Ana Bia

Finalmente ele selou nossos lábios.

No começo ele estava meio apreensivo, acho que por causa da reação que ele achava que eu teria, mas assim que ele havia selado nossos lábios eu tinha esquecido tudo. Esqueci que eu estava em uma boate no meio da pista de dança, enfim... Eu me esqueci de tudo, e o mais importante... Eu esqueci que era o meu meio irmão e tinha o mesmo sangue que eu.

Minhas mãos foram para a sua nuca o puxando para mais perto, fazendo assim com que ele me apertasse mais contra ele e aprofundasse o beijo.

Em toda a minha vida eu nunca havia visto um homem beijar tão bem como ele.

As mãos dele estavam em minha cintura, me puxando para mais perto.

Não sei por quanto tempo ficamos nos beijando só sei que o tempo não foi o suficiente e que eu dei um gemido de protesto assim que ele parou o nosso beijo. Eu abri meus olhos e encontrei o verde profundo. Analisei seu rosto e percebi que ele estava com um meio sorriso no rosto. Ele me deu um Celinho e depois colou nossas testas e assim ficamos nos encarando por alguns segundos até ele me dar outro beijo.

_ Achei que você fosse me bater ou algo do tipo. – Brad disse logo depois de terminar nosso segundo beijo.

_ Porque você achou isso? – Perguntei com um belo sorriso no rosto.

_ Porque eu te beijei. – Eu não me segurei e soltei um risinho.

_ Beijar virou crime agora?

_ Não mais é que...

_ Esquece isto Brad. – Falei automaticamente dando um Celinho nele. _ Beijar não é nenhum crime.

_ Você tem razão. Beijar não é nenhum crime, mas a gente é... – Ele começou a falar, e eu não o deixei terminar a frase, pois eu tenho certeza que se ele falasse aquela palavra eu iria correr direto pra casa.

_ Brad, porque você não esquece um pouco da vida e pensa na gente aqui e agora? – Eu não estava me reconhecendo.

A Ana Beatriz que eu conheço nunca iria falar algo desse tipo com um garoto, mas o Brad me deixava confusa. Ele me fazia dizer coisas que eu jamais imaginaria que eu faria...

Brad

Eu estava ficando com a minha irmã.

Com a minha IRMÃ.

E por incrível que pareça eu estou gostando.

Sabe de uma coisa? Eu acho que eu amo ela. Mas como eu posso amar ela? Quer saber? Eu só vou continuar beijando ela, enquanto eu estou gostando.

Mya

Eu acabei de fazer sexo com o Pedro no banco de trás do carro do Brad, e o incrível que pareça era que eu havia gostado. E o pior era que eu nunca havia me imaginado fazendo sexo com o cara dos meus sonhos em um carro.

_ Eu acho melhor a gente se vestir, porque daqui a pouco o Brad vai ligar dizendo para irmos embora. – Pedro falou entre um carinho e outro.

_ Ta! – Falei me levantando com certa dificuldade de cima dele. Só que como o carro tinha o teto meio baixo e ele era desconfortável para duas pessoas fazerem o que nos fizemos minha perna meio que agarrou em algo me fazendo cair em cima dele. _ Foi mal.

_ Sem problemas. – Ele disse. _ Se você caísse em cima de mim assim todo dia eu iria ficar é com um sorriso na cara.

E logo depois ele me beijou...

Depois de um tempo estávamos completamente vestidos – eu havia feito uma espécie de malabarismo para vestir a minha roupa toda de novo – e o Pedro olhava o celular dele para ver se não tinha alguma ligação do Brad.

Como não tinha nenhuma, ele mesmo ligou para o Brad.

_ Já esta na hora de vaza não esta não? Eu estou no seu carro. Não demora.

Ele desligou e voltou a guardar o celular no bolso novamente.

Ana Bia

Nós já havíamos chegado em casa. E eu já estava vestida com o meu pijama e me encontrava sentada na cama com o notebook no meu colo.

Eu estava no msn e conversava com a minha amiga Mary – que saudade que eu estava dela. – nos conversávamos coisas absurdas no msn quando de repente a porta do meu quarto é arrobada por um ser alto de olhos verdes.

_ Garoto você quer me matar do coração? – Falei fechando o note.

_ Desculpa. Eu sei que você vai dizer que eu devia bater na porta e tudo mais... – Ele disse se sentando do meu lado. _ Mas eu só vim te desejar boa noite.

_ Boa noite ou bom dia? Sabia que já são 6:30 da manha ?

Ela não me respondeu simplesmente me beijou.

E eu diria que eu podia ficar beijando ele pra sempre que eu não me cansaria.

Os lábios dele combinavam perfeitamente com os meus. Era como se eles fossem feitos um para o outro.

Como estávamos em um quarto, tecnicamente falando em cima de uma cama... Digamos que o beijo começou a ficar mais quente e profundo. Quando eu assustei o Brad já estava por cima de mim na cama e fazia menção de tirar mina blusa. Com muito esforço eu parei o nosso beijo.

_ Me desculpa eu não...

Não o deixei terminar de falar, pois eu dei um rápido beijo nele.

_ Dorme bem. – Ele riu me deu mais um beijo e saiu do quarto.

Depois de um tempo eu apaguei a luz e deitei. Eu não estava conseguindo dormir... Minha mente toda hora voltava à parte do meu primeiro beijo com o Brad.

E o incrível que pareça era que eu não estava sentindo nenhuma culpa por te beijado o meu irmão, a única coisa que eu sentia neste exato momento era felicidade.

Segundo eu, a partir de agora tudo seria um mar de rosas já que eu e o Brad nos entendemos totalmente... Mal sabia eu que aquilo tudo não passava de um breve engano meu. Como sempre... Eu era iludida.

No próximo capitulo:

Será mesmo traição?

_ Eu não queria te dizer isso... Mas eu acho que vi o Brad com a Alyne.

_ ... – Eu não sabia o que dizer, só conseguia pensar que era mentira. Mas a Mya não me contaria uma mentira tão grave como essa.

Uma possível declaração:

_ Ana! Eu estou confuso de acordo com os meus sentimentos. – Ele disse enfim.

_ Está querendo me dizer que se arrependeu de ter ficado comigo. Que se arrepende de estar ficando comigo?

_ Estou querendo dizer que eu acho que Te amo.

Duas visitas que jamais esperaríamos:

_ Pai?! O que faz aqui? – Ele perguntou um pouco assustado.

_ Não posso mais vir visitar minha filha?

_ Mary! – Eu gritei e corri para os braços daquela que eu tanto sentia falta.

Só no próximo capitulo : Ninguém pode saber sobre a gente.