Os dois foram passando rapidamente. Quando Kathelyn percebeu, estava prestes a voltar para casa no Natal. Ela e Harry haviam se tornado ótimos amigos, e até receberam nota máxima no trabalho de poções. Voldemort estava cada vez mais esnobe, em relação à Kathelyn. Ela era a filhinha preferida, o que deixava Thomas um tanto quanto irritado. Ele estava decidido a se tornar um vilão, como sempre desejou. Mas para isso, precisava muito de uma vítima...

– Ei, Thomas! Nós vamos perder a tia Narcisa, seu besta

Ele levantou os olhos, vendo sua irmã carregar a mala em direção de Narcisa Malfoy. Ele andou em direção da tia, lentamente.

– Olá, tia - Murmurou sem vontade. Sentiu a tia o abraçar, e retribuiu sem humor. Estava completamente imerso nos pensamentos.

Aparataram direto na mansão dos Malfoys. Passariam o natal lá, já que a casa de Bellatrix havia sido destruída por alguns aurores, que tentavam caçá-la. Kathelyn subiu para seu quarto, e levou a mala do irmão com ela. Ele ficou na sala, sentado em uma poltrona, observando a lareira soltar faíscas verdes.

– Olá, Thomas - Ouviu uma voz masculina. Se deparou com Voldemort, parado, o observando. Sentiu o desprezo na voz dele, mas ignorou. Não respondeu nada, apenas seguiu o pai com o olhar. Se sentou no sofá, totalmente a vontade. - Sabe, Thomas... Quando o vi pela primeira vez, você ainda era um bebezinho... Um bebê muito chorão, aliás. Naquele momento, eu pensei que você iria herdar todos meus poderes, e que iria continuar com o meu trabalho

Thomas pigarreou, sentindo-se desconfortável. Mais uma vez, ele ouviria a história de que nunca tinham imaginado de Kathelyn agia certamente como a herdeira de Lord Voldemort e toda aquela baboseira que Thomas pretendia mudar.

– Desculpe senhor, mas eu pretendo ajudar Kathelyn no que for preciso - Falou ríspido

– Senhor? Não me chame de senhor, Thomas. Me chame de Voldemort. Afinal, eu sou seu pai, não sou? Você e Kathelyn tem privilégios que os outros comensais não tem. - Voldemort disse, sarcástico. - Fico feliz que tenha decidido seguir a linhagem de sua família, Thomas. Garanto que não irá se arrepender! Se for um bruxo das trevas realmente bom, terá poder, seguidores e tudo o que desejar.

– Na verdade não. Tem uma coisa que eu não terei. A felicidade! - Thomas disse - Você é feliz, Voldemort? - Pronunciou o nome do pai com desprezo

– Felicidade é algo passageiro, Thomas. E não é algo que combine com a Arte das Trevas

Thomas apenas balançou a cabeça negativamente. Ele se levantou com rapidez, e subiu para o quarto que dividiria com sua irmã. Assim que entrou, Kathelyn notou no mesmo instante o aborrecimento do irmão.

– Está tudo bem? - Ela perguntou sentando-se ao lado de Thomas

– Não, não está nada bem! Eu... Eu...

– Não fala nada, ok? Só faz o que você precisa fazer

Ela disse, entregando a varinha para o irmão. No mesmo momento, passou pela cabeça do garoto torturar a irmã. Mas não podia fazer isso. Era a irmã dele! Se ele for seguir mesmo o caminho das trevas, não poderia fazer isso com a própria irmã, além do mais, não iria ficar nada bem se machucasse a princesinha do papai.

– Com licença, senhores. O Lord Voldemort deseja que a Srta. Kathelyn use esta roupa na hora do jantar, hoje. Ele irá apresentá-lo à seus servos

Uma mulher baixinha, rechonchuda, de cabelos loiros presos num coque mal feito disse. Ela havia colocado um lindo vestido na cama. Era o momento certo para Thomas provar que não era um menininho frouxo. Ele pegou a varinha e apontou para a mulher. Ela se encolheu na parede, sabendo o que vinha em seguida. Thomas não demorou. Murmurou um ‘’Cruccio’‘ e no mesmo instante, a mulher estava se contorcendo de dor. Ele sentia o poder em sua mão, algo que nunca havia sentido. Sentia-se importante. Kathelyn viu a cena, e sorriu de lado. Finalmente o irmão estava honrando o sobrenome! Ela olhou pela primeira vez os olhos do irmão, e eles haviam se tornado vermelhos. Como os olhos de Voldemort. Os gritos da mulher cessaram, e Kathelyn finalmente notou que Thomas havia parado de torturar a pequena empregada. Ela se levantou do chão rapidamente, e correu para fora do quarto berrando. Kathelyn sentou-se ao lado do irmão, e não disse nada, apenas o abraçou. Ela percebeu que seus olhos haviam voltado ao azul normal.

Meia hora depois, Narcisa subiu ao quarto e avisou que Thomas também devia comparecer ao jantar. Seria apresentado formalmente, também. Thomas percebeu, através do sorriso de Narcisa, que havia feito a coisa certa ao torturar aquela gordinha.

– Estou tão orgulhosa de você, Tom! - Kathelyn gritou, passeando de um lado para o outro, segurando seu vestido contra seu corpo - Ai! Imagina que demais será esse jantar. Seremos apresentados aos servos inúteis do papai e... - Thomas a interrompeu

– Papai? - Ele perguntou irônico, gargalhando em seguida. - Voldemort sabe que você está o chamando de papai em suas costas?

– Claro que não, Thomas! Acho que ele me mataria se soubesse... Mas isso não muda o fato de que tornaremos importantes hoje à noite

– Na verdade, se tornamos importantes desde o primeiro dia em Hogwarts, quando a Minerva pronunciou nosso sobrenome

Kathelyn o encarou furioso, mas riu logo em seguida. Ele estava acabando com toda a animação de Kathelyn, e ainda achava graça disso.

– Você é muito besta, Thomas. Muito! - Ela disse, arrumando seu vestido na cama

– Certo. Você recebeu um vestido, e eu? As pessoas se esquecem de mim... - Thomas comentou, frustrado

– Ah! Pare de ser chorão, Tom. Lembra da roupa de Bellatrix lhe deu no nosso aniversário de cinco anos?

– Claro que sim. Era um terno que cabia três Thomas nele! - Ele disse, de braços cruzados

– Então, não acha que ele ficaria bem em você agora?

Thomas assentiu com a cabeça, abrindo sua mala. Retirou de lá um terno, um pouco amassado, mas bonito. Era preto, com riscas de giz acinzentadas. Thomas tomou um banho rápido, e se trocou, enquanto a irmã tomava banho também. Os dois se encararam quando estavam prontos, e murmuraram surpresos.

– Ual! Você está lindo, Tom - Kate disse sorrindo

– Você também está linda, Kate. Está perfeita, na verdade

Receberam um aviso de Narcisa, dizendo que podiam descer. Então os dois desceram de braços dados, com olhares superiores e com o nariz empinado. Todos os Comensais da Morte estavam sentados à uma enorme mesa, e os observavam com admiração.

Roupa de Kathelyn.:

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