Atração Imperial escrita por Lady Ravengar, Lady Riquelme


Capítulo 1
Capítulo 1 - Encontro


Notas iniciais do capítulo

Mais uma princesa pra voces curtirem e se aventurarem nessa nova historia cheia de emoção e atração.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/172292/chapter/1

Sarah brincava com as crianças perto do lago, sorriam felizes quando escutaram barulhos de cavalos se aproximando as crianças se esconderam em arbustos próximos Sarah por ser muito grande não achou nenhum lugar grande o bastante decidiu jogar-se no lago escondendo-se nas águas escuras.

 Claus galopava com seu cavalo seguido por guardas aproximou-se de um lago para observar uma jovem donzela que nadava ali, seus cabelos negros e molhados escorriam por seu corpo levemente bronzeado nadava elegantemente pelo lago negro parou em frente à moça quando esta se escondeu brevemente deixando apenas seus olhos verdes aparecerem na superfície encantado com sua beleza Claus olhou para aqueles olhos penetrantes e cheios de segredos.

-       Bom dia jovem donzela? – perguntou o príncipe – Daria me a honra de saber seu belo nome?

-       Por que diria ao cavalheiro? – disse Sarah observando-o atentamente.

O jovem príncipe tinha feições leves de um arcanjo, seus olhos azuis a observavam com desejo, os cabelos castanhos resplandeciam com os raios de sol a boca carnuda e rosada abria-se em um sorriso elegante e sedutor.

-       Deveria não se pode recusar uma pergunta de um jovem cavalheiro. – disse Claus autoritário – Diga seu nome jovem donzela.

-       Não lhe devo satisfações, – pensou Sarah – sou uma Bela Donna flor venenosa e perigosa.

-       Interresante.

-       Saiam da minha propriedade se não mostrarei todo meu veneno – disse Sarah sombriamente.

-       Que veneno? – perguntou Claus zombando.

-       É melhor irmos senhor. – disse um de seus guardas.

-       Claro. – disse ele sorrindo para a moça – Nos veremos brevemente Bela Donna.

-       Não desejo o mesmo. – disse Sarah mergulhando no lago novamente

Claus recuou com seu cavalo e seguiu para o palácio pensativo, quando chegou chamou o guarda que lhe chamou a atenção no lago, sob a ordem do príncipe o jovem servo se aproximou da sala de treinamento onde o príncipe brandia sua espada contra seu oponente, levemente distraído Claus não reparou na chegada do guarda.

-       Majestade?! – disse o servo se curvando para o príncipe – Desejas falar comigo?

-       Sim. – disse o príncipe dispensando o oponente, outro servo – Minha mente está intrigada.

-       Com o que senhor? – perguntou o outro cauteloso.

-       Quem é aquela linda dama do lado? – perguntou o príncipe alisando sua espada – Parece-me uma fera selvagem.

-       A Princesa Le Clair, Sarah Le Clair, senhor. – disse o servo nervoso – Está prometida para o Conde François.

-       Diga-me mais. – impôs Claus pensativo.

-       É filha única com pais falecidos, mora com sua tia a Condessa Satrrer, seu irmão assumiu o trono da família verão passado após a morte do rei, a rainha já falecida. Apesar de ser bela, a donzela é perigoso, senhor.

-       Por que diz isso?

-       Ela é... Selvagem, senhor. Todos os homens que vão observá-la nadar são mortos ou pior... Castrados. – disse ele gaguejando – Ao todo já foram sete mortos e quinze... Feridos.

-       Para quando está marcado o casamento? – perguntou ele curioso.

-       Na próxima primavera, senhor. Ela irá visitar o irmão em breve para ser apresentada ao futuro marido, mas pelo que sei, não deseja se casar. – respondeu o servo sorridente – Ela prefere ser donzela para todo sempre.

-       Não será eternamente. – disse o príncipe provocativo – Eu domarei aquela fera.

Muito longe dali Sarah entrava no grande castelo da Condessa Satrrer, molhada da cabeça aos pés a jovem adentrou ao salão repleto de servos e camareiras procurando sua tia, não lhe saia da cabeça o jovem de olhos mar ao qual encontrou em seu passeio, dirigindo-se aos seus aposentos livrou-se das roupas molhadas desfrutando de um relaxante banho de banheira, apesar de ser forte se pegou novamente pensando naquele cavalheiro abusado que lhe dirigiu a palavra no lago, quem seria ele para impor a ela de lhe dizer seu nome? Como ousa ser tão grosseiro e autoritário com uma dama?

-       Não é do meu dever dizer meu nome para um estranho! – disse Sarah afundando os cabelos negros nas espumas.

Após seu banho, vestindo-se corretamente seguiu para sua aula de esgrima, apesar de ser uma dama sempre fora ensinada a se defender pelo seu pai, o grande Rei Craston Le Clair, seu querido irmão Peter sempre perdia as batalhas, como muitos homens que a desafiaram e tentaram machucá-la, ser uma dama não significava ser fraca e submissa, a jovem Sarah não pensava assim. Após horas de luta contra seu fiel e companheiro oponente, Forrs, sua tia lhe chamou para conversar.

A Condessa Satrrer era uma senhora de meia idade com cabelos cor de fogo, levemente grisalhos, aparentando alguns anos a mais do que a falecida irmã, a Rainha Clair Le Clair, olhos de um castanho claro como o doce cacau, e lábios rubros como vinho. Sentada no jardim a Condessa Satrrer esperava sua sobrinha, com uma carta em mãos com o selo real, aproximando-se lentamente Sarah a observava atentamente, quem conhecia a Rainha Le Clair pensaria que era ela a estar sentada no jardim, a mãe de Sarah tinha cabelos de um castanho avermelhados não tão fortes como os da irmã mais velha, olhos de um tom de verdes prados e lábios vermelhos como rosas. Sentando-se ao lado da tia, Sarah se pôs a olhar o crepúsculo, sentia tanta falta de seus pais, deixando-a com um vazio enorme sem seu peito.

-       Minha querida. – disse a tia a observando.

Jasmim Satrrer conhecia muito bem a sobrinha, nunca tivera filhos com seu falecido marido, uma jovem senhora que reconhecia o olhar da menina a sua frente, apesar de já ser uma donzela Sarah sempre seria uma criança indefesa e insegura aos olhares da tia, a jovem sempre tentava dispersar os pensamentos se alegrando brincando com as crianças dos empregados, ou cavalgando em seu cavalo branco pelos vales rio a cima, mas no fundo a Princesa Le Clair sentia falta de seus pais e seu irmão, após a trágica morte da rainha a menina nunca fora a mesma, assumira um ar selvagem se afastando de tudo e todos, passara a morar com a Condessa por sentir falta da mãe, afastando-se do pai que pouco tempo depois adoeceu com saudades da esposa querida, ultima perda da família fora a morte do rei.

-       Diga tia, para que pedisse para me chamar? – perguntou Sarah tornando-se forte novamente.

-       Recebemos um convite da Rainha para comparecermos em um chá em sua homenagem. – disse a Condessa sorridente – Gostaria de conhecer a jovem Princesa Le Clair.

-       Por que me dariam a honra de um chá com a rainha? Já estou prometida ao Conde, não gostaria de ficar noiva de outro, muito menos um príncipe que nem conheço. – disse Sarah desconfiada.

-       É uma cortesia da Rainha, não podemos recusar. – disse a tia ofendida com as palavras da sobrinha.

-       Eu recusarei, não irei a chá nenhum, com rainha nenhuma. – disse a jovem se levantando brava – Não sou obrigada a fazer o que ele deseja.

Dizendo isso a princesa saiu a passos fortes para dentro do castelo, deixando a Condessa magoada e ofendida com o destrato da sobrinha, um convite real nunca fora recusado por ninguém e Sarah poderia pagar conseqüências por recusar um chá com vossa majestade.

O príncipe caminhava de um lado para o outro no salão imperial, em sua frente estavam seus pais, o Rei e a Rainha, com muita insistência Claus convencera sua mãe a convidar a jovem princesa Le Clair e sua tia a Condessa para um chá em vossa homenagem, o rei ficara interessado no entusiasmo do filho, há muito tempo pensara e desposar uma jovem princesa para casar-se com o príncipe.

-       Diga meu filho, por que tanto interesse nessa jovem? – perguntou o Rei Stevão.

-       Gostaria de conhecê-la melhor papai. – disse ele andando de um lado para o outro.

-       Pensa em desposar a Princesa Le Clair, meu bem? – perguntou a Rainha Francis curiosa.

-       Penso minha mãe, penso. – disse o príncipe para a euforia dos pais.

-       Majestades! – disse o servo entrando e se curvando – O convite foi entregue nas mãos da Condessa, ela agradeceu e está honrada em comparecer ao chá.

-       E quanto à princesa? – perguntou Claus agora eufórico.

-       A Princesa Le Clair estava treinando não havia recebido o convite, mas sua tia informou que as duas comparecerão ao chá. – disse o mensageiro cuidadoso.

-       Treinando? – perguntou a Rainha curiosa.

-       Sim, majestade. A Princesa Le Clair tem aulas de luta, esgrima. – disse ele suando frio – Onde acha que a jovem princesa aprendeu a fazer tudo aquilo com os soldados?

-       Tudo aquilo? – perguntou o Rei.

-       Aquilo senhor. – disse o mensageiro com o gesto de espada o baixo da cintura – Quinze feridos, senhor.

-       Deve ser por um bom motivo, presumo. – disse a rainha sorrindo ao ver as expressões dos homens presentes.

-       Eles tentaram abusar da jovem, senhora por ser muito bela é cobiçada pelos homens. – disse o servo pensativo – Penso que nunca vi uma donzela mais linda quanto ela, senhora.

-       Bom desejo conhecer a jovem que será esposa de meu filho. – disse o rei sorrindo.

-       Mas meu senhor, ela já é prometida a um Conde. – disse o jovem preocupado.

-       Desposarei a Princesa Le Clair, um príncipe vale mais que um Conde, não? – disse Claus zombando – Domarei aquela jovem selvagem.

Sarah estava sentada olhando os papéis sobre a mesa, em seus aposentos repousando ela pensava na vida, tinha o costume de escrever cartas para sua falecida mãe, contando como fora cada dia vivido com a tia, como se apenas a distancia de casa separasse sua mãe de si, um sonho apenas, mas que ela nutria a cada noite escrevendo no papel branco e guardando-o na pequena caixa entalhada em madeira vermelha, agora a luz do luar ela observava sua carta, lendo-a mentalmente pela terceira vez.

Querida mãe...

Faz tanto tempo que espero sua resposta, mas sei que infelizmente não receberei nunca mais, sinto sua falta a cada dia que passa, me vejo encurralada para um casamento que não quero, tento fazer com que Peter desfaça o noivado, mas uma princesa precisa se tornar algo mais importante, formar uma família. Hoje quando brincava com as crianças me banhei no lago me escondendo de um cavalheiro, ele era extremamente bonito, mas seu gênio era o contrário, autoritário e pedante, não sou submissa a qualquer homem, nem ao menos a papai fui. Mas seus olhos... Seus olhos eram... Lindos. Não sei como foi que aconteceu, mas esse homem autoritário não me sai à cabeça não gosto de pensar nele, mas infelizmente penso.

Sei que o certo era obedecer minha tia, mas ser obrigada a comparecer a um chá com a Rainha não é do meu feitio, muitos dizem que o jovem príncipe é um belo rapaz, mas sinceramente a fama de mulherengo o deixa em maus lençóis, não desejo um casamento com um homem assim, já basta à fama de autoritário e frio que meu noivo tem não desejo trocar traição por frieza. É muita humilhação.

Falta pouco para... Conhecer o Conde, penso que é um homem velho e rabugento, mas a fotografia que recebi diz o contrário, sei que se for mesmo necessário terei que amá-lo, o que será um grande fardo para mim, casar sem amor.

Minha querida mãe! Gostaria de olhar para o luar e ver-te nas estrelas, como sempre disse que a acharia, mas criança não mais sou uma mulher terei que ser servir a um homem como símbolo de prazer e procriação, fará algo para não ser o que mais nego, ser escrava de um homem.

Amar-te-ei eternamente...

...até que as estrelas sumam no céu.

Sarah.

Olhando a carta Sarah deixou uma única lágrima de saudade deslizar sobre o papel, gostaria de morrer e se juntar a mãe no paraíso, onde pensara que seus pais estivessem. Dobrou a carta e colocou adentro do baú vermelho, levantou-se e guardou-a em uma passagem secreta perto de sua cama, fora projetada para fugas a caso de invasão, mas no momento guardava os mais preciosos bens da princesa, retratos de seus pais e família, jóias valiosas as cartas e livros que seus pais haviam lhe presenteado, e o mais importante sua coroa, a delicada coroa presenteada pelo seu pai, a coroa real da Rainha, de sua mãe.

-       Sinto tua falta mamãe. – disse Sarah ajoelhando-se ao lado da cama – A cada dia que passa, serei honrada se um dia for uma rainha tão boa e generosa quanto à senhora.

Pegando a valiosa coroa acariciou-a com carinho, colocando em sua cabeça para repousar em seus cabelos negros, apesar de ter sua própria tiara de princesa guardada ao lado da coroa, Sarah sempre desejou usar a coroa de sua mãe desde que era pequena, adorava os diamantes banhados nos círculos e laços traçados na linda coroa de ouro. Num futuro próximo seria uma rainha magnífica.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Algumas palavras podem estar na linguagem antiga, mas não são erros, é apenas a forma com que falavam no seculo XVII.
Cap longo, e eletrizante.
Apresentarei em breve a maravilhosa Sarah e o delicioso Claus.
Reviews.
Xoxo