Give It Up escrita por Niin


Capítulo 43
The love i live for


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY GENTE! Noooosa quanto tempo caramba!
Que saudade de vir aqui postar pra vocês!
Então, esse cap é mais ou menos sentimental... Ahh sei lá o que ele é viu...
Maas, olha que linda eu, FIZ DUAS CAPAS PRA ELE!
E lembrando aqui galera... Fic acabando...
Esse é o penúltimo capítulo ='''''
Vão lá ver a nova capa da fic! (y'
BEEEEIJOS GEEENTE!
Vamos passar na minha nova fic! A hesitate: http://www.fanfiction.com.br/historia/246862/Hesitate
Capítulo dedicado a Miwa Mazur.. THANKS pela recomendação linda!



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30 de Junho

Desci do carro na garagem conhecida e entrei na sala, John trazia minha bolsa e falava alguma coisa sobre pessoas idiotas que atrapalhavam o trânsito.
Subi para o meu quarto e sentei na cama, decidindo se iria para a aula mesmo já estando quase no intervalo.
Decidi que sim e saí de casa, acelerando pela rua e estacionando na primeira vaga disponível no estacionamento.
Subi as escadas para o pátio e a primeira pessoa que vi foi Fernanda, ela me olhou feio e eu ignorei isso, andando até Jimmy, que correu até mim e me carregou nos braços.
– QUE SAUDADE! A vida não é legal sem você pra infernizar os outros. - Ele disse alegre.
– Também senti sua falta. - Eu disse e ele me colocou no chão.
A próxima coisa que vi, foi Matthew me erguendo do chão.
– Psicopata! Você nem se despediu de mim!
Ri e o abracei de volta - Eu não sou chegada em despedidas Shadz.
Ele me colocou no chão e atrapalhou meu cabelo. - Eu sei, mas devia. Sentimos sua falta.
Zacky foi o próximo, me agarrando em um abraço de urso, então Johnny veio reclamando que eu nunca tinha achado uma branca de neve para ele.

Sem meu consentimento, meus olhos esquadrinharam o local em busca de Brian, até que o encontrei conversando com completos desconhecidos, ele estava rindo e fumando.
Pensei em ir até lá, mas acabei me impedindo e engatando uma conversa com Jimmy sobre a banda.
O sinal soou e eu puxei o altão para um canto.
– Mh, Jim, eu sei que ele saiu da banda, mas achei que vocês ainda iam andar juntos.
– Não, ele acabou brigando com o Zacky também depois que ele e o Matt brigaram um dia e o gordo foi reclamar com ele.
– Ele bateu no Matt?
– Foi, em um dia que saímos para beber, Matt ficou bêbado e reclamou que você tinha sido má com ele, acho que o Syn apelou, porque quebrou uma garrafa nas costas dele na mesma hora. - Tapei a boca com as mãos surpresa e Jimmy deu de ombros - Foi uma péssima ideia ir embora Vamps.
– Mas ele não conversa mais com você?
– Comigo sim, mas agora passa mais tempo com aqueles caras estranhos.

Assisti o moreno descer as escadas do pátio rindo, provavelmente tinha decidido matar o restante das aulas, acreditava que ele ainda não tinha me visto e pensei seriamente em seguí-lo.
– Você devia ir atrás para garantir que ele não faça nada estúpido. - Jimmy comentou e eu o olhei.
– Será?
– Vai por mim.
Concordei e desci as escadas atrás dele, Brian estava deitado na grama ao lado do próprio carro, soltava a fumaça da boca fazendo círculos que se dissipavam no ar e fazia com que ele risse.

Andei calmamente até lá e sentei ao seu lado, ele virou o rosto confuso para descobrir quem sentava ao seu lado, então se sentou bruscamente me olhando com os olhos avermelhados e arregalados.
– Vampira?
Ri - Até a última vez que chequei.
Ele me abraçou e caímos deitados na grama.
– Achei que você só vinha para a formatura.
– Resolvi vir mais cedo. E você está fedendo.
Brian apertou os braços ao meu redor rindo. - Eu sei. - Ele soltou uma das mãos e pegou uma mecha do meu cabelo. - Você voltou a usar mechas coloridas. Eu gosto mais assim.
– E você cortou o cabelo.
Ele deu de ombros - É mais fácil.

Ficamos um longo tempo em silêncio, então ele fechou os olhos e acariciou minhas costas, correspondi ao carinho olhando seu rosto sereno, ele tinha olheiras profundas e parecia cansado.
– O que tem feito Gates?
Ele abriu os olhos e pareceu confuso - Como assim?
– Bem, você disse que ia sair da banda e fazer outras coisas… O que tem feito?
– Nada.
– E sua mãe? - Perguntei e ele mudou a expressão para um estranha, irritada e triste.
– Foi embora.
Pisquei confusa - Por que?
– Não sei, mas foi logo após eu contar que saí da banda, então ela foi embora e nunca mais ligou nem nada.
– Mas…
– Aparentemente se eu não tiver um futuro que envolva dinheiro ela não está afim de ser minha mãe.
– Brian… Não. Aposto que tem um motivo sério pra isso.
– Tem sim, ela não quer ser minha mãe, ela quer ser mãe de alguém com dinheiro. Se eu não tenho um futuro promissor, então ela pode achar outro filho.

Puxei-o e coloquei seu rosto em meu pescoço, apertando-o com força.
– Sinto muito.
Ele suspirou - Tanto faz Vampira. - Disse se afastando.
– Desculpe. - Pedi acariciando seu rosto.
– Pelo que?
– A culpa é minha, de você ter dado uma segunda chance a ela, de você ter saído da banda… Eu só fodi com a sua vida Syn, me desculpa!
– Não é sua culpa eu ter uma mãe idiota Jade.
– Mas é minha culpa você sofrer por isso de novo.
– Para com isso Vampira, você tem que parar de enxergar só o lado ruim do que faz pelas pessoas.
– Isso é porque eu só faço coisas ruins, até quando eu não quero.
– Não é verdade. Você fez muitas coisas boas por todos nós, principalmente por mim.
– Nem que tivesse feito, nada chega aos pés do tanto que eu destruí sua vida.
– Eu te disse uma vez e te digo de novo. Quem fodeu com nós dois fui eu, o resto é consequência.
– Syn…
– Mh?
– Se você pensa assim… Por que não volta para a banda?
– Uma coisa é o que você fez, outra é o que o Matt fez. Você fez por raiva e ele por egoísmo.
– Não Gates. Ele só estava carente e eu era a garota que estava sempre perto dele sendo amiga. Matt tinha acabado de terminar o namoro e estava mal.
– Eu também estava, e não fui atrás da Val ou da Fer.
– Mas é diferente.
– Não é diferente porra nenhuma e você sabe disso! Depois de tanto tempo eu reconheço que o que eu fiz para você… Não tem como superar Jade, só se você ficar com o Jimmy… Sei lá.
– Por favor Brian? Você sabe que quer voltar.
– Não eu não quero, eu só quero viver minha vida em paz.
Respirei fundo e rolei os olhos sentando na grama, ele continuou me olhando ainda deitado.
– Boa sorte com sua vida então, seja lá o que você resolver que quer fazer.
– Valeu.
Ficamos em silêncio enquanto eu encarava o prédio da escola e ele eu não sei.

O sinal para a última aula bateu e eu me levantei para ir embora para casa, mas ele se sentou e me segurou pela perna.
– Que foi?
– Você vai ficar? - Perguntou com um olhar estranho.
– Ficar aonde?
– Aqui… Ou depois da formatura você vai embora de novo?
Torci os lábios e ele me soltou prevendo a resposta.
– Acho que nunca te disse que queria ser atriz. Eu consegui. - Disse sorrindo fraco e ele correspondeu ao sorriso fracamente.
– Que bom.

Fiquei olhando-o e ele encarava o chão, não sei por quanto tempo ficamos assim, até que ele levantou e andou até o carro, entrando no lado do motorista e indo embora sem falar mais nenhuma palavra.
Suspirei e fui embora também, já estava formada na escola de New Orleans, então não teria que ir a escola mais e só apareceria para a formatura, não estava afim de socializar com ninguém.


6 Julho

Jimmy me atormentara a semana inteira para ir a escola, mas eu resolvi ficar trancada em casa ensaiando meus roteiros.
O convite para a formatura chegou e seria hoje as nove horas, estava pronta e arrumada quando o gigante e o gordo passaram para me buscar, sentei logo atrás dos formandos, mas assim que acabou a cerimonia, os quatro retardados me puxaram para cima do palco junto da galera. Foi uma zoeira geral, até o diretor pedir para que fossemos para o ginásio, onde a banda dos garotos iria tocar.
Ouvi Jimmy pedir para que Brian tocasse com eles, mas o moreno recusou e saiu de perto do amigo sentando em uma das arquibancadas e virando um cantil na boca.
Fui até ele e me sentei ao seu lado, encarando os quatro subirem num palco improvisado e se prepararem para tocar.
– Parabéns. - Disse sorrindo e ele concordou com a cabeça
– Obrigado.
Olhei para os garotos e depois para ele - Você devia aceitar o convite e tocar com eles.
– Isso é o que você quer, não o que eu quero.
– E você não faria por mim? - Pedi segurando sua mão e ele me olhou.
Gates suspirou e tirou sua mão da minha - Não.
Torci os lábios e virei o corpo em sua direção. - Por favor Brian? O que eu tenho que fazer pra você subir ali e tocar com eles?
Ele pareceu pensativo e virou o corpo para mim também. - Tem que voltar pra mim.
– Eu vou embora Syn.
– Existem finais de semana e feriados, e também, eu ainda não decidi o que eu vou fazer da minha vida.
– Decidiu sim! Você vai voltar pra porra da sua banda!
– Vampira…
– Ou isso ou nunca mais olho na sua cada Brian Haner.
– Eu tenho que decidir isso Jade.
– Para de ser idiota! Syn! Essa é sua vida! Esse é o seu sonho! Não joga isso fora por favor! - Pedi um pouco desesperada gesticulando com as mãos, até acabar por segurar seu rosto entre elas.
– Vampira, o que aconteceu entre…
– Cala a boca! Você sabe que isso já passou e fica procurando desculpas para não ter que assumir que exagerou ao sair da banda. Mas acabou Syn! Eles são seus amigos e te querem de volta, mas uma hora não vai dar mais e eles vão te substituir. Então para com esse cú doce e volta pra banda!

Ele me encarou e tirou minhas mãos de seu rosto, descendo as arquibancadas.
Olhei-o sair do ginásio e suspirei, encostando no banco de trás, Jimmy conversava com Matt, enquanto os outros dois davam pulinhos para aquecer.
Meu olhar vagou pelo lugar e eu encontrei Fernanda com umas outras garotas, ela descobriu que eu fiquei com Matt e agora me odiava, mas isso não me importava muito.
Desci das arquibancadas e encontrei Sr. Haner, conversei com o simpático homem cujo filho estava destruído por minha culpa e senti meu estômago revirar.

Aplausos romperam o silêncio e eu me virei para o palco, vendo Matt ajeitar o microfone no pedestal, mas antes que ele falasse alguma coisa, Jimmy e os outros saíram de suas posições, caminhando para frente com sorrisos, todos se viraram para as portas do ginásio para ver o que acontecia.
Brian estava entrando no local com a guitarra apoiada sobre o ombro direito, o que fez um sorriso brotar em meus lábios.
Matt pulou do palco e foi até o amigo sorrindo, Brian o olhou por um tempo, então sorriu de lado, recebendo um abraço quase instantâneo.
Eles subiram e Gates ligou a guitarra, logo começaram a tocar para o delírio de todos, e alegria e alivio meu.

Depois de algumas músicas, agradecimentos e o aviso de Matt de que Brian estava de volta a banda, e a confirmação do moreno, eles desligaram tudo e desceram, o lugar já estava meio deserto e os poucos que restaram já estavam indo embora.
Me dirigi aos garotos e antes de falar nada com ninguém, puxei o pescoço de Gates e o beijei.
Ele pareceu surpreso, mas assim que entendeu o que estava acontecendo correspondeu ao beijo, me puxando com força para si, num beijo ávido e nostálgico.
Nos separamos e ele me olhou sorrindo confuso.
– Você fez a sua parte no acordo, estou fazendo a minha. - Expliquei sorrindo e ele me beijou de novo.
Fomos envolvidos num abraço forte enquanto Jimmy gritava coisas ininteligíveis.

Conseguimos nos soltar do gigante e eu abracei a todos eles, voltando para Brian no final.
Ficamos no ginásio um bom tempo, os garotos colocavam Gates a par das coisas da banda enquanto nós dois trocávamos carinhos sentados nas arquibancadas.
Despedi-me deles quando meu pai me ligou pela quinta vez na noite e fui para casa.

Tomei banho e me troquei, depois me joguei na cama do quarto olhando o teto branco e pensando na merda que eu estava fazendo, eu não podia simplesmente voltar com ele sendo que iria embora no dia seguinte.
Meu telefone vibrou no bolso e vi que Syn me ligava, hesitei em atender, mas o fiz.
– Hey! Conseguiu se livrar da loucura do seu pai? - Perguntou divertido.
– Consegui sim.
– Que bom.
– Algum propósito específico para essa ligação? - Perguntei rolando na cama e abraçando um travesseiro.
– Tem sim. Saí pela janela, eu estou te esperando na rua.
– Que? Você é louco? Claro que eu não vou fazer isso!
– Anda logo Vampira, tem noção do tempo que eu esperei pra você voltar comigo? Não né? Então desce aqui que o tempo que a gente tem que recuperar é grande. - Disse sério me causando uma crise de riso.
– Você é tão carente Gates.
– Não, eu não sou, eu estou. Agora desce!
Desliguei o telefone ainda rindo e coloquei-o no bolso traseiro, tranquei a porta do quarto e abri a janela.

Em pouco tempo estava andando até o carro preto, onde ele se encontrava sentado no capô com a blusa social aberta e a gravata jogada sobre os ombros já desamarrada.
– Pronto, estou aqui.
Ele saltou do capô e me puxou, beijando-me por segundos infinitos, então me soltou e abriu a porta do carro.
– Vem, hoje nós vamos para um lugar diferente.
Franzi a testa, mas concordei, entrando no banco do passageiro e assistindo-o dar a volta no carro e sentar ao meu lado.
– Posso saber que lugar é esse?
– Você vai ver.

Assisti as ruas passarem, até ver uma construção pela qual passava normalmente, mas nunca havia entrado.
– Você está me zoando? - Perguntei um pouco séria, mas rindo.
– O que?
– Motel Brian? - Minha voz saiu um pouco falha graças a incredulidade
– É um motel muito bom tá legal? E tem muita gente na minha casa para gente ir pra lá.
Rolei os olhos e ele abriu a janela do carro para conversar com o atendente do lugar.
Eu continuei sacudindo a cabeça negativamente, ainda incrédula com ele.
Brian estacionou o carro na garagem particular do quarto e fechou o portão, descendo do carro e esperando que eu fizesse o mesmo. Rolei os olhos mais uma vez e saí atrás dele, que pegou minha mão e puxou pelo caminho de pedra até a porta do quarto.

Assim que ele abriu a porta pisquei sem acreditar na imensidão daquele quarto, a cama redonda gigantesca, o carpete vermelho e as paredes brancas, os sofás pretos, a TV gigantesca, a porta para o banheiro estava entreaberta, revelando uma gigantesca banheira redonda.
– Pra que isso Syn?
– Eu não te trouxe aqui pra transar. Quero dizer, também, se você quiser. Mas foi mesmo para a gente ficar junto um tempo.
O olhei rindo. - Você tem problemas sérios, esse troço deve custar caro pra caralho, passar um tempo a gente passa em qualquer lugar.
– Mas eu quis aqui e pronto.

Ele me puxou pela mão até o sofá, me colocando em seu colo e olhando algo em um catálogo, então ligou a tv e colocou em um canal qualquer, que passava um filme de terror.
Sorri e me acomodei, abraçando seu peito e apoiando a cabeça em seu ombro, ele acariciou minhas costas e coxas enquanto assistíamos ao filme.
Quando acabou eu me ajeitei em seu colo e ele sorriu para mim, porém eu não consegui fazer o mesmo, deixando-o confuso.
– Tudo bem? - Perguntou preocupado, colocando meu cabelo para trás da orelha.
– Eu vou embora amanhã. - Disse olhando para as minhas mãos - Não é justo com você te dar falsa esperança de que a gente vai ficar junto Brian.
Ele cruzou os braços e me encarou por um tempo - Eu sabia que você ia embora antes de pedir para voltar. Você não está me dando falsas esperanças.
– Estou sim, porque lá no fundo você acredita que eu vou ficar. Só que eu não vou Syn, eu vou embora, e eu não quero foder sua vida de novo.
Brian suspirou e coçou a nuca - Olha Vampira, não vou mentir e dizer que estou feliz por você estar indo embora, eu sinceramente preferia que não fosse. Mas eu não posso te pedir pra ficar sendo que você vai realizar seu sonho, principalmente depois de tudo o que você fez e do tanto que brigou comigo para eu ir atrás dos meus. Só que você ir embora não significa que a gente tem que acabar, pelo menos não significa pra mim.

Pensei no que ele disse e respirei fundo, olhei para os olhos castanhos e profundos e meu peito travou junto com a língua.
Me ajeitei em seu colo, colocando uma perna de cada lado de seu corpo. Segurei seu rosto entre minhas mãos e o beijei, tentando passar naquilo minhas desculpas e arrependimentos.
Nos separamos e eu apoiei a testa na dele acariciando seu pescoço.
– Brian, você não vai continuar em Huntington Beach depois que sua banda crescer, não vai ser como se a gente fosse passar dois ou três meses se vendo menos. Você vai embora e eu também. Nenhum de nós dois pode se comprometer desse jeito que você quer.
– Eu posso. - Murmurou contra a minha boca - E você também se quiser.
Sorri fraco e lhe dei um selinho - Por enquanto sim, mas vai chegar uma hora que não vai dar mais Syn.
Ele me olhou, mas depois fechou os olhos, apertando as mãos em minha cintura.
– Amanhã então? - Perguntou num tom duro.
– Não faz sentido prolongar isso Brian, só vai ser pior quando tiver que acabar. - Disse e ele concordou com a cabeça.

Abracei-o e ele me prendeu forte nos braços, ignorei a ardência dos meus olhos e permaneci em silêncio, abraçando-o enquanto ele acariciava meu cabelo e me apertava com força.
Não sabia se estava fazendo a coisa certa, mas pelo menos era isso o que parecia, tudo o que ele menos precisava agora era mais uma desculpa para deixar a banda de lado.
Brian me afastou um pouco e olhou em meus olhos, o brilho triste ali revirou meu estômago e eu não consegui sustentar o olhar, baixando-o para sua boca.
Ele segurou minha nuca e puxou para perto, juntando nossos lábios e entrelaçando nossas línguas num beijo calmo e desesperado ao mesmo tempo, era forte e ávido, o clima de despedida era palpável e aquilo só me fez apertar mais ainda as mãos nos cabelos negros.

O sofá sumiu de baixo de mim enquanto Gates me levava para a cama e nos deitava nela, o colchão macio afundou atrás de mim e eu detestei a ideia de que a última vez seria num lugar sem nenhuma ligação real com nenhum de nós.
Ele soltou minha boca e retirou a própria camisa, voltando a se deitar sobre mim, acariciei seu pescoço enquanto nos encarávamos, a sensação era estranha, era certa e errada. Saber que é a última vez que você vai estar com quem quem ama é estranho de uma forma absurda, e aquilo apertava meu peito.
Não aguentando mais suportar o olhar dele, puxei-o para um beijo calmo que evoluiu aos poucos, ficando mais desesperado.
Os beijos foram ficando mais ávidos e urgentes, as carícias mais fortes e ousadas, cada beijo e cada toque ferviam em mim enquanto eu tentava gravar aquilo na lembrança.

A cama acompanhava os movimentos de nossos corpos fazendo um barulho que me irritava profundamente, mas eu sabia que me irritava por um motivo além do rangido em si, irritava porque me lembrava que era uma última vez.
Suspirei quando cheguei ao ápice e assisti Gates continuar a se movimentar sobre mim por um tempo indefinido, minha mente estava entorpecida de mais e eu percebi que chorava, ele deitou ao meu lado e me puxou para o peito, agarrei sua pele fazendo mais marcas com as unhas longas e me deixei chorar pelo fim definitivo de tudo aquilo.
Gates puxou o lençol e colocou-o sobre nós em silêncio, ele me acariciava e deixava que eu chorasse, molhando e sujando seu peito de lágrimas e maquiagem preta.
O cheiro de cigarro se fez presente no quarto e eu levantei o rosto, percebendo que ele deixava a fumaça escapar da boca sem soprá-la, Brian mantinha os olhos fixos no teto enquanto a mão livre de segurar o cigarro fazia uma linha em minha coluna. Mordi seu peito de leve e ele soprou o resto da fumaça antes de me olhar.
– Vou sentir falta desse cheiro maldito na sua pele. - Comentei e ele sorriu fraco.
– Você sempre pode aprender a fumar.
– Não obrigada.

Continuamos nos encarando até que eu me ergui e o beijei de novo, o gosto de cigarro acentuado em sua língua só me fez aprofundar mais o beijo, querendo guardar aquele gosto único de cigarro e menta que ele sempre tinha.
Ouvi o toque do meu celular e quebrei o beijo, me arrastando até a beirada da cama e pegando o celular, John estava me ligando, mas aquilo não foi o que me chamou atenção de verdade, o que saltou aos meus olhos foi o zero inicial da hora, significando que o dia seis já terminara.
Rejeitei a chamada e me voltei para o garoto ao meu lado, que terminara de fumar o cigarro e agora apagava-o em um cinzeiro de madeira.
– Syn?
– Mh? - Perguntou aéreo - Tem que ir pra casa?
– Devo ter, mas não é isso.
Ele franziu a testa confuso e apoiou o tronco nos cotovelos. - O que é então?
Sorri e fui até ele, sentando sobre suas coxas. - Sabe que dia é hoje?
– Sexta feira?
– Não. Sábado.
– E dai?
– Feliz aniversário! - Eu disse alegre beijando-o em seguida.
Ele soltou o tronco na cama e me abraçou. - O que é que eu ganho de presente?
– Não comprei nada pra você. Desculpe. - Admiti mordendo o lábio inferior e ele riu.
– Então eu posso pedir uma coisa?
– Dependendo do que for.
– Eu quero que você fique aqui hoje.
– Syn…
– Eu compro outra passagem pra você se for por isso. Mas fica comigo no meu aniversário Jade? - Pediu e eu abri a boca para responder, mas ele me interrompeu - Por favor? Não vai ter absolutamente nada, mas se você ficar vai ser ótimo.
– Não sei se eu posso Syn.
Ele torceu os lábios decepcionado e eu beijei seus lábios por um segundo - Mas eu só vou embora de tarde, posso passar um tempo com você.
– Fica aqui então? Dorme aqui comigo.
– Acho que não é uma boa ideia.
– Pelo menos isso vai? Você já vai embora hoje a tarde.
Suspirei - Tá bom. Mas se eu ficar de castigo pra vida toda de novo você vai pagar caro. - Avisei séria e ele riu nos girando na cama.
– Tá bom. - Disse e voltou a me beijar.


Girl you got me forever,
it couldnt be any better.

And i promise to grow old with you.

I hope you'll always remember,
how we got together

And how it felt the first time.


Garota, você me ganhou para sempre,
não poderia ser melhor.

E eu prometo envelhecer com você.
Eu espero que você lembre-se sempre,
como nós ficamos juntos
E como se sentiu da primeira vez.



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Notas finais do capítulo

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Mandem muitos reviews pra yo ficar feliz e postar o último bem rapidinho pra vocês! ^^
Beeijos
E como eu já disse lá em cima...
Vamos passar na minha nova fic! A hesitate: http://www.fanfiction.com.br/historia/246862/Hesitate
Link da música: http://letras.mus.br/hinder/1929913/traducao.html
Hinder de novo, é.