-Olá Renesmee. Finalmente nos vemos novamente. – Jane Volturi disse. Ela estava parada próximo da outra, vestindo o mesmo estilo de roupa que sempre usou.

-O que você faz aqui? – Renesmee questionou, se levantando. Ela sabia bem quem era ela e do que ela poderia ser capaz de fazer. Ficou com medo de tê-a encontrado em uma floresta e por estar sozinha, mas teve de se manter firme e forte. Se ela conseguisse sair dali logo, ficaria bem. Evitaria ao máximo ter de machucar uma vampira tão poderosa quanto uma Volturi.

Jane riu, uma risada de escárnio.

-Achou mesmo que eu iria desistir de você? – indagou. – Aro pode ter considerado que você é inofensiva, mas não acredito nisso.

-Como você tem a coragem de ir contra a palavra de seu mestre? – Renesmee duvidou de imediato, e se arrependeu de ter dito isso.

-Da mesma forma que você teve a coragem de se envolver com um...lixo. – disse, enojada. – Eu sei que por trás dessa carinha de anjo tudo o que você quer é se dar bem na vida. Ah, deve ser por isso que terminou com ele. Bom começo, eu diria. Pena que não vá viver tanto assim.

Antes mesmo que Renesmee pudesse tocá-la, sua cabeça doeu e não foi uma dor agradável. A cada segundo era mais difícil de suportar e nisso caiu no chão de joelhos. Jane sorriu, aumentando sua concentração sobre a outra que gritava e se agoniava em dor.

-Sabe, eu não me daria bem se por acaso soubessem que vim para cá. Mas eu não me importo. – Jane suspirou. – Você é uma aberração da natureza,ou pelo menos metade disso, e tem de morrer.  E fique longe de meu irmão. Ele tem falado muito de você.

-Não posso culpá-lo. –conseguiu dizer entre gemidos. Foi a última palavra dita por ela antes de finalmente desmaiar. Jane riu consigo mesma enquanto colocava o corpo da garota em seus braços e saía dali.

Bella andava pela casa, impaciente. Edward e Alice a observavam, compreendendo sua impaciência.

- O que será que aconteceu com ela? – perguntou, batendo com força na mesa. Eles estavam na cozinha, olhando para a floresta através da parede de vidro.

-Eu disse que não seria uma boa ideia deixá-lo com o Black. – Edward disse

-Não, eu que disse isso. – Bella retrucou. – Eu sempre fui contra ao fato de eles ficarem juntos e principalmente por conta do imprinting. Você é que apoiou os dois desde o começo. Mas é sério, amor. Estou começando a ficar seriamente preocupada com isso.

-Eu também. – Alice acrescentou. – Renesmee nunca faria algo do tipo. Conheço muito bem ela.

-Você não pode  ter uma visão com ela? – Rosalie sugeriu, dando sinal de sua presença ali. – Tenho de concordar com a Alice. Nessie jamais iria deixar a nós preocupados à toa.

-Até você? – Bella falou, demonstrando irritação ao ouvir mais um membro de sua famíla chamar sua amada filha daquela maneira. Pode parecer bobagem, mas nenhuma mãe gostaria de ver sua filha sendo apelidada de monstro.  – Eu vou atrás dela. Ou isso, ou eu acabo surtando de vez

-Mesmo que ela não estiver com o Jacob seria impossível eu ter alguma visão com ela. – Alice respondeu a pergunta de Rose. – Torço para que os dois estejam juntos dessa vez. Se algo de ruim acontecer com ela, será pior se estiver sozinha.

-Ótimo, Alice. – Bella resmungou, indo em direção à saída. – Você acabou de me descontrolar de vez.

-Eu vou com você. – Edward disse, já ao lado dela. Olhou para as meninas antes de se despedir. – Vamos tentar não demorar e qualquer coisa eu estou com o celular.

-Está ciente de que quando estiver perto dela eu não poderei vê-los, Ed? – Alice perguntou mas a essa altura eles já estavam distantes dali e não pode respondê-los.

-Eu estou.- Por fim,ele disse. – Mas vou correr esse risco por minha família.

Quando acordou, não tinha ideia de onde estava. Só sabia que não estava em uma boa situação.  Renesmee estava presa à uma cadeira e não tinha como sair. Jane assistia à tudo de lado, e se estava torturando a garota, esta não sabia disso.

-Eu poderia ser boazinha, mas não quero. – disse. – Você já esperimentou sangue humano? Ah, creio que não. Tem parte disso em você.

Renesmee relutava para se libertar, mas tudo o que conseguiu foi tirar o pedaço de pano que cobria sua boca. Pela primeira vez, respirou antes de falar.

-Onde estou?

- Acha mesmo que vou te contar isso? – Jane disse, com ríspidez. – Prefiro que tente descobrir. Fareje, para ser mais específica.

Ao obedecê-la, ela automaticamente se arrependeu por fazê-lo. Sentiu cheiro de sangue humano  e lembrou o quanto estava faminta. Sangue, poder...controle...

-Não acredito que fez isso. – comemorou. – Como voce é ingênua!  

-O que  quer de mim, Jane? – Renesmee perguntou, chorosa.

-Isso você terá de descobrir. – respondeu. – Já falei demais. E é bom você descobrir, antes que os outros cheguem. Se eles chegarem trarão comida ou você será a comida. Não quer  isso, quer?

Renesmee assentiu, negativamente. Jane sorriu ciente de que era justamente isso que teria como resposta.