Evil In Love escrita por LittleSet


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

primeira parte do treinamento da Leah, eu fiz fraquinho, vou piorar com o tempo...



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Leah não resistiu no começo, ao seguir Scott. No entanto, sua cabeça mudou assim que eles chegaram a uma sala escura nas salas mais altas da construção. O garoto a colocou de frente para uma parede e mandou que ela levantasse os braços.

A loira obedeceu tremendo, e soltou um gemido quando foi presa a grossas e pesadas correntes de aço, que eram no mínimo dois números menores que seu pulso, e a apertavam demais. Megan logo entrou na sala, fechando as portas de ferro pesadas atrás de Scott.

- Eu realmente não gostaria de fazer isso, Leah. – Megan começou, mostrando um chicote longo e preto, enrolado em sua mão. – Porque sabe você é uma pessoa legal, e eu costumo pedir desculpas antes de começar, já que bom... É meu trabalho, e eu não posso simplesmente dizer não.

Megan desenrolou a tira longa de couro e pensou por um momento se deveria fazer aquilo. Parecia tão errado com uma garota que era sua amiga.

No entanto, era seu trabalho. Deixá-la forte e fria era seu trabalho, Leah era seu trabalho de todas as formas possíveis, até emocionalmente.

A morena tirou os pensamentos bondosos de sua mente e lembrou-se de como fora quando ela estava no lugar da loira, ninguém teve piedade dela e as cicatrizes em seu corpo ainda estavam a mostra. Ela girou o chicote no ar e o abaixou com violência nas costas da loira.

Leah endireitou as costas automaticamente, gritando a plenos pulmões pela dor lacerante que sentira tão de repente. Sua blusa havia se rasgado e agora só se via um longo corte em suas costas, que sangrava e deixava sua carne sangrando.

Megan repetiu o movimento e a cada vez Leah gritava mais e mais. Não havia muita coisa que ela podia fazer alem de perder sua voz e chorar copiosamente. A dor era algo que ela nunca conseguira aguentar. Quando a morena acabou, chamou Scott e mandou que ele levasse Leah delicadamente até a enfermaria. Ela não queria aumentar o sofrimento da garota.

A loira já estava desmaiada em um momento como aquele, e não viu o caminho que fez até a enfermaria, onde uma enfermeira a aguardava com uma seringa na mão. A mulher injetou o liquido na veia da garota.

Aquele liquido roxo tão suspeito, era na verdade um composto que agilizava o fechamento dos machucados da loira. Mas com toda a boa ação que esse remédio tinha, vinha à dor consigo. Para que o remédio fizesse efeito, primeiramente o paciente tinha que estar consciente, coisa que Leah estava.

Depois todos os machucados da garota seriam fechados em uma tarde, sim era um milagre. Só que a cada segundo que passasse seria uma dor pessoal para a garota, já que a dor era mental e só ela sentiria.

Era como ser queimada de dentro para fora, e não poder gritar, se debater, chorar ou qualquer coisa que pudesse ao menos dar algum alivio. Por fora, Leah parecia apenas uma garota bonita, com faixas enroladas por seu tórax, mas por dentro ela era uma garota que tentava arrancar os próprios cabelos a fim de criar uma dor pior que aquela, para ao menos poder suportar.

Só que ela não conseguia, ela estava gritando mentalmente, lutando e sofrendo. E a cada segundo que passava ali, Megan sabia que ela estava crescendo dentro daquela organização. Em poucos dias Leah estaria no mesmo patamar da morena, e isso era uma coisa boa para ambas.

Logo ela vai estar pronta, só mais uns 2 ou 3 dias, e ela ficara perfeita. Papai tinha razão, ela é forte demais para não aceitar bem o tratamento. Em alguns dias ela ficara do jeito que Lucius quer, e Sean terá sua vez. E logo depois serei eu... Tenho que encontrá-lo. Não faz sentido eu esperar mais para isso, se não encontrar aquele indiano eu nunca terei sossego. Eu sei que Sean quer ir pelo lado da vingança, ou uma aceitação, como ele queira chamar. Mas no meu mês de férias, eu quero passar longe de armas. Eu preciso me purificar, e Sean que se vire com Leah sem mim. Só Deus sabe o trabalho que ela poderá dar.

*****

Sean continuava sentado na mesma posição naquela poltrona. Ele ouvia os gritos de Leah e por um momento que fosse se sentiu tentado a fazer com que sua irmã parasse e desse alguma paz a garota. Felizmente ele se conteve.

Megan faria um bom trabalho, Sean sabia disso. Ele também conhecia a dor pela qual a loira estava passando, já que ele próprio foi uma das pessoas que experimentou daquele remédio infernal.

O garoto se lembrava de quando tinha sido treinado, seu pai dizia que ele fora o pior aprendiz que eles já tiveram. Só que Lucius não achava isso uma coisa ruim, muito pelo contrario, isso era ótimo. Quando mais difícil de treinar, mais difícil de voltar ao normal. Dizia Lucius com toda a sua autoridade.

Sean se levantou, em algum momento perante os gritos da loira e saiu do prédio. Ele não suportava a dor de cabeça e a voz irritante em sua consciência, que a voz daquela mera garota proporcionava.

O moreno dirigiu para casa e entrou calmamente em seu apartamento. Logo que passou pela sala, notou algo estranho. Malas pretas postadas perto de um dos sofás, Ryan havia voltado.

- Ei cara. – Ryan disse, aparecendo da cozinha.

- Ei, quando você voltou? – perguntou Sean.

- Faz umas duas horas. – o ruivo disse.

Sean percebeu, que o rosto do amigo tinha ganhado mais uma cicatriz, que cortava a sobrancelha esquerda do ruivo e descia pela lateral do rosto.

- Viagem difícil? – perguntou Sean, sentando-se no sofá.

- Não, foi moleza. Só demorou para achar os assassinos, depois foi fácil. – Ryan respondeu, sentando-se ao lado do moreno.

Os dois permaneceram em silêncio, Sean esperaria mais algum tempo para dizer a Ryan o quanto sua irmã havia surtado com sua demora para voltar. Na verdade, ele queria torturá-la um pouco mais fazendo Ryan ficar alguns dias escondido. Mesmo sabendo que Megan o mataria se fizesse isso, seria um bom divertimento.

- E a novata? – o ruivo perguntou frio.

- Esta na primeira fase do treinamento. – o moreno respondeu seco.

Ryan sabia o que Sean tinha, e ele também tinha sido bem informado sobre os acontecimentos na sala de Lucius mais cedo naquele dia. O ruivo não seria bobo de dizer ao seu amigo o que achava, ainda mais correndo o risco de perder sua cabeça fazendo isso. Alem do que, seria divertido ver Sean lutar contra seus próprios fundamentos e sua própria consciência. Não é? 


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Notas finais do capítulo

Eeeeh, o Ryan voltou o/
e ele ta bem gente, nao aconteceu nada com ele... ainda...



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