Darkness Embraced escrita por Lumar Lefreve


Capítulo 10
Capítulo 10: Uma surpresa não tão boa.




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– Hugo Narrando –

Era noite quando acordei e não estava no meu habitual closet. Estava numa caverna talvez? Ou em um porão muito mal conservado. O cheio era familiar, mas não me incomodava tanto quanto os meus pés e minhas mãos amarrados em verbena* e álcool. O que fazia doer muito mais.

­_ HUGO! – ouvi Lumar gritar –

_ Lumar? Onde você tá?

_ Eu não sei, estou amarrada ao chão com verbena e álcool. Cara, tá doendo muito. E se amanhecer, estamos ferrados.

_ Eu sei. Vou dar um jeito de tirar a gente daqui. – passei os olhos por todos os cantos daquela sala procurando alguém que não seja um rato.

é bom te ver de novo Hugo – Sáfirah saiu das sombras, eu rolei os olhos... Mas depois de reparar que ela tava mais bonita que antes.

_ eu sabia que estava sentindo o cheiro de puta no ar – sim, depois de 200 anos, aprendi umas ironias com a Lefreve. A vi sorrir maliciosamente.

_ sabe, eu não ficaria cheio de ironias pro meu lado não... Uma de suas crias acabou vindo para meu lado.

_ crias? Lumar não...

_ Não é a patética da Lefreve – ela disse ríspida – querida, entre. – E de uma porta a esquerda, apareceu Dayane, completamente diferente. Ela usava um vestido longo e preto, os cabelos loiros que eram meio cacheados, estavam lisos. Parou ao lado de Sáfirah, ela agia como se fosse do ninho de Sáfirah há anos.

_ mestra, o que faremos com a outra?

_ outra? Dayane o que está acontecendo com você? – perguntei um pouco irritado. Como ela poderia agir dessa forma. Ela não me respondeu apenas me olhou como se eu fosse um verme, então Sáfirah respondeu:

_ mande Bruno torturá-la e depois matá-la – e Dayane saiu da sala sem ao menos olhar pra mim. Lefreve estava em perigo, isso era um fato.

_ NÃO! – gritei – não a machuquem, Sáfirah, seu problema sou eu, deixa a Lumar fora disso...

_ ela só era um meio de eu me aproximar de você – ela passou a mão pelo meu rosto – mas ela é perigosa Campanaro, a treinou bem, a ensinou bem.

_ não a mate Sáfirah, você já me capturou, por que matá-la? – ela gargalhou

_ Hugo, meu bem, eu não sou como Pietro, eu não tenho dó das pessoas, principalmente de pseudo-vampira. Volto amanhã ao anoitecer – ela se aproximou e sussurrou no meu ouvido – durma bem ouvindo os gritos dela. – e saiu da sala. Depois de alguns segundos, ouvi um grito de Lumar.


– Lumar Narrando-

Eu continuava amarrada ao chão, quando ouvi passos andando em minha direção. Levantei os olhos, e pela luz que saía de uma portinhola no teto vi que um homem alto e loiro se aproximava. Ele tinha um sorriso cruel no rosto, o que me fez estremecer. Geralmente, eu não tenho medo, mas eu estava completamente desarmada, e fraca por causa da verbena.

_ até que você é gostosinha – ele falou se aproximando

_ não toca em mim seu merda.

_ a mestra disse que eu não tenho que aturar seus insultos – ele comentou, mas interrompi

_ e você é cria da mestra? Oh dó, ele faz o que a mestra manda... Own, nenenzinho de Sáfirah. Que bonitinho gente. Vê se cresce guri. – ele foi para trás de mim, entranhou suas mãos em meu cabelo e puxou com força, e eu soltei um grito meio rouco. – para seu babaca.

_ quem é o nenenzinho agora hein? – ele se pos a minha frente novamente e tirou dos bolsos uma estaca de madeira, senti o cheiro de verbena e muito álcool. No mesmo segundo em que ele tirou a estaca dos bolsos, ele a cravou na minha barriga, meu Caim, aquilo era álcool ou acido sulfúrico? Doía demais, meu corpo tremeu e eu tentava me soltar pra quebrar o pescoço dele, mas eu só sentia mais dor. Então parei de lutar contra, ele ia me matar de qualquer forma. Quando ele tirou a estaca da minha barriga e me deu um chute no rosto, eu fiquei imóvel, não sentia quase nada. Mas senti ele colocar a estaca na minha barriga em lugares diferentes mais umas três vezes antes de desmaiar.


– Hugo Narrando –

Os gritos da Lumar estavam me dando agonia, ela gritava alto e do nada calou-se. Será que ele a matara? Quando o ouvi sair da sala, eu debati minhas mãos e senti algo frio nelas, quando apalpei para ver o que era, era um pedaço de vidro. O peguei e desamarrei minhas mãos e meus pés. Saí correndo procurando a saída para a sala onde Lumar estava. Quando finalmente achei, ela estava caída no chão – ainda amarrada – e toda ensangüentada, com uma estaca no chão. O cheio de álcool era forte misturado com verbena. Se ela não estivesse morta, estava muito machucada. Aproximei-me e toquei seu braço.

_ Lefreve? Lumar acorda pelo amor de Caim me responde – a sacodi pelos ombros – Lefreve acorda – bati no rosto dela de leve e ela abriu os olhos.

_ c-como se soltou? – resmungou baixo

_ não importa. Vou tirar a gente daqui – peguei o pedaço de vidro e cortei as amarras dos pulsos e dos pés dela. Quando ela se levantou, caiu novamente, mas eu consegui segurá-la. A coloquei sentada no chão, encostada na parede enquanto eu pensava num plano muito bom de sair de lá.

_ ah, Dayane se juntou a Sáfirah – contei logo de uma vez. Eu não sei o que ela fez, mas ela deu um gemido misturado com um grito que me fez virar pra ela imediatamente – quer morrer? Não grita se não a gente tá frito.

_ e se... A gente saísse por ali? – ela apontou fracamente o alçapão acima.

_ seria uma boa se você não estivesse machucada. Já sei! – andei até ela e a segurei pela cintura – se segura – a senti passar o braço pelo meu pescoço e fechar os olhos enquanto eu subia na cadeira. Abri a porta e pulei. A coloquei no chão e fechei a porta novamente – amanhã a gente volta, armados e curados – e saí arrastando ela até em casa.



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Notas finais do capítulo

Verbena: Essas plantas são encontradas na America do Norte, America do Sul e Europa, e são comumente utilizadas como calmante contra o nervosismo, nos distúrbios gastrointestinais relacionados ao estresse, e em síndromes do sono.
A parte legal vem agora: Em algumas lendas ela é usada contra vampiros, misturadas em algum chá para proteção, deixando-a por perto ou até mesmo adicionando-a em óleos para banho. Então, no caso da historia, as cordas estão banhadas em verbena com álcool, o que dará aos dois personagens uma dor insuportável.



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