Estávamos no topo da colina, quase chegando ao Acampamento.

Eu estava escondida atrás de uma árvore, a adaga em punho. No entanto, minha perna doía muito - malditas feridas envenenadas -, e eu não podia ajudar. Só rezava para que eles não me percebessem ali. Uma menina de sete anos com medo não me parecia uma boa refeição.

Luke estava com Grover alguns metros à frente, tentando desesperadamente comvencer Thalia de alguma coisa - com lágrimas nos olhos. Grover estava quase desacordado

Ela começou a se levantar. Luke a puxou de volta, fazendo-a agachar junto a ele. Seus rostos quase se tocavam. Ele sussurrou algo para ela, que pude entender mesmo estando longe.

"Não vá."

Thalia o ignorou. Sussurou alguma coisa para Grover. Ele fez que não repetidamente com a cabeça e pexou ela pelo braço.

Então, ela fez o que me apavorou mais que os monstros.

Ela puxou a mão de volta, secou as lágrimas do rosto e caminhou em direção á horda de monstros.

"Thalia, não!" Gritei, mas era tarde demais. Ela me olhou por sobre o ombro, e pude ver a determinação em seus olhos azuis. Ela se virou de volta.

Eu não podia assistir aquilo e não podia ajudar. Entendi que era tarde demais. Fechei os olhos.

Foi aí que ouvi um enorme estrondo, e tive certeza de que Thalia se fora.

Mas quando abri os olhos novamente, todos os monstros haviam desaparecido, e só sobrava poeira na rua. Não foi isso que me surpreendeu.

A uns dois ou três metros de onde vi Thalia pela última vez, uma árvore reluzia - um pinheiro.

Quando digo reluzia, realmente quero dizer isso. Ele brilhava com uma luz dourada. O que eu ouvira fora um trovão.

Luke gritou de frustação. Eu só conseguia soluçar.

Minha melhor amiga era uma árvore.