Cahill United escrita por Victoria Menezes


Capítulo 5
V - Castelos parte II (Dan)


Notas iniciais do capítulo

Gente, sei que demorei, mas fui passar o feriado no cu do mundo e só voltei ontem de noite... E como em todo orifício anal, lá não tem sinal de internet, shopping e nem wall mart...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/172633/chapter/5

Dan saiu do hotel com as garotas. Um camaro 69 amarelo o esperava na porta. O guarda carros entregou a chave nas mãos dele, junto com um envelope pardo pequeno, onde tinha escrito com a caligrafia de Fiske “Daniel Arthur Cahill”. Daniel alisou o carro e depois murmurou.

– Eu te amo, tio Fiske. Te amo de Paixão! – Ele olhou para Laura. – Pelo victo entendi errado, Laura, não era um calhambeque, era um camaro!

Dan sentou no banco do motorista e abriu o envelope, Madison foi atrás dele.

– Sai daí, Daniel.

– Não, eu vou dirigir.

– Mas você...

Ele a interrompeu tirando do envelope uma habilitação e uma identidade que diziam que ele ejá tinha 16 anos.

– Presentinho do meu Tio querido...

O banco da frente era único, como o de uma caminhonete. Lucy sentou na ponta e Natalie entre ela e Daniel. As garotas Holt ocuparam as pontas do fundo e Laura entre elas. Dan pegou o mapa da cidade e entregou para Lucília.

– Confio em você, Lucy. Vai ser meu GPS hoje!

Dan piscou e Natalie olhou de soslaio para a menina. Dan não tinha andado nem dois metros, quando Natalie resolveu conectar seu celular no moderno rádio do camaro velho. Começou a tocar Baby, do Justin Bieber. Foi o suficiente para Daniel encostar o carro. Ele encarou Natalie.

– Nem fudendo que eu vou dirigir ouvindo isso!

Ele desconectou o celular de Nath e conectou seu Pen-Drive. A primeira música foi Boys don't Cry, do The Cure.

– Mas o que é isso, Dani...

– Shiu! É um clássico! Rock clássico. Agora, fica aí quietinha. E se tentar botar o Bieber ou qualquer coisa do tipo, juro que paro no acostamento de novo e te amarro no banco ou te passo para o fundo. All Right?

Natalie fechou a cara para Dan. Ele era mais “maleável” antigamente... Eles chegaram rápido ao Castillo de San Carlos. Ainda no caminho, Lucy explicou sobre a pesquisa que ela e Daniel haviam feito durante o café da manhã. Segundo eles o Castillo havia sido uma fortaleza durante uma guerra, depois havia passado vários anos sendo prisão e por ultimo agora era patrimônio histórico, se tivessem sorte, estaria aberto à visitação naquela manhã. Eles estavam com sorte. Uma guia levava um grupo de mais ou menos 35 pessoas entre as quais estava o grupo de Daniel.com tantos turistas sob sua responsabilidade, ela nem percebeu quando Dan e Nath se desviaram do grupo para ir ao lugar ao qual ela havia apontado como ”a antiga sala de registros”. Enquanto tentava forçar a fechadura, Dan perguntou.

– Sabe espanhol, Natalie?

–Sim, sei. E também sei que essa fechadura, obviamente não é a original. É do tipo que a maçaneta só gira por dentro. Não está trancada, e você não vai conseguir abrir assim.

Ela o empurrou delicadamente para o lado com a ponta dos dedos. Tirou um cartão de crédito da bolsa e com ele forçou a trava da porta, abrindo-a. Havia um monte de livros velhos lá dentro.

– Bem, temos de ser objetivos, vamos procurar pincipalmente os livros dos anos e dos meses que Fiske comentou. Ela assentiu e foi olhar alguns livros. Dan achou dois livros pequenos e três agendas. Ele os colocou na mochila. Natalie fotografou algumas páginas e eles saíram. Por pouco não foram pegos, pois na hora em que acabaram de fechar a porta, dois homens entraram por outra porta. Com algum esforço alcançaram o grupo na parte alta do castelo, onde havia alguns canhões. As pessoas tiravam fotos. Eles se se encostaram a Lucy, que analisava alguns aspectos do local e tirava algumas fotos. Reagan, Madison e Laura tiravam fotos umas das outras. Vendo Natalie e Lucy uma ao lado da outra, Dan percebeu o quanto elas eram diferentes. O contraste era imenso. Lucy era loira, cabelos curtos, pele clara. Usava uma blusa azul marinho de Botões, um tanto maior que o necessário, e calça jeans com um all star preto surrado. Os únicos adereços eram um brinco de pedra pequena e um colar com um pequeno pingente em forma de luneta. Já Natalie usava um vestido de listras azuis e brancas com a “saia” vermelha. Uma bolsinha vermelha e sapatilhas de veludo. Ela era morena e tinha longos cabelos negros. Maquiagem bem feita, pulseira de pingentes, um colar de âncora dourado e um brinco de bolinha dourado. Dan se perdeu um pouco pensando nisso, mas logo voltou a terra.

– E então, Lucy?

– Essa é a ultima parada do passeio, daqui, voltamos pelo mesmo caminho o qual viemos... O que me diz?

– Podemos ir em paz...

I hate seagulls - Kate Nash

Dan sentou no muro, apreciando a vista. Tanto da paisagem marítima atrás dele, quanto das pessoas, quanto da cidade. Natalie se encostou a ele e apoiou o rosto nos punhos e os cotovelos nas pernas de Dan. Ele a olhou interrogativamente, aquilo não era natural de Natalie.

– Nada, apenas pensando um pouco...

Ela respondeu ao seu olhar. Dan poderia provoca-la, mas ele também estava ocupado pensando. Pensando em Amy, em como as coisas seriam dessa vez, se teria que ver mais pessoas morrerem pela família... Por instinto, enquanto pensava, ele afagou as costas estreitas de Natalie e passou o braço por trás das costas de Lucy, que estava de seu outro lado. Então, do nada, um flash quase segou o pobre Dan. Reagan havia batido uma foto deles três e depois outra bem próxima ao rosto de Daniel.

Droga, Reagan! Você quase me cegou! Parece até que você acendeu um punhado de pólvora na frente do meu olho.

Dan se levantou esfregando os olhos, enquanto Reagan e Madison riam freneticamente e as outras meninas murmuravam “coitado”,

– Vocês parecem até dois garotos, qual é?

Dan continuou e Reagan que estava comendo um saquinho de amendoins, tacou um bem no meio da testa de Dan.

– Au!

– Ei! Não faz isso! Ele tem razão! (Natalie)

– É, não foi legal! Lucy.

Uma saraivada de amendoins voou em Lucy e Natalie.

– Auuu!

Elas reclamaram.

Bad Reputation - Joan Jett

Reagan e Madison riam e gragalhavam. Dan se irritou, pegou dois amendoins do chão e acertou cada um na boca de uma das Holt. Elas cuspiram horrorizadas. Dan, Lucy e Natalie riram.

– Considere-se um defunto, seu idiota!(Madison)

Foi aí que começou uma guerra. Dan tirou um pacote de jujubas do bolso e Lucy pegou as balas que tinha comprado. Natalie, que não comprava doces, usou as jujubas de Dan. Acabou que eles acertaram outras pessoas, as quais revidaram. A guia horrorizou-se, chamou três seguranças que colocaram os seis baderneiros americanos para fora. Eles entraram no carro, então olharam para as caras uns dos outros, foi o que precisava para começarem a gargalhar.

All Star - Smash Mouth

Dan ligou o radio e enquanto dirigia comentou.

– Está calor, será que faria mal se parássemos para um sorvete?

– Acho que não... ( Natalie)

– Por mim, tudo bem. (Lucy)

– Eu topo! (Laura)

– Procura logo uma sorveteria, bocó! (Reagan)



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Em breve, a parte II da Amy. Muito cativante, por sinal.