Digital Prophecy: New Days escrita por SacchiHikaru


Capítulo 6
Capítulo 4 - Induzindo Loucura


Notas iniciais do capítulo

Uma OBS especial é que eu sei que o nome da irmã do Davis é "Jun", e não "June", alas, eu me acostumei com o nome depois de terminar 9 Hours 9 Persons 9 Doors, e não vou mudar por que "June" é bem mais legal de se pronunciar que "Jun".



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No dia seguinte...

Eram apenas oito e meia da manhã, a casa deles teria acordado um pouco mais tarde, uma benção para Elsa, ela detestava ter que comer café sozinha, mas ela detestava ainda mais ter que acordar cedo.

A mesa estava cheia aquela manhã, Elsword e Elsy sentados um do lado do outro, como sempre, sua irmã Elsa sentada do outro lado daquela mesa de jantar relativamente grande, ela tinha espaço suficiente para os oito, e para mais algumas visitas.

Naquela manhã, os oito não estavam falando uma única palavra, não tinha muito que conversar, cada um apenas tomando seu café (ou no caso de Elsy, Leite achocolatado) e comendo um bom sanduíche Rena tinha parado de ser vegetara alguns anos atrás, ela podia ser uma elfa, mas isso não significa que ela deveria evitar comer carne.

Elsa tinha em suas mãos um jornal, o jornal do digimundo, basicamente, nunca tinha nada de interessante acontecendo, o digimundo era muito mais caótico que o mundo real, tanto que tais coisas “caóticas” eram normais o suficiente que não precisavam ir às noticias. “Que tédio.” Diz ela.

“Você preferia estar em outra guerra?” pergunta Chung, com os olhos fechados.

“Claro que não.” Ela diz “Mas a vida de um jovem normal é extremamente entediante.” Ela continua.

“Olhe pelo lado bom, não estamos mais nos matando para matar.” Diz Rena, por mais que falasse isso sem problemas, ela odiava matar, e estar no meio de uma guerra duas vezes não ajudava com isso.

“Eu sei disso, mas, eh. Queria ter algo pra fazer fora dormir o dia inteiro.” Elsa responde, dobrando e largando o jornal.

Eve estala os dedos, fazendo com que Ophelia acenasse com a cabeça, e sem palavras, andasse até a porta da casa, abrindo-a, e pegando três jornais diferentes, um de cada língua que falavam – inglês, coreano, e japonês.

Ophelia volta para a cozinha, com o grupo ainda igualmente quieto, e dá cada um dos jornais para Elsa, Elsa pega primeiro o jornal “New York Times”, era o único em que ela realmente se interessava.

Mas claro, o que ela não esperava, era a manchete daquela manhã.

“...Gente.” diz Elsa, segurando o jornal firmemente, se ela ainda estava meio-acordada, tal manchete teria feito ela acordar.

Todos olham para ela com olhares curiosos, eles não sabiam o que ela teria visto, provavelmente não era nada demais, mas se não fosse, ela não estaria chamando a atenção dela, Elsword é o primeiro a falar “O que foi?”

“Vejam isso.” Ela diz, abrindo espaço na mesa e rapidamente terminando seu café, Ophelia pega a xícara e a coloca na pia, embora ela não cozinhasse, ela trabalhava como a empregada da casa. Elsa coloca o jornal na mesa, e o abre para que todos possam ver.

“Massacre nos arredores da cidade de New York!

Ontem a tarde, um total de aproximadamente duas mil e trezentas pessoas não identificadas foram encontradas em uma clareira nos arredores da cidade de Nova York, cada corpo estava fazendo parte de uma mensagem, que se lia “Eles perderam os seus presentes”. Embora não se saiba o que isso significa, os corpos foram separados para várias agências de crime e medicina no país, até onde encontraram várias das vitimas pareciam ter sido cortadas, esmagadas e/ou ter tido seus ossos triturados, porém, algumas das vitimas, embora ainda não apresentassem sinais vitais, ainda sim não possuíam nenhum tipo de ferimento físico, os médicos estão tentando descobrir o que matou tais vitimas.

Com exceção das vitimas mortas por causas desconhecidas, todas as vitimas estão desfiguradas, algumas delas parecem ter sofrido até a morte, boatos e rumores botam a culpa em digimons, já que isso não é a primeira vez que um crime é cometido pelos monstros digitais, porém, não existem provas para provar a culpa ou inocência dos mesmos.”

Embora não ouve reação enquanto Elsa lia a manchete em voz alta, todos sabiam que isso era um caso grave. 2300 pessoas mortas numa única tarde, provavelmente pela mesma pessoa?

“Claro, culpem logo os digimons.” Diz Aisha, “Não é como se todos eles fossem civis ou coisa assim.” Ela continua

“Não é difícil eles terem culpado os digimons de cara, afinal, 2300 mortes não é algo que um humano pode fazer.” Diz Raven.

“Embora eu concorde com você Raven, também concordo com Aisha, eles não podem simplesmente culpar digimons só por que alguma coisa assim aconteceu, por mais provável que seja eles podem estar facilmente enganados.” Diz Chung. “Besides, até onde sabemos pode ser um grupo, ao invés de uma única pessoa” ele continua.

“...Teremos que lutar mais...?” pergunta Elsy, com a voz baixa, segurando Elsword com força. “Não, não se preocupa, não teremos que lutar, é apenas algum retardado causando problemas.” Diz Elsword, brincando um pouco com o cabelo do irmão, tudo para acalmá-lo, por mais que Elsy tivesse mais de 20 anos na época, ele ainda era uma criança no coração.

“As noticias ainda não chegaram ao jornal digital?” pergunta Eve, Elsa pega o jornal novamente, e o desdobra, procurando pagina por pagina. “Nope, nada por aqui.” Ela diz.

“Me pergunto se o exército sabe alguma coisa.” Diz Rena, curiosa para ver o que estava acontecendo, normalmente, no mundo real ou digital, nada de importância acontecia sem que o exército soubesse.

“Querem checar?” pergunta Elsword.

“Não acho que isso é de extrema importância, eu ainda chuto que é apenas um bando de retardados riquinhos com armas sofisticadas ferrando com a vida de milhares.” Diz Aisha “Nada pra se ver.”

“Provavelmente, mas eu ainda sim vou checar alguma coisa com o exército, se puder.” Diz Rena.

“Admita, você só vai escapar do treino de bateria.” Diz Aisha.

“Desculpa se eu prefiro me socializar a agir como uma profissional, por favor né Aisha.” Responde Rena, claramente irritada.

“Well, whatever, eu vou praticar um pouco mais o trombone e ver o que posso fazer hoje.” Aisha responde, e pega o café em mãos, terminando-o, e lentamente sobe as escadas, voltando para seu quarto.

“Elsword, eu não queria ter que concordar com você, mas você está certo, ela é uma vaca.” Diz Eve.

“Não disse?” ele responde.

“Não acham que ela ainda um pouco estranha? Mais agressiva que o normal?” pergunta Rena, preocupada com a amiga, ela era a segunda mais velha do grupo e tentava agir como mãe para todos, protegendo-os, mas claro, nem sempre isso dava certo.

“Ah, a fama subiu a cabeça dela, deixa ela, até ela decidir ir a uma carreira solo e se ferrar.” Elsword responde, e volta a se sentar.

A conversa acabou ali, todos voltaram a seus locais e terminaram seus respectivos cafés da manhã. Mas Rena não podia tirar a sensação de que algo estava errado.

Algumas horas depois...

“KYAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!”grita Aisha, enquanto ela trás sua foice a cabeça de uma pessoa quase-morta, acabando com sua vida “Eu tinha esquecido como isso pode ser tão divertido!”

Não faziam nem três horas que havia começado, e ela já estava cercada por centenas de corpos, dessa vez, ela não estava trabalhando em New York, mas sim, na África. Aisha já estava coberta por sangue, mas ela não ligava.

“Agora...” ela olha para trás, e vê uma criança nos braços da mãe, “Awww, que pena que seu bebê não vai viver para te dar netinhos~” ela diz, levantando o cajado-machado. “Digam suas preces.” Ela diz, atacando a mulher no peito, fazendo um corte limpo na mesma, a criança – de aproximadamente cinco anos – cai no chão com um alto “thump” e Aisha não exita em chuta-lo, mostrando para ele o peito semi-aberto da mãe.

“Agora criança.” Diz Aisha, levantando sua foice, e se aproximando da mãe. “Eu vou te mostrar exatamente de onde você veio...” Aisha diz, levantando a foice...

Um grito de dor e terror veio da mulher enquanto Aisha a abria ao meio, sem o mínimo de hesitação, quando a mulher finalmente teve seu crânio aberto, e seu cérebro com ele, a matando de vez, foi quando seu grito finalmente cessou. Aisha simplesmente joga o cajado para cima, e ele cai no chão, cortando o pescoço do menino.

“Estou orgulhoso de você, Aisha.” Disse uma voz, Anger aparece acima do ombro de Aisha, e abraçando com suas asas por trás, seus olhos amarelos sem pupilas e sua forma branca distinguíveis de qualquer um. “Você está quebrando recordes, ontem foram apenas 2300 em 5 horas de trabalho, você acaba de matar 3400 em apenas 3 horas.”

“É tão bom estar de volta a guerra, Anger. Não existe jeito melhor de aliviar stress.” Diz Aisha, sorrindo maniacamente, seu rosto e roupas cobertos por sangue, mas ela não ligava, não era difícil remover isso.

“Que bom que pensa assim, Aisha.” Disse Anger, passando sua asa esquerda pelo ombro da mesma, e um pouco mais baixo, passando pelo busto e checando a sua barriga, “É tão bom te ter de volta, Aisha. Você não sabe o quanto eu senti sua falta.” Ele diz.

“É bom saber disso, e saiba que eu também senti a sua.” Responde Aisha, Anger, o morcego, ri maniacamente uma vez, “Não vou mais te tirar de seu trabalho, Aisha, vamos lá, volte a ele, cuide de todos esses fracos.” Ele diz, e some.

“Mas com prazer” disse ela, se virando de costas, a sua frente, mais de mil vitimas aterrorizadas no meio do deserto do sahara, alguns tentavam fugir, mas eram presos por uma barreira que ela teria construído. “Muito bem, quem quer ser o próximo?” ela diz.

Todas as pessoas se afastam o Maximo que podem da mulher “Vamos lá! Não sejam tímidos!” ela diz, mas as pessoas continuam se afastando.

“Bem se ninguém quer ser voluntário, eu vou apenas escolher um.” Ela diz, “Uni duni tê... Sala me míngüe...” ela começa “Ah, por que não todos vocês?” ela diz, levantando a foice.

Enquanto isso...

Rena anda pelos corredores de um prédio da cidade de Tokyo, ela estava procurando por um apartamento em especial. Ao finalmente chegar no mesmo, ela toca a campainha.

Em pouco tempo, uma mulher de cabelo vermelho espetado abre a porta, aquela seria June Motomiya, irmã mais velha do domador de Veemon. “Ah, Rena.” Ela diz “Desculpe, os dois estão “um pouco” ocupados, sabe como é né?” ela diz “Se quiser entrar, fique a vontade.”

“Obrigada June.” Diz Rena, entrando no apartamento, ele não era muito grande, aqui estava uma sala de Estar perfeita para três pessoas, um sofá, uma poltrona, uma TV de tamanho médio e uma mesinha, nada demais, no fundo estaria a cozinha e o banheiro, e os quartos dos três.

“Quer que eu te pegue alguma coisa? Um copo d’água talvez?” pergunta June, era cortesia dela, Rena era uma visita freqüente graças a relação entre ela e Veemon, June ainda se impressionava o quanto Davis não ligava para isso.

“Água seria ótimo, por favor.” Diz Rena, “Sente-se, sinta-se em casa.” Diz June, andando a cozinha. Rena se senta, levanta a cabeça e fecha os olhos, pensando no que aquilo poderia ser, claro que, ela não podia raciocinar muito, a festa no outro quarto não era exatamente silenciosa.

“Aqui está.” Diz June, trazendo para ela um copo d’água, Rena aceita-o, e toma um gole, June se senta ao lado da mesma. “Desculpe-me por esses dois, eles não tem o maior senso de privacidade.” Ela diz

“Pelo menos eles não são Elsword e Elsy juntos, eles que não tem senso de privacidade.” Rena diz, as duas garotas riem, essa não era a primeira vez que elas ficavam jogando papo fora enquanto Rena esperava por Veemon.

“Mas então garota, o que quer falar com o Vee? Por que se você só está aqui para o normal, pode entrar no quarto agorinha mesmo enquanto as coisas ainda estão quentes.” June diz, com um sorriso no rosto.

“Excuse moi? Quem você acha que eu sou? Cereza?” Rena diz, e as duas riem novamente, Cereza era a coisa mais próxima de uma prostituta que o exército tinha, ironicamente, eles tinham um prostituto que trabalhava de graça.

“Mas não, eu não vim para isso, preciso falar algumas coisas com ele, e pensei que seria melhor fazer isso cara-a-cara. Não quero correr o risco de uma ligação ser ouvida, e seria mais fácil assim.” Responde Rena.

“O que foi, algo importante?” pergunta June, “É sobre os assassinatos de hoje?” ela pergunta.

“Parece que as noticias já chegaram ao outro lado do mundo huh.” Diz Rena “Sabe alguma coisa sobre eles? Veemon sempre foi minha fonte de informações afinal.”

“Nada mais do que o que foi dito e o óbvio, não foram digimons, pelo menos, não os digimons que são deixados a ficar no mundo.” Ela responde.

“Entendo.” Rena responde.

June liga a televisão, e as duas assistem as noticias enquanto esperam os dois terminarem, não tinha nada de impressionante acontecendo, mas Rena ainda tinha um mal pressentimento.

Após aproximadamente meia-hora, June se levanta, e segue até o banheiro, rotina para ela, ela volta com duas toalhas, e abre a porta para o quarto de Davis “Se limpem, e Veemon, você tem visita.” Ela diz, fechando a porta.

“Você não tem idéia dos problemas que eu tenho pra limpar essas toalhas.” Ela diz.

“Eu imagino” responde Rena.

Um minuto se passa, e a porta para o quarto se abre, revelando Davis “Ah, Rena, bom dia, desculpe o incômodo.” Ele diz.

“Sem problemas.” Diz Rena, se levantando, Davis dá passagem a ela, deixando-a entrar no quarto dele, e fecha a porta.

O quarto não era nada demais, uma pequena mesa que tinha o computador, uma TV um pouco pequena, e um Playstation 3, e um armário ao lado da uma cama de casal, uma janela enorme rodeada por paredes amarelas. “Hey girl” diz Veemon, sentado na cama.

“Hey Vee.” Responde ela, se sentando, “Então, sobre o que quer falar?” ele diz.

“Queria saber se você tem alguma informação sobre os assassinatos nos estados unidos, eu presumo que tenha ouvido falar deles?” ela diz.

“Ah, sim, você não tem noção do quão rápido os boatos chegaram até o exército.” Ele diz “Mas se quer saber, fora as bobagens sobre digimons terem sido culpados, eu ouvi dizer que tudo isso foi feito por uma única pessoa, ao invés do que muitos pensam, e sendo um grupo.” Ele diz

“Fora isso, não ouvi muito, mas alguém disse que viu algo estranho ontem a tarde, não sabiam bem o que era, então as informações não são precisas.” Ele diz “Desculpa eu não ter muita coisa, mas se você quiser saber mais sobre um assassinato tão rápido você teria que bancar de detetive.” Ele diz.

“Acho que vou ter que fazer isso mesmo.” Ela diz “Mas obrigado pelo que me disse Veemon, qualquer coisa ajuda, além disso, quem foi que viu a “coisa estranha”?” ela pergunta.

“Vindo do fato de que eu ouvi isso do Tai, eu diria que quem viu ou foi o Takeru, ou foi a Kari.” Ele responde. “Eles estão juntos numa viagem aos Estados Unidos, afinal.” Ele continua.

“Obrigado, você me deu um lugar por onde começar.” Diz Rena, abraçando o pequeno dragão. “Não há de quê garota.” Ele diz “E eu realmente não fui rápido o suficiente ontem, né?” ele pergunta.

“Nope, Elsword te percebeu, você precisa mudar a cor dessas escamas se quiser passar por ele, não espere passar por Aisha though.” Ela responde, rindo.

Rena dá seus adeus aos três em alguns minutos, e para na frente. “Bem, acho que de agora em diante eu posso me chamar de “Rena, Detetive Particular”” ela diz, tirando do bolso um óculos escuros que sempre carregaria consigo, para ela que vivia se movimentando de um continente a outro, isso era necessário. “Bem, se prepare assassino.” Ela diz, colocando os óculos escuros. “I’m cumming for ya.”


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Notas finais do capítulo

No final, vou um trocadilho tão forçado que eu não sei o que dizer.
Oh wait, eu sei sim.
http://www.youtube.com/watch?v=6YMPAH67f4o
YEAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH



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