Give It Up escrita por Niin


Capítulo 31
Barbecue


Notas iniciais do capítulo

HEEY! Galera tudo bão aê?
Postando mais cedo do que o de costume, sei haha
Mas acho que não vai rolar post nesse domingo, grande possibilidade de eu ir visitar vovis.. So.. postando agora mesmo, a capa do capítulo ta um lixo.. eu odiei então sinto muito... Tentei fazer melhor mas não tava dando..
O cap é enorme e eu sou preguiçosa pra revisar, haha, então se acharem erros me avisem! Beeeijo e boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/172199/chapter/31

Acordei e apertei mais, o que quer que estivesse entre meus braços, afundando o rosto.
- Bom dia. - A voz dele foi baixa e carinhosa.
- Não sei o que tem de bom em acordar. - Reclamei e ele riu brincando com meu cabelo.
- Para você eu não sei, mas para mim… Ver você.
- Gay.
Ele riu e beijou meu pescoço - Já te provei que não sou gay.
Sorri e beijei seu ombro, rolando na cama e encarando o teto. - Que horas são?
- Nove e meia.
- Que merda. - Grunhi me sentando na cama - Quero ver você sair daqui agora.
- Posso passar meu dia aqui numa boa.
- Mas eu não posso te deixar ficar aqui.
- Por que não?
- Porque eu tenho pais e um irmão. - Disse e me levantei, pegando minhas roupas e indo para o banheiro.
- Então é só sair pela janela.
- Aquela que a maldita velha vigia? - Perguntei irônica enquanto ligava o chuveiro.
- Fuck. É, eu vou passar um tempo aqui, ela tem que ir almoçar.
Ri e entrei embaixo da água quente, fechando os olhos enquanto relaxava.  
[http://www.yakal.net/wp-content/uploads/2009/06/rain-shower-bathtub-interior-bathroom-3.jpg  pra vocês terem uma ideia de como é a banheira da vamps]

- Não sei não, pra mim ela já morreu e fez um pacto com o capeta.
- Oh por favor. Você saberia disso, afinal, você e o capeta não são melhores amigos? - Ele perguntou entrando no banheiro já de calça.
- Mais ou menos isso, mas ele é muito profissional, não faz essas coisas de revelar os pactos pra mim.
- Sei. - Disse rindo - Cara, acho que você arrancou um pedaço do meu ombro ontem.
- Problema seu. Eu já te disse que eu gosto de morder.

Ele sentou na borda da banheira, onde por sinal ficava o chuveiro, colocando a mão na água e molhando o ombro.
- Merda.
- Desculpa ok?
- O problema com essas coisas, é que na hora é uma delícia, depois eu me fodo.
Ri e joguei água nele. - Outro problema, a velha trancou a janela.
- Que porra! Eu vou descer lá mesmo e não estou nem fodendo.
- Claro, porque não é você que vai ter o castigo prolongado.
- Quanto tempo dura essa merda?
- Tempo indeterminado. - Bufei e sentei na banheira, fechando o ralo e deixando-a encher.
- E tudo culpa minha.
- Você não é tão importante assim, eu estava afim de fugir de casa de qualquer jeito.
Ele me olhou de canto - Claro que estava, não queria nem sair da praia com medo de chegar em casa tarde.
- Tem razão, culpa sua seu bastardo! Você devia ficar de castigo e não eu!
Ele riu e ia remedar alguma coisa, mas então o celular começou a tocar no quarto e ele foi atendê-lo.

Deitei na banheira, jogando um pouco daquele treco que faz a espuma, ele voltou e deitou no chão ao lado.
- Pra que uma banheira desse tamanho?
- Eu gosto. - Disse rindo e brincando com a água - E também, da pra afogar legal uma pessoa aqui dentro.
Ele riu e bateu a água na minha direção - Você é louca.
- Mh, mas é essa a graça. - Afundei na água e depois emergi. - Quem era no telefone?
- Meu pai. Foi lá no meu quarto me chamar para perguntar coisas do churrasco, viu que a mala tava jogada em cima da cama e nem sinal de vida. Resolveu ver se eu tinha morrido por aí. E a Fer também me ligou, perguntando sobre o churrasco.
- Ah, quer que eu vá checar se você pode sair?
- Não, estou bem aqui. Alías… - Disse e abriu a calça - Acho que vou me juntar a você na banheira.
- Que bom que eu te chamei mesmo.
Ele riu e terminou de se despir, entrando na água. - Caralho, esse troço ta muito quente.

Rolei os olhos e estiquei o braço, mudando a água do chuveiro para fria.
- Feliz agora? - Perguntei e ele riu entrando embaixo do chuveiro.
- Agora sim.
Graças a ele, a água ficou morna, o que não é algo que eu aprecio muito, mas…
Desliguei o chuveiro, pois a banheira já estava cheia e fiquei brincando com a espuma enquanto ele me encarava.
- Tudo bem? - Perguntei erguendo as sobrancelhas.
- Tudo. Só é meio difícil de acreditar.
- No que?
- Sei lá, nisso.
- Ah, é. Provavelmente foi por isso que eu esqueci que a gente tava namorando aquele dia.
Ele ergueu uma sobrancelha com a expressão irritada - Como?
- Oh, eu não tinha falado isso?
- Não.
- Mh, mas é que eu tendo a esquecer das coisas que acontecem pouco antes de eu dormir, ai depois eu lembro.
- Sei. - Disse com a mesma expressão.
- Qual é! Não precisa ficar com raiva. - Eu disse chutando seu joelho de leve.
Ele respirou fundo e afundou na água morna, esperei ele emergir e fui sentar ao seu lado.

Encostei o queixo em seu ombro e acariciei a marca vermelha feita pelos meus dentes. - Não fica com raiva. - Pedi e depositei um beijo no local que acariciava, voltando a encostar em seu ombro.
Gates sorriu de canto e jogou a cabeça para trás - Não estou.
Sorri e passei os braços por ele, abraçando-o e fechando os olhos. - Ótimo.
- Acho que você bebeu muita água com sabão. - Disse rindo e correspondendo ao meu abraço.
- Por que?
- Desde quando você vem me pedir, toda fofa, para não ficar com raiva?
- Não sei. Desde que eu… - Comecei irônica, mas resolvi deixar para lá, virando o rosto e colocando a bochecha em seu ombro - Tanto faz, se quiser eu paro.
Ele me puxou para o colo, me deixando sentada sobre suas coxas.
- Não quero.

Ficamos um tempo assim, até eu cansar de água, porque você sabe, deixa sua pele enrugada e irritante.
Saí da banheira e me enrolei em uma toalha gigante e felpuda, alegria do meu viver essa toalha.
- Não vai sair? - Perguntei o encarando.
- Me arruma uma toalha.
Fui até o armário e peguei uma para ele, entregando-o e indo me trocar.

Me joguei na cama já vestida, ignorando o fato de que meu cabelo ia encharcar o edredom.
- Syn? - Chamei e em resposta levei uma mordida na coxa.
- Que?
- Eu vou lá em baixo, quer alguma coisa?
- Não.
Levantei e desci as escadas, encontrando minha mãe na sala.
- Bom dia.
- Bom dia Jade! Como foi sua noite?
- Normal. - Disse dando de ombros e indo para a cozinha, pegando uma maçã. - O que vamos ter de almoço?
- Não sei, vou ver. - Disse alegre e foi para a cozinha.
Corri escada acima e entrei no quarto - Hey! Tem como eu te tirar daqui, mas tem que ser agora.
Ele se levantou e veio andando atrás de mim, ô garoto lerdo, agarrei seu pulso e puxei-o escada abaixo.

Teria dado certo, se na hora que eu abri a porta, minha mãe não tivesse resolvido voltar para a sala.
- Tudo bem Jade? Por que está correndo pela casa? - Perguntou e então nos viu - Oh, nem ouvi a campainha. Tudo bem querido?
- Ah, tudo sim…
- A Jade me disse que você estava viajando.
- Cheguei ontem.
- Ah, e vai ficar para o almoço?
- Na verdade eu vim chamar a Jade para ir almoçar em casa.
- Oh, tudo bem então.
Franzi a testa - Mãe, eu estou de castigo, lembra?
- Sim querida, mas não acho que seu pai vai te impedir de ir almoçar com seu namorado.
- Ah… Ok, então depois eu vou pra lá. - Disse sorrindo forçado.
- Não pareceu convincente.
O olhei feio - Eu tenho que arrumar umas coisas ainda.
- Oh… - Ele disse rindo - Claro, é churrasco, você não quer ir.
- Pois é. Então…
Ele concordou com a cabeça e me beijou, depois deu tchau pra minha mãe e saiu.
- Que feio Jade, rejeitando o convite do garoto.
- Eu não como carne e você sabe. Se ele é retardado o suficiente para vir me convidar para churrascos o problema é dele.
Subi as escadas e peguei meu celular, ligando-o depois de muito tempo, vendo as várias mensagens da operadora me avisando sobre quem tinha me ligado.

Fernanda conseguia bater o recorde de Brian no número de ligações, então resolvi retornar.
O celular chamou duas vezes e ela atendeu.
- FINALMENTE! Eu achei que você tinha morrido Vampira!
- Estou de castigo.
- O Syn comentou, mas mesmo assim, custa atender o telefone?
- Eu não podia sua mula! O que quer?
- Conversar com você, sua amiga desnaturada.
- Sobre?
- Coisas atoa, o que tem feito?
- Nada. Absolutamente. E você?
- Saindo bastante com os garotos, e Matt separadamente, óbvio.
- Claro.
- Vamos sair hoje, o Syn voltou, se você não sabe, e ele vai com a gente.
- É eu sei. Mas eu ainda estou de castigo.
- Fuja.
- A vizinha agora vigia minha janela.
- Nossa, tenso. Mas você pode receber visitas?
- Acho que sim. Não sei.
- Então se vista que eu estou indo ai.
- E o que te faz pensar que eu não estou vestida?
- Foi uma expressão.
Rolei os olhos e desliguei o telefone, pegando o secador e ligando no máximo, jogando o cabelo para frente e balançando-o com a mão.

Fernanda chegou e eu desliguei-o, abrindo a porta do quarto para ela.
- Que foi irritante?
- Estou atoa, todos eles foram em um churrasco na casa do Syn, me disseram que você não ia, o Matt ia ficar muito ocupado sendo idiota junto com os outros, não tinha nada para fazer lá.
- Que legal einh?
Ela rolou os olhos e foi sentar na minha cama. - Ta molhado isso aqui.
- Deitei com o cabelo molhado.
- Ah. Então, o que… - Começou, mas uma música começou a tocar alto entre as cobertas.
Franzi a testa e fui procurar, ela também, e por sinal, Fernanda achou o celular e ficou confusa.
Tomei-o da mão dela e atendi a ligação de Zacky.
- Oi gordo.
- Ah! Imaginei que eu tinha esquecido ai. Então…
- Mas é claro que você é um inútil que não presta nem pra lembrar de pegar o celular. - Disse irritada e ele riu.
- Você que é uma imprestável que resolve ficar em casa mesmo com a permissão da sua mãe de sair.
- Eu não gosto de churrascos, eu não vou.
- Espera aí! - Fernanda disse alto e eu a olhei - O que esse celular está fazendo aqui?
- Isso não é da sua conta. - Respondi rolando os olhos - Agora, só porque eu posso sair, não significa que eu queira e…
- Você pode ir? - Fernanda perguntou irritada jogando um travesseiro em mim.
- Eu nunca disse que não podia!
- Você vai! E eu vou te arrastar pra lá agora!
- Não vou mesmo.
- Deixa eu falar com a Fer? - Syn pediu do outro lado da linha e eu taquei o celular nela.
- Sua maluca!
- Ele quer falar com você.
Ela pegou o celular e eles começaram a conversar alguma coisa relacionada a me obrigar a ir.
Saí da cama e voltei pro banheiro, ainda secando meu cabelo, odeio ficar com o cabelo molhado.

Quando terminei, voltei ao quarto e encontrei Fernanda me olhando feio.
- Tenho umas coisas para te perguntar.
- Não.
- O que?
- Sei lá. Mas ainda é não.
- O que esse celular está fazendo aqui? Sendo que eu falei com o Gates neste mesmo celular, hoje mais cedo?
- Ele veio aqui me chamar para ir no churrasco, o qual eu rejeitei já que não como carne.
- E por que ele viria aqui?
- Porque eu não estava atendendo o telefone.
Ela ergueu uma sobrancelha - Eu sempre soube, agora ele me confirmou Vamps.
- O que?
- Você FINALMENTE ACEITOU O QUE EU SEMPRE DISSE! - Gritou a plenos pulmões e eu fiz careta.
- Que você é estranha? - Perguntei sentando na cama
- Não! Que ele é seu homem.
Rolei os olhos e chutei-a da cama - Você é ridícula. Três a zero

Ela me olhou feio e puxou minha perna, me derrubando no chão junto com ela.
- Três a um. Você é uma ranzinza idiota, mas como eu estava certa, estou feliz e nem suas chatices vão me irritar. Agora troque de roupa, nós estamos indo.
- Não estamos não.
Ela se levantou e puxou meus braços - Estamos sim, e a não ser que queira que eu te vista, você vai fazer isso.
- Até parece que você pode me obrigar.
- Eu vou na casa do Syn, pego a pinkly e jogo ela em cima de você, se não se trocar.
- Você não…
- Duvida?
- Eu vou picotar seu cabelo todo se você fizer isso!
- E eu vou colocar um canil inteiro no seu quarto enquanto você dorme, se você fizer isso.
Semi cerrei os olhos - Eu jogo você de uma escada e filmo, depois eu coloco a gravação no seu enterro.
- Olha aqui, parou com isso ou eu trago seu homem para te colocar na linha.
- Ha, como se alguém mandasse em mim.
- Beleza, eu conto pro seu pai que você fugiu do castigo na primeira hora.
- Você não faria…
- Então se troque e vamos.
- Você não tem provas.
- Mas ele vai acreditar em mim, agora… Pegue suas roupas e um biquini, e me empreste um também.
Bufei e empurrei-a para o chão de novo, passando por ela e pegando uma calça e uma blusa e dois biquinis no armário e indo ao banheiro me trocar, mas não sem antes jogar o biquini nela.

Depois de arrumada, voltei ao quarto e encontrei Fernanda deitada em minha cama.
- Seu travesseiro cheira ao Syn. - Disse sorrindo maliciosa.
- Mesmo? Que interessante. - Disse irônica.
- Vamos?
- Não.
Ela levantou e pegou o celular dele no criado mudo, me puxando pela mão escada abaixo.
- Vai sair querida?
- Vou, no maldito churrasco.
- Ah, que bom que resolveu ir. Seu namorado parecia com bastante pressa e mesmo assim veio aqui para te convidar, ele estava até molhado.
Fernanda me olhou estranho e me empurrou para fora, sorrindo para minha mãe.
- Que foi agora sua maluca?
- Molhado?
- Que?
- Sua cama…
- Ah porque ele não pode mais tomar banho né? - Perguntei irônica.
Ela semicerrou os olhos pra mim e me empurrou em direção ao carro, entrei e ela acelerou pela rua.

Descemos do carro e ela saltitou até a porta, enquanto eu me arrastava até lá.
Pisei na varanda ao mesmo tempo em que Gates abria a porta.
- Hey! - Ele disse sorrindo e Fer o abraçou alegre.
- Seu celular. - Disse entregando-o - E sua namorada. - Disse apontando para mim sobre o ombro e passou para dentro.
- Tenho que dizer, preferia estar na minha cama, esperando a torta de palmito que estão assando para mim.
Ele rolou os olhos e me puxou, beijando minha boca.
- Espera, quem ganhou a aposta? - Ouvi Zacky falar lá de dentro.
- Não sei, isso foi uma semana atrás… Então o Jimmy eu acho. - Matt respondeu
- Mas nós só descobrimos hoje, então acho que eu devia ganhar! - Johnny rebateu.
- Cala a boca anão! Se fosse por hoje eu ia ganhar. - Fer disse irritada.
- Não interessa, eu ganhei! - Jimmy disse rindo - Nunca me subestimem.

Encarei-os confusa, enquanto todos passavam vinte dólares a Jimmy.
- Posso saber o que infernos é isso?
- Isso, minha amada Vamps, é o dinheiro que a sua chatice me rendeu.
Semicerrei os olhos para ele - Se explique.
- Eles apostaram quanto tempo você ia demorar para namorar comigo.
Girei nos calcanhares - E você sabia disso?
Ele deu de ombros enquanto eu ainda o encarava feio, mas antes de qualquer outra coisa, Jimmy me puxou e me abraçou.
- Estava com saudade de você Vampirinha linda.
- Não me chama de Vampirinha.
- Vamps pode?
- Menos pior.
Ele riu e beijou minha bochecha, me soltando, andei até Johnny e apoiei o cotovelo em sua cabeça. - Espero que todos vocês saibam que eu vou machucá-los fisicamente por isso - Eu disse encarando os garotos e Fernanda.
- Até eu? - Jimmy perguntou fazendo bico
- Sim, até você.
- Pare de ameaçar as pessoas Vampira. - Gates disse puxando meu braço e me obrigando a andar com ele.
- Ah, é, então, eu estava muito feliz ali naquele recito cheio de pessoas que eu podia jogar na frente do cachorro. - Eu disse apontando para a sala, mas então percebi que todos eles estavam vindo atrás de nós.
- Relaxa, Pinkly ta presa.
- O que é totalmente irracional, porque ela é um cachorro minúsculo. - Fernanda disse atrás de mim.
- Fica na sua baleia, ninguém aqui falou com você.
- Hey! Respeita a namorada dos outros Vampira.
- Não começa grandão, ou de armário você vira baleia macho.
Ele riu e eu finalmente fui solta, na área externa que eu nunca tinha estado antes, Gates foi andando para uma churrasqueira em um canto e o resto deles se espalhou, agarrei o braço de Jimmy, vai que a cachorra surgisse?

- Ela é muito pequena para você ter medo, se der um chute nela a criatura voa longe.
- Eu não acho legal maltratar animais, nem os que eu tenho medo.
- Umh, que boa menina. - Ele disse rindo e andando comigo para perto da churrasqueira.
- Ugh, carne crua. - Eu disse fazendo careta enquanto olhava para os recipientes de carne e tempero.
- Isso assado é uma delícia.
- Não acho.
- Olha, vegetarianos em geral escolhem ser, mas não odeiam o gosto de carne.
- Eu não gosto, o gosto não me agrada, o cheiro também não…
- Estranha. - Ele disse rolando os olhos.
- Eu e o Ozzy, caso você não saiba ele é vegetariano.
- O Ozzy Osbourne?
- Não! O do desenho animado Ozzy e Drix! Claro que é o Osbourne!
- Legal.

Gates estava enrolando alguma coisa em papel alumínio e eu encarei-o, tentando descobrir o que estava fazendo.
- Que isso aí Gates? - Jimmy perguntou por mim.
- Ah, batata.
- Por que? - Ele perguntou confuso
- Porque era uma das coisas que tava num site de receita vegetariana.
- Own! - Eu disse e ele se virou sorrindo para mim.
- Você é tão fofo! - Jimmy disse me soltando e indo abraçar Gates.
- Cara, eu esperava isso dela, não de você.
- Velho, é a Vampira, você tem que estar é agradecendo por ganhar um abraço.

Eu estava rindo e encarando a cena estranha, quando escutei a voz da garota atrás de mim.
- Bri! - Chamou alto e fino.
- Mh? Oi Kenna?
- Por que a Pinkly estava presa no seu banheiro?
- Estava? - Perguntei desesperada me virando para a garota e vendo o cachorro em seus braços.
Ela ergueu as sobrancelhas para mim, fazendo uma cara irritante - Oh, descobri.
- Coloca ela lá de volta tá bom? - Brian pediu em um tom estranho me puxando para trás, enquanto Jimmy ria e ia brincar com o monstro.
A garota fez cara feia e se virou, entrando na casa.

- Vem cá, me ajuda a achar coisas que você coma. - Gates disse tirando minha atenção da porta.
- Mh? Tanto faz. Não estou com fome.
- Não estou acreditando em você.
- Por que?
Ele sorriu sacana e eu rolei os olhos.
- Então casal… - Zacky começou chegando perto de nós - Sei que vocês ficaram um tempo sem se ver, mas eu to com fome então…
- Vai se fuder seu gordo! Você devia ficar sem comer pelo menos seis meses pra queimar essa gordura. - Syn disse socando seu ombro - E também, eu estou aqui descobrindo alguma coisa que a Vampira come.
- Você! Ela é vampira, da o pescoço pra ela e tamo feito.
- Você ta mais em forma pra presa einh Zacky? - Eu disse sorrindo - Ele consegue correr mais do que você, e também, aposto que seu sangue tem muito mais carboidratos e proteínas.
Ele me olhou estranho - Então, vocês são muito estranhos pro meu gosto.
- Qual é Z… - Eu disse rindo e indo pro seu lado - Você já é todo furado mesmo. - Disse sorrindo e peguei uma faca sobre o balcão - Só um cortezinho.
Ele arregalou os olhos pra mim - Ah, pra que a faca?
- Vou te contar a verdade sobre vampiros… A gente gosta de esfaquear a vítima para as pessoas não saberem que quem as atacou foi um vampiro.
- Se eu acreditasse nessas coisas eu ia ter medo de você, mas como não…
- Mas eu te ameacei, teria medo se fosse você.
Ele deu dois passos para trás e eu sorri de canto.
- Para de aterrorizar o Zacky amor.
Fechei a cara - Eu já disse pra você parar de me chamar assim! - Disse me virando para ele.
- Ta, agora vem aqui e olha o que você quer comer, olhei num site aí e tinham umas coisas, arranjei o que deu.
Sorri e andei até ele. - O que você arranjou?
- Não tinha tofu no mercado aqui perto, mas tinha salsicha vegetal. Você gosta disso?
- Gosto.
- E como é que eu faço isso?
- Grelha.
- Normal?
- É, não é só porque não é salsicha normal que grelha diferente.
- Eu sei lá, não faço ideia de coisas vegetarianas.
Sorri e beijei seu pescoço - Eu sei que não, obrigada.
- Ta, eu trouxe todas as coisas que eu achei.
- Eu me viro. Ok? - Disse pegando as coisas que me interessavam, berinjela, cenoura, palmito e coisas do gênero.

Fiquei feliz cortando as coisas, adoro cortar coisas, enquanto Gates mexia na maldita e nojenta carne crua, colcoando-a nos espetos.
Fernanda saltitou até nós.
- O que está fazendo?
- Coisas para eu comer.
- Ah é, você é vegetariana.
Cortei o abacaxi na minha alegria, e depois terminei de cortar coisas, o que me deixou triste.
- Droga, acabaram as coisas para cortar.
- O Zacky ainda ta traumatizado, não fale isso perto dele. - Fer disse rindo
Peguei um negocinho de madeira, como é o nome disso? E fiz espetinhos de legumes, e coloquei na grelha onde estavam as salsichas junto com pedaços de abacaxi.

Sai até onde os outros estavam jogando baralho.
- TRUCO, LADRÃO! - Johnny gritou ficando de pé, o que na verdade não fez muita diferença.
- VEM! - Matt gritou batendo na mesa.
Comecei a rir da cena, onde ele jogou um três e Matt um dois, sendo seguido por Zacky com o espadilha e Jimmy sorriu.
- SEIS!
- VEM!
- FAZ O MEU ZAP ENTÃO! VEADO!
Comecei a rir com a animação de Jimmy e Matt pela vitória.

A super amável irmã do Gates veio para fora e foi falar com ele, então começou a conversar alegremente com Fernanda.
Fui até os garotos que ainda estavam gritando uns com os outros.
- Oi gente.
- Fala aí prisioneira.
Zacky me olhou estranho e eu sorri pra ele - Calma Zacky, Gates não me deixou trazer a faca.
- Você é sinistra garota.
- Nasci assim, sangue sempre foi muito interessante, principalmente quando eu nadava nele.
- Credo! Muda de assunto. - Johnny reclamou fazendo careta
- Então, o que fazem de bom?
- Eu e o Matt estamos humilhando esses patos. Mas agora estou a fim de cair na água, alguém mais? - Perguntou se levantando e tirando a camisa.
- Eu vou Rev. - Johnny se levantou e o imitou, logo Matt resolveu que ia entrar na água, sentei em uma das cadeiras vagas e olhei para Zacky.
- Relaxa gordinho, não vou te machucar.
- Sei…
Levantei e fui até ele, apertando sua bochecha - Não gosto de ser previsível Zack, vou te machucar quando você nem estiver lembrando disso.
- Já falei para parar de aterrorizar o Zacky. - Gates disse sentando na cadeira onde eu estava. - Vai lá cuidar da comida gordo.
Zacky foi e ficou conversando com Fer e a garota.
- Eu estava me divertindo. - Disse cruzando os braços.
- Problema seu, coitado do gordo, agora vai ter pesadelos de você saindo da geladeira com uma faca quando ele for fazer o lanchinho da madrugada.
Meus olhos se iluminaram com a ideia e ele rolou os olhos, me puxando para o colo.
- Aonde o Zacky mora?
- Você não vai fazer isso.
- Mas foi a melhor ideia que você já teve na vida!
Continuei pensando no meu plano de assustar Zacky, primeiro eu tinha que descobrir aonde ele mora.

Zacky começou a gritar para eles irem comer e todos saíram da água, todos comendo alegres a carne, eca, e eu minhas coisas variadas.
Então, Gates estava ao lado da piscina conversando com Matt, quando Zacky e Jimmy o empurraram na água.
- MAS QUE PORRA! - Gritou quando emergiu, focalizando os dois - Eu vou afogar você seu dois metros maldito! E você seu gordo! Eu vou deixar a Vampira te matar já que ela quer tanto!
- Eu não quero matar o Zacky! Só ferí-lo o suficiente para ele ter que ir parar no hospital.
- Serve!
- Vamps, vamos deixar o lado sanguinário de lado hoje! Olha que dia lindo de sol. - Jimmy disse sorrindo e apontando para o céu
- Vamps, dia lindo de sol… - Eu disse erguendo uma sobrancelha.
- Ta! Mas você me entendeu! - Jimmy disse feliz vindo em minha direção e me abraçando - Terminou de comer?
- Não.
- Vai entrar na água?
- Não. E se você me jogar lá não vai dar tempo de o Gates te afogar porque eu vou destrinchar seus órgãos com aquela faca.
- Ta bom.
Correspondi ao abraço de Jimmy sob olhares assustados.
- Você precisa muito mesmo parar de falar essas coisas. - Johnny comentou e olhou para meu prato - Isso é bom?
- É.
Ele pegou um pedaço da salsicha vegetal e comeu - Eu achei que fosse pior.
- É ótimo!

Gates saiu da água e arrancou Jimmy de mim, jogando-o na piscina com um chute.
- Agora vem cá seu gordo!
- Só se você prometer que não vai colocar sua namorada sanguinária atrás de mim. - Ele disse entrando atrás de Matt.
- Sai da frente Matt.
Matt riu e pulou na água. - PORRA SHADOWS! - Zacky reclamou, mas Gates o chutou para a água também - ISSO DOEU SEU FILHO DA PUTA!
- ERA PRA DOER MESMO!
Eu e Fernanda ríamos a uma distância segura e seca, enquanto Johnny saltitou, literalmente, até lá e pulou na água.
Gates entrou, no objetivo de matar Jimmy afogado, enquanto eu e Fer ficamos sentadas assistindo aquela cena deprimente.
- Hey Vampira!
- Umh?
- O que você fez pra Kenna te detestar?
- Sei não. Por que?
- Ela tava lá reclamando que o Syn só tem namorada vadia e que ela ia acabar arranjando um pastor alemão pra soltar em você.
- Que garota amável.
- Eu gosto dela.
- Claramente, eu não.
- Mas você deve ter feito alguma coisa.
- Nem fiz.

Gates saiu da água e veio até nós, pegando uma toalha na cadeira, tirando a camisa e secando o rosto.
- O que é isso no seu ombro? - Fernanda perguntou encarando a marca vermelho-arroxeada. 
- Isso o que? - Perguntou tirando a toalha do rosto, viu meu olhar arregalado e sorriu - Ah, nada não.
- Nada não? - Perguntou levantando e aproximando o rosto dele. - Isso… - Começou e depois franziu a testa pra ele - O que você estava fazendo Syn?
- Eu tava na água porra! Você não viu?
- To falando nessa viajem.
- Vegetando em uma casa velha.
- E quem estava vegetando com você nessa casa velha?
- Espera ai! Você vai ficar aí me acusando, sendo que nem a Vampira está ligando pra isso?
- Porque ela vai te matar antes de perguntar! Eu estou…
- Não ela não vai me matar, agora, senta aí e me deixa em paz. - Ele disse jogando a toalha no ombro e tampando o.
- Você vai deixar isso? - Perguntou indignada.
- O que? Claro que vou, adoro quando as pessoas te tratam mal.
Ela rolou os olhos - Não é disso que eu estou falando! - Dei de ombros e ela semicerrou os olhos - Você fez isso!
- Que? Claro que não.
- Claro que fez! - Disse com o rosto se iluminando pela descoberta - É por isso que você não esfaqueou ele ainda!
Gates ergueu uma sobrancelha - Por que eu seira esfaqueado?
- Se você chifrasse a Vampira, acha mesmo que sobreviveria para contar a história? - Ela perguntou sorrindo sacana - Não que esse seja o assunto em discussão agora.
- Não tem assunto em discussão agora. - Remedei.
- Claro que tem! O assunto de quando você fez isso.
- Não é da sua conta.
- Então admite que fez?

Gates segurou-a pela cintura e levantou-a nos braços, jogando-a na água e depois voltou e sentou do meu lado.
- Parabéns, sendo útil.
Ele sorriu e voltou a se secar.
- Achei que garotas ficassem fofocando sobre isso.
- Não eu.
- Então nunca vou poder usar a Fer para descobrir coisas que você não fala pra mim?
- O que exatamente eu não falaria pra você? Porque todos os xingamentos e críticas, pode ter certeza que vai ouvir.

Fernanda veio andando puta da vida, chutou Gates e encarou-o feio - Por que fez isso?!
- Porque você já estava enchendo o saco.
- A convivência com a Vampira está te fazendo mal!
- Qual convivência? Eu estava viajando.
- A de ontem a noite!
- Nós não…
- Tchau Fer. - Eu disse jogando a cabeça pra trás - Sua voz está me irritando.
Ela me olhou irritada - Vem me dar um abraço amiga! - Disse e se jogou em mim.
- SAI! - Gritei empurrando-a - SAI DE MIM! VOCÊ TA MOLHADA PORRA!
- AH QUE SAUDADE DE VOCÊ VAMPIRA! - Ela gritou me apertando mais
- PARA DE ENCOSTAR EM MIM!
- EU GOSTO TANTO DE VOCÊ!
- PARA DE ENCOSTAR EM MIM! EU ODEIO QUE ENCOSTEM EM MIM!
- AH VAMPIRA!
- MATT! SE QUISER CONTINUAR TENDO UMA NAMORADA TIRA ESSA CRIATURA DE MIM!

Continuamos gritando por um tempo, até Matt vir e segurar Fernanda, tirando-a de perto de mim.
- Maldita! - Grunhi e tirei a porra da blusa encharcada. - Você podia ter sido útil! - Grunhi e Brian riu
- Mas tava tão divertido.
Bufei e levantei, tirando a merda do short, agora eu estava encharcada e ia matar Fernanda por isso.
Encostei na cadeira, cruzando os braços irritada.

Jimmy veio andando e estendeu as mãos para mim - Vem Vamps, você já ta molhada mesmo.
- Não quero molhar mais.
- Vamos para a beira da piscina então. - Pediu sorrindo e eu rolei os olhos, deixando-o me arrastar para lá.
Gates passou por nós e pulou na água, molhando Jimmy que estava na minha frente.
- Vou sentar aqui. - Disse empurrando-o.
Jimmy riu e entrou na água, sentei na beirada e coloquei as pernas para dentro até o joelho e fiquei brincando.

Senti mãos em minhas panturrilhas e baixei o olhar, vi Gates emergir e colocar o queixo em um dos meus joelhos.
- Vai ficar ai?
- Vou. Não quero me molhar, principalmente o cabelo.
- Sei… - Disse e beijou minha perna - Quer que eu fique aí com você?
- Não, estou bem.
- Hey Vamps! - Jimmy disse alegre vindo para perto de nós - Você tem medo de algum bicho além de cachorro?
- Não que eu saiba.
- Ah, porque eu… Cara, que isso? - Jimmy perguntou cutucando o ombro dele - Cê ta retalhado nas costas e com isso aqui no ombro. Olha lá Vampira… Vai matar o garoto.

Chutei Jimmy que começou a rir.
- Sai daqui seu filho da puta, antes que eu resolva que vou mesmo te afogar.
- Uh, é por isso que você chegou aquela hora? E eu achando que era só porque tinha ido comprar as coisas do churrasco. Tsc, tsc.
- Eu não tenho que discutir isso com você. - Ele disse e empurrou Jimmy - Vaza daqui seu vara-pau intrometido.
Então eles começaram uma briguinha tosca, eu estava me divertido assistindo aquilo, quando sinto alguém segurar minha cintura.
- Foi mal Vamps, mas eu cansei de ouvir reclamação da Fer.
Olhei pra Matt e ele sorriu, dando um tranco e me puxando pra baixo, a próxima coisa que eu sei, é que estava imersa na maldita água gelada.
Emergi encarando-o feio e ele sorria.
- Eu só não te mato porque vou aceitar seus motivos.
Ele sorriu e me abraçou.
- HEY! Como assim ele te joga na água e nem uma ameaça de morte recebe? Eu não fiz nada e você queria me cortar! - Zacky reclamou
- Ele me justificou os motivos. E se te deixa feliz, não vou mais te esfaquear.
- Ah, obrigado.
- De nada.

Johnny estava num assunto interessante com Fernanda, mas ela, obviamente, preferiu pegar Matt, que foi até ela com tal objetivo, então o anão veio até nós.
- Não to gostando disso cara. Dois já foram, o Jimmy ta encaminhado com uma garota, o Zacky tava pensando em continuar pegando uma outra. E eu?
- Fica triste não! Eu arrumo a branca de neve pra você Jojo. - Eu disse sorrindo para ele.
- Arranja mesmo.
Sorri e joguei água nele, depois fui a escada da piscina e me sentei no degrau de cima, tendo a cintura coberta por água e o tronco livre.
Zacky e Johnny vieram atrás de mim e ficamos conversando sobre coisas bizarras, como por exemplo, uma garota que tatuou o nome do Justin Bieber no pulso.
- Eu não tatuaria nem meu próprio nome. Não tatuaria o nome de uma menina/menino nem que me pagassem. - Eu disse rolando os olhos
- Não é?
- Tem tantas coisas mais legais para se tatuar.
- Com certeza. Na verdade, as pessoas deviam parar de gostar de garotinhas que fingem ser garotinhos que se dizem homens. - Concordei com Johnny.

Jimmy e Gates pararam com a briga ridícula deles e vieram ficar conosco, Gates se acomodou entre minhas pernas de costas para mim, com o tronco apoiado em minha barriga.
Passei os braços por seus ombros e me apoiei para frente, escorando nele e fazendo questão de tapar a maldita marca de mordida.
- Do que estamos falando? - Jimmy perguntou alegre.
- De coisas aleatórias. - Zacky disse dando de ombros - Por que vocês estavam brigando?
Jimmy sorriu malicioso para Gates, que rolou os olhos - Se eu falar a Vampira me mata, não quero morrer.
Johnny e Zacky se entreolharam e depois olharam para nós. - Por que?
- Por nada. Agora, estou com fome.
- Ta parecendo o Zacky.
- Jimmy eu vou te bater se você continuar me enchendo o saco.

Depois de todo mundo brigar mais um pouco, saímos da piscina e fomos para a sala assistir um filme, é eu não sei porque também.
Como Fernanda, doce de menina, um anjo, molhou minha roupa, coloquei uma blusa de Gates e ficou por isso mesmo.
Zacky e Johnny estavam jogados no tapete, Jimmy deitado em um sofá, Matt e Fernanda em outro e eu estava muito feliz sentada em uma poltrona, enquanto Gates estava sei lá onde.
- Vamos ver o que? - Johnny perguntou alegre.
Tinha um filme de terror começando e eu tomei o controle dele - Isso!
Todos concordaram e eu joguei o controle no sofá, me acomodando com os olhos vidrados na TV, eu nunca tinha visto o filme então estava empolgada.
Gates voltou do sei lá onde e me fez levantar para ele sentar na poltrona e me sentou em seu colo.

Zacky e Jimmy pareciam tão animados quanto eu, Fernanda e Matt estavam mais interessados um no outro, Gates estava mais interessado em mim e em qualquer outra coisa que prendesse sua atenção e Johnny, bom Johnny morria de susto a cada cinco segundos.
- Todo mundo de filme de terror é burro cara! SAI DAÍ SUA BURRA! - Johnny gritou e eu o chutei.
- Cala a boca anão!
Meu olhos brilhavam na expectativa, na verdade, eu sabia que a mulher ia morrer, óbvio, mas eu queria saber como.
Gates estava claramente tentando me distrair, brincando com o piercing e beijando meu pescoço, sussurrando coisas aleatórias. Se fosse um filme de romance, drama, ou qualquer outra coisa tosca, eu até ia prestar atenção nele, mas entenda, ela vai morrer e eu quero saber como.
E então ela morreu, me fazendo sorrir com os gritos e a quantidade de sangue derramada.
- Cara, necrofilia agora? - Johnny perguntou choramingando, enquanto o cara na TV levava a mulher para o quarto.
Mas acabou que não era necrofilia, ele só largou ela lá, para assustar o namorado dela.

A cena cortou e eu sorri alegre, me encostando em Gates, que não deve ter assistido nem um minuto do filme, ele estava apertando minhas coxas, e mordendo meu pescoço de leve.
Enquanto as mortes iam acontecendo, eu ficava mais e mais animada e feliz, rindo das pessoas que morriam, sendo acompanhada por Jimmy. Johnny choramingou algumas vezes nas mortes mais violentas.

O filme acabou, com um escrito de sangue “I’ll find you” o que me deixou muito animada para a parte dois, que já estava sendo filmada.
- Muito bom! - Disse feliz e Jimmy e Zacky concordaram comigo.
- Meio violento de mais, vocês não acharam? - Johnny perguntou baixando a cabeça.
- Oh anão, não fique triste!
- Filmes de terror são inúteis. - Gates reclamou
Fer e Matt nem tinham percebido que o filme acabara e estavam se pegando no sofá.
- Arrumem um quarto vocês dois! - Jimmy disse chutando-os de leve.
- E que não seja o meu.
- A irmã dele vai descer aí e ficar traumatizada.
- Ela é irmã do Gates, não existem mais traumas sexuais pelos quais ela pode passar Zacky. - Jimmy disse com cara de sábio.
- Ah é. Esqueci disso.
- É tão legal como o fato de vocês não terem vida sexual sempre acaba em críticas a minha pessoa.
- Claro que eles têm vida sexual! - Eu disse séria - Todos têm mãos muito saudáveis.
- Cala a boca Vampira! - Zacky disse jogando uma almofada em nós.
- Eu estou defendendo você Zack!

Matt e Fer foram embora, provavelmente arranjar um quarto, eu perdi minha carona para casa, triste.
- Eu acho que já vou. - Zacky disse se levantando do sofá - Tchau casal.
- Porra Zacky! Nem pra me oferecer uma carona?
- E você acha que o Gates vai te deixar ir? Que dó, garotinha inocente.
Fechei a cara pra ele, que riu e se despediu de mim, levando os outros dois com ele.
Legal, perdi todas as minhas caronas para casa.
Gates me fez ficar de pé e saiu me arrastando escada acima.
- Eu devia ir pra casa.
- Não devia não, te liberaram para vir aqui.
- Almoçar, já são cinco e sei lá quanto!
- Relaxa. Não te deram hora para voltar.
Estou vendo meu castigo ficando maior, triste fim.

Me puxou para o quarto e trancou a porta, é, já era, castigo por mais uns seis anos.
Minha linda roupa jazia sobre a cama dele, fui até lá e peguei-a, verificando se ainda estava molhada.
Gates e toda sua sutileza, tirou a roupa molhada e chutou-a para o banheiro, depois foi para a cama entrando debaixo dos cobertores.
- Vem cá. - Chamou rouco, rolei os olhos e obedeci.
- Não acha que devia esperar todos os seus vermelhos sumirem? - Perguntei divertida e ele sorriu sacana.
- Não me importo muito com isso. - Disse me puxando para um beijo, que eu parei, para poder morder seu pescoço - Acho que concordo com essa pessoa que te apelidou de Vampira.
Ri e puxei sua boca para a minha. - Idiota.
- Vai dormir aqui? - Perguntou puxando minha blusa para cima.
- Claro que não… Castigo, lembra? - Ele bufou e eu ri - Mas não me deram hora para voltar… Você mesmo disse isso.
Ele sorriu sacana e me puxou de novo, arranhei seus braços e ele nos girou na cama ficando por cima.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Liked? Espero que sim...
Mandem reviews ou a Vampira afoga vocês na banheira =D