1 SEMANA DEPOIS...

Eu estava animada, os ingressos iam ser vendidos hoje, olhei no relógio ao meu lado e eram ainda 8:30 da manhã, as bancas iam ser abertas as 10:20 da manhã, não ia acontecer nada se eu fosse dormir um pouco não é mesmo? Me virei pro outro lado, fechei meus olhos tentando dormi, mais quem disse que eu ia acontecer? Bufei com aquilo e me levantei, coloquei uma blusa escrito “I S2 NY” eu adorava aquela blusa mais que tudo, coloquei uma calça jeans, passei pouca maquiagem, eu nunca fui uma menina muito vaidosa, nunca gostei de passar maquiagem, fui ao meu banheiro, escovei meus dentes, passei uma escova nos meus lisos cabelos. Sai do banheiro e fui em direção a cozinha, lá encontro a minha mãe sentada tomando café.

Mari: olá mãe, bom dia, o que faz aqui acordada?

Mãe: olá querida, hoje eu acordei cedo porque eu quero ir ao hospital ver seu avô, to com um nó na garganta desde madrugada.

Mari: ou, tudo bem então.

Mãe: você quer ir junto querida?

Mari: não obrigada não, você sabe que eu não gosto de ir em hospitais ainda mais ver meu avô, ia me sentir muito mal, você sabe que eu tenho uma forte ligação com ele.

Pai: vamos amor? Ou bom dia filha, não sabia que você estava acordada.

Mari: oi pai, bom dia.

Então minha mãe se levantou, terminou de se arrumar e foi ao hospital, quando eu disse que tinha uma ligação morte ao meu avô, não estava mentindo, eu tinha mesmo, contanto que uma vez eu tive um pressentimento muito ruim dentro do banheiro, ai quando foi de noite minha avó liga aqui em casa falando que meu avô estava passando mal DENTRO DO BANHEIRO, conhesidencia não? Depois ele não saiu mais do hospital e quando saia, 1 semana depois estava ele lá de novo, me sinto culpada por isso, eu deveria ter feito algo quando senti a tal sensação.

Terminei meu café da manhã, e fui até a sala de TV, estava passando os padrinhos mágicos, eu não gostava muito desse desenho mais mesmo assim resolvi ver.

UMA HORA DEPOIS...

Vi que meus pais entraram em casa correndo, não entendi do porque aquilo, eles nem pra falar comigo, me levantei do sofá, subi as escadas e fui pra mani sala de TV (sim eu tinha duas salas de TV) a menor é onde meu pai vivia sentado no sofá vendo TV.

Mari: pai? Aconteceu alguma coisa?

Pai: seu avô morreu Laura, vá acordar seu irmão, temos muita coisa pra fazer hoje!

Pronto, acabou, meu dia ta uma bosta, eu disse pro meu pai ver a porra do ingresso a 1 semana atrás, mais não, ele sempre vem com essa de “DEPOIS” QUE BOSTA, preciso dizer que to vermelha de raiva? Ele sabia que era meu sonho, fui pisando duro até o quarto do meu irmão, entrei já fazendo barulho, não estava com paciência e nem humor para acordar ninguém.

Mari: ANDA PIRRALHO, LEVANTA DA CAMA, NOSSO AVÔ MORREU, TEMOS MUITA COISA PRA FAZER HOJE!

Nem esperei uma resposta, sai andando em direção ao quarto, me tranquei ali dentro e fui me deitar na cama, fiquei encarando o teto.

Claro eu estava chateado pela morte do meu avô, mais eu sabia muito bem que agora minha avó estava quase sem dinheiro, meu pai estava devendo uma boa quantia de dinheiro, ou seja, não vou poder nem comprar uma balinha na padaria no fim da esquina da minha casa, meu pai vai querer economizar pra caramba, ou seja, nada de show! Mais tudo bem, ele no futuro vai fazer mais shows não é mesmo? Posso muito bem esperar.

Olhei pra mesa, vi a carta ali, no dia do show vou tentar ir e entregar aquela carta pra alguém da equipe, eu tinha que fazer aquilo, ele precisava saber que havia mais uma fã no meio de varias outras. Quando eu menos vi, havia pegado no sono.