POV TAYLOR

  Eram de manhã quando o meu dia de ação de graças começou. Eu ia passar a manhã toda com a minha pequena para depois ir comemorar com a minha família, mas no fim eu iria voltar para Demi.

  - Preparada para nossa comemoração? – eu abria a porta do carro pra ela e logo depois partimos para um parque.

  Como tradição em todo dia de ação de graças nós íamos ao parque jogar uma partida de futebol. Demi não estava muito animada e eu estava falando o que eu tinha planejado.

  - Você acha isso legal? – perguntei.

  - O que? – ela me olhou.

  - Você nem prestou atenção né... – ela fez uma carinha triste.

  - Desculpe, eu ainda estou dormindo. Por que temos que vir tão cedo? – ela coçava os olhos como uma criança.

  - Porque à tarde eu vou passar com os meus pais. – chegamos ao parque e fomos procurar um lugar bom para jogar.

  - Mas você vai terminar o dia comigo, podíamos ter vindo mais tarde. - ela sentou na sombra em baixo de uma árvore.

  - Ah Demi! Pode parar de preguiça. Vem jogar. – puxei sua mão.

  Nós jogamos até ficarmos esgotadas. Demi corria atrás de mim e me abraçava. Às vezes eu a derrubava no chão e saia correndo, ela ficava brava e vinha atrás. Foi muito divertido. Nós estávamos evitando beijos, pois tinha muitas famílias no parque já que era feriado. Algumas já estavam olhando torto.

  Eu estava distraída quando Demi veio por traz e me derrubou.

  - Ai! – ela entrou em choque por uns instantes.

  - Tay, você tá bem? Me desculpa, por favor.

  - Eu estou bem pequena. Relaxa. – tirei a grama da minha roupa.

  - Eu não quero mais jogar Tay. Vamos parar? – ela fazia um bico irresistível.

  - Ok... O que vamos fazer agora? – me levantei com sua ajuda.

  - Sei lá. Podemos ir ao lago e comer algodão doce.

  - Parece legal.

  Nós fomos até ao lago que havia no parque e no caminho paramos para compra o algodão doce de que Demi tanto queria. Nós andávamos o tempo todo de mãos dadas ou abraçadas, as pessoas ficavam comentando, mas não estávamos ligando pra isso.  Demi e eu deitamos na grama, ela deitou em meu ombro, ficamos observando as nuvens e curtindo o momento juntas até a hora de ir.

  POV SELENA

  Já era umas três da tarde quando Miley me ligou para eu acompanha-la numa fila de uma loja. Como era ação de graças e no outro dia aconteceria a Black Friday, algumas lojas já estavam fazendo suas promoções e Miley queria aproveitar a oportunidade e gastar metade do salário dela em compras.

  - Por favor, Sel. – ela implorava pelo telefone.

  - Miley, eu não vou ficar até a noite com você na fila de uma loja.

  - Ei! Você prometeu estar comigo nas horas difíceis também.

  - Você não esta numa situação difícil. Você esta ai porque você quer! – eu achei que iriamos brigar pelo telefone.

  - Nossa Sel, valeu! Se fosse a Demi ou a Tay você já estaria aqui só com uma sms. Agora eu que sou sua namorada tenho que implorar pra você e receber um “Você tá ai porque você quer” – ela falou imitando minha voz. - como resposta não é justo.

  - Para de drama Miley.

  - Você não vai vir?

  - Não.

  Sem falar mais nada ela desligou o telefone. Eu sei que fui chata com ela, mas passar o feriado do dia de ação de graças numa fila não bem o que eu quero pra hoje.

  Mais tarde

  - Oi Miley. – eu desci o taxi com aquela cara de pau.

  - Ah olha que apareceu! – ela me olhou vitoriosa.

  - Essa é sua namorada que não queria vir? – uma desconhecida falou com ela.

  - É sim. – eu me aproximei. – Achei que você não viesse. – ela me abraçou.

  - Mudei de ideia.

  POV DEMI

  - E você Demi? O que tem para agradecer?

  - Bom... Primeiro eu tenho que agradecer por ter a melhor família do mundo. Todas as vezes que eu precisei dela ela estava ali por mim, nunca me julgou e sempre tentando me manter no caminho certo. Em segundo lugar queria agradecer por todos os meus amigos que me proporcionam momentos engraçados, quando eu estou triste eu sei que posso contar com ele porque eles são a minha segunda família. Por ultimo agradeço a Deus por ter colocado uma menina como a Taylor na minha vida. Desde eu me conheço ela esta ali me apoiando e me impedindo de fazer coisas erradas e de uns tempos pra cá esse sentimento de amizade que tínhamos evoluiu e hoje eu estou muito feliz e tenho orgulho de dizer que ela é minha namorada. – eu encerrei o discurso na casa dos meus tios e todos começaram a se servir.

  Eu não comi muito, pois iria sair com Taylor para algum lugar que ela manteve em segredo. Não demorou muito para que ela chegasse.

  - Você esta tão linda! – ela me deu passagem para sair.

  - Você também esta incrivelmente linda. – Nós entramos no carro e saímos para o nosso momento. – Aonde vamos?

  - Surpresa.

  Taylor fez um caminho totalmente desconhecido por mim, mas para minha surpresa ela estacionou o carro na garagem dela.

  - Essa era a surpresa? – perguntei desapontada.

  - Não esse é o local da surpresa.

  - Ah sim! – ela me ajudou a sair do carro e me acompanhou até a porta.

  - Onde estão seus pais?

  - Foram ver um jogo de futebol e só voltam de madrugada.

  - Isso quer dizer que estamos sozinhas? – eu dei um sorriso malicioso.

  - Eu não sei o que você quis dizer com isso Demi. – ela se fez de desentendida. – Agora feche os olhos. E não espie – obedeci. – Cuidado com os degraus.

  Taylor me levou até o segundo andar da casa e entrou em uns dos quartos.

  - Pode abrir.

  Eu abri meus olhos e o quarto de Taylor apareceu, ele estava decorado com velas e em cima da cama tinha um o nosso jantar. Era apena um prato de macarronada.

  - Desculpe, eu queria uma coisa mais romântica, mas só sei cozinha isso.

  - Tay. – eu sorri. – Isso esta perfeito! – eu me lancei nos braços dela e lhe dei um beijo apaixonado.

  Nós fomos tivemos nosso jantar romântico e ficamos na cama conversando sobre coisas aleatórias.

  Num momento de distração quando estávamos sentadas na cama roubei um selinho de Taylor e ao me separar fui puxada de volta, mas num beijo quente.

  Tay segurava meus cabelos e me beijava carinhosamente, eu a puxei pra perto buscando mais contato. Taylor levantou um pouco minha camiseta, mas ela mesma se separou de mim.

  - Que droga eu preciso me controlar!

  - Não se controle. – encorajei.

  - Demi você não esta pronta. – ela acariciava meu rosto.

  - Que sabe disso sou eu Tay. E eu digo pra você continuar. – eu mesma levei suas mãos até minha camiseta.

  Ela tirou lentamente e voltou a me beijar, quando suas mãos entraram em contado com minha pele e um arrepio percorreu todo o meu corpo. Ela levou os beijos até meu pescoço e foi me deitando na cama. Minhas mãos escorregaram até o botão de sua calça e logo a peça de roupa foi jogada em algum canto. Eu passava as unhas de leve em sua coxa o que fazia Taylor soltar suspiros abafados. Ela foi descendo seus beijos até minha barriga e logo depois subia.

  No momento que eu fui tirar sua camiseta meu celular começou a vibrar.

  - Não atende. – Taylor continuava a me beijar.

  Eu ignorei o som até o de Taylor começar a tocar também.

  - Deve ser importante. – Falei.

  Tay me deu um ultimo beijo e atendeu o meu.

  - Alô! – ela estava irritada. - Sel não dá pra fazer depois? O que aconteceu? – ela suspirou. – Ok. Já estamos indo. – ela desligou. – Demi se veste.

  - O que aconteceu? – eu coloquei minha camiseta rapidamente.

  POV SELENA

  Miley e eu ainda estávamos na fila quando o gerente apareceu e disse que eles já iam abrir. Na preparação para entrar uma garota de uns 19 anos entrou na frente da Miley na fila e em vez de Miley deixa pra lá ela foi tirar satisfações com a menina.

  - Moça caso você não tenha visto você chegou agora e entrou na minha frente. – Miley foi educada.

  - E? – nessa hora até eu fiquei com raiva.

  - E que isso é fura fila.

  - Oh que pena!

  - Se toca! – Miley se estressou.

  - Se toca você garota! – ela empurrou Miley de leve.

  - Eu não faria isso. – Miley falou se segurando para não bater na menina.

  - Por quê?

  - Por isso! – Miley deu um empurrão na garota.

  As duas começaram a brigar na minha frente, eu manda Miley parar e tenta separa-la, mas era impossível com a força que eu tinha. As duas se arranhavam, puxavam cabelo e trocavam tapas. Elas caíram no chão e se socaram, foi ai que as pessoas fizeram alguma coisa. Eles tiraram Miley de cima dela, seu rosto estava bem arranhado e com a boca machucada.

  Por um momento elas pararam e se encararam e a garota em um movimento rápido tirou uma garrafa quebrada do lixo e foi pra cima de Miley, eles conseguiram segura-la, mas não a tempo de evitar que ela abrisse um corte na testa da minha garota.

  As pessoas que estava ali foram tirar a menina de lá e algumas vieram me ajudar.

  - Miley. Você tá bem? – eu chorava.

  - Eu estaria se tivesse quebrado a cara daquela vaca. – ela passava a mão no corte que escorria sangue. – Que droga!

  - Miley a gente tem que ir pro hospital.

  - Não! Eu não vou perder minha Black Friday por nada. – eu dei um tapa no braço dela. – Ai! Para tá doendo.

  - É pra doer mesmo! Eu aqui chorando preocupada e você querendo fazer compras. Vamos pro hospital sim.

  - Posso saber como? Por que com essa testa é impossível pilotar uma moto.

  - Taxi. – falei.

  - Mas e minha moto? Eu não posso deixar meu bebe aqui sozinho.

  - Miley não complica as coisas.

  - Miley. – Emily nos chamou. Ela era a desconhecida que falou comigo quando eu cheguei. – Você pode deixar sua moto na minha casa. Eu moro bem perto daqui, a hora que você sair de lá você passa aqui e pega.

  - Você faria isso? – os olhos dela brilharam.

  - Claro.

  Nós deixamos a moto na casa de Emily e fomos de taxi até o hospital. No fim Miley levou cinco pontos na testa, mas por sorte não vai ficar com cicatriz.

  - Ah! Eu acho cicatrizes tão sexys. – olhei brava pra ela. – Foi mal. – ela encolheu os ombros. – Como vamos embora? Porque seu eu ligar pra minha mãe e falar “Oi mãe eu briguei com uma menina na rua, tomei uma garrafada e agora estou no hospital. Tem como vir me buscar” ela me mata.

  - É o que eu estou pensando em fazer... – ela sorriu tentando parecer inocente. - Vou liga pra Demi vir buscar a gente.

  Eu liguei duas vezes pra Demi e vi que ela não iria me atender então tentei a Taylor.

  - Alô! – ela atendeu zangada. Acho que interrompi alguma coisa.

  - Taylor, desculpe te interromper, mas tem como você me fazer uma grande favor pra mim?

  - Sel não dá pra fazer depois?

  - Não dá.

  - O que aconteceu?

  - A Miley brigou na rua e agora a gente tá no hospital. Ela não pode ligar pra mãe. Tem como você pegar a gente no hospital do centro?

  - Ok. Já estamos indo. – ela desligou.

  Elas não demoraram muito e logo apareceram. 

  - Eu fiquei preocupada com vocês. – Demi me abraçou forte e depois cumprimentou Miley. Elas não eram amigas, mas já se tratavam bem às vezes.

  - O que vocês aprontaram? – Taylor perguntou.

  - Uma garota fez graça e eu bati nela.

  - Estou vendo que você bateu! Esse corte na testa deve dizer que ganhou a briga.

  - Isso foi golpe sujo. Ela me deu uma garrafada quando eu estava desprevenida.

  Nós fomos até o estacionamento e entramos no carro de Taylor.

  - Pra onde vamos?

  - Vamos comer? – Miley perguntou com um sorriso de criança no rosto. – A qual é! Eu passei o dia inteiro numa fila, apanhei, tomei ponto... Eu preciso descansar né. – Todas rimos.

  - Eu imagino o que teria acontecido se eu não estivesse como você.

  Nós fomos até uma lanchonete para que Miley matasse sua fome.

  - Gente como é ação de graças e eu passei numa fila, vou agradecer agora. – Miley iniciou seu discurso. - Eu agradeço por eu ter encontrado a Sel naquele parque porque desde aquele dia minha vida mudou. Hoje eu tenho a melhor namorada do universo que me ajuda em tudo e esta comigo em qualquer situação seja boa ou ruim. Eu agradeço também por ter amigas com quem contar, mesmo que não sejamos tão próximas. Eu só sei que estou muito feliz por estar aqui com vocês e com a minha princesa hoje. Isso significa que de alguma forma vocês se importam comigo. – ela terminou seu discurso e brindamos com nossos copos de refrigerante.

  Nós terminamos a noite juntas e comemorando. Todas nós nos comportamos como namoradas normais. Sem provocações e ciúmes, porque né... Era dia de agradecer o que temos hoje.