De Volta A Terra Das Sombras escrita por Mediators Demigods


Capítulo 29
Viagem frustrada de volta aos Estados Unidos.


Notas iniciais do capítulo

Oooooi gente!
Desculpem a demora, é que final de ano sempre é corrido aqui!
Espero que gostem desse capítulo!
Narrado por Nico di Angelo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/172083/chapter/29

Ξ Nico di Angelo – Viagem frustrada de volta aos Estados Unidos.

– Bem, então alguém tem alguma idéia de como vamos voltar para a Terra? Porque aqui não é uma ilha paradisíaca no Oceano Pacífico.  – Calipso perguntou e a caverna virou um inferno. Todos falavam de uma vez e gritavam. Só conseguia pegar flashes das frases e tentava assimilar tudo ao nosso plano. O que não era tão fácil assim.

– Vamos para a Califórnia! Carmel! Podemos descansar um pouco e pegar um sol! – Suzannah dizia.

– Vamos para Los Angeles, é onde fica a entrada mais perto. – dizia Annabeth.

– Central Park! Central Park! – Grover balia ao mesmo tempo em que falava. – Lá tem uma passagem para o mundo inferior. E lá tem arvores! E animais! E plantas! É o lugar perfeito!

– Vamos para algum lugar que tenha praia!

– Por que faríamos isso? – Thalia perguntou, arqueando uma sobrancelha.

– Bem, porque nós vamos sair daqui de embarcação.

E esse foi minha vez de fazer uma pergunta:

–Água? Nós não íamos pelas sombras?

– Há um jeito mais fácil de sair daqui. – Calipso disse: – Nós vamos entrar naquela embarcação e dizer todos juntos o lugar. Pelo menos eu acho que devemos fazer isso porque nunca mais de uma pessoa veio aqui ao mesmo tempo. Mas primeiro devemos ir até lá e dizer o lugar escolhido... – ela ia dizer alguma coisa, mas foi interrompida pela minha irmã:

– Que obviamente é Carmel. Eu tenho uma casa lá, Paul também [e lembrem-se a casa dele é muito maior que a minha, pois ele não tem três meio-irmãos bagunceiros] e nós podemos descansar e seguir viagem.

– Claro que não! Vamos logo para Los Angeles que assim perdemos menos tempo! – falava Annabeth sem parar. Grover ainda gritava coisas como “Vamos apreciar a natureza!” ou “Central Park não é tão ruim assim!”. Até que ele pirou nas idéias e disse:

– Vamos para a Amazônia!

– Hein? – Thalia perguntou.

– Hm? Como é que é? – Luke, que havia se materializado [é, vocês já devem ter reparado que ele sempre aparece nas horas mais inconvenientes para rir da nossa cara. Não é mesmo?] perguntou sem acreditar naquela proposta.

Grover ficou vermelho e começou a comer uma lata de refrigerante da mochila dele e respondeu:

– É que lá tem aquela floresta e bastante água! Sabiam que o Rio Amazonas é o maior rio do mundo? Tirando o fato de que alguns sátiros me disseram que as ninfas da água e do bosque de lá são incríveis, super gatas e fazem uma comida natural muito bo... – ele parou de falar quando Rachel disse:

– Imagina quando a Juniper descobrir que você anda falando com os outros sátiros sobre as ninfas brasileiras! – ele baliu e a confusão começou outra vez. Todos falando ao mesmo tempo e ninguém entendendo ninguém.

– Por favor... – pediu Calipso em um tom baixo que nenhum ser conseguiu ouvir. – Por favor, hm, será que vocês poderiam me ouvir? – não adiantava. Ela estava perdendo o tempo.

– SILÊNCIO! SERÁ QUE DÁ PRA OUVIR INVÉS DE FALAR, SÓ PRA VARIAR? – eu gritei e todos se calaram, sentando-se no chão. – Pode falar agora Calipso.

Ela sorriu e eu ouvi resmungos do tipo: “Ah, com ela ele resolve ser educado e não gritar” e também “Por que esses semideuses são tão bipolares?” e também “Algum dia eu vou para a Amazônia experimentar essa famosa, entre os sátiros, comida natural!”. Esse último comentário eu não preciso nem dizer de quem foi certo?

– Então, será que podemos tomar uma decisão rápida e racional que não demore muito tempo e parar de falar ao mesmo tempo como um bando de galinhas prestes a serem afogadas? – eu estranhei a comparação e perguntei:

– Você já viu um bando de galinhas prestes a serem afogadas?

– Não, mas imagino como deve ser. E o que eu imagino não é nada agradável.

– Ok, então vamos por partes: Primeiro; nós temos que sair dessa ilha e levar a Calipso junto, certo? – Jesse disse é nós assentimos. – E isso não é problema não é? A maldição não está mais nas mãos dos deuses, porque eles, como vocês semideuses nos contaram, juraram por um rio importante e agora ela pode fazer o que bem entender. – assentimos de novo.

– Agora, temos que ir para um lugar que tenha passagem para o Mundo Inferior, a Terra Das Sombras. – Suzannah continuou. – e precisamos ser discretos, porque, pelo que eu já percebi, os deuses não estão gostando muito dessa idéia. Vamos para um lugar não muito longe, nem muito obvio. Esse é o melhor passo.

Nós ficamos surpresos com a agilidade e inteligência dos mediadores.

– Parabéns, maninha. – eu disse. – Está pegando o jeito dos semideuses.

Ela brincou:

– Sério? Então eu estou ficando louca de verdade? Haha, brincadeira! Eu sou profissional. Só não me aceitaram no FBI porque eu tenho que terminar o colegial.

Nós rimos e Calipso disse:

– Bem, então vamos indo pra embarcação e lá resolvemos o lugar.

Nós assentimos e seguimos para o lago. Uma pequena canoa [ou seria barco? Não sei bem] nos esperava. Eu fiquei apreensivo, mas pude perceber que não fui o único.

– Não tem como todos nós entrarmos ai! – Annabeth falou.

– Bem, acho que ele pode materializar nossa vontade. – Calipso contou. – Uma vez, quando estava me despedindo de um viajante, eu vi ao longe esse barquinho se transformar em um barco a vela. Podemos imaginar algo que todos nós podemos gostar. Fechem os olhos e visualizem...

Ela foi interrompida por Rachel que disse:

– Nada disso, eu que tenho as visões aqui, esqueceram? Podem deixar que de barcos e espaços grandes eu entendo muito bem.

Nós reprimimos um grito de horror e esperamos pelas loucuras de Rachel.

_______________________________________________________

Se eu dissesse que o iate que a louquinha projetou era simples, eu estaria mentindo. Mentindo muito feio. Imagine o barco mais luxuoso que você já viu. O navio mais caro que o Titanic. E uma mansão de um ricaço de NY. Imaginou? Agora olhe o meu raciocínio:

Rachel + Imaginar um navio, embarcação = inacreditável;

Mansão gigante + Barco mais caro do mundo + Nem o Príncipe Harry tem = Metade do navio da Rachel;

O negocio [mais parecido com uma nave espacial, pois era de outro mundo mesmo] tinha vários andares, um quarto para cada pessoa – devido à magia – e varias salas e banheiros, TVs de LED e 3D, vários vídeos games, DVDs, CDs, home theater, e muitas outras coisas. Também havia muita comida. Eu senti que alguma coisa faltava então, quando cheguei à sala onde todos estavam descasando eu vi um DVD: Sempre Ao Seu Lado. Eu gritei:

– AH! PRECISAMOS VOLTAR!

– Qual é o seu problema? Aqui dentro tá bem legal!

– ESQUECEMOS A SRA. O’LEARY! ONDE ELA ESTÁ? EU NÃO A VEJO DESDE A EXPLOSÃO! – não, não, não, ninguém podia deixa minha cadela de lado, e Percy pensava como eu, pois ele já estava andando em círculos como eu.

– Hm, gente. Não precisa ficar gritando histericamente. – disse Paul.

Percy se irritou e disse, tentando não gritar de novo:

– Nossa cadela ficou pra trás! Isso é traição! Tadinha dela, ela deve estar no escuro e no frio, sozinha sem proteção.

– Como eu disse antes, não está não. Nós não falamos pro barco aonde queremos ir. Estamos ancorados e a ilha está bem ao nosso lado. – eu senti meu rosto ficar vermelho, assim como o do Percy. Ele murmurou um “Ah, eu já sabia”, mas me arrastou para fora, para chamar a cadela.

– Tem certeza que ela saiu daquela sombra que explodiu? – eu perguntei vacilante. – Eu não a vi desde aquele dia.

– Eu acordei antes que você. Podia jurar que a vi correndo atrás de passarinhos.

– SRA. O’LEARY! – eu assoviei – JUNTO, SRA. O’LEARY!

Ouvi um latido inconfundível e um tremor sobre os pés, o que poderia ser considerado um terremoto de baixa pontuação ou ela andando feliz abanando o rabo. Eu acariciei atrás de sua orelha e ela lambeu meu rosto.

Quando estávamos quase entrando no barco Percy me perguntou uma coisa:

– Como vamos colocar ela ai? Será que o peso dela... – ele foi interrompido pela Rachel, que gritava da janelinha:

– Isso é mágico! Cabe até um avião aqui dentro! Eu imaginei um quarto bem grande pra ela poder dormir se a viagem demorar muito.

Entramos no iate e a cadela foi para o quarto dela tirar um cochilo.

– Então, decidiram pra onde vamos?

– Já sei! Vamos para Miami! – Percy disse. Olhamos incrédulos pra ele:

– MIAMI?! – gritamos todos juntos. Então aconteceu o inesperado: o barco entendeu nosso “Coral” de vozes como um comando e não como uma expressão de pura descrença, e o barco começou a se mover.

– Percy! – gritou Annabeth. – Por que você fez isso?

– ARGH! Annabeth será que você consegue colocar alguma coisa dentro da cabeça oca do seu namorado? Estamos indo para M-I-A-M-I. Que é praticamente do outro lado do país onde precisamos estar! O que você estava pensando quando disse isso?

– Era pra ser só uma brincadeira. Não era pra todo mundo gritar o nome ao mesmo tempo. Como eu ia saber que vocês fariam isso?

Em vez de receber uma resposta, ele ganhou mais do que isso: vários tapas de todos. Quando ele terminou de apanhar, nós nos entreolhamos e começamos a rir, para esconder a frustração. Fingir que não estávamos tendo uma viagem frustrada de volta a Terra, os EUA.

– Ai ai, cabeça-de-alga. – ouvi alguém murmurar e fui dormir.

 ______________________________________________________


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Gostaram, ou não? Mereço reviews, quem sabe até uma recomendação?
Espero vocês nos próximos capítulos! Até mais!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "De Volta A Terra Das Sombras" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.