No cap. anterior:

[...] Adeus, Maria Alicia Lotter.

Foi um prazer te rever, espero que quando você acordar, que volte na sua casa, e resgate seu livro de estórias, porque este seu sonho tem um motivo: NÓS ESTAMOS COM SAUDADE!

Beijos

Adrian, Cassiano, Simas.”

O QUE?

AINDA ESTOU SONHANDO COMO ASSIM?

Mas não é possível, eu acabei de acordar.

Quer dizer, eu estou aqui, na minha casa, com o meu namorado, Draco.

Não é?

Pelo menos esta carta diz o contrário.

-DRACO!

-O que foi meu amor? – ele vem preocupado.

-Meu amor, eu estou sonhando? – perguntei bem louca.

-Não que eu saiba.

-Então me beija, por favor. – eu já tinha começado a choradeira de novo.

Ele nem respondeu, apenas atendeu delicadamente ao meu pedido.

Delicadamente só pra começar, um beijo tem vários estágios, e digamos que o nosso, neste ponto, já devia estar no estágio selvagem.

Quando o beijo “acabou”, ele me perguntou:

-O que houve com você? Desde que acordou que está estranha assim! Eu te fiz algo? Eu te machuquei? Você esta arrependida por ontem ou coisa parecida?

-Não.

-Então me cone! – ele gritou- eu quero saber o que está acontecendo, eu quero te ajudar a superar isso!

-Você não pode ninguém pode... – eu chorava mais.

-Ali... – ele sorriu- Mesmo que você ache que eu não posso, eu posso tentar, não é?

-Não iria adiantar...

-Bah, mas você está pessimista mesmo em? Ai mesmo que nada vai dar certo pra você.

-Me desculpa, eu não queria, mas é que... – comecei a soluçar e então percebi que eu não iria conseguir falar e que o melhor era colocar todo aquele choro pra fora mesmo!

Comecei a berrar loucamente, eram litros e mais litros de lágrimas de pavor e medo, medo de tudo aquilo ser um sonho, medo de Draco nunca ter existido, medo de perde-lo e medo de poder acordar em qualquer minuto.

Draco me beijou de novo.

Fechei meus olhos e tentei não pensar em nada.

-Olha, Ali, já está tarde, olha a hora, são 6 da tarde! Você devia estar cansada porque pernoitamos ontem, porque não vamos dormir um pouco, sabe? Pra ver se você se acalma?

-É! Quem sabe eu não sonho com você!?

Ele sorriu e nos deitamos, eu estava tão exausta, nem parecia que tinha dormido tanto...

...

Algum tempo depois...

-Uah! – bocejei.

Sei lá que horas eram só sei que era de dia.

-Draco, meu amor?

-Viu Padre Carlos é disso que eu estou falando, ela não para de falar com este garoto! Você acha que ela pode estar possuída? – perguntou uma voz conhecida, mas que eu não ouvia há muito tempo.

-Não sei Sra. Lotter, ela acordou, vamos ver o que ela nos diz!

-ÃM? Onde estou? – perguntei muito confusa.

-Filha! Sou eu, sua mãe!

-Mãe? MÃE!

Tentei levantar imediatamente para dar um abraço nela, mas eu estava meio que algemada na minha cama.

-Mãe que po** é essa? – perguntei totalmente confusa.

-Ela nunca fala palavrão Padre, ela este mal mesmo! – disse minha mãe.

-Ai Dona Maria de Lurdes, eu estou bem mãe qual é? – falei impaciente.

-Mãe... Por que eu estou algemada e porque tem um Padre Gorducho jogando água benta em mim? – perguntei apavorada.

-Filha, ele só quer te ajudar. – Minha mãe chorou.

-Mãe eu estou bem, acho que... Acho que... Acho que foi só um sonho... – murmurei com medo da minha própria conclusão.

-Mas você está dormindo a 4 dias! E está sempre falando! – minha mãe disse.

-Aconteceu alguma coisa antes disso? – perguntou o Padre.

-Sim, ela estava contando uma história para -Ela parou, respirou e completou-  uma história para a Millie... – falou baixinho.

-E? – perguntei, ansiosa.

-E você disse que tinha um livro antigo de histórias, você começou a procurar, e caiu da escada.

-Eu bati a cabeça? – perguntei.

-Acho que sim!

-E você não me levou no médico? – perguntei apavorada.

-Sim, mas ninguém queria cuidar de você, porque você estava falando no meio do coma, umas coisas estranhas e sem sentidos, e o tempo todo o nome deste menino, Draco né? – rebateu minha mãe- Então eu chamei o Padre da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, e ele estava disposto a te exorcizar.

-Mas agora vejo que ela está bem Sra. Lotter! – disse o Padre.

-E já que eu estou bem será que dá pra me soltar, por favor? – perguntei impaciente².

-Claro filha.

-Mãe... Onde está o Papai e a Millie? – perguntei com medo da resposta em relação a Millie.

Ela fungou.

PQP.

-Não chore ta? Mas a sua irmã, bem ela, ela caiu na piscina térmica, e... Bom você sabe, ela não sabe nadar e... – minha mãe caiu em prantos.

-Ai não... Millie... – murmurei já chorando.

Depois do velório da Millie, eu fui levando sabe?

Mas antes de seguir minha vida, fui fazer duas coisas.

Primeira:

Toquei a campainha.

-Olá?

-Oi! Cassiano meu bem!

-Ah, oi Ali, pera aí que eu já vou.

Ele disse isso olhando pelo olho mágico, mas eu não tinha tempo pra isso, se ele mentia pra mim no sonho... quem sabe, não era sinal que ele fazia isso na vida real também né?

Arrombei a porta de seu apartamento com tudo, nem me preocupei com seus pais, pois ao que sei eles estão viajando a negócios.

-ORA, ORA, VEJAM SÓ!

Eu ironizo ao ver uma garota só de roupa intima em seu sofá terminando de se vestir.

-Ali, meu amor, não é o que você ta pensando! – ele choraminga.

-Não se preocupe eu sei que não é. – eu disse.

-SÉRIO?

-Claro!

-Que bom porque...

Eu o interrompi.

-Eu estava pensando que você não estava me traindo com ela! E como não é o que eu estou pensando, isso significa que você ESTÁ SIM!

Gritei com raiva.

-Mas tudo bem ok? Vai lá terminar o serviço! Porque seu soldadinho ainda está em posição de sentido, meu amor!

Dizendo isso, dei um beijo em sua bochecha, um tapão em sua bunda sorri e sai.

De certo modo acho que sonhar faz bem, porque eu cresci muito, eu sempre era conhecida com ALICIA A PURA, A INOCENTE, BONDOSA E ETC, eu confesso que isso já estava me enjoando, pois ser santinha cansa.

Segunda coisa:

Toquei a campainha.

-Olá... ÃM... Sr. Vitelino? – perguntei.

-Sim... ? – ele respondeu com uma pergunte.

-Bom, meu nome é Maria Alicia Lotter, eu morava aqui, deve ter uns 5 ou 6 anos...

-E?

-E, bom, o senhor já limpou seu sótão?

-SIM, mas por quê?

-Porque quando eu sai daqui, deixei algo escondido por lá.

-Hum... Imagino que você queira dar uma olhada não é?

-Se não for pedir muito, senhor!

-Imagina, pode procurar!

- Muito, muito obrigada mesmo, de verdade!

Subi as antigas escadas, nossa que saudade, quantas lembranças aquela casa me trazia de volta.

Abri e reli um trecho da carta que dizia:

[...] Enquanto você corria pelo sótão alguns minutos antes da mudança, a procura de seu livrinho, você tropeçou e caiu de cabeça no chão bem na frente dele [...].

Bom, na frente dele, mas isso não quer dizer que ele estivesse avulso e solto pelo chão, até porque ali tinha segredos, tipo que eu tinha uma queda pelo meu primo e pelo meu vizinho e amigo de infância.

Então eu me lembro de esconder ele bem atrás de um tijolo que tinha na parede.

Fui batendo com a mão fechada em punho pela parte mais baixa da parede – ate porque eu era baixinha, não podia ser no alto- foi quando ouvi aquele barulho de coisa oca, aproveitei a unha comprida para puxar com leveza o tijolo.

Bem atrás dele, tarã!

Meu livro!

Peguei ele nos braços e comecei a abraça-lo e a chorar!

-Muito obrigada senhor Vitelino!

-De nada minha querida, apareça quando quiser.

-Obrigada.

Ele me guiou até a porta – embora eu já soubesse onde era- e nos despedimos.

Cheguei em casa correndo e me tranquei no meu quarto, abri o livro e comecei a ler.

TUDO, exceto uma coisinha – sexo- estava lá! TUDO! Até as mortes!

Fiquei pasma.

De queixo caído lá no porão!

OS NOMES, ERAM IGUAIS, OS LUGARES ERAM IGUAIS, ERA TUDO IGUAL.

Era incrível.

Um mundo que eu criei quando era criança, voltou pra me ajudar, pra me animar!

Mas ele parecia mais feliz no meu livro.

Eu estava me sentindo em “Alice no país das maravilhas”, o filme do Tim!

Sabe?

Que quando ela era criança ela cria um lugar alegre, e quando ela volta mais moça, tudo está diferente, e ela tem que salvar o seu próprio reino encantado!

É IGUAL!

[N/A ACREDITE QUEM QUISER, mas foi só agora que pensei nisso, quando reli o cap. pra poder ter mais ideias, eu não estou imitando a “A.P.D.M .” Ok?]

Li e reli umas mil vezes!

Ta bem menos, mas foram muitas.

Até que adormeci em cima dele.

Quando acordei devia ser de madrugada, sabe quando você acorda no meio da noite, fic acordado por uns 3 minutos e dorme de novo?

Foi mais ou menos isso.

Só que eu não estava em casa, eu estava na minha outra casa, e DRACO ESTAVA DO MEU LADO! E o livro em meus braços, coloquei o livro no criado mudo.

Então me belisquei, pra ver se era sonho, e não era.

Dormi de novo.

Quando acordei de novo, devia ser uma 6 da manhã e eu estava em casa, era sábado, e eu estava cansada, então resolvi testar um teoria que me parecia ridícula na teoria, mas quem sabe na prática...

Peguei o livro que estava no meu criado mudo de casa, agora vi que não foi sonho, ou foi, eu coloquei o livro ali, e vi coisas. SEI LÁ!

Então abracei o livro e adormeci.

Acordei uma 8, e adivinha?

EU ESTAVA NA MINHA CASA DA FLORESTA DA MORTE!

Será que era possível?

Eu descobri um portal para o meu mundo perfeito?

TOMARA, e se não for, azar, farei isso, mesmo parecendo louca, só pra ver o Draco sempre que eu quiser sem precisar limpar a casa! Hehe!

E é isso, agora eu já tenho 23 anos, e continuo indo até lá, acho que isso não tem idade, muitos pensam que contos de fadas são pra crianças bobas, mas não, crianças não são bobas, muito pelo contrário, elas é que são as “boazudas” que conseguem inventar uma realidade perfeita só pra elas, e realmente crer nela, elas fazem isso sem se preocupar com a opinião dos outros, e se ser assim é ser bobo, então ta ótimo, eu sou a rainha dos bobos!

Eu continuo acreditando em tudo!

Hoje Hogwarts está na paz, graças a mim, que dei uma ajeitadinhas no meu diário de estórias!

Tipo...

Coloquei uma Tv de tela plana na minha casa, coloquei sol na floresta da morte, prendi Lord Voldemort em Azkaban! Tranquei o portal do reino dos centauros, dei uma namorada pro Jorge, porque... Por mais que tenhamos passado por bons momentos, o Draco é o meu eterno, não adianta.

DRACO?

Nós somos noivos, e vamos nos casa no ano que vem!

Quero ver se o Lúcio vaia deixar o Draco se casar com uma trouxa completa, mas... Se ele não deixar, é só eu pegar uma borracha que ele dança né?

HÁ HÁ HÁ!

Ai, ai...

Namoro Draco a uns 6 ou 7 anos – desde os 16, tenho 23 – nunca mais olhei para um único menino real, porque menino bom, é o perfeito, que só tem pra mim, se bem que... Perfeito não existe, nem no meu mundo perfeito, o Draco não é perfeito, por que? Ora porque não existe o menino perfeito, e o Draco não precisa de uma coroa, ele é e sempre será o meu príncipe encantado!

Fim...

POVS Miigaspareto

NÃO ALI! AINDA NÃO ACABOU, TEM O EPÍLOGO AINDA!

-Pior! – disse a mulher sonhadora.

-É o esquecida, acha que é só você quem importa por aqui? Poxa e eu que te dei vida em? eu não importo é isso? – disse a linda, perfeita e maravilhosa narradora.

-Ta bom, ta bom, eu admito, você merece um Meus Parabéns pela excelente história sobre mim! – disse a mulher convencida.

-MEREÇO MESMO! – diz a linda narradora irritada e exibida.

-Valeu MI! – disse a modesta mulher sonhadora.

-Ali... – murmura a perfeita narradora.

- O que? – pergunta Ali muito curiosa.

-Eu NUNCA vou te esquecer ta bom? – chora a narradora melancólica.

-Eu também Mi, obrigada por me dar vida. – chora Ali.

Nos abraçamos, e fim.

Mirella Gaspareto

29/12/2011

quinta-feira

“Alicia, eterna”.