adormecida, com maquiagem e seu cabelo preso em duas marias chiquinhas.

     - Não, tudo menos isso. - comentou o rapaz colocando as mãos na cabeça e mexendo-a freneticamente, queria realmente tirar aqueles pensamentos nada agradáveis de sua mente.

     Ele se abraçou, como se fosse a solução de seus problemas para retirar seus pensamentos. Uma silhueta misteriosa apareceu, tirando sua concentração e fazendo-o virar para ver quem era aquela pessoa tão misteriosa que vinha ao seu encontro.

     Seus olhos se arregalaram ao descobrir que sua adorável esposa vinha em sua direção, quase soltou um sorriso ao vê-la se não fosse tamanho o espanto pelos seus pensamentos.

     Rin se aproximou dele com um pequeno sorriso no rosto, triste como sua face apresentava-se naquele exato momento. Ficou frente a frente de seu esposo, ficou na ponta dos pés e deu-lhe um beijo nos lábios, o rapaz ficou estático, não se movia e não raciocinava direito.

     Ela apenas deu um riso sem graça e ainda triste e seguia a direção de onde veio. Indefinição e rompendo, os fragmentos da minha memória.

     - Adeus. - falou a loira enquanto acenava um tchau já de costas para o loiro e andava para frente.

     Ele levou a mão direita aos lábios, sua face demonstrava várias emoções, espanto, surpresa, felicidade, angústia, solidão, entre outros. Mas o que transparecia em sua face era o espanto de ter recebido um “último beijo” dela.

     Seus olhos não aguentaram mais a pressão, não aguentavam mais segurar-se, lágrimas grossas, molhadas, lentas desfilavam sobre o rosto pálido e gelado do loiro, o mesmo parecia uma criança chorando após perder sua doce mais precioso ou terem roubado seu brinquedo preferido.

     - Esconda-me desta solidão! - pedia o rapaz com os olhos embargados de lágrimas, não aceitava a rejeição da única mulher que já amou na vida.

     Sua vida acabou de virar de cabeça para baixo, continuava chorando como uma criança, ninguém estava lá para ver, nem mesmo a mulher que o tinha feito chorar, mas ela ouvia e chorava junto, cantava junto com ele também, conhecia a letra de cor de tanto ouvir o mesmo cantar as escondidas, em altas horas da noite.

     - Caia, caia neve. Eu quero que você me cubra e me esconda. - cantaram juntos os Kagamine, apesar da longa distância existente entre eles, podiam ouvir um ao outro, mas isso não fazia nenhum sorrir.

     - As gotas caindo são a minha voz e minhas lágrimas. - continuou Len, parecia perguntar ao invés de confirmar o que a letra de sua música falava.

     - A queda da neve engole, o meu mundo e meu amor. - falou Rin enquanto sua fala ecoava sobre aquela ponte.

     - Até que a dor no meu peito cura. Derreter-se no branco. - disse o rapaz enquanto se agachava de dor, tinha ganhado a dor da solidão, da tristeza e de um coração partido ao mesmo tempo.

     - Não se esqueça de mim . - pediram ambos os loiros com tristes sorrisos nos lábios, se dirigindo para direções opostas.

     O lago não refletia mais nada além da ponte, não havia mais nenhuma pessoa para ser refletida sobre ele, o mesmo congelou. Muitos diziam ser por tristeza, pois não estava mais na época do lago brilhar, os moradores já falavam que era pela triste cena que o lago presenciou na noite de um certo dia, e as pequenas crianças comentavam que o grande lago se entristeceu pela bela cantoria que houve na madrugada, uma triste canção que fez o céu chorar flocos de neve, como pedido da canção que era cantada, e acabou congelando-se para contar suas lágrimas.

     Triste casal. Era o que os moradores pensaram ao ouvir aquela bela canção em plena madrugada, conheciam aqueles rostos, sempre sorridentes, agora cantando uma triste canção era para apertar seus corações. As donas de casa choravam ao lembrar da letra da música, os maridos ficavam pensativos e jogavam fora, falando que era coisa de adolescente apaixonados, os adolescentes entristeceram-se e abraçaram-se, prometendo nunca fazer algo tão cruel como tinha sido feito naquela madrugada, já as crianças, jogavam pedrinhas no grande lago, esperando que o gelo rachasse para mostrar o lindo sorriso que o lago poderia mostrar para todos que estivessem dispostos para ver.

     O que ninguém soube foi que, o casal que cantara aquela magnífica canção, não fora condenado pelo coração de ficar longe do seu verdadeiro amor. Uma noite após aquela longa e triste madrugada, re-encontraram-se em uma cafeteria local, pedindo desculpas um para o outro.


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Notas finais do capítulo

Pessoinhas lindas do meu coração (?)
Tenho uma triste notícia (?)
Minhas provas começaram nessa sexta feira (18/11) e então eu provavelmente não irei mais entrar, e eu também não terminei o próximo capítulo, infelizmente a música é grande a criatividade pouca G_G'
Espero que não me matem, D:



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