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Era hoje. Hoje nós iríamos para nossa viajem de fim de ano, para New York. O final de ano se aproximara, por tanto, tínhamos que comemorar de alguma forma.

Peguei minhas malas que estavam na ponta da cama e desci as escadas com cuidado para não cair. Fui arrastando cada uma delas, minha mãe logo chegou para me ajudar. Arrumei novamente minha roupa, e em entrei no carro, enquanto minha mãe arrumava as malas no porta-malas. Agora era, mochila nas costas e pé na estrada! Chegamos à estação de ônibus, onde todos nos receberam com um grande sorriso no rosto, repleto de abraços e muitas conversas sobre o que aconteceria em New York.

- Amanda, sentará com Andressa! – A professora avisava, e as duas logo reviraram os olhos

(...)

- Bruno, sentirá com Logan! – Suspirou, ao perceber que já estava terminando a lista – Mellany sentará com Bianca! – Sorriu, logo nos empurrando para dentro do ônibus

Bianca não trocara uma palavra comigo desde o acontecimento, dede o dia em que eu gritei com ela. Ela bufava descontroladamente, e revirava os olhos em seqüência. Respirei fundo, tentando relaxar em questão a isso, afinal, hoje prometia... Bianca pegou os fones de ouvido, e os colocou nos mesmo, no maior volume, logo se encostando no banco e fechando os olhos, mexendo a boca em seqüência, acompanhando a musica que se passara. Revirei os olhos, peguei um dos fones e puxei com uma força absurda, trincando os dentes.

- EI! – Gritou – Por que fez isso?

- Vamos ficaram assim até quando? Nessa briguinha de criança, isso é muito infantil da nossa parte!

- ERRADO! – Gritou – Infantil foi a sua parte de simplesmente virar as costas e me ignorar! – Cruzou os braços – Deveria se desculpar pelo que fez!

- Me desculpar, pelo que? – Arregalei os olhos – Você que agiu errado em não falar comigo!  - Bufei

- EU? Mas foi você que não me pediu desculpas pelo seu ato! – Diminuiu o tom de voz

- Olha, Bianca, eu admito que agi errado! – Suspirei – Mas qual é, se ficarmos brigadas assim para sempre, nossa amizade de anos vai embora. Tudo o que compartilhamos juntas não vão se passar de memórias tolas, rios, choros, brincadeiras, não vão se passar de momentos que logo serão esquecidos. Pelo menos EU não quero que isso aconteça! – Falei em um tom um tanto dramático, ela logo assentiu logo revirando os olhos

- Eu sou uma idiota! – Riu baixinho

- É... – Falei e ela arregalou os olhos – Você é a minha idiota favorita! – A abracei – Me desculpa? – Fiz carinha de cãozinho

- Claro! – Riu logo depois

(...)

A viajem fora longa, passamos horas dentro de ônibus, rindo, ouvindo musica. Minha relação com Bianca melhorara sem brigas ou desentendimentos. Por sorte, ficamos juntas no mesmo quarto no risort. Arrumei minhas roupas na gaveta, enquanto Bianca fazia o mesmo no outro lado do quarto. Tirei os sapatos e me atirei na cama de solteiro, onde se encontrava um bilhete, pelo qual eu deitei em cima. Logo senti uma fincada em minas costas, voltei meus olhares para o mesmo, logo abri a carta que se encontrava em minhas mãos tremulas causada pelo frio.

- Ei, ei! – Sacudi a mãos, fazendo com que os olhares de Bianca se voltassem para mim e segundos – Escuta só:

Alunos do colégio Los Angeles School, atenção: Ao lerem isso, fiquem cientes de que as 18h45min compareçam ao saguão do risort, e aguardem por mais informações lá mesmo.

Atenciosamente, Rosinéia (diretora)

- Por que será? – Bianca perguntou enquanto guardava uma das blusas na gaveta

- Acho que vão nos dar mais informações em relação a Arvore de Natal! Sobre as combinações! – Falei ainda olhando para o papel

- O que houve? – Perguntou assustada

- Nada não...

- Qual é, fala! É em relação a nossa viajem?! – Sentou ao meu lado, eu assenti com a cabeça

- Tem relação com o Justin! – Suspirei, logo um nó se formou em minha garganta, me fazendo engasgar em algumas palavras, como pronunciar seu nome – Eu queria apenas, não voltar a descobrir meu sentimentos por ele. Mas parece que isso se torna cada vez mais difícil! Ele me persegue, só pode! – Bati com a mão na testa

- Não se junge por causa dele! – Riu – Como disse o sábio: “A dor é inevitável, mas, o sofrimento é opcional” – Me abraçou – Pode contar comigo para tudo, okay? – Logo viu que lágrimas escorriam vagarosamente pelo meu rosto

- Eu nunca senti isso por alguém, ele realmente mexeu comigo, A vida é tão idiota! – Suspirei, deitando de costas

- Errado, o amor é idiota! – Olhou para o relógio – Upa, vamos, temos que nos encontrar com o pessoal! – Se levantou em um pulo certeiro

- Vamos!- Sequei as lágrimas rapidamente, botei os sapatos novamente e desci escada a baixo junto com Bianca

(...)

Surtei ao ver aquela quantidade de gente nos observando descer as escadas, entre elas, Will revirava os olhos enquanto eu conversava com Bianca.

- Sra. Moore, Sra. Srcallet, o que estava escrito no bilhete? 18h45min era para as duas estarem aqui! – A diretora cruzou os braços

- Mas ainda faltam 25 segundos para as 18h45min! – Bianca falou, roubando risos do pessoal

- Sem gracinha, Srcallet! – Gritou, fazendo o silencio cerrar o ambiente - Vou dar as instruções! – Começou a falar, eu, nem dei importância para seu falatório

Apenas fiquei virando a cabeça, observando o que meus colegas faziam enquanto a diretora gastava saliva a toa. Andressa mexia ao celular, e balançava a cabeça no ritmo da musica percorreste. Andrei estava praticamente dormindo. Will me encarava descontroladamente. Bianca era a única que realmente estava prestando atenção no falatório. Senti mão geladas se envolverem em minha cintura, virei e Vitor se encontrava sorrindo.

- Oi! – Sussurrei sorrindo

- Oi! Viajem longa, não? –Sussurrou em resposta

- Muito, cansativa também! – Suspirei

- Fizeram as pazes? – Apontou para Bianca                            

- É, foi difícil no começo, mas eu consegui! – Sacudi rindo

- Não é mesmo Moore?! – A diretora franziu as sobrancelhas  

- Ah! – Me lembrei de que não havia prestado atenção no que a mesma dissera a alternativa era arriscar – Claro, com certeza, esta certíssima! – Fale, retirando um riso pelo nariz de Vitor – Que susto! Pensei que iria me encrencar! – Sussurre voltando meus olhares para Vitor

- Bom, agora que já receberam as devidas exigências, vamos! A próxima parada é o Central Park! Vamos! – Gritou animada, apontando para o ônibus lá fora

- Vamos?! – Vitor fez um sinal com a mão

- Claro!- Ri em seguida, percebendo que Will me observava atentamente

Afoguei minhas angustias nos ombros de Vitor, enquanto íamos ao nosso destino, fiquei o tempo todo com o rosto enterrado em seu casado azul. Passaram-se poucos minutinhos até chegarmos ao Central Park, de onde podíamos ter uma bela vista da árvore de quase 35 metros, repleta de luzinha (ainda desligadas), enfeites, e o mais importante: a estrela de cristal! Wow, realmente, era a cidade pela qual as relações florescem, e as mágoas ficam entaladas em meio a diversos galhos de arvores que se encontravam pelo chão...