P.O.V Karlee

 Dois meses se passaram. Eu e Justin, bem, nós dois nos tornamos grandes amigos.  As coisas mudaram muito. Katy teve que se mudar com seus pais para Londres, Sam foi obrigada a ir para um colégio interno na França e eu fiquei aqui, sozinha em Atlanta. Sabe, isso é muito difícil para mim. Minhas melhores amigas agora estão tão longe de mim. Nós não perdemos contato, claro. Nos falamos todos os dias e mantemos nossa amizade intacta. Mas mesmo assim, é complicado saber que elas estão em outros países, e que eu não posso ligar para elas às duas da madrugada porque tive pesadelos e não consegui dormir. Sinto falta das coisas como elas eram antes.

- Karlee, está aí?-- A voz doce de minha mãe falou enquanto ela dava leves batidas na porta de meu quarto

- Sim, mãe! Entra!-- Falei e ela o fez

- Eu encontrei seu Scrapbook na sala.

- Ah, obrigado por trazer de volta!-- Disse-lhe e dei um beijo em sua bochecha

- Não tem porque agradecer, filha. Aliás, Justin está lá em baixo. Disse que quer falar com você.

- Justin? Hm... tá. Diz pra ele que eu já desço?

- Pode deixar. Com licença, querida.-- Mamãe disse e saiu de meu quarto.

  Me levantei da cama e deixei meu scrapbook em cima da minha cômoda. Ajeitei meus cabelos e desci as escadas, indo em direção ao andar de baixo da nossa casa. Justin estava sentado no sofá da sala. Sorri involuntariamente ao ver o garoto ali. Justin se virou e me olhou, sorrindo também. Senti meu coração falhar uma batida. Eu sabia que aquilo não era normal, e também sabia o que queria dizer. Eu estava completa e inteiramente apaixonada pelo meu melhor amigo. Porque ele é minha maior fraqueza. Nunca havíamos nos beijado ou algo assim. Mais só o abraço dele, o sorriso dele pra mim... ele em sim me encanta mais do que qualquer coisa. E eu o amo.

- Sua mãe disse que você ainda tá meio mal por causa desse negócio da Sam e da Katy.-- Falou quando eu me sentei ao seu lado

- É que, eu sInto falta delas. Muita falta.-- Suspirei abaixando a cabeça

- Hey, não fica assim. Não gosto de te ver triste.-- Justin disse enquanto erguia meu rosto com seu dedo indicador -- Tive uma ideia. Vamos sair! Aposto que você vai ficar mais alegre.

- Eu tô com muito ânimo pra sair. Prefiro ficar em casa me entupindo de chocolate enquanto assisto Bob Esponja.-- Falei fazendo Justin rir

- Vai trocar seu amigo lindo aqui pelo Bob Esponja? Nossa, que consideração.-- Ele fingiu chorar e dessa vez, fui eu quem riu.

- Tudo bem, senhor chorão. Espera só eu trocar de roupa ok?-- Perguntei e Justin assentiu

 Subi as escadas correndo e entrei em meu quarto. Abri a porta do closet e começei a procurar algo pra mim vestir.  Bem, pelo menos vou tentar me divertir né. Vamos ver no que isso vai dar.

[...] 


- Não, Justin! Sai! Ai!-- falei rindo enquanto Justin corria atrás de mim em pleno parque.

 Sim, meu amigo é um besta! O que deu na cabeça dele pra querer brincar de pega-pega? Tá, é legal e tudo o amis e... PERA! Eu disse que brincar de pega-pega é legal? É, eu disse. E sabe, é legal mesmo! Porque a gente corre, se diverte e ainda perde umas calorias! É prático e útil! Se bem que minha mãe vive dizendo que eu sou magrinha demais, então eu tecnincamente não preciso perder calorias, eu acho... Enfim, ignorem meus pensamentos toscos sobre brincar de pega-pega. É que nós dois [ eu e Justin ] tomamos sorvete antes de vir pro parque. E cá entre nós, eu realmente acho que naquele sorvete tinha alguma coisa estragada. É.


- Peguei você!-- Justin falou enquanto me girava no ar


 Começei a rir descontroladamente e Justin me colocou no chão novamente. Ele estava rindo também. Incrível como perto desse garoto eu não consigo parar de rir. Ele é tão bobo, e eu gosto de pessoas bobas. Além do mais, el é super legal comigo. E também é um ótimo melhor amigo!  E... melhores amigos ficam muito perto da gente? Tipo, igual o Justin tá fazendo agora?  Ele se aproximou mais e mais de mim e nossas respirações já eram uma só. Sim, eu gosto de verdade do Justin, mais será que ele sente o mesmo? Só que, se ele não sentisse absolutamente nada por mim, então porque ele está fazendo menção de quem vai me beijar?


 Mais se ele for me beijar, eu vou corresponder né? Porque eu o amo, e quem ama quer beijar. Urgh. Coisa confusa. É duro quando você não sabe o que fazer. Mais na verdade, eu sei o que eu quero fazer. Porém, o meu medo é que Justin se assuste com a vontade que eu tenho de beijá-lo. Na verdade, acho que até eu estou começando a me assustar com essa vontade louca que eu estou de agarrá-lo aqui mesmo.

Me aproximei mais de Justin, fazendo com que nossas bocas ficassem a milímetros de distância. Em um ato rápido e ágil Justin selou o espaço presente ali. Primeiro em um selinho longo. Sua língua pediu passagem e eu cedi. Envolvi minhas mãos em sua nunca e ele envolveu seus braços em minha cintura. Me apertando um pouco mais contra o seu corpo. Naquele momento eu senti as tão famosas borbolteas no estômago. Eu podia ouvir sininhos tocando ao nosso redor. Uou, essa foi bem fail. Por causa da infeliz falta de ar nós nos separamos. Senti minhas bochechas queimarem. Provavelmente à essas horas eu estava da cor do meu cabelo, vermelha.


- Eu.. me desculpe, Karlee! Eu não sei o que me deu pra te beijar.-- Justin tentou se explicar um tanto atrapalhado

- Tudo... tudo bem. Érr, é melhor nós voltarmos para casa agora. Já tá ficando tarde. Nossas mães vão ficar preocupadas.

- Você tá certa. Vamos?

- Claro.


 Forçei um sorriso e nós andamos até o carro de Justin. O caminho de volta foi silencioso. Será que ele não sentiu... nada enquanto me beijava? Ah meu Deus, será que eu não beijo bem? Por que ele não me contou então? Eu sou tão baranga assim que ninguém quer me beijar? Ok, eu estou sendo uma completa idiota por estar pensando essas merdas. Mas é que eu tenho medo dele achar que eu sou uma oferecida depois desse beijo. Afugentei meus pensamentos e então me dei conta de que já estávamos em casa. Tirei o cinto de segurança e olhei para fora.

- Eu vou entrar em casa. Thau!-- Falei apresssada e desci do carro


[...]


Eu ainda estava em estado de choque total. Como eu tive coragem de beijar o Justin? udo bem que eu já disse umas quinhentas vezes que estou apaixonada por ele e talz. Mais sei lá... eu ainda não acredito no que fiz. Volteiminha atenção para o meu notebook que estava em cima da minha cama, à minha frente. tweetei : 


@KarleeBrooks Eu. Não. Acredito. No Que. Eu. Fiz. OMG!

Fic o  logout e deixei meu notebook de lado. Me deitei na minha cama e ''cruzei''  as pernas, enquanto fitava o teto. 

Justin.

Justin.

Justin.


Meu pensamento se resumia apenas em uma única palavra. Ou melhor, em uma única pessoa. Eu nunca havia imaginado que se apaixonar seria tão complicado. Realmente, eu estou confusa com esse negócio de amor. Meu celular vibrou em cima do criado mudo. Olhei no viso e li o que estava escrito ali: ''Você tem uma nova mensagem de Justin''. Meu coração disparou e eu logo começei a ler a mensagem:


''Olha, me desculpe por hoje. Foi um erro ok? E como somos humanos cometemos erros. Espero que não esteja brava comigo. Afinal, foi só um beijo. Nada mais que isso. JB''

Um erro? Ele acha que foi um erro? Que merda! Então pra ele aquilo tudo foi só um beijo? Uma porcaria de um beijo? Um erro! Aquele beijo não foi um erro porcaria nenhuma. Pelo menos não pra mim. Digitei a resposta com uma certa raicva e enviei:


''Não precisa se desculpar.. Erros acontece, não é mesmo? Então, esqueçamos do que aconteceu. Já que é isso que você quer. Agora me deixe dormir. Eu tô com sono.  Karlee''

Bufei irritada abafando um grito no travesseiro. Meu celular vibrou novamente, era a resposta de Justin:


''Tá.  Dormir? Mais são seis da tarde! JB.''

Respondi:

''É, Justin. Dormir! D-O-R-M-I-R. Esqueçeu o que essa palavra significa? Foda-se se são seis da tarde. Eu vou dormir, ok? Agora me deixe em paz.   Karlee.''

Enviei a mensagem e desliguei o celular. Corri até a janela do meu quarto e fechei a cortina. ''Foi Um erro''. Ele que engula o erro então.