Mais um dia... Olho para a janela e o dia já havia amanhecido, olhei para o teto, e fiquei pensando... “amanhã, irei para a Itália conhecer meu noivo... o problema é, eu nunca o vi antes, não faço a mínima idéia de como ele é, e porque eu tenho que me casar? Estamos em pleno século XVI, hoje em dia, há muitas garotas por aí simplesmente estudando, não virando donas de casa! Eu só tenho 16 anos!” escutei então batidas em minha porta.

- filha, está acordada? – disse minha mãe.

- sim estou. – respondi.

- desça logo, o café da manhã já está na mesa, filha você vai hoje para a Itália.

- o que? – perguntei pulando da cama.

- sim, se arrume, depois do café da manhã você já vai.

- esta bem.

Peguei o primeiro vestido que vi no armário, por sorte não era nenhum rasgado, era um até bom demais para o meu gosto, era um rosa antigo com rosas douradas, peguei meu espartilho, coloquei tudo, prendi meu cabelo, e coloquei um colar de perolas. Finalmente desci as escadas e fui para a cozinha, todos estavam comendo, me sentei na mesa, olhei para todos os cantos, totalmente sem rumo.    

- o que você está pensando? – perguntou Kathy, minha irmã mais nova.

- nada... Alguém vai comigo para a Itália? – perguntei.

- a Jane vai, daqui a pouco ela chega. – disse Kathy.

- que ótimo. Não queria ir sozinha. – disse.

Depois que comi, fui correndo para o lavabo. A criada estava lavando as roupas, perguntei:

- Maria, Edward está aí?

- está sim querida, ele está lá no estábulo.

- obrigada.

Corri em direção ao estábulo, parei na porta, e vi Edward fazendo carinho na Blake (minha égua).

- oi Ed, tudo bem? – perguntei.

- olá senhorita Swann, estou bem e você?

- também, quantas vezes devo dizer que me chame de Blair.

- pelo menos mais uma vez. – disse sorrindo. – vai quando para a Itália?

- hoje, só estou esperando a Jane. - respondi

 - hoje? Você vai voltar, não é? – perguntou Edward.

- vou sim, eu acho. – eu disse pensativa.

- mande lembranças. – diz Edward.

-pode deixar.

Quando me virei para ir em direção a casa pegar as minha malas vi uma carruagem parando na frente da residência, era Jane.

- olhe a Jane chegou! – disse correndo em sua direção.

- Jane!

- Blair!

Nos abraçamos. – ansiosa para conhecer a terra do vinho? – perguntou Jane.

- nem me fale, estou ansiosa pra saber como ele é! – desabafei.

- eu tenho meus informantes e sei quase tudo sobre ele! – disse Jane.

- vamos agora, a carruagem nos espera! Lá você me conta tudo! – disse a puxando. – espere vou me despedir de Edward.

- Edward, estou indo agora, adeus, eu prometo que mando lembranças.

- adeus Blair. – disse Edward.

Corri e o abracei, ele retribuiu o abraço. – adeus! – disse. Me despedi de meus pais e irmãs, e em seguida entrei na carruagem. Como estávamos na Áustria, a Itália não ficava muito longe.

- como você ficou sabendo da ficha dele? – perguntei.

- sou melhor amiga do duque de Borgonha que é melhor dele.

- hm, então me conte tudo o que você sabe sobre ele. – eu disse.

- ok, o nome dele é Diego Fainello, nasceu dia 27 de Novembro de 1576, tem agora 24 anos, cor preferida roxo, fiquei sabendo que um dos homens mais bonitos da Itália, o irmão dele também é uma gracinha, deixe me ver o que mais... Eles moram em Verona, tem um cachorrinho, a mãe deles se chama Elisa e o pai Luciano, tem mais dois irmãos, o Ricardo e a Monica. – disse Jane tagarela.

- acho que entendi, obrigada. – eu disse.

- de nada! – disse ela.

Fiquei olhando para a janela, vendo a paisagem, se mudando, acabamos dormindo, depois de umas 12 horas viajando e mofando, a carruagem parou, fomos até o consulado que marcava a divisão da Áustria e da Itália, parecia um mini castelo, lá duas mulheres vieram em nossa direção e disseram:

- vocês terão que trocar de vestidos, não podem entrar na Itália com pertences austríacos.

- esta bem, mas eu quero meu vestido de volta. – disse Jane reclamando.

Me deram um vestido vermelho escarlate. Enquanto colocavam o vestido elas conversavam comigo.

- o príncipe Diego gosta de mulheres de vermelho. – disse ela com um sorriso.

- é? Ele é bonito? – perguntei.

- muito, até demais. É muito educado, gentil, querido e brincalhão. – continuou a mulher.