Mi Tormenta Favorita escrita por suuck_, Lee


Capítulo 15
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PoV Ucker

_Ucker: Dulce! O que faz aqui? Como me achou? – não pude acreditar que a estava vendo ali.

_Dulce: Eu tava te procurando. Ta todo mundo preocupado com o seu sumiço. – sorria enquanto falava meio rápido. - Os meninos também estão te procurando. Como você se mete no mato pra se perder assim, ein? – me deu um tapa.

_Ucker: Eu me perdi? – a olhei sem entender – a Annie sabia que era impossível eu me perder. Conheço esse lugar desde pequeno.

_Dulce: è, você se perdeu. Ah, Meu Deus! Só faltou você ter batido a cabeça e ter afetado sua memória. – ela falava enquanto me ajudava a levantar- No mesmo instante ouvimos um trovão muito forte e logo em seguida a chuva começou a cair. Dulce soltou um grito de susto e segurou meu braço com força. – Droga, começou chover.

Ela achava que eu tava perdida? E por que ela foi atrás de mim? Como ela me achou?

_Ucker: Vamos sair daqui – a segurei pela mão e sai por entre as árvores.

_Dulce: Pra onde você ta indo? Eu acho que o acampamento fica pra lá – ela apontou pra direção contraria que eu a estava levando. – É só a gente seguir o rio.

_Ucker: Não! A gente tem que se proteger da chuva. Não da tempo de chegar ao acampamento. – Lembrei do Chalé na árvore que eu havia encontrado quando era mais novo. Nunca contei a ninguém daquele lugar. Era como meu lugar secreto, um lugar que só eu

conhecia.

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Quando eu o encontrei estava bem bagunçado e tinha algumas coisas quebradas e sujas, então toda vez que eu vinha pra cá, nas férias, trazia alguma coisa pra arrumar o chalé até consegui que ele ficasse como novo. Deve ta bem bagunçado agora, fazia tempo que não vinha até aqui.

_Dulce: Pra onde você ta me levando, Ucker? A gente vai se perder mais ainda – ela reclamava tirando o cabelo encharcado do rosto.

_Ucker: Vem Dulce! Anda logo, a gente ta ficando cada vez mais molhado – eu a puxava e andava mais rápido, já podia ver a casa dali. – Olha, tem uma casa ali. A gente pode entrar e esperar a chuva passar.

_Dulce: Como você sabia dessa casa? – disse apressando os passos pra me acompanhar – Será que mora alguém lá?

_Ucker: Eu não sabia – menti – estamos perdidos, lembra? Só estava procurando uma caverna ou uma árvore grande pra a gente sair da chuva, mas que bom que encontramos a casa, né? Eu acho que não tem ninguém lá. – a coloquei na minha frente e a ajudei a subir as escadas da entrada.

Abri a porta e dei passagem pra ela entrar, o mundo estava caindo lá fora, de mansinho eu fechei a porta. Dulce ficou totalmente parada, olhando pros lados e admirando tudo em seu redor.

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_Dulce: De quem é essa casa? – perguntou logo depois que saiu do traze e me encarou com uma cara de dúvida.

_Ucker: Não sei, mais parece estar vazia. Podemos... Ficar – cocei a cabeça e caminhei em direção ao banheiro. Abri lentamente e percebi que estava da mesma forma que eu havia deixado.

_Dulce: Eu não acho uma boa ideia – falou enquanto investigativa o lugar.

_Ucker: Pra você voltar no meio dessa chuva e acabar se perdendo mais ainda? É uma grande idéia, Dulce! – a encarei.

_Dulce: Não, essa é uma péssima ideia – fez bico – Bom, já que é só por algumas horas mesmo... – caminhou até a cozinha, observando tudo – Esse chalé é lindo.

_Ucker: É sim, eu também gostei – me sentei na cama de casal que havia ali e comecei a tirar os sapatos molhados.

_Dulce: Ta fazendo o que? – colocou a mochila num canto.

_Ucker: Eu vou tomar um banho. – a olhei enquanto tirava as meias - Não sei você, mas eu não estou a fim de pegar um resfriado. Deveria fazer o mesmo, Dulce. – ela me olhou meio na duvida e se olhou logo depois.

_Dulce: Caramba – começou a enrolar o cabelo num coque vendo como estava molhada – Pelo visto você tem razão. – mordeu os lábios.

_Ucker: Pode tomar banho, eu vou depois. Vou ver se arrumo alguma coisa pra gente comer enquanto essa chuva passa. – sorri e caminhei em direção à pequena cozinha do chalé.

_Dulce: Certo – entrou no banheiro e fechou a porta.

Procurei algo na geladeira pra fazer. Enquanto abria a porta me peguei pensando em como eu estava mentindo pra ela, eu poderia voltar pro acampamento num pulo, mas sei lá, preferi mentir sobre isso. Depois do beijo na sala do piano, eu não tive nenhum momento sozinho com ela, sem o mala do Tyler junto.

Se ela descobrisse que eu estava mentindo na certa ela me jogaria daqui de cima. Pensei naquilo por algum tempo e preferi continuar com a mentirinha. Pra minha surpresa tinha comida na despensa, não era muita, mas era suficiente pra nós dois. Comecei a cortar umas cebolas e tomates, peguei alguns ovos que haviam ali e os quebrei na frigideira. Preparei uma omelete, que era minha especialidade já que eu não era muito bom na cozinha, e também por que era umas das poucas opções do cardápio. Eu acho que algum dos empregados dos meus pais havia vindo aqui arrumar e dar uma ajeitada, não sei. O chalé estava muito limpo e havia anos que eu não vinha pra cá. Meu segredo parecia estar nas mãos de alguns empregados agora. Suspirei e ri.

Dulce abriu a porta do banheiro e logo saiu vestindo um roupão, ela me viu e ficou totalmente sem graça pelo fato deu estar vendo ela daquela forma. Eu fingi não reparar no quanto ela estava vermelha.

_Ucker: Melhor? – continue com os olhos na comida e apenas a ouvia caminhando pelo quarto.

_Dulce: Sim, deveria tomar um banho. Não estou a fim de ter que cuidar de você doente. – resmungou.

_Ucker: Claro – ri – Come omelete? – me virei e a encarei.

_Dulce: Sim, eu como – me olhou.

_Ucker:  Ótimo, fiz pra gente - peguei o prato e levei até a cama, me sentei ao lado dela mesmo estando com as roupas molhadas. Dulce percebeu e quase me matou.

_Dulce: Levanta daí! Quem estiver morando aqui vai notar a cama molhada – me empurrou pra que eu levantasse.

_Ucker: Calma – eu segurei o riso, mais a obedeci.

_Dulce: Vai tomar banho – pegou o prato e o garfo da minha mão.

_Ucker: Enquanto você come toda a minha comida? Claro! – provoquei.

_Dulce: Ridículo! – retrucou.

_Ucker: Eu sou – dei risada.

Começamos a comer em silêncio. Eu provocava a Dulce enquanto ela comia, roubava um pouco da omelete do seu prato enquanto ela estava distraída com a chuva caindo deixando – a furiosa.  Eu estava agradecido pelo fato dela não ter tido a coragem de me expulsar dali.

Logo que comemos, decidi tomar um banho. Estava ficando bem frio com aquela roupa toda molhada. Entrei no banho quente e demorei um pouco. Quando sai de lá, peguei Dulce encostada na porta de vidro que dava pra uma sacada de madeira. Ela estava observando a chuva cair.

_Dulce: Acho que a chuva piorou – bufou

_Ucker: Sim, eu percebi também – comecei a secar o cabelo com a toalha de rosto - meu cabelo estava uma bagunça como sempre, ao contrario do cabelo da Dulce que estava lindo como sempre.

_Dulce: A gente devia sair daqui e procurar o acampamento – se virou pra me olhar.

_Ucker: Sério, Dulce? Quer mesmo fazer isso? Você odeia trovões! – lembrei de como ela me apertou forte na beira do rio.

_Dulce: De onde tirou isso, garoto? – estava começando a ficar brava, achei o seu ponto fraco.

_Ucker: Você quase me agarrou quando ouviu o trovão na beirada do rio – ri – Eu reparei nisso – pisquei.

_Dulce: Ai, não enche! – se virou e voltou a encarar a chuva.

_Ucker: Não tenha medo, eu estou aqui – provoquei - eu adorava ver ela brava.

_Dulce: Ucker – se virou - porque você faz isso? É irritante! Fica se achando demais e você nem é tudo isso.

_Ucker: Como sabe? Você não me conhece! – rebati com gosto.

_Dulce: Eu reparei também – sorriu ironicamente pra mim - fiquei calado depois daquilo.

A chuva apenas aumentava, os trovões continuavam fortes e dava pra ouvi-los a cada minuto. A noite começou a cair, estava ficando bem escuro do lado de fora. Felizmente havia luz no chalé, eu só não imaginava que a luz ia começar a falhar e nos deixar no escuro.

Dulce se apavorou um pouco, mas não quis demonstrar seu medo e se manteve forte. Eu estava começando a ficar entediado e com sono. Me deitei na cama ainda vestindo o roupão e estava com os olhos fechados, pensando em tudo, quando de repente um trovão ecoou bem forte. Dulce não se conteve e deu um pulo soltando um grito, o que foi engraçado, devo confessar. Logo após o trovão veio um relâmpago iluminando todo o cômodo e quando abri os olhos me levantando da cama pude vê-la encolhida num canto apavorada com os olhos arregalados. Fiquei com pena de vê-la daquele jeito, eu queria abraçá-la, protegê-la e poder senti-la em meus braços, mas sabia que se eu fizesse isso ela me recusaria por estar quebrando um espaço enorme que ela mantinha de mim. Mas que se dane! Levantei da cama, me aproximei dela.

_Ucker: Tudo bem? – falei baixo me abaixando ao lado dela.

_Dulce: Não, eu odeio isso tudo! Odeio trovão, odeio chuva, odeio esse chalé! – choramingou quase gritando.

_Ucker: Calma, Dulce – segurei o cotovelo dela – Logo a chuva passa e vamos embora – comecei a me arrepender da mentira toda. Eu devia contar tudo e acabar logo com isso, ela estava odiando ter que ficar comigo – Se quiser, eu posso ir embora e te deixar aqui, acho que vai ficar melhor.

_Dulce: Não! – falou um pouco alto – Eu não quero que você vá – abaixou a cabeça – odeio chuva e trovões, mas odeio mais ainda ter que ficar sozinha.

_Ucker: Ta, eu não vou a lugar nenhum – sorri meio de lado – Vem!- levantei peguando sua mão, que estava bem gelada, e esperei que se levantasse também. Ela hesitou por um segundo, mas em seguida me acompanhou. A levei até a cama e comecei a tirar as cobertas abrindo espaço pra que deitasse – Você precisa se esquentar está frio!

_Dulce: Não precisa, estou bem – recusou meio desconsertada.

_Ucker: Não estou perguntando Dulce, estou mandando você se deitar. Eu não quero você gripada.

_Dulce: Ta bom! – não quis discutir e se deitou embaixo das cobertas.

_Ucker: Fica tranquila! Eu vou dormir no chão e você na cama – eu não queria dar motivos pra uma briga com ela, não assim dessa forma, ela podia querer ir embora.

_Dulce: Ucker! Está frio, você mesmo disse.

_Ucker: Sim, e dai? – eu não havia entendido.

_Dulce: E daí que você também pode ficar doente. E eu acho que tem espaço suficiente pra nós dois. É claro, você fica do seu lado e eu do meu. Então deita aqui e se esquenta.

_Ucker: Tem certeza disso? Tyler pode não gostar – provoquei

_Dulce: Tyler não precisa saber e eu não quero ter que explicar pra Annie que você pegou uma pneumonia porque fui egoísta.

_Ucker: Claro – ri e me deitei ao lado dela.

Não demorou muito e eu adormeci, mas acordei com um trovão e um clarão dentro do quarto. Então me virei e não vi Dulce deitada ali. Levantei na cama e percorri meus olhos pelo quarto e a encontrei encostada novamente perto da porta de vidro, olhando a chuva.

Sai da cama e caminhei em direção a ela.

_Ucker: Tudo bem? – falei baixinho.

_Dulce: Não consigo dormir – continuou olhando pra fora.

_Ucker: Por quê?

_Dulce: Não gosto de trovões, já te falei. Os barulhos não me deixam dormir.

_Ucker: Dulce, relaxa! – tentei acalmá-la.

_Dulce: Não dá, ok?  se virou e me olhou – Eu sempre odiei trovões, chuva forte e tudo isso.

_Ucker: Eu já fui assim. Mas eu cresci e passou. Eu sei que você ainda é baixinha e ainda deve dormir com bonecas, mas não tem mais idade pra isso. – ri - eu queria vê-la sorrindo e não com medo.

_Dulce: Idiota – sorriu pra mim meio sem jeito – Acabou de me chamar de pirralha anã, obrigada!

_Ucker: Você não é uma pirralha, ao contrario, você é bem adulta pra sua idade – falei sem pensar.

_Dulce: Hã? – arregalou os olhos – você me elogiando? O que eu perdi? – começou a rir

_Ucker: Uai, eu acho você bem adulta, o jeito de pensar, de agir – sorri

_Dulce: Hum, brigada? – sorriu e em seguida fechou os olhos esperando o barulho do trovão.

_Ucker: Calma! – a segurei pelos braços fazendo ela se aproximar de mim.

_Dulce: São Pedro está bem nervoso – sorriu nervosa.

_Ucker: Com certeza.

_Dulce: Porque sumiu noite passada? – a pergunta saiu assim do nada.

_Ucker: Não quero falar sobre isso – me afastei – quase havia me esquecido do que aconteceu naquela noite.

_Dulce: Você sempre foge quando toco em algum assunto, às vezes você tem que falar sobre o que não quer, sabia? – me seguiu.

_Ucker: Não adianta insistir, eu não quero falar sobre isso – caminhei pra perto da cama e me mantive de costas pra ela.

_Dulce: Não vai mesmo me falar o que houve? Porque fez a grande burrada de entrar numa mata que você não conhece?

_Ucker: Não , e alias, vai me dizer por que veio atrás de mim? – me virei.

_Dulce: Não!

_Ucker: Estamos quites – passei a mão no cabelo e caminhei pra cozinha.

_Dulce: Ok! Eu fiquei preocupada com você – falou rápido enquanto me seguida novamente.

_Ucker: Preocupada? Desde quando se preocupa comigo? Achei que queria ficar distante de mim e agora esta preocupada? – me virei a encarando.

_Dulce: Sim, estava preocupada! Qual o problema?

_Ucker: Nenhum, só fez a burrada de vir atrás de mim e largar o Tyler. – voltei caminhar pro outro lado do cômodo.

_Dulce: Para de falar no Tyler, ok? – disse irritada.

_Ucker: Por quê? – a olhei novamente.

_Dulce: Ele não esta aqui – respondeu firme.

_Ucker: Pra sua tristeza! – ri irônico – se ele tivesse aqui vocês já estariam usando cada canto do chalé – disse em voz baixa.

_Dulce: O que foi que você disse? – se aproximou.

_Ucker: Nada! – disse sem olhar pra ela. – Só que você tava melhor na barraca dele do que aqui comigo.

_Dulce: Como assim? Do que você ta falando? – me olhou sem entender.

_Ucker: Não se faça de boba, Dulce Maria, por que isso eu já vi que você não é – ela me olhava sem entender, só podia ta se fazendo de boba.

_Dulce: Serio, da pra você falar num dialeto que eu entenda? – eu a olhei e comecei a rir.

_Ucker: Ai ai, garota.- passei a mão no rosto - Eu não sei por que fica fazendo tipo. Serio, eu achei que você fosse diferente, mas já vi que é esperta e se faz de garotinha da mamãe. Na certa ta aproveitando a liberdade de morar fora de casa.

_Dulce: Você enlouqueceu? Do que você ta falando?

_ Ucker: Não tenta fingir que não fez nada porque eu vi – falei alterado, eu já estava perdendo a cabeça.

_Dulce: Viu o que? Do que você ta falando, garoto? – começou a gritar também.

_Ucker: Para se me fazer de idiota – sentei na cama com a mãos no rosto, tava tão nervoso que podia fazer uma besteira – Eu vi, Dulce! Eu vi!

_Dulce: Você vai falar o que você viu ou ta difícil? – ela continuava fazendo aquela cara de quem não tava entendendo nada. Eu não agüentei mais ver aquilo e explodi.

_Ucker: Eu vi você e o Tyler juntos na barraca – levantei da cama furioso e fui pra cima dela.

_Dulce: Sim e o que isso tem de mais? Ele é meu namorado, esqueceu? – riu confusa.

_Ucker: Então não tem nada de mais? – ri sem acreditar. – Então por que se fez de difícil na boate se você é tão liberal assim? – soltei a primeira besteira que me veio na cabeça. Eu tava com tanta raiva que só queria machucá-la com alguma coisa como ela me machucou dormindo com o Tyler.

_Dulce: Quê? – me olhou paralisada.

_Ucker: Você transou com ele, Dulce! Você é igual a qualquer uma – uma expressão de raiva surgiu no rosto dela.

_Dulce: Cala a boca seu estúpido! - ela partiu pra cima de mim com a mão estendida pra me dar um tapa e eu  a segurei. – Nunca mais abra a boca pra falar de mim! Eu não sou a vadia da sua namorada. – tentou se soltar.

_Ucker: Vai querer me convencer de que não teve nada? – a soltei

_Dulce: Eu não tenho que te convencer de nada. E se você acha que teve alguma coisa é por que não ficou por perto tempo suficiente pra me ouvir dizer que não queria. – ela me olhava com desprezo - o que foi que eu fiz? – pensei.

_Ucker: Então você não dormiu com ele? – falei em voz baixa, mas alta o suficiente pra que ela ouvisse.

_Dulce: Claro que não! - continuava falando alto. – Eu não dormiria com o Tyler.

_Ucker: Por que não? Ele não é seu namorado? – a olhei curioso.

_Dulce: É, mas... – diminuiu o tom. Ela parecia envergonhada.

_Ucker: Mas...? – repeti pra que ela continuasse.

_Dulce: Mas eu só vou fazer isso com alguém que eu... – parou pensando bem no que dizer e eu me aproximei olhando nos seus olhos.

_Ucker: Alguém que você ama? – segurei em seus braços – Assim como você me ama? – ela ficou sem fala por um instante.

_Dulce: Quê? Você é louco! Eu tenho asco de você! - me batia e ao mesmo tempo tentava se soltar – e o que você quis dizer com isso acha que eu vou dormir com você só por que eu te am... – ela arregalou os olhos ao se dar conta do que havia dito.

Eu não precisava ouvir mais nada. Só de saber que ela não dormiu com o idiota do Tyler eu já teria ficado feliz, mas Dulce me amava... Assim como eu a amava.

Não deixei que ela se explicasse e a tomei em meus braços beijando sua boca. Ela tentou resistir, mas eu a segurei firme colando mais o seu corpo ao meu. Eu sentia saudades daquela pele, sentia saudades daquela boca que me deixava embriagado de desejo e vontade de beijá-la toda vez que a via.

Dulce parou de resistir e deu passagem para que nossas línguas se encontrassem. Senti como se correntes elétricas surgissem do nosso beijo e passasse por todo o meu corpo, como se enfim encontrasse algo que esperei toda a vida pra ter. Ela envolveu seus braços em volta do meu pescoço e eu a ergui colocando suas pernas em volta da minha cintura encostando – a na parede sem parar o beijo. Ela mordia minha boca e puxava meu cabelo me deixando louco. Eu a levei para a cama depositando seu corpo e ficando por cima, ela desamarrava meu roupão enquanto me prendia em suas pernas. Comecei a desamarrar o dela, mas parei me controlando pra não continuar e ela me olhou.

_Ucker: Tem certeza? – perguntei ofegante e ela me olhou confusa.

_Dulce: Você não quer?

_Ucker: Claro que eu quero! Como não ia querer ter você pra mim? – ri da pergunta boba que ela fez – Mas é a sua primeira vez e eu não quero que se arrependa depois. – ela sorriu com um brilho nos olhos.

_Dulce: Como vou me arrepender se eu quis isso desde a primeira vez que você me beijou? – riu e eu sorri bobo.

_Ucker: Então você...?

_Dulce: Eu te amo! – riu completando minha frase. Ouvir aquilo foi melhor do que eu pensei que fosse.

_Ucker: Diz que me ama de novo! – ri enchendo ela de beijos.

_Dulce: Eu te amo, te amo, te amo, te amoooo! – gritou e eu aproximei nossos rostos olhando em seus olhos.

_Ucker: Eu também te amo! – ela sorriu – Te amo desde a primeira vez que vi esses lindos olhos castanhos. – voltei a beijá-la com intensidade tirando meu roupão e nos cobrindo com os cobertores. O Barulho dos trovões do lado de fora pareciam não amedrontar mais a minha Dulce, não agora que ela tinha a mim pra protegê-la.

Mi Tormenta Favorita ( Música Oficial )

Me lembro da noite, parada e sem rumo

Me deparei com você, o meu tormento começou

Não sei de onde apareceu

No instante em que eu te vi

Senti o meu coração acelerar

O seu sorriso me deixou sem ar

Fiquei olhando pra Dulce por um instante, eu queria memorizar o sorriso e o rosto perfeito que ela tinha. Acariciei lentamente sua pele fazendo-a ela sorriu, era um sorriso sincero e cheio de amor.

Comecei a depositar beijos no pescoço dela e a passar minhas mãos pela lateral de seu corpo, ela arranhava minhas costas bem lentamente, me deixando doido.

Meus lábios iam descendo por toda sua face e minhas mãos percorriam suas coxas. Eu podia ouvir Dulce soltar leves gemidos, então eu a olhei e a peguei mordendo os lábios e sorrindo. Meu Deus, como ela é perfeita! – pensei – beijei seu ombro e acariciei sua cintura. Sua pele era quente, tinha uma textura macia e gostosa. Eu estava nas nuvens. A chuva permanência caindo forte do lado de fora, mas nesse momento quem se importava com a chuva?

Continuei a beijá-la, minhas mãos encontraram seus seios, acariciando-os lentamente, ela era perfeita, eu não me cansava de observar a sua beleza, sua pele morena, jamais havia visto alguém assim na minha vida.

Ela me puxou para outro beijo, nossas línguas brincavam uma com a outra, ela mordia meus lábios, Dulce sabia muito bem o que queria naquele momento. De repente ela parou o beijo e se aproximou do meu ouvido e então sussurrou: Eu quero ser sua, eu te amo – voltou a me encarar e eu apenas sorri feliz por ouvir aquilo, ela retribuiu o sorriso ficando um pouco corada pelo o que havia dito – Eu também te amo e te quero toda pra mim – disse olhando em seus olhos. Então eu a obedeci. Comecei a beijar seus seios, cheio de vontade, e desci até sua barriga, brincando com ela. Minhas mãos estavam em suas coxas, apertando forte enquanto beijava seu umbigo, ela estava se segurando pra não gemer mais alto, eu sorria ao vê-la se contorcer de prazer. Ela estava tímida e eu queria tranqüilizá-la, deixá-la à vontade. Eu tinha uma preocupação do tamanho do mundo com ela, tocava sua pele como se fosse de porcelana, como se a qualquer momento ela pudesse quebrar em minhas mãos. Meus toques eram firmes e eu sentia que ela gostava daquilo, dava pra perceber.

Beijei o interior da sua perna enquanto acariciava suas coxas, então a olhei e não pude acreditar que aquilo estava acontecendo. Ela me olhou me dando permissão pra prosseguir, e eu sorri satisfeito.

Então decidi dar pra ela o melhor de mim, fazê-la sentir tanto prazer quanto eu sentia em tê-la, abri um pouco suas pernas e comecei a acariciá-la deixando-a louca, no principio ela parecia tensa, mas logo foi relaxando e eu também. Vi que já havia chegado onde eu queria, Dulce já não agüentava mais esperar e muito menos eu. Então me levantei e peguei uma camisinha da minha carteira. Voltei para a cama  e me deitei sobre ela encaixando nossos corpos, eu estava preocupado, não queria que sua primeira vez fosse péssima ou cheia de dor, eu me mataria se a fizesse sofrer.

Ouvir você cantar me faz é delirar

Me perco nas notas com medo de errar

Tento ficar longe, mais assim não dá

Os seus olhos me hipnotizam

E eu fico parada sem pensar

Fiquei um tempo apenas a olhando, acariciando seu rosto, seus olhos estavam fechados – Abre os olhos – pedi e ela rapidamente obedeceu, vi aqueles olhos castanhos brilhando, se em eus lábios se formou um lindo sorriso.

_Ucker: Por favor, não hesite em me dizer qualquer coisa Dul, eu não quero te machucar ok? – pedi.

_Dulce: Ok – sorriu voltando a me beijar e enfiou suas mãos no meu cabelo acariciando-o. Eu comecei um movimento lento, apenas para ela se acostumar comigo, suas mãos pequenas tomavam de conta da minha nuca e meus ombros, ela envolveu seus pernas em minha cintura me apertando contra seu corpo e sorrio enquanto nos beijávamos. Sua língua brincava com a minha e seus dentes mordiam e puxavam os meus lábios, ela adorava fazer aquilo.

Meus movimentos ficaram mais rápidos, eu olhava a Dulce, preocupado, e ela me olhava como se quisesse dizer: ‘ Tudo Bem ‘. Então eu me deixei levar pela excitação e continuei com os movimentos rápidos. Dulce me deixava louco com o menor movimento que fizesse, ela gemia e arranhava minhas costas me fazendo aumentar a velocidade. Senti que ela já estava chegando ao ápice, então apoiei minhas mãos na cabeceira da cama e intensifiquei os movimentos fazendo Dulce se contorcer de prazer e gritar o meu nome quando alcançamos o êxtase. 

No outro dia te odeio

No outro quero estar contigo

Eu na verdade não sei o que estou sentindo

Você me deixa sem forças, me deixa maluca

Mais o meu vicio por ti não tem cura

Eu brigo com você, te chamo de idiota

Mas no fundo o que quero

É ter ver de volta


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