Meu Melhor Amigo, Minha Alma Gêmea! escrita por JunKya


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Gente... desculpe a demora, tive problemas e fiquei meio distante... Mas já estou de volta, com um capitulo novinho...
Espero que gostem... xD~
Aproveitem....



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/170837/chapter/6

Quando menos notei estávamos numa praça que me parecia familiar... Que lugar é esse? Eu nunca vim aqui, pelo menos não que me lembre.

Olhei para o lado e vi uma garotinha sentada ao lado de seu pai enquanto ele cantava para ela...

-Isso me lembra...

*Flashback*

Eu estava no banco de trás do carro, brincando com minha boneca enquanto meu pai dirigia o carro enquanto cantava uma musica, e batucava no volante. Eu amava tanto a voz do dele, era tão perfeita. Ele poderia ser cantor, mas desistiu de tudo quando conheceu minha mãe.

Eu estava cantando com ele, quando de repente só me lembro de ouvir um barulho alto. Fechei meus olhos com força e em seguida uma forte dor percorreu por todo meu pequeno corpo. Então eu não me lembro de mais nada. Acho que peguei no sono.

Acordei em um lugar que não era o carro do meu pai, muito menos meu quarto, mas pude ouvir minha mãe chorando. Por que ela estava chorando? Abri meus olhos devagar, olhando em volta. Que lugar era esse? Mãe, onde estamos? Por que você esta chorando?

-Oh meu amor! – ela se debruçou sobre meu corpo assim que me viu abrir os olhos. – Eu fiquei com tanto medo de te perder também! – ela chorava muito.

-O que... Aconteceu mamãe? – A olhei assustada.

-Você não se lembra de nada bebe? – Ela distanciou um pouco seu corpo do meu, para que pudesse me olhar. Neguei com a cabeça. Ela respirou fundo, mas antes que pudesse dizer alguma coisa um homem entrou naquele quarto, vestindo uma jaleco branco. Fiquei o olhando, talvez ele soubesse onde eu estava!

-Então parece que nossa pequenina acordou! – ele sorriu e veio em minha direção.

-Onde eu to tio?

-Você esta no hospital! – ele disse calmo, segurando meu braço esquerdo. – Do que você lembra? – Ele me olhou enquanto analisava meus braços e pernas, que por um segundo prenderam minha atenção. Eu estava cheia de roxos e arranhões.

-Eu me lembro de estar cantando com papai no carro... – respondi inocentemente, ouvindo minha mãe voltar a chorar. -... O que aconteceu mamãe?

-Olha pro tio aqui. – ele me chamou a atenção, então testou minha visão e por fim olhou anotou algumas coisas em um papel. – E o que mais você lembra?

-Eu me lembro de um barulho alto... – disse colocando as mãos sobre meus ouvidos ao lembrar do barulho alto. – ae fico tudo preto! – o olhei com uma cara de inocente. Eu tinha apenas 06 anos.

-Minha querida... – Minha mãe me abraçou. -... Papai bateu o carro!

-E por que mamãe ta triste? Cadê o papai?

*Flashback end.*

-Hey, esta tudo bem? – Baro estava na minha frente, segurando meus ombros.

-Hãn? Ah sim estou! – disse balançando a cabeça e então o olhando novamente.

-Você de repente parou e começou a ficar branca...

Aquela garotinha e seu pai me lembraram uma pessoa que fazia muita falta na minha vida. Ele não havia acordado depois do acidente, como eu acordei. Depois de dois dias desmaiada eu acordei, mas meu pai ficou duas semanas em coma profundo, ate que não agüentou mais as dores... Naquelas duas semanas no hospital, foi quando conheci Baro, pelos corredores do hospital.

*Flashback*

-Oi! – um menino, de cabelos castanhos escuros e olhos tão escuros quanto, apareceu na minha frente, enquanto andava pelos corredores do hospital, indo ver meu pai, no meio da noite.

Minha mãe tinha ido para o trabalho e eu fiquei no hospital, com meu pai, só que nos deixaram eu quartos separados. Um dia eu resolvi ir visitar meu pai, já havia ouvido o doutor falando em que quarto ele estava.

-Oi! – Sorri para aquele menino.

-Eu sou o Cha SunWoo... Mas meus amigos me chamam de Baro! – ele sorriu e estendeu a mão. Eu ri achando engraçado por que só via adultos fazerem isso.

 -Eu sou Shin Carolina... Mas meus amigos me chamam de Carol! – eu disse apertando sua mão. – Por que você ta aqui?

-Eu vim visitar um amigo... E você?

-Eu e meu papai batemos o carro... Eu já acordei, mas papai ainda ta dormindo... Eu estou indo lá vê-lo...

-Posso ir junto?

-Claro! – Disse sorrindo e segurando sua mão, o puxando e seguindo o caminho de antes.

Uma semana se passou desde que conheci Baro, mas as pessoas nos olhavam estranhos toda vez que eu estava com Baro.

*Mãe POV*

-Doutor, o que ela esta fazendo? – Perguntei ao doutor após olhar minha menina falando sozinha.

-Deixe-me analisar... – Ele disse indo ate ela. Conversou com ela algumas coisas e então voltou com um rosto meio preocupado. -... A senhora nos permite fazer alguns exames nela?

-O que ela tem?

-Não é nada serio, talvez algumas seqüelas do acidente. Só quero ter certeza...

-Okay, então faça os exames... – concordei com a cabeça, então o doutor se afastou e foi pegar alguns papeis...

Após fazerem vários exames em minha pequena flor, o doutor veio ao meu encontro. Seu rosto não estava mais tão preocupado como antes. Eu estava do lado de minha pequena, tentando-a fazer dormir, sem muito sucesso, quando ele se aproximou.

-Os exames confirmaram... Ela ficou com uma seqüela do acidente... Mas é uma doença bem rara, eu pessoalmente nunca tinha visto, mas afeta somente as crianças.

-Mas o que ela tem? Tem cura?

-Ela tem uma doença parecida com esquizofrenia, mas com outro conceito... Há relatos de pacientes que ficam com essa seqüela desde que nascem ate morrerem, assim como pacientes que a perderam rapidamente. – Ele disse olhando uns papeis – Ela esta vendo uma pessoa em sua mente, que não existe. Ele é ilusão da sua mente. Como eu disse, há pacientes que perdem essa seqüela quando encontra essa pessoa ou uma pessoa relativamente parecida na vida real... Aqueles que nunca a encontram pessoalmente ficam observando-a ate morrer.

-Você esta me dizendo que minha filha vai ter um amigo imaginário pro resto da vida?

-Mais ou menos. Se ela encontrar esse amigo dela, ela poderá passar por um momento difícil ate entender a realidade e ficção da situação... Mas caso não encontre, ela ficaram falando com sua imaginação ate morrer, como se esse seu amigo fosse sua alma gêmea.

Fiquei apavorada. Ele estava dizendo que minha menininha se tornaria uma esquizofrênica?

*Mãe POV end.*

Baro foi se tornando meu melhor amigo desde aquele dia no hospital... Desde então ele esteve sempre presente, aparecendo de repente nos lugares mais inusitados. E estranhamente toda vez que ele aparecia, as pessoas nos olhavam estranhamente...

*Flashback end.*

-HEEEYY... ACORDAA... – Baro ainda estava parado na minha frente. Abanando-me tentando chamar minha atenção. Agora tudo fazia sentido. -... Nunca conheci uma garota tão estranha como você! – ele riu.

-Como assim?

-Abraça estranhos e diz que os conhece... Fala sozinha... Congela no meio da rua e fica pálida por um longo tempo... – Ele sorriu pra mim, colocando as mãos no bolso e me observando.

-Agora tudo faz sentido...

-Tudo o que?

-Por que você não me conhece, mas eu te conheço... Por que eu senti tanto a tua falta e você nem sabe quem eu sou... Você é, de acordo com meu subconsciente, meu melhor amigo...

-Ta legal, agora você ta me assustando... – Ele apontou para um banco próximo a nós. – Vamos ate ali ae você me explica.

Concordei com a cabeça e comecei a explicar pra ele tudo. Desde o dia do acidente, então quando meu subconsciente criou o em minha cabeça, quando minha mãe descobriu a doença, mas nunca me contou, achando que se eu não soubesse seria melhor, passando pelos momentos loucos que ele aparecia de repente, ate então eu finalmente o encontrar pessoalmente...

Algo em mim realmente dizia para que eu parasse de falar toda essa historia. Os olhos de Baro cada vez se arregalavam mais, de vez em quando relaxando para dar alguma risada por alguma situação engraçada que passei com “ele”...

-Então quer dizer que sou sua alma gêmea? – Ele disse dando um sorriso de canto, debochando-me assim que terminei de contar tudo.

-Er... – arregalei meus olhos, rapidamente desviando meu olhar então observando meus tênis, sentindo minhas bochechas arderem. -... Não foi essa intenção...

Ele deu uma risada abafada, se aproximando mais de mim. Senti o toque quente e suave de seus dedos tocarem em meu queixo, fazendo uma leve força, com intenção de que eu o olhasse.

-Mas você acredita em alma gêmea? – ele disse me olhando nos olhos, me fazendo esquecer por alguns segundos onde eu estava.

Naquele momento o mundo parou, mordi meu lábio inferior, por nervosismo. Estávamos mais perto do que eu jamais estive perto de Baro. Ele então começou a aproximar seu rosto do meu, e quando senti sua testa tocar a minha fechei os olhos por reflexo. Respirei fundo, inalando seu perfume, e em seguida roçamos nossos narizes. Pude sentir sua respiração bater em minha boca...

-SUNWOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Um garoto veio correndo em nossa direção. Assustando-nos e fazendo-nos dar um pulo cada um para um lado, se distanciando o máximo que podíamos um do outro. – ATE QUE ENFIM TE ACHEI!!!

-San... SanDeul... Hyung... O que você ta fazendo aqui? – Baro disse tão branco quanto seu cabelo.

-Eita, o que aconteceu contigo? Viu um fantasma? – SanDeul debochou de Baro e em seguida me olhou. – Oi! – Ele sorriu inocentemente, sem esperar por uma resposta virou-se rapidamente para Baro. – Estamos atrasados! VEM! – e então o segurou pelo pulso e o puxou.

-Hyung... Calma... – Baro estava sendo puxado com força pelo seu amigo. – Eu te ligo... – ele disse desesperado me olhando e por fim saiu correndo com seu amigo. Deixando-me ali sem reação.

-Mas você não tem meu numero... – falei, sabendo que ele não ouviria nem se eu gritasse.

Olhei para os lados, não vi ninguém, então me levantei rapidamente e segui meu caminho ate em casa.

Eu estava a caminho de casa, sentada no metro, perdida em pensamentos quando me dei conta... Eu jamais veria Baro em momentos aleatórios novamente. O Baro que eu conhecia não existe mais... E aparentemente o Baro que acabei de conhecer... Well, parece que ele tem amigos muito pentelhos...

Ri com meus próprios pensamentos, então me concentrei na musica que tocava em meu iPod ate chegar minha estação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Entãããooo... Capitulo cheio de Flashbacks e POVs... Mas totalmente explicativo... Espero que não me matem por tal viajem na maionese/mundo da lua/batata... Mas foi graças a esse capitulo que toda a fic se desenrolou! XD~
Eae, o que acharam?!
Vejo vocês no próximo capitulo, e deixem suas reviews! eu fico bem feliz lendo cada uma!!!! XD~
Muito obrigado ao leitores... ate!!!!
Ppyong~~



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Melhor Amigo, Minha Alma Gêmea!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.