A lua e as estrelas

POVS Alicia

Eu estava apavorada e toda dolorida, Draco estava acabando comigo, eu não sabia que ele podia ser tão assustador, morri de medo, eu estava muito tremula, até que Jorge invade aquela sala de tortura e tenta lançar um Crucius em Draco, mas não consegue e Draco nem se quer o viu, ele estava tomado pelo ódio, então nem ouviu nada ou viu!

-Está gostando agora sua vagabunda? – ele gritou comigo, Jorge estava apavorado com a cena eu vi em seus olhos que ele queria matar o Draco.

As lágrimas começaram a ser despejadas em litros para fora mim.

-Por que choras tanto em? Não estou fazendo nada que você não tenha feito com ele! Sua traidora desgraçada! Filha de troll!

-DRACO! Pare! – berrei. Mas acha que adiantou? Só aumentou a raiva e o desejo dele!

Eu sempre aprendia nas minhas aulas de comensal, que não se confia em ninguém além de seu parceiro comensal, e até agora eu tenho a seguido, mas convenhamos, não dava para confiar em Draco agora não é?

Então eu iria me render e confiar em Jorge definitivamente, aliás, se ele não se importasse comigo, ele não estaria ali não é?

-Jorge por favor me ajuda... –murmurei berrando – você é o único em quem eu posso confiar... – ele foi embora? Ai mas onde eu tava com a cabeça é claro que foi qualquer um no seu lugar teria feito a mesma coisa, ele fugiu de uma coisa inútil pra sobreviver, afinal quem ajudaria uma comensal ridícula como eu? Eu sou muito idiota mesmo se achei que ele gostava de mim!

POVS Jorge

Sai correndo com minha vassoura pelo buraco da janela, nem tive tempo de avisar a Alicia que eu iria buscar ajuda, só espero que não seja tarde de mais, eu estava fervendo de raiva, eu queria matar aquele projeto de homem, porque um homem jamais machucaria uma flor delicada como a Alicia.

Cheguei ao salão comunal da SONSERINA, com a ajuda da capa da invisibilidade, pude me grudar em Pansy enquanto ela entrava, procurei por Millie, mas não a encontrei, porém, consegui ouvir alguém dizer:

-Onde está nossa linda bruxinha malvada?

-Está se concentrando na Câmara Secreta!

-Como assim?

-Ela levou um diário, a varinha e só... Disse que não era para incomodar!

-Ai, mas eu vou lá! – “chilicou” Pansy.

POVS Pansy

Ai, aquela pirralha malvada e talentosa já estava me irritando, se ela não tivesse o poder de me matar quando quisesse eu mesma já tinha dado um jeito nela!

Resolvi ir até a Câmara Secreta puxar um pouco o saco daquela fedelha, pra ver se ela me revelava algo.

No caminho eu pude sentir que alguém me seguia, mas olhei para traz e nada.

Entrei na câmara, e quando cheguei lá em baixo, Millie (que nome de cachorro) estava meditando se concentrando vendo um livro e recitando feitiços, afinal, que espécie de criança é tão maligna? Eu precisava descobrir TUDO sobre o passado dessa garota, e um bom jeito seria aquele diário que ela tanto carrega em mãos!

-Millie... –murmurei.

-O que você quer Pansy?

-Queria conversar com você!

-Conversar? E você acha que tem a capacidade e o status suficientes para se quer me lançar um olhar?

-Acho que sim...

-Pois saiba que não tem! E é melhor que você pare de me atrapalhar e caia fora daqui antes que me aborreça mais e eu te lance um Avada bem caprichado! – ela gritou.

-Tudo, tudo bem... –gaguejei, garota maldita.

Sai da câmara chorando de vergonha e humilhação daquela fedelha desgraçada.

POVS Jorge

Entrei na câmara atrás de Pansy, e consegui ouvir a sua conversa com Millie, e meu Merlin, a garota é fogo, ela fez Pansy chorar! Ta loco!

Mas enfim, eu teria de tentar ou Alicia iria morrer! E ela era minha vida, se ela morresse eu morreria também!

-Millie! – falei ainda sem retirar a capa de invisibilidade.

-O que você quer Pansy, já chega eu vou te lançar um Avada!

-Não sou a Pansy... – murmurei.

-Então quem é? Draco? Alicia?

-Nenhum, não sou nem sonserino, mas trago algo a respeito de Alicia e Draco!

-Hum... Então fale, mas seja breve!

-Draco está matando sua irmã!

-Ah? Como sabe que ele está fazendo isso e porque acha que aquela garota é minha irmã?

-Porque ela é!

-Como descobriu? Quem está misturando meu sangue com o dela aqui em Hogwarts?

-Ninguém, ela me contou, ou descobri, sei lá.

-Então?

-Draco está matando-a e você precisa salvá-la eu não tenho forças contra ele!

-Me de uma única boa razão pra salvar aquela idiota fraca?

-Ela é sua irmã! – gritei denunciando minha posição.

-Não, só de sangue, pois eu não a considero.

Mudei de lugar rapidamente, pois pude sentir ela pegar a varinha.

Ela lançou um raio onde eu estava.

-Droga errei. – ela murmurou.

-Calma Millie... – eu disse.

-Saia daqui antes que eu te mate, além daquela traidora. – ela se levantou e saiu andando pela Câmara meio que me procurando ou procurando sentir minha energia.

Me afastei e fui para onde ela estava.

Ela estava de costas pra mim e bem longe.

Peguei um diário, acho que era dela, e comecei a ler.

-É por isso? – escondi o diário de baixo da capa.

-Por isso o que? Já chega vou te matar.

-É por isso que você a odeia? Você é comensal!

-ÃH? Como sabe?

-Sabendo, e todos vão saber se você não salvá-la!

-Que saibam, ou então eu te mato, mas salvá-la não vou! – ela gritou.

-Vai sim! Afinal, se não salvá-la, será Draco a mata-la e não você!

-Então, eu não teria minha vingança... –ela falou baixinho pra si mesma.

-Então o que vai ser?

-Tudo bem, vou salvá-la, mas só para que eu mesma possa mata-la depois.

-Ótimo.

-Não vai tirar a capa de invisibilidade?

-Não, eu não confio em você!

Saímos da Câmara, e ela nem se quer se lembrou do Diário.

Fiquei com ele, para ler mais tarde, quando tudo isso tiver acabado!

Fomos até a sala precisa e Millie explodiu a porta.

Ela entrou com selvageria porta adentro.

-Crucius! – berrou ela com raiva fazendo Draco cair tremendo e se contorcendo no chão.

-Libertus! – gritou, fazendo Alicia se soltar.

Eu fiquei parado, como um estátua de gesso, encarando a cena por debaixo da capa, como a garota era foda!

-Pronto, resolvido, Draco será punido. Quadrus Linus! – citou, criando uma jaula ao redor de Draco.

-Crucius! – Lançou em Alicia, mas por alguma razão, não adiantou!

Ela começou a encarar com frieza os olhos da irmã, que chorando disse:

-Bonequinha... Cof Cof – tucio – Não faça isso, mamãe e papai não iriam se orgulhar... – Alicia encarou a irmã mais nova.

-Como ousa?

-Ouso o que?

-Falar deles, e do que eles achariam ou não, me chamar pelo apelido da família, logo você sua traidora.

-O que? Millie, você enlouqueceu?

-Ali! – gritei de baixo da capa.

-Está aqui, ela acha que você matou seus pais! – gritei.

-Você tem o meu diário? – Millie enfureceu-se.

-O que? Millie eu não fiz isso! – Alicia chorou.

-Fez sim, que eu sei! – gritou Millie.

-Não, jamais, eu os amo!

-E eu também, e por isso vou vinga-los! – Millie levantou e apontou a varinha para Millie.

-Não faz isso! –gritei, me denunciando de novo (troxa).

-Espera ai, parece que ele te vale muito não é irmãzinha?

-Não Millie, não! – Ali gritou.

-Sim, Alicia, SIM! –ela apontou a varinha pra mim, e puxou minha capa, colocou a varinha no meu pescoço.

Joguei o diário longe, bem atrás de mim para que ela não o visse.

-Avada Kedavr... – ela estava recitando, quando Alicia veio correndo, e a abraçou!

-Millie, pare, você sabe que eu não fiz isso! Você me conhece, é minha irmãzinha, minha doce irmãzinha, não esta assassina, nossos pais estão vivos, podemos ir a Londres vê-los e eu te provo isso! Por favor volta pra mim, eu te conheço e sei que você não é assim e não quer fazer isso! Por favor, volta pra mim!

Jurei que vi Millie soltar uma lágrima.

Ali continuou, falou algo que não ouvi, e cantou uma musiquinha, que acredito que pertenceu a antiga realidade delas.

-A lua e as estrelas... Eu quero te entregar, vou embrulhar num papel, colorido e alegre, que vai te fazer cantar: Lua e estrelinhas, vem comigo brilhar, estou aqui tão sozinha, e quero lhes encontrar!- cantou Ali.

-Canta comigo Millie, volte a ser a Bonequinha da Ali! Por favor! A lua e as estrelas... Eu quero te entregar, vou embrulhar num papel, colorido e alegre, que vai te fazer cantar:

Millie terminou a canção.

- Lua e estrelinhas, vem comigo brilhar, estou aqui tão sozinha, e quero lhes encontrar!- Millie posse a chorar, e se rendeu ao abraço da Lotter mais velha, chorando e derrubando a varinha.

-Millie... – disse Ali, meio que consolando, e passando a mão nos cabelos da irmãzinha.

-Desculpa mana, desculpa, por favor! –Millie chorava.

-Calma, é claro que eu desculpo.

-Foi Tio Vold que me disse que você tinha matado, eu não tinha em quem acreditar você tinha sumido e... e... – ela gaguejava e soluçava muito.

-Tudo bem maninha, eu te perdoo minha BONEQUINHA linda!

-E me perdoa também? – ouvi uma voz conhecida.

-Draco?

Ele ainda estava preso.

-Ai seu... – eu e Millie falamos em uníssono.

-Calma gente, quero ouvir o que ele tem a dizer, por favor, Millie, abre a jaula.

-Tem certeza mana? Perguntou Millie.

-Tenho! Agora saiam!

-Não vou sair! –Gritei.

-Vai sim Jorge. Por favor!

-Tudo bem, mas qualquer coisa grita, eu disse qualquer coisa mesmo! –Gritei, e sai.

POVS Draco

O efeito do Crucius passou, e vi aquela cena, fiquei com raiva de Voldemort, e depois comecei a pensar no que eu estava me tronando, afinal, eu nunca quis ser comensal, então porque de repente eu estava me comportando como um, e dos piores ainda?

Resposta simples.

Ciúmes.

Resolvi pedir perdão a Alicia, afinal, ela não merecia aquilo só por gostar de outro, tudo bem ainda não estávamos separados, mas mesmo assim.

Eu havia tratado ela como lixo e agido feito um monstro antes mesmo de ela beijar o Jorge, então...

Resolvi pedir perdão.

-Me perdoa também?

Ela expulsou os dois da sala e Millie me soltou, então pudemos conversar em paz.

-Fala alguma coisa. – eu disse á ela.

-Falar o que? “ai meu amor, claro que eu te perdoo, porque você me ama, e aliás nem me estuprou e torturou ou coisa parecida não é?

Fiquei cabisbaixo.

-Mas tudo bem, quero ouvir o que você tem a me dizer.

-Olha, eu estava te querendo realmente de volta antes de entrarmos aqui, eu queria seu perdão queria largar os comensais e voltar para a floresta com você, só nos dois, como era antes. E eu ia, fazer tudo isso, mas no caminho para a sala precisa, quando eu ia imaginar uma paraíso pra nós dois termos um momento perfeito, me veio a mente a imagem da sua transa com o Legum... Jorge! Fiquei com raiva e me veio aquela sala de tortura na cabeça, e fui totalmente dominado pela raiva.

-Espera ai, minha transa com o Jorge? Mas eu não transei com o Jorge!

-Ai, desculpa Ali, mas não adianta falar nada que eu vi!

-Viu o que? Você está louco? Está no crack?

-Não eu vi!

-O que exatamente você viu?

-Vi você sentada no sofá gemendo e o Jorge pentando atrás de você!

-Ai... – ela riu, porque ela riu?

-O que foi?

-Você achou mesmo que eu e o Jorge estávamos?

-Sim e estavam!

-Há há há! – ela riu mais – não era nada disso, o Jorge estava me alongando o troxa!

-ÃH? Alongando, como assim?

-É eu dormi no sofá e acordei com dor, ai ele me alongou pra gente poder sair.

-Mas você até disse “O Draco nunca fez isso comigo” – imitei mal a voz dela gemendo.

-Sim, você já me alongou por acaso?

-Não...

-Então menino?

-Mas a noite? Em? Vocês passaram juntos e sozinhos lá!

-Sim, mas não fizemos nada.

-Sério?

-SÉRIO!!!

-Me sinto um idiota.

-E é! – ela riu e me abraçou, segurei sua cintura pra que ela não caísse, afinal, sua perna ainda estava quebrada.

-Como consegue?

-O que, ficar de pé com a perna quebrada? É simples e na verdade bem doloroso, foi adrenalina do momento eu acho, eu só boto o peso nessa daqui...

-Não, sua boba! – ri – Ser tão boa com todo o mundo?

-Não sei, apenas acredito que todo mundo merece uma segunda, terceira, quarta chance... Afinal, nunca é tarde pra se arrepender, sei disso porque também sou filha de “Merlin” – ela riu, não entendi – e tenho sentimentos, como o arrependimento, e sei o quanto é bom estar arrependido e ser perdoado! Bom de mais!

-então, eu... Estou perdoado?

-Claro né!

Nos abraçamos e ficamos ali um tempão.

POVS Jorge

Como pode ela ser tão boazinha e ingênua?

POVS Millie

Como podem todos serem tão bons e ingênuos? Muahahaha Há!

Continua...