Capítulo 5

Sonho Incomum

“-Draco não”!

-É necessário, por favor, Alicia, fuja!

-Não, eu não vou deixar você! –eu disse.

-Crucius! – Ouvi

Draco vai ao chão...

-Nãooooooo! Por favor, pare já! Por favor! – eu chorava muito.

-Alicia! – ele gemeu meu nome.

Ele me entregou uma caixinha branca luminosa do tamanho de um percevejo.

-Liberte Cúbicos... – ele recitou.

E de repente a caixinha delicada vira... Não, não é um anel.

-Millie? –Choro.

-Ali? Ali é você? –Millie chora também.

-Sim meu amorzinho, sou eu! Venha! – eu a chamo.

-Não, você não é a Ali, ela nunca, jamais seria do mal... Quer dizer, você matou papai e mamãe... – Ela falava com um tom raivoso, cabisbaixa.

-Venha minha jovem, mostre-me seu poder... – Ouvi Lorde Voldemort dizer, enquanto colocava a mão no ombro de Millie.

-Avada Kedavra! – Millie grita, apontando a varinha para mim.

Caio ao lado de Draco no chão, enquanto Millie, com seu vestidinho rosa, florido e rodado, suas típicas Marias chuquinhas e seus olhos incrivelmente azuis, me encaravam.

-Millie? O que você está fazendo? – Eu tentava dizer em meio à dor.

-Vingando meus pais... –Ela me responde com muito ódio no olhar.

Mas quem era aquela? Não era minha irmãzinha de oito anos, indefesa e delicada, seus olhos azuis estavam ficando vermelhos, e uma marca da maldição ia se estendendo por seu braço, ela chorava de ódio e rancor, toda cortada, cheia de sangue vazando por sua pele de pêssego sensível...

-Alicia, a maldição tomou conta dela, temos que ir... –Draco murmurou para mim.

-Não, não posso deixa-la aqui, não assim! –Murmuro de volta, a dor agora era apenas em meu peito, e ela ficava pior quanto mais eu olhava para a Millie, ou Draco, ambos sangrando... As duas pessoas que me restaram, que eu mais AMAVA, estavam em perigo, e eu não podia ajudar nem salvar nenhuma delas!

Este era com certeza o meu pior pesadelo, como eu queria acordar, eu me belisquei, mas nada...

Draco segura minha mão, bem firme e nos transporta de volta a NOSSA casa.

-Não Draco, eu quero, eu preciso voltar! – eu implorava.

-Você não pode! –Ele gritou- vai voltar pra que, em? Pra morrer? NÃO!- ele chorava.

Eu o abracei...

-Desculpa, desculpa, desculpa, eu não queria causar tudo isso... – Eu chorava muito!

Ele pegou minha face com as duas mãos, para que pudesse olhar nos meus olhos...

Ele me encara e me beija. Um beijo sincero e cheio de puro amor... Eu retribuo.

O ar acabou, e nos separamos. Havia uma guerra? Eu não lembrava, eu havia esquecido de tudo e todos, exceto Draco...

Ele me puxou para mais um beijo e ia me levando para a cama, nós nos deitamos, seu peso sobre o meu e...”

-Alicia? Acorda!- Draco fala enquanto me sacode.

-O café já era pra estar pronto! – ele me xinga, de novo...

-Foi um sonho? –Pergunto.

-O que?

-Nada... Vou fazer o café ok? – Digo.

-Ta né...