Whos That Boy? escrita por Kaah_1


Capítulo 7
06.


Notas iniciais do capítulo

Oi, gatinhas.
Espero de coração que gostem :/
E desculpem pela demora..



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Cheguei em minha casa, vendo a mesma totalmente quieta e vazia. Me dava tristeza ver minha casa daquele jeito. Eu sempre estava sozinha ali. Sempre.

Fui até a sala, colocando minha bolsa sobre o sofá e fitando a televisão desligada. Me lembrei brevemente dos meus sete anos de idade, quando ainda éramos uma boa família. Sem discussões, unidos e felizes.

– Senhorita? – ouvi a voz de uma das minhas empregadas.

– O que foi? – perguntei ríspida, me virando e vendo a moça me olhar pouco assustada.

– Seus pais ligaram e pediram pra avisar que chegaram à noite. Tarde. – ela cruzou os braços.

Suspirei.

– Como sempre.

Passei pela empregada sem ao menos fitá-la ou algo do tipo. Não queria conversa com uma das escravas da mamãe. Subi as escadas correndo, indo até meu quarto. Fui direto para meu closet, procurar uma roupa. Acabei colocando algo extremamente simples, apenas para ficar em casa. Eu não iria sair mesmo e nem receberia visitas pelo visto.

Me joguei na cama, suspirando cansada.

Minha vida era mesmo uma verdadeira merda. Sozinha e praticamente escura. Eu não tinha nada.

Pra começar, acho que de tanto intimidar as pessoas, eu acabei ficando sozinha. Sem amigos. Mas, eu não me importava com isso, nem um pouco. Às vezes achava até bom. Me levantei da cama e fui até em frente ao grande espelho pendurado na parede do meu quarto, me fitando.

Eu era uma garota gorda, feia, sem vida. Eu estava pálida, com aparência cansada, com quilos a mais... Com medo. Medo de ser eu mesma. Era a única coisa que eu tinha. Medo.

E lá estava eu, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como não me canso disso. Sei que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas, dispenso. Acho que no fundo, até gosto dessas coisas. De querer ser forte, de me jogar num rio e me afogar com meus próprios sentimentos obscuros. Mas, eu me recupero. Sempre me recupero. Às vezes é difícil, mas, eu me levanto e dou a volta por cima. Por mais inútil que eu possa ser. Mesmo que precise fingir um sorriso. Mesmo que precise mentir.

Mais uma vez, eu me via ali... Em frente a um espelho, me debatendo o quanto horrível e inútil eu era. Não era só eu que achava isso... Não era somente eu que julgava a si própria. Todos me julgavam, me cobravam e me odiavam.

– Senhorita Lestrange. – ouvi alguém bater de leve na porta do quarto.

– Sim? – me virei, encarando Lilian, a empregada.

– Tem um garoto aí, acho melhor à senhorita atendê-lo. – ela disse formalmente e eu me segurei para não mandá-la se ferrar... Odeio que fiquei me chamando de “senhorita”.

Arrrrrgh!

Saí do quarto revirando os olhos. Desci as escadas rapidamente e logo estava em frente à porta. A abri sem ao menos ver antes quem era ou algo do tipo, estava um pouco irritada hoje. Por tudo. Lideres de torcida, gente chata... Escola é uma droga.

Mas, até que eu gosto, só pra encher as pessoas.

– O QUE ESTA FAZENDO NA MINHA CASA? – gritei tão alto que acho que até quem estivesse na China poderia ter ouvido. Mentira.

Justin a minha frente sorriu sarcástico da minha cara de espanto e eu já ia fechando a porta, mas, ele colocou o pé na frente.

– Calma, malvadinha. – piscou, empurrando a porta com uma das mãos para poder entrar. – Relaxa. Eu vim em paz... Temos que fazer o trabalho. – balançou a mochila em suas mãos.

– Depois vou ter que fazer uma limpeza na minha casa. – bufei, enquanto dava espaço pra ele entrar. – Entra logo antes que eu mude de idéia. – bati os pés, irritada.

Ele riu fraco, enquanto entrava. Parecia observar cada canto da minha enorme casa, e isso por que ele ainda estava em frente à escada, o lustre gigante da mamãe e a entrada pra sala.

– Ah, gostei da blusa... Coisa Selvagem? – apontou pros escritos da blusa que eu vestia. – você deve ser bem selvagem, Chel. – mordeu os lábios, me fazendo bufar.

– Sou mesmo. – cruzei os braços, sorrindo divertida. – Por isso que sou muita areia pro seu caminhãozinho, Stromberg. – arqueei uma das sobrancelhas.

– É o que vamos ver... – me puxou pela cintura, colando meu corpo no seu.

Eu suspirei irritada, enquanto voltava a olhar seus olhos cor de mel e seu sorriso malicioso no rosto.

– Como conseguiu meu endereço? – perguntei.

– Ahn... Maddie. – aproximou um pouco seu rosto.

– Depois eu mato ela. – disse, enquanto o empurrava pelo peito e o fazia cambalear pra trás.

– Vamos fazer o trabalho no seu quarto? – Justin e seu sorriso malicioso mais uma vez.

– Não. Lá fora. – o empurrei.

Ele riu, enquanto ia andando de costas até lá fora.

Peguei minha bolsa que antes estava jogada pelo sofá e depois de atravessarmos a casa toda, chegamos até lá fora, perto da piscina.

Justin ficou parado por um tempo, fitando o local. A minha piscina era realmente grande, era muito bonita aquela área, sério. Mamãe sempre cuidava bem das poucas arvores e arbustos dali e essa coisa toda.

Coloquei minha bolsa em cima da mesa que estava ali, coberta por um guarda-sol e com quatro cadeiras em volta.

Tinha uma “casinha” ali fora, onde era praticamente uma sauna e com uma pequena área na mesma, onde tinha um sofazinho e uma mesinha de vidro.

– Bela casa, Lestrange. – ele se sentou em uma das cadeiras.

– Legal, não é? – ri e logo me sentei ao seu lado.

Justin colocou sua mochila no chão e pegou um caderno e um livro. Eu fiz o mesmo.

– É sobre o que essa porra de trabalho? – perguntei, e ele me fitou com um meio sorriso.

Eu adorava esse sorriso.

OPA, OPA! CHELSEA LESTRANGE. PARE COM ISSO.

– Achei que você soubesse. – ele fez careta.

– Ah não... Vai me dizer que você não sabe? – eu ri. – Você tem merda na cabeça em vez de cérebro, só pode. – bati na mesa.

– Olha quem fala... – murmurou.

– E agora? – o fitei.

– Podemos... Fazer alguma coisa pra passar o tempo. – colocou a mão em minha coxa, a acariciando.

Fitei sua mão por um segundo. Mas, que diabos esse garoto queria?

Acordei, quando senti seus lábios roçarem nos meus e ele morder forte meu lábio inferior, os selando logo em seguida. Respirei fundo, tentando me acalmar para não o lançar longe daqui. Tentei me acalmar para não o atacar na piscina ou o deixar queimando na sauna, se isso for possível.

– O que acha que esta fazendo garoto? – murmurei, enquanto empurrava seu peito e me levantava da cadeira.

Era pra eu ter gritado... Por que não consegui?

– Qual é Chelsea... – ele riu, de um jeito malicioso, talvez. – Nós dois seria divertido. – ergueu os ombros.

Eu odiava aquele garoto.

Mas, diversão... Era algo que eu, Chelsea Lestrange, não abria mão de jeito algum. Acho que a minha frente poderia estar o homem mais canalha e vagabundo do mundo, se ele pedisse diversão, talvez eu concedesse.

Convenhamos que Justin seja bonitinho... E eu queria acabar com ele de alguma forma. Tinha que começar de algum jeito.

Então, que comece assim. Brincando.

Pisquei e suspirei algumas vezes, pensando certo nisso.

Dei um meio sorriso malicioso, enquanto andava em sua direção. Ele pareceu ficar animadinho, fazendo um sorriso maior e de satisfação crescer nos seus lábios. Me sentei no seu colo, baixando minhas mãos pelo seu peito e parando na barra da sua camisa. Tirei a mesma, vendo o abdômen um pouco definido de Justin.

– Hm... Acho que dá pro gasto. – ergui os ombros, rindo.

– Cala boca vadia. – colocou a mão em minha nuca, trazendo bruscamente meu rosto para o seu e juntando nossos lábios em um beijo... Hm... Quente.

Acho que se pode dizer assim.

Seus dedos passavam por minha coxa, subindo e descendo. Apertou de leve a minha bunda enquanto eu cravava minhas unhas em seu ombro.

Passei a língua entre seus lábios, enquanto ele enrolava os dedos em alguns fios do meu cabelo. Abaixei meus lábios para o seu pescoço, dando alguns beijinhos e mordiscando. Ele se curvou pra frente, puxando-me para trás com os cabelos e contornou meus lábios com a língua e adentrou a mesma na minha boca novamente, iniciando um beijo molhado e até que bom.

Ele puxou uma de minhas pernas e eu logo entrelacei as mesmas ao redor da sua cintura. Sentia seus dedos roçarem em minha barriga, enquanto eu, em uma tentativa falha, tentava parar aquele beijo bom e delicioso.

PORRA, eu só posso estar fincando louca. Delicioso? Stromberg? Beijo? What?

Empurrei seu peito, me separando e levantando-me rapidamente.

– O q-que foi? – espera, ele havia gaguejado?

Ninguém me chama de vadia. – ri alto da sua expressão. – vou ligar pra Amber. – mandei beijos pro ar, o vendo parado com cara de taxo e peguei meu celular que estava por cima da mesa.

– Caralho, Chelsea... – o ouvi resmungar.

Não dei bola e disquei os números da nerdzinha tonta da Amber.

Ela atendeu com a voz tremula. Sabia que era eu. Nem ao menos liguei e perguntei a ela sobre o trabalho de química. Ela demorou séculos, mas, explicou e depois implorou para que eu não a fizesse mal. Apenas disse que ia tentar e ri antes de desligar a merda do celular.

Voltei a me sentar ao lado do idiota do Stromberg e ele me fitou com as sobrancelhas erguidas.

– E então? – perguntou depois de um tempo.

– E então que você vai fazer essa merda sozinho. – sorri sarcástica.

– Ta de brincadeira? – riu.

– Não. Você me beijou e isso é um pagamento pra você fazer o trabalho e colocar meu nome. – sorri e apertei uma de suas bochechas. Ele bateu na minha mão. – boa sorte, queridinho. – já ia me levantando, quando o vagabundo segura minha mão.

– Em que serie você ta, Lestrange? Sétima serie? Eu não vou fazer isso. – quase gritou.

– Vai sim. – sorri

– Não. Se você não ajudar vou contar pra todos que nós dois transamos a noite toda. – ele deu um sorriso debochado.

– O QUE? QUE NOJO! – berrei. – Eu nunca transaria com você. – fingi que iria vomitar e ele gargalhou.

– Também havia dito que nunca ficaria comigo e acabou de me beijar. – ele disse divertido. Merda. – Nunca diga Nunca, malvadinha. – foi a vez dele apertar minha bochecha.

– Eu te odeio, Stromberg. – cruzei os braços.

– Ódio correspondido então, Chelsea. – retrucou, rindo mais.

Ficamos uma meia hora em silencio, o que foi estranho.

Mas, depois disso, tive que explicar aquela porcaria pro puto do Justin. Aí que eu não entendo porra nenhuma de química e eu nem sei se ele conseguiu entender alguma coisa. Tive que pegar o notebook pra fazer umas pesquisas idiotas sobre a matéria e essa coisa toda.

Justin tentava me explicar algumas coisas que eu não entendia, o que foi mais estranho ainda. Ele... Explicar? Eu ri disso. Justin era um filho da puta que não fazia idéia do que tava falando. Ao menos, eu acho. Era estranho nos ver conversando, sem discutirmos ou provocarmos uma vez ou outra.

– Entendeu, Lestrange? – perguntou, me tirando dos devaneios.

– Ahn? Entendi? Sim? Hm? Claro! – eu estava quase dormindo, isso sim.

– Puta que pariu, dá pra prestar atenção não? – disse sério.

– É estranho você dando uma de professor de química assim, Stromberg. – eu ri e ele fez uma cara bravinha.

– Posso ser professor de outra coisa se você quiser. – ele riu, enquanto se curvava e dava mais uma mordidinha em meu lábio.

Estremeci por um minuto, mas, voltei à realidade logo.

– Vai se fuder Stromberg. – soquei seu peito, o fazendo ir pra trás. Rindo aparentemente. – Você é um idiota tarado. – cruzei os braços, fazendo cara de nojo.

– E você é minha garota malvadinha. – acariciou minha bochecha com o polegar, me fazendo bufar e bater na sua mão com força.

Impossível.

Esse garoto ama me irritar viu. Que porra.

– Podemos parar com o trabalho por alguns minutos, Chelsea? – perguntou, enquanto se levantava da cadeira.

Caralho, Justin era uma delicia.

Para com isso Chel! F-o-c-o.

– Temos que fazer essa merda, Stromberg... Você sabe e... – foi ai que eu soltei um berro. Justin me pegou no colo, não me deixando terminar de falar. – ME SOLTA OU EU TE MATO JUSTIN. M-A-T-O. – berrei. Ele fez uma careta.

– Cala boca, malvadinha. – ele riu, enquanto corria e em segundos pulava na piscina grande.

Esse menino é um imbecil que não pensa, só pode!

Submergimos, me fazendo quase engolir um litro de água. Quando voltei pra superfície, lhe dei milhões de tapas e socos, mas, ele só ria.

– Ei! Chega! – ele riu, enquanto segurava meus pulsos e me encostava na parede da piscina.

– Seu puto! – gritei, praticamente. – Eu vou matar o professor de química que me dá um trabalho pra fazer com um débil mental que nem você, Stromberg. – puxei minhas mãos, tirando das suas.

Dei um berro de raiva. Aquele garoto precisava de uma lição.

Uma bela lição.

– Você é muito estressadinha. – riu e logo depois selou nossos lábios, o que me deixou irritada.

Em outras circunstâncias, acho que eu o afogaria na piscina. Mas, eu pensei em brincar um pouco com ele.

Então, depois de um enorme tempo pensando, eu retribui o seu beijo. Sentindo sua língua brincar com a minha, dar mordidinhas na mesma, no meu lábio inferior enquanto eu puxava alguns fios do seu cabelo loiro. Sua mão adentrou por dentro da minha blusa, a água estava fria, mas, sua pele em contato com a minha deixava-me calorosa, sei lá se eu posso dizer isso.

Apertou um de meus seios, enquanto era a minha vez de morder seu lábio e arranhar suas costas. Parei minha mão no cós de sua calça, o que talvez o tivesse deixado pouco excitado. E eu ri, enquanto separávamos nossos lábios. Destacou beijos ferventes numa trilha do meu ombro a pescoço, sugando levemente a região, me fazendo arfar vez ou outra.

O empurrei e tentei subir a beira da piscina para sair dali. Senti ele dar um tapa na minha bunda e tentei lhe dar um chute, mas, a única coisa que meu pé acerto, foi o ar.

– Malvada. – ele disse fazendo beicinho.

O fitei, já de pé do lado de fora da piscina. Justin saía da mesma, praticamente andando em minha direção.

– Idiota. – murmurei.

Ele me fitava com o seu típico sorriso malicioso no rosto e mordia os lábios. Acho que a roupa molhada marcava as curvas do meu corpo. E eu ri da sua cara bobona.

– Adora me provocar, Lestrange... – bufou, pendendo a cabeça pra trás.

– Que tal ir se fuder, Stromberg? – o empurrei, o vendo cair de volta na piscina.

Eu ri mais uma vez.

Aquilo... Tudo aquilo, estava começando a ficar patético.

Mas, isso... Era só o começo.

Eu comandava o jogo. Eu tinha as regras. Somente eu brincava ali. Só não sei... Se ele sabia disso.



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Notas finais do capítulo

TA MUITO RUIM AMORES? GOSTARAAMM?? O QUE ACHARAM?? Comentem, ok? E o que acham de uma recomendaçãozinha amores? u.u KK, eu ia ficar happy =[[
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Ah, gente.. Eu vi alguns leitores e tals, dizendo que eu demoro muito pra postar...... Eu PROMETO DE VERDADE, que eu vou começar a escrever mais rápido e não vou mais demorar tanto, ok? PROMETO! Vou tentar :)
Me desculpem por qualquer coisa, e agradeço por todos os reviews;
MUITO OBRIGADO. NHAAAAC :33