[...] E o relógio anuncio a meia noite, Sam e Freddie tinham terminado. Sam correu para sua casa, se trancou em seu quarto, deitou em sua cama e não se levantou... Já havia passado um dia e Sam ainda não havia se movido de sua cama. [...]

Samantha Puckett. Aquela que nunca chora. Aquela que não demostra seus sentimentos. Aquela que é capaz de matar alguém com um só golpe. Não se sabe onde essa Sam está, apenas o que vemos é uma Sam Puckett triste, vazia e solitária. Ninguém nunca imaginaria Sam nesse estado, nem ela mesmo. 

- O que há de errado comigo? - Sam repetia mentalmente inumeras vezes. 

Qualquer um poderia saber o que Sam tinha, mas ela mesmo era incapaz de descobri. Sam Puckett estava com saudade. 
Saudade dos abraços, dos carinhos. Saudade de sentir seus lábios sobre os dele. Fredward Benson. 

Seu coração estava em pedaços... Quebrado, destruído. 

- Por que tudo tinha que ser tão difícil? Por que ela tinha que amar ele? Por que logo ele? - Eram perguntas que não saiam da cabeça de Sam. Mas sinceramente, existe respostas para o amor? Esse sentimento tão lindo e ao mesmo tempo tão cruel?!

Sam foi interrompida de seus devaneios pelo toque de seu celular.

- É ele - ela logo pensou com um pequeno sorriso no rosto.

Pela primeira vez em mais de vinte e quatro horas, Sam se moveu, e com uma velocidade incrível foi até seu celular. Seu pequeno sorriso de desfez quando ela olhou para a tela de seu PearPhone. Não era ele. O nome que se iluminava na tela do celular era "Carly", sua melhor amiga, mas não importava, neste momento poderia ser uma ligação do presidente dos Estados Unidos, se não fosse de Freddie ela não atenderia. Sam deixou seu celular cair de suas mãos e atingir o chão. Nada mais importava nesse momento. Voltou até sua cama e ligou o som em um volume baixo, a música que Sam escolheu foi Wish You Were Here da Avril Lavigne. 

Dizem que quando estamos tristes ouvimos músicas que nos deixam ainda pior, e essa música tinha tudo haver com o momento que Sam estava passando. Não aguentou mais, Sam chorou, chorou como nunca havia chorado em toda sua vida.

[...] What I'd do to have you, Near, near, near, I wish you were here. ♪ | O que eu faria para ter você, Perto, perto, perto, Queria que você estivesse aqui. ♪ 

E assim a música acabou. Sam tinha prestado atenção em todos as palavras da música. Freddie foi o unico que conseguiu atrevessar a parede que estava na frente de uma menina frágio que se importava. Ela queria Freddie ali, com ela, mas isso parecia tão errado, talvez se ela não tivesse o beijado no Lock-In teria sido diferente? Ela estaria sofrendo assim? 

Sam colocou outra música da Avril Lavigne... When You're Gone. Pronto! Sam se acabou em lágrimas mais uma vez. Quem visse essa cena acharia até um tanto patética, Samantha Puckett, ouvindo uma música depressiva e chorando. Definitivamente, essa não era a Puckett que todos conheciam!

[...] I miss you. | Eu sinto sua falta. ♪ 

Quando a música acabou, Sam pareceu sair de um transe.

- Mais que raios eu estou fazendo? - Sam se repreendia

As palavras de Carly no dia do Lock-In se repetiam em sua cabeça - Vá atraz, faça algo! - Sam não poderia ficar em seu quarto chorando, ela tinha que fazer algo. 

Rapidamente Sam trocou sua roupa, colocando qualquer uma, passou as mãos no cabelo dando apenas uma leve arrumada, lavou o rosto e se olhou no espelho, seu estado era deplorável, seus olhos vermelhos e inchados revelava que havia chorado, mas não se importou pegou seu celular que estava caido no chão e correu para o Brushwell. 

Chegando lá, Sam apertava o botão do elevador frenéticamente, em seus olhos havia tristesa, nervoso e ansiedade. 

Finalmente o elevador chegou, Sam e entrou e apertou o botão para o 8° andar, a cada andar que passava seu coração acelerava.

8° andar. O elevador parou e abriu.

Por coincidencia do destino ou sei lá, Freddie estava saindo de seu apartamento, provavelmente indo para o apartamento de Carly, seu estado não era melhor do que o de Sam, parecia ter chorado bastante.

- Freddie... - Sam chamou com um voz baixa, mas da altura para que Fredde escutasse.

- Sam? - Freddia a olhou - Sam ! - Freddie repetiu, parecia que estava prestes a chorar e Sam também.

Samantha Puckett nesse momento correu em direção a Freddie que também estava vindo para seu lado, ela se jogou nos braços de Freddie que segurou com força em sua cintura enquanto Sam entrelaçava os braços em seu pescoço... Os pés de Sam não encostava no chão.

- Eu não posso Freddie, eu... eu não consigo - disse Sam sussurrando no ouvido de Freddie ainda abraçados. 

Sam começou a chorar desesperadamente molhando a camisa de Freddie.

- Calma Sammy... - Freddie disse a colocando no chão e segurando em seu rosto. - Eu estou aqui. - Freddie passou o polegar secando as lágrimas de Sam. - Com você. - Freddie também deixava cair algumas lágrimas.

- Por favor Freddie, não me deixe.     

- Não vou. Tudo isso foi um erro, não deviamos ter terminado. O tempo que passei longe de você... Sam, foram os piores momentos da minha vida. E eu descobri que preciso de você, para sorrir... para viver. Eu te amo. Volta pra mim? - Freddie disse

- Ah, Freddie... É claro que eu volto. Só me promete uma coisa?

- Qualquer coisa, baby - Freddie segurou a cintura de Sam a puxando mais para perto.

- Que nunca mais vai me fazer chorar assim, seu mané. - Sam deu um leve tapinha em seu braço, sorrindo levemente.

- Nunca, nunca, nunca - Freddie falava enquando segurava Sam e rodava no ar...

- Me coloca no chão, Benson! - Sam ria gostosamente

Freddie a colocou no chão ainda a segurando pela cintura, Sam levou sua mão até o pescoço de Freddie. 
Seus lábios nunca foram tão necessários como agora. E finalmente, todo o espaço que havia entre eles acabou.
Seus lábios se tocaram, fazendo uma dança única e sincronizada, um beijo apaixonado e um tanto urgente, Freddie pediu passagem com sua lingua a qual Sam concedeu sem hesitar. Nada mais importava neste momento, tudo que não fosse os lábios de Freddie era insignificante. O ar foi faltando e aos poucos foram cessando o beijo seguido de vários selinhos, Freddie encostou sua testa na de Sam e disse:

- Eu te amo, minha Puckett 

- Eu te amo mais, meu Nerd - e sorriu.

Samantha Puckett e Fredward Benson. Diferentes e opostos. Mas o que isso importa? Eles se amam. E isso basta!

FIM