Chegando na porta, toquei a campainha e olhei em volta pra ver se não tinha ninguém que poderia me reconhecer. Tenho que admitir que estava nervoso. Não via ela há muito tempo. Queria que ela tivesse uma boa primeira impressão depois de todos esses anos. Ouvi passos em direção a porta, vindo de dentro do apartamento. Ela atendeu a porta e... UAU!

− Juliet, você está incrível! – logo a abracei.

− Você também Justin! – ela sorriu – Vamos entrar? – assenti com a cabeça.

Entrei no apartamento, tirei o capuz e o gorro enquanto analisava-o.

− Bonito apartamento – disse olhando a sala de estar.

− Obrigada. Vamos, sente-se e pode ir contando todas as novidades.

− Bem, eu nem sei por onde começar! Está tudo incrível. Minha vida é...

− Um sonho – ela me interrompeu.

− É, um sonho – disse sorrindo, ela sorriu em resposta.

− Como estão todos? Pattie, Jeremy, Jazzy e Jaxon? E os outros inúmeros membros do Team Bieber?

− Estão todos bem, graças a Deus. Mas, e você? Como está a pequena?

− Ela está bem, está crescendo com saúde e com um sorriso lindo. Jessica é realmente tudo pra mim.

− Ei, assim eu fico com ciúmes! – disse brincando o que a fez rir.

− Own, bebê ciumento você, hein? – nós dois rimos.

− É muito complicado ser mãe solteira? – as risadas cessaram e eu tive a impressão de que aquele assunto a incomodava.

− Não, é até melhor assim. Eu não queria atrapalhar a vida do pai – ela deu um sorriso fraco.

− Se eu fosse o pai, nunca ia deixar você fazer isso. Nem que me atrapalhasse. Eu gostaria de ser um pai presente – ela apenas observou e então umideceu os lábios antes de falar.

− Então... – a campainha tocou e ela foi correndo atender. Ela abriu a porta e era a filha dela.

− Mama! – Jessica pulou no colo de Juliet e então pude fitar seu rosto. Não podia ser! Aquela menina, ela... Ela tinha os meus olhos!

− Ah Juliet eu vou no... Banheiro, ok? – sai correndo da sala e me tranquei no banheiro.

Não podia ser. Aquela criança não é minha! Isso é impossível. Como? Então um flashback começou a tomar conta de minha mente enquanto fitava o chão.

Flashback ON

− Essa é a nossa última oportunidade de fazer isso – disse segurando as mãos de Juliet em meu quarto. Estávamos sozinhos em casa e nada poderia atrapalhar.

− Você tem certeza? Acha que é o momento certo? – ela parecia não querer fazer aquilo.

− Se é o momento certo, eu não sei. Mas eu sei que essa pode ser a última vez que nos vemos – ela respirou fundo e pareceu assentir. Então comecei.

Comecei a beijar seu pescoço enquanto íamos em direção a cama. Aquela foi a nossa primeira vez e a nossa única.

Flashback OFF

Então era isso. Eu não tinha colocado camisinha. Eu... Eu era o pai daquela criança. Aquela criança a qual tinha os meus olhos. Mas, por que ela nunca me falou? Eu poderia ter ajudado a cuidar dela. Nós poderíamos até ter voltado! A não ser que ela não quisesse. Quem sabe foi por isso que ela não me contou. Ela não me queria mais em sua vida. Pelo menos naquela época.