Vida De Monstro - Livro Um - O Começo escrita por Mateus Kamui


Capítulo 3
III - Will




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III - Will

Depois que vi Amy se trocando não consegui me concentrar mais, eu fechei a cortina de uma vez e me joguei do beliche, a culpa não foi minha de eu ter visto ela se trocando, eu não sabia que o quarto dela era na frente do meu e quem que se troca com as cortinas abertas, essas garotas humanas são muito amostradas para mim, prefiro as garotas representadas nos livros da renascença, jovens cultas que se preservavam para o casamento e não ficavam se trocando na luz do dia com as cortinas abertas para qualquer um pobre desavisado como eu as visse por acidente.

Mas a roupa intima dela ate que era bonitinha, um sutiã e uma calcinha de mesma cor e com umas costuras bem singulares que se adequavam perfeitamente as curvas do corpo dela que cá entre nos era bem definido pra não dizer outra coisa, não tinha os seios exageradamente grandes e nem pequenos, mas também era maiores que os medianos, o tamanho perfeito, tinha as coxas bem largas e uma cintura também de diâmetro muito bom, uma barriga quase tanquinho , mas com algumas gordurinhas que eu particularmente gostava porque qual a graça de namorar uma garota seca, mulher tem é que ter carne veio, não em excesso claro.

Caramba eu tenho de parar com isso, to parecendo um pervertido pensando esse tipo de coisa, estava indo contra tudo a que fui ensinado e criado, mas eu não tenho culpa dela ter o corpo e o rosto perfeito, caramba eu tenho que medir minhas palavras e pensamentos, eu estou a cada segundo me apaixonando ainda mais por essa garota, e a pior parte disso é que ela é uma caçadora humana a pior espécie de gente que existe, e foi logo por essa que eu fui me apaixonar, a raça que eu já havia prometido varias vezes que iria destruir agora me presenteava com uma deusa, o mundo realmente é muito irônico, ou muito filha da puta mesmo.

Eu havia sido treinado desde criança para ser um lorde, fui ensinado as artes dos demônios, as mais diversas línguas entre os monstros, mas também fui ensinado a matar, desde que dei meu primeiro passo já aprendia meu primeiro golpe, eu fui criado para ser um assassino frio e cruel e um líder prestativo, cobrador e sem limites, um ser que no lugar do coração tivesse uma faca de gelo afiada o suficiente para matar todos que chegassem perto dela, mas aquela garota me fazia ir contra tudo isso, ela fazia meu gélido coração bater mais forte do que nunca bateu, eu tinha que esquecê-la o mais rápido possível então aos poucos me debrucei sobre o beliche e não conseguindo me aquietar fui ler mais um livro, um livro que meu pai disse que seria necessário um dia na minha vida, Kama Sutra, ate então eu não tinha a mínima idéia do que o livro abordava, mas ao começar a ler percebi o quanto meu pai era um sacana e um... não posso nem dizer, os humanos realmente não tinham o que fazer para escreverem um livro daquele e eu ainda o li depois de presenciar a cena anterior e isso não ajudava muito a me esquecer de Amy.

Eu então desisti de ler e comecei a escutar rock, tudo estava ótimo ate que começou a tocar Nickelback, outra musica que não ajuda a esquecer de uma garota, então depois disso tudo eu resolvi sair um pouco, vesti somente a calça que já estava vestindo, coloquei uma blusa preta e minhas botas e depois uma caixa com pastilhas de menta e sai do quarto.

Eu andei pela academia, eu queria saber antecipadamente como era o local em que iria estudar, eu andei pelos dormitórios e estava indo para o colégio quando senti um cheiro familiar vindo de lá, Amy, por algum motivo meu corpo se mexeu instantaneamente para lá, quanto mais próximo eu chegava mais forte o cheiro ficava e eu identifiquei outro cheiro, vampiro, mas por sorte era um de baixo nível, mas nem por isso desacelerei, a cada segundo eu só corria mais rápido na direção de Amy.

Eu cheguei lá a tempo de salvá-la do vampiro, eu não vou perder tempo falando como isso aconteceu, simplesmente não me orgulho de matar um ser tão fraco e inútil quanto aquele, mas o que veio depois merece minhas palavras.

Eu fiquei sozinho com Amy na calada da noite, só eu e ela sozinhos no meio da floresta que havia nas redondezas da academia, ela totalmente vulnerável, eu poderia tê-la da maneira que eu quisesse naquele momento então sem nem perceber eu já estava andando na direção dela e a pegando pela cintura pra mim.

Mas por sorte antes que eu fizesse o maior erro da minha vida o tal do Michael apareceu e atrapalhou tudo, depois disso tive uma irritante e rápida conversa que Amy terminou empurrando seu irmão para fora dali, eu não reclamei disso, mas uma dor tomou conta do meu coração, como se parte dele estivesse sendo levado junto dela, minha vontade era de correr ate ela, mas me controlei e andei de volta para o dormitório dos monstros.

Meu coração doía enquanto eu me deitava na cama e tentava dormir, mas o vazio no meu coração não me deixou dormir a noite e quando percebi o sol entrava aos poucos pela janela do meu quarto e eu me levantei aos poucos e instintivamente fui em direção da janela e abri a cortina de uma vez.

A cortina do outro lado estava fechada, a cortina do quarto de Amy, eu realmente não sabia o que esperava quando abre a cortina, só tinha o quarto de Amy do outro lado, no que isso ajudaria com meu vazio no coração? O que eu esperava que tivesse no quarto dela de tão especial? Eu não queria assumir, mas bem lá no fundo eu esperava vê-la, aquele jeito, aquele cabelo, aqueles lábios, aqueles olhos, eu esperava que como ela tinha levado consigo meu coração ela o trouxesse de volta; o que diabos eu to pensando? Aquela garota humana maldita não tem nada demais, ela só é um protótipo de caçadora inútil e nada mais, nada mais.

Eu troquei minha blusa pelo uniforme da academia, coloquei uma calça nova, jeans preta como a de antes, mas sem a corrente, no lugar de uma corrente haviam duas do lado direito, vesti uma jaqueta de couro com um desenho nas costas e um kanji japonês, Akuma se me lembro a pronuncia, significava demônio, alem disso o desenho era de um oni japonês segurando uma espada, os onis eram bem poderosos, já havia enfrentado alguns e eles foram adversários a altura, mas aquilo já havia sido a quase quarenta anos, agora eu estava ainda mais poderoso do que antes, depois recoloquei minhas botas e sai em direção da academia, primeiro dia de aula, eba! (que droga)

Eu fui andando lentamente pelo corredor, monstros corriam de um lado para o outro, alguns usando suas verdadeiras formas e outros não, sai do dormitório e andei pelo caminho que ia em direção ao colégio, humanos sentados nos bancos e embaixo de arvores conversavam calmamente enquanto monstros andavam por eles sedentos por arrancar a cabeça deles ou devorá-los e os coitados humanos sem nem perceber.

Quando percebi já estava de frente para a academia, ela parecia maior de dia do que estava ontem a noite, eu olhei para o topo da academia e vi o diretor na janela me fitando, eu reconhecia aquele olhar de algum lugar, mas não me lembrava da onde então continuei a andar para dentro da academia, vários alunos já estavam lá dentro, na sua maioria humanos, mas alguns monstros já corriam pelos corredores, a maioria deles vestidos como bad boys e playboys entre eles estava o vampiro do galpão, eu não me lembrava do nome dele, ele e os vampiros que estavam do lado dele me olharam e aos poucos andaram na minha direção, todos do grupo de vampiros andavam com roupas de marca e anéis azuis na mão:

–Ola de novo – falou o vampiro – você deve se lembrar de mim é claro, o grande Drake

–A claro o pateta imbecil lá do galpão – pessoas riram no corredor, monstros e humanos, mas Drake não riu

–Muito engraçado panaca – Drake avançou na minha direção, mas eu simplesmente me mexi para o lado e seu soco passou direto

–Olé! – gritou algum humano no corredor e os outros começaram a rir, eu já estava vendo a hora do vampiro mostrar suas garras em público

–Malditos! Ninguém ri de mim

Drake avançou na direção dos humanos, eu o interceptei na metade do caminho com minha velocidade superior e o acertei um chute no estomago que o fez recuar um pouco, ele me fitava com raiva e seus olhos brilhavam indicando que ele usaria algum de seus poderes, mas antes dele usar uma mão foi em direção do seu ombro e Drake se virou:

–O que querem? – grunhiu Drake

Segurando no seu ombro estava Michael e do lado dele estava Amy, linda como sempre mesmo usando o uniforme do colégio:

–Não é bom fazer isso em publico – falou Michael – a não ser que queira arcar com as conseqüências – eu não podia ler mentes, mas sabia que Michael queria que ele arcasse – então o que me diz?

Drake grunhiu e saiu a passos largos dali acompanhado dos outros vampiros, ele me mandou um olhar como se dissesse “isso ainda não acabou”, mas não me importei e dando de costas para os caçadores fui em direção a minha sala de aula, ela não era muito distante do local onde ocorrera a briga, a sala devia caber uns sessenta alunos, mas no momento só haviam eu e mais doze, entre eles apenas três monstros que estavam no fundo da sala no canto esquerdo tentando fugir do sol que entrava pelas janelas da direita, eu então me sentei na ultima cadeira do lado da janela.

A luz do sol da manha batia direto na minha cara, mas aquilo me fazia me sentir bem, o calor do sol era bom para um demônio do fogo como eu; aos poucos pessoas foram entrando na sala, humanos e monstros, sempre em grupos distintos sem a presença mista de humanos e monstros.

Depois de minutos a sala encheu com um total de trinta e nove alunos, dezenove humanos e vinte monstros, provavelmente nos éramos a única sala com o numero de monstros maior que de humanos, o professor entrou em sala, um gordo de óculos fundo de garrafa que cobriam seus olhos castanhos escuros, uma calça social engomada com suspensórios, cabelo preto penteado como se tivesse sido lambido por uma vaca e uma blusa de gola pólo enfiada dentro da calça, realmente de longe o professor mais estiloso do mundo, se você tiver mau gosto.

Ele colocou sua pasta em cima da sua mesa e começou a dar a matéria, geopolítica, eu então peguei meus fones e comecei a escutar evanescense, eu tava com um gosto por musicas melosas e emos muito grande ultimamente, o professor falava alguma coisa quando alguém entrou na sala, Amy, agora a sala era de quarenta alunos, vinte e vinte, nenhuma mais injustiça com relação a raças, eu estava começando a pensar se todas as salas não eram assim:

–Desculpe o atraso senhor Adler – falou Amy se desculpando e indo se sentando na primeira fila da sala e eu vi quando seu rosto enrubesceu quando ela me viu, na primeira fila só ficavam três caras completamente nerds e Amy

Adler continuou a dar sua matéria irritante, depois de um pouco mais de meia hora a aula dele acabou, meu pai fazia questão que eu soubesse geopolítica e outras coisas relacionadas a governo e política humana para me familiarizar melhor com s governantes humanos quando virasse governante, mas eu tava pouco me fudendo para isso.

Depois que a aula do Adler acabou continuei no meu Ipod e não percebi quando Amy chegou em frente a minha carteira:

–O que achou da aula? – ela perguntou

–Intrigante – falei estupidamente, eu não tinha a mínima noção do que o professor tinha falado durante a aula toda

–Eu também achei, geopolítica é melhor do que eu pensava

–Realmente

–O que vai fazer no intervalo?

–Ficar na sala e ouvir música

–A ta – ela falou com o ar de decepção

–Por que a pergunta?

–Nada demais – ela foi voltando para o seu lugar e o outro professor entrou em sala, o professor de física IV, eletricidade e afins, ele se chamava Andre Brito

A aula dele foi mais teórica do que pratica, ele falou de algumas milhares de aplicações da eletricidade, invenções que só temos hoje por culpa da eletricidade e que a raça humana só começou a andar quando a eletricidade foi criada, e ele mencionou algo que mesmo ouvindo rock bem alto me intrigou, um tal de efeito Biefeld-Brown, era a relação mais próxima conhecida entre gravidade e eletricidade e tinha algo a ver com anti-gravidade, a explicação seria complexa demais para eu dizer aqui então se quer saber tem algo chamado internet que você esta usando nesse momento enquanto lê isso.

A partir desse ponto eu desliguei meu Ipod e prestei atenção na aula, tudo de novo e intrigante no mundo eu gostava, mas então o assunto morreu e ele começou a falar do inicio dos aparelhos eletrônicos então voltei a escutar meu Ipod, esse é o único aparelho eletrônico que eu quero saber.

Depois de algumas musicas o sinal bateu, final de mais uma aula e inicio do intervalo, Amy me fitou um pouco e saiu apressada da sala seguida de algumas meninas que percebi que eram amigas dela, mas eu continuei em sala e fiquei ouvindo musica e adormeci.

Eu comecei a sonhar, tinha certeza que aquilo era um sonho, eu estava flutuando no vazio, nenhuma luz, nenhum som, nenhum resquício de vida, apenas o vazio, e então eu escutei quatro rugidos e quatro coisas se materializaram na minha frente, uma chama negra, uma gota de água negra, uma ventania negra e terra negra, eu não entendi aquilo, mas aos poucos as quatro coisas começaram a me rodear e quando iam me cobrir algo as espantou para longe e eu percebi o que, um homem coberto por um manto negro com capuz que cobria seu rosto:

–William – falou o ser sombrio – um dia a humanidade e os monstros enfrentaram um mau tão grande que nada nem ninguém será capaz de pará-lo a não ser que todos que se opõe se unam e você como um futuro lorde terá que unir seu exercito com esses que se opõe, você será aquele que unira as raças que se odeiam e as unificara e marchara com elas para a guerra final do universo entendeu?

–Certo – falei sem entender o que aquilo significava então o sonho mudou

Eu agora estava de frente a uma campina e a lua cheia cobria o local com um brilho mortal, corpos enchiam o local, corpos de lobos gigantes e de pessoas pálidas com presas saindo das bocas, no topo da campina dois seres brigavam em meio aos corpos mortos, um deles parecia um lobisomem com um pouco mais de dois metros e outro era um homem pálido com presas enormes e usava um anel com uma pedra azul, um vampiro.

Os dois lutavam sem parar, o vampiro lançava estacas de gelo, mas o lobisomem as destruía e depois revidava com suas garras mortais, a velocidade do lobisomem era enorme, muito maior que a minha, mas o vampiro alem de veloz e forte usava seu gelo com uma maestria enorme conseguindo lutar de igual para igual com o lobisomem na lua cheia.

A batalha se manteve equilibrada por um bom tempo ate que um barulho foi ecoado pela campina, um ser se materializou ali no meio dos dois combatentes exalando uma aura mortal, ele era não muito mais alto do que eu e estava todo coberto de sombras, ele tinha um par de asas de morcego, garras enormes, uma pelagem negra o cobria e da sua boca brotavam presas enormes, seus olhos eram vermelhos como sangue, literalmente todos vermelho, ele olhou os dois adversários e então depois de mandar um sorriso maligno avançou contra ambos.

E foi ai que eu acordei com uma pancada na minha carteira, eu vi na minha frente o professor de álgebra, um tal de Paulo Sergio, segurando uma régua, se é que aquilo pode ser chamado de régua, ela tinha um metro de comprimento, dava ate para matar alguém com aquilo e eu achava que esse era o objetivo do professor:

–Senhor William – ele falou – o senhor dorme na minha aula e ainda fica falando enquanto dormi sobre lobos e morcegos, isso é um ultraje

Eu havia dormido não só o intervalo como também parte da aula desse professor, caramba o sonho nem parecia ter demorado tanto assim, para mim foram minutos, mas foi quase uma hora de sono:

–Mil desculpas professor, para mostrar minhas desculpas eu estarei disposto a fazer qualquer questão que o senhor me passar

–Ótimo então – falou o professor abrindo um enorme sorriso na cara – venha

Ele me mostrou um problema de uma maneira que só veríamos ano que vem como resolvê-lo, mas por sorte alguns dos livros que li eram de álgebra e eu sabia resolver aquilo facilmente como meu professor percebeu quando resolvi o problema em poucas linhas.

O professor me olhou incrédulo e me mandou me sentar no meu canto, no caminho fitei Amy, ela sorriu para mim e eu não controlei um sorriso, meninas começaram a rir da cena e Amy corou e eu sabia que eu também havia corado, ela com o rosto enrubescido era ainda mais linda do que normalmente.

Eu recoloquei meus fones e continuei a ouvir musica, dessa vez AC/DC e bem alto para o professor perceber, ele não iria mais me importunar mesmo, e assim foi ate o fim de todas as aulas do dia, professores me perturbando e eu jogando na cara deles o quanto eu sabia da droga da matéria.

Eu saia da academia aos poucos e me dirige ate o dormitório quando alguém me parou, os vampiros, eles me cercaram e me mandaram segui-los, e u poderia ter destruído todos eles com um estalar de dedos, mas haviam muitos humanos por ali então eu decidi segui-los por enquanto.

O grupo de vampiros me levou ate a floresta, lá no centro estava apenas Drake e outros dois vampiros me esperando, Drake se levantou no momento em que me viu e andou na minha direção:

–Ola de novo babaca – falou Drake

–Ola merdinha – falei e Drake me olhou bem feio

–Você vai me pagar por hoje mais cedo – ele ia me socar quando me esquivei e seus capangas me cercaram, eles pensavam que por estarem em maior numero tinham a vantagem, imbecis aquilo só aumentava a desvantagem deles

Os vampiros me mostraram suas presas e tentaram me empurrar na direção de Drake, mas eu agarrei um deles e joguei na direção dos outros, eles então avançaram sem pensar na minha direção, ótimo, quando todos entraram no meu raio de ação eu mandei uma lamina de fogo na direção deles, sem nenhum humano por perto eu poderia usar meus poderes livremente.

Os vampiros voaram com as chamas e alguns ate tiveram suas roupas pegando fogo e se desesperaram, mas então eu senti a temperatura diminuir, minha respiração ficar branca e então as chamas se apagaram, eu me virei e vi Drake com as mãos congeladas me fitando, seus olhos azuis brilhavam em um tom sinistro:

–Vamos demônio de merda, me mostre do que suas chamas são capazes

–Se você diz – falei contendo um riso, fazia tempo desde que enfrentei alguém que usava gelo – só não se arrependa depois

–Você que vai se arrepender de cruzar meu caminho

Drake correu na minha direção com suas mãos cobertas de gelo que aos poucos geraram uma espécie de proteção nas mãos de Drake e a proteção tinha pequenas estacas de gelo brotando, eu me esquivei por pouco e suas mãos passaram raspando pelo meu rosto gerando dois pequenos cortes na minha bochecha, eu lambi as pequenas gotas que escorreram das minhas feridas e avancei na direção de Drake.

Ele tentou me atacar com suas garras de gelo antes deu chegar ate ele, mas não parei, pelo contrario, eu avancei com ainda mais força e acertei em cheio as garras de gelo de Drake, ele provavelmente pensou que minha atitude era louca e sem lógica, mas eu tinha um plano que alguém burro como ele jamais perceberia.

Ele provavelmente ficou muito surpreso quando viu meu soco acertando a sua cara de uma vez, ele chegou a voar na direção de uma arvore:

–Como você...

–Como fiz isso? – falei cortando a fala dele – foi bem fácil

Minhas mãos começaram a pegar fogo, labaredas enormes de chamas rubras brotando das minhas mãos:

–Viu, seu gelo não é nada comparado as minhas chamas, eu simplesmente as ativei e derreti seu gelo, mas antes de te acertar eu fiz as chamas sumirem e é só por isso que você esta vivo agora, porque eu tive pena de você

Drake me olhou incrédulo, como se aquilo tivesse sido a pior ofensa da sua vida, eu senti o ar esfriar ainda mais e então o chão ao meu redor congelou e eu aos poucos congelei também, mas não totalmente, somente ate a cintura:

–Ninguém tem pena de mim – gritou Drake com raiva – eu que tenho pena de vocês seus vermes inferiores

–Verme? – eu falei o fitando e meus olhos começaram a assumir um tom carmesim, aquilo só acontecia quando eu ficava com muita raiva mesmo – você me chamou de verme, um protótipo de vampiro como você me chamou de verme!

Aos poucos o gelo derreteu ate não sobrar nada e gelo ao meu redor também derreteu, eu fitei Drake com muita raiva, ninguém me chamava de verme e ficava vivo pra contar a historia, ninguém.

Eu avancei com meus braços cobertos de chamas na direção de Drake e ele na minha direção com suas garras de gelo, mas antes que pudéssemos nos chocar algo voou na minha direção e a única coisa que consegui fazer foi acertar essa coisa, uma bala.

Drake estava com um pequeno rasgo no estomago, nada muito mortal por sorte, enquanto isso todos os outros vampiros estavam parados abrindo caminho para duas pessoas, Michael e Amy:

–Então os monstrinhos de quinta estão fazendo um duelo – falou Michael segurando suas armas, eu sentia o calor dos canos sinalizando que ele fora quem dera o tiro – acho que isso é contra as regras

–Primeiro eu não sou um monstro, sou um demônio – falei fitando Michael, já era a segunda vez que ele me atrapalhava, ta que a primeira vez eu agradeci – e não li regra alguma que dissesse que não podíamos lutar com nossos poderes contanto que estivéssemos longe da presença de humanos

Michael me mandou um olhar raivoso e me apontou suas pistolas, eu ia avançar na direção dele quando Amy ficou entre nós:

–Ele esta certo Michael – falou Amy – contanto que não tenham humanos por perto eles podem lutar sem problemas

Michael grunhiu para Amy e ela o mandou um olhar feio:

–Que se dane – Michael saiu dando as costas para todos nos

Amy me olhou e saiu dali, Drake soltou um grunhido, parecia que o tiro havia sido bem pior do que um simples rasgo, os vampiros correram para ajudá-lo e o carregaram para fora da floresta e eu ainda pude ver seus lábios me dizendo algo, com minha super audição eu escutei o que ele quis dizer “na próxima demônio”, eu não sorri, não estava com saco pra isso, aquele Michael já me atrapalhou demais, ele havia conseguido uma vaga especial na minha lista negra junto daquele vampiro.


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Notas finais do capítulo

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