De Volta A Terra Das Sombras escrita por Mediators Demigods


Capítulo 13
Agora é a hora.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo narrado por Luke Castellan. Espero que gostem!



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Φ Luke Castellan – Agora é a hora.

Eu vou falar. É, é isso ai Luke, você consegue. Ah, cara! Quem eu estou tentando enganar! Luke, você está indo se declarar para o Oráculo e você é um fantasma! Como isso pode dar certo? Hein, como?

Simplesmente dando, cabeça! Agora para de pensar que os sentimentos vão mandar agora! Disse para mim mesmo.

Isso mesmo, se você achou esse diálogo comigo mesmo muito estranho pode apostar que nem sempre foi assim. Isso começou depois eu que morri. Quando cheguei lá embaixo, estava esperando ir para o fundo do Tártaro ou para os campos de punição. Mas aconteceu algo muito diferente, foi mais do tipo assim:

Hades se virou e disse: como você morreu salvando o Olimpo pode ajudar meu filho, Nico di Angelo, a monitorar a situação aqui embaixo. Eu aceitei o cargo rapidamente e fiquei muito amigo do Nico. Ele que me contava do que estava acontecendo no Acampamento e dávamos umas escapadas secretas até o fora dos domínios de Hades.

– E então, – eu disse quando eu e Nico estávamos sentados em uma área dos Campos Elíseos – alguma novidade lá em cima? No Acampamento? Alguma gata nova?

– Ah, como sempre Luke pensando nas garotas do acampamento. Hm, deixe-me ver, tem filhas de Hermes, que no seu caso, não são interessantes. Filhas de Afrodite, elas vão partir seu coração, como no ritual idiota. Algumas ainda estão indeterminadas e Rachel.

– Rachel? Esse nome não me parece estranho. Quem ela é? Filha de alguém incomum? – perguntei interessado. Haha, como se eu pudesse chegar nela e dar um oi sem ela se assustar e sair correndo porque viu o fantasma ex-possuidor de Cronos.

– Bem, se você achar que a filha de um magnata nova-iorquino tem um pai incomum, então sim. Ela é o Oráculo. Ela conseguiu abrigar o Espírito de Delfos dentro do corpo sem, bem... Você sabe ficar louca. – ele olhou a expressão de minha face e se disse: – Ah, me desculpe, não era minha intenção atingir você.

– Tudo bem. – eu respondi, tentando não transparecer a minha dor. Minha mãe ficou louca pouco depois de dar a luz, tentando estabelecer contato com Delfos. A sensação de proteger essa garota do espírito tomava meu corpo, já que não pude fazer isso com mamãe. – Então, vai me contar como ela é, ou tá difícil?

– Ela é ruiva, olhos cor de... Sei lá, bem acho que são castanhos claros. Ela gosta de pintar. E tem um desenho de seu rosto com uns 8 ou 10 anos em sua galeria particular. Ela o chama de O Herói, em sua homenagem. Ela pintou sua cara quando estava tendo visões da Ultima Profecia, então Quíron achou que poderia ser um sinal e a convidou para ser Oráculo.

– Ah, puxa, que legal! Mas, ela não ficou meio... Hm... Louca, depois disso?

– Ela já era. – ele riu da própria piada. – Cara, você deve ter uma lembrança vaga dela... Foi quem te acertou com uma escova de plástico azul no Labirinto. Você voltou a si para ver quem fez aquilo e depois Cronos tomou seu lugar.

Sabe, nunca tentei recuperar a memória perdida depois da batalha. As visões aparecem gradualmente, mas só de quando estava entendendo a situação. Quando Nico me disse essas palavras um flashback invadiu minha mente:

“– Percy!” – gritou alguém de dentro do labirinto. Cronos ainda se mantinha no poder, sua arrogância não me deixava virar para ver de quem era a voz feminina que procurava Jackson. Ah, esse sim era um garoto de sorte. Sempre com as garotas à seus pés. A voz não era de Annabeth, mas ainda sim me chamava atenção.

Minha curiosidade e surpresa falaram mais alto do que a superioridade de Cronos. Virei-me para ver e meus olhos encontraram uma garota muito bonita, cabelos ruivos com cachos caindo em seus ombros. Seus olhos tinham certo toque de sarcasmo e determinação. Enquanto a observava um objeto azul bateu em meu olho e eu gritei de frustração e ódio, sentimentos bem notáveis em mim naquela época.

– Ai!” – gritei. Então minha visão ficou embaçada e meus olhos ficaram dourados. Caí na subconsciência para acordar muito tempo depois.

– É ela? Quer dizer, o oráculo. Eu me lembro dela. Uma garota bem bonita. Não acredito que virou o oráculo! Que desperdício. – fiquei pensando em Rachel vendo o tempo passar.

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– Rachel onde você está indo? – eu perguntei querendo ficar mais tempo com a louquinha.

– Para meu quarto, Luke, para meu quarto. Gostaria de me acompanhar? – ela disse sem intenções, o que era uma pena. – Eu vou me preparar para o jogo. Você pode ficar esperando do lado de fora. – eu ri imaginando a cara de Rachel se eu entrasse em seu quarto e disse:

– Eu poderia muito bem atravessar a parede para te ver.

– É, mas você não teria motivos pra fazer isso. – ela disse, por um momento, com uma expressão que eu chamaria de tristeza. Odiava vê-la assim. Mas então voltou ao seu jeito normal, com uma cara sarcástica e disse – Ou teria?

Pensei um pouco para ver o que responderia então me virei e falei:

– Vamos descobrir quando chegarmos lá. – andamos em silencio cada um pensando nos seus próprios pensamentos. Eu pensava no que estava sentindo. Acho que gostava dela, como nunca gostei de nenhuma outra, nem mesmo Annabeth, não tinha certeza de nada.

– Bem. Acho que é isso. – ela disse, subindo as escadas rapidamente para não me ver. Estava nervosa e eu gostei disso. Fingi não perceber seu nervosismo e a segurei pela cintura. – Como consegue fazer isso? Quer dizer, tocar nas pessoas? – ela me perguntou e me pegou de surpresa.

– Bem, acho que desde sempre.

– Hm, tudo bem. Eu já vou indo. Não quero me atrasar para a Captura.

– Sem um beijo de despedida antes? – dei meu melhor sorriso e ela corou. Me beijou no rosto e correu até o final das escadas. Ela com certeza não gostava de mim, tanto é que relutou em me beijar. Minha cabeça estava no meio de um misto de sentimentos e sensações. Eu ainda conseguia sentir seu doce e leve toque.

– Passe aqui antes de o jogo começar! – ela gritou.

– Pode deixar! –respondi com ar de vitorioso. Iria dizer tudo o que sinto mais tarde em seu quarto da Casa Grande.

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Passei as horas depois da conversa com Rachel andando pelo Acampamento pensando no que eu iria dizer. Estava com meus pensamentos indo de: “Eu te amo, minha vida mudou depois que eu te vi!” até “Vem aqui gata!”.

Argh! Definitivamente não. Meu coração falaria tudo que eu estava sentindo. Isso mesmo, agora é a hora! 

Como não percebi isso antes? Como? Quando eu me materializei em seu quarto quando estava dormindo [Hey, isso foi um momento de curiosidade depois que Nico me contou sobre ela, ok?] percebi quanto era bonita. Gostaria de falar tudo o que sentia naquele mesmo dia. Mesmo ela não fazendo nem idéia de que a via dormir profundamente. Eu estou morto, e ela é o oráculo, isso não pode dar certo.

Esse impedimento doía demais em mim, como nunca, nem mesmo vivo, doeu. Acho que dói mais que sal nas feridas de batalha ou um tiro no coração. Contaria a ela o que estava sentindo, mesmo que alguma relação entre nós seja impossível.

Subi as escadas. Quando ia bater na porta pensei em dar um susto em Rachel. Materializei-me atrás de suas costas, ela tinha tomado banho, usava uma calça cheia de marcas de tinta e a camiseta do acampamento. Ela segurava uma flor de seu jardim nas mãos.

Por um momento, a invejei, quer dizer, a flor, por estar nas mãos de minha Rachel e eu não conseguir nem chegar perto dela sem o coração – se é que ele batia – ficar disparado.

– Bu! – eu disse, encostando minha boca perto de sua orelha. Ela estremeceu e gritou:

– Ah! Oh deuses! Por que você fez isso? Você sabe, se fosse um ladrão ou um louco eu teria brandido minha espada! – Ela disse dramaticamente colocando a mão em cima do peito, tentando acalmar o coração. Eu ri de sua expressão e disse:

– Se você me atacasse, eu não morreria! E você tem que parar de imitar Apolo, parece uma versão feminina dele! – nós rimos um pouco e então o silencio dominou o ambiente. Eu respirei fundo e quando ai falar tudo ela me jogou um assunto bobo:

– Bem, obrigada por me ajudar com aquela batatinha no almoço. Serio, eu estava me engasgando seriamente.

– De nada. Rachel, eu preciso te contar uma coisa. Bem, que eu percebi faz pouco tempo. – ela me olhou nos olhos e fez um sinal com a cabeça que eu entendi como um continue. – Eu te acho linda, não, na verdade perfeita. Eu te amo, ah, pronto falei.

Ela me olhava nos olhos. Quando terminei de contar a noticia ela desviou o olhar e lagrimas escorreram pelos seus olhos. E não falava nada.

– Eu sinto muito, eu não queria, mas aconteceu. Não fique assustada, por favor. Se você não me quiser do jeito que eu te quero, ainda podemos ser amigos.

– Me ama? – foram as únicas palavras que ela conseguiu pronunciar. E eu assenti. Então ela fez algo que me pegou totalmente de surpresa. Achava que ela partiria meu coração, que já estava todo enfraquecido. Mas não, ela se aproximou, passou suas mãos delicadas pelo meu rosto, bagunçou meu cabelo e disse: – Me ama de verdade?

– Com toda certeza que existe nesse mundo.

– Que bom, porque eu também te amo. Desde que acertei você com a escova azul, não parou de pensar em seu rosto, seus cabelos... – ela deu um belo sorriso. Eu a puxei para mais perto, segurando-a pela cintura.

– Então vamos ficar juntos, com ou sem as regras dos deuses.

Ela assentiu, enlaçou seus braços em meu pescoço e nós nos beijamos. Nossos corpos se completavam perfeitamente. Ela era perfeita pra mim e eu, perfeito pra ela.

Nosso beijo foi interrompido pelo som que emanava da trombeta da Caça a Bandeira. Ela sorriu pegou a minha mão e disse:

– A ação vai começar! Vamos! – e então corremos em direção da floresta.

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Notas finais do capítulo

O que acharam [eu achei fofo]? tem algum comentário?
Algo que não foi explicado direito?
Gostaram? Mereço reviews? Até o próximo capítulo ^^,