Há alguns tempos atrás ando recebendo algumas ligações estranhas, estranhas do tipo bem estranham mesmo. Meus pais dizem que meu comportamento está mudando, mas eu não consigo ver diferença alguma, eles devem está ficando loucos. Me levaram ao psicólogo o que me deixou bem irritada fazendo eu quebrar quase a metade da sala de estar;  fiz alguns exames pedidos mas não diagnosticaram absolutamente nada, o que foi estranho para os meus pais. A única coisa que mudou de uns tempos para cá foi que eu passei a gostar de filme de terror, mas é do tipo normal todo mundo gosta de filmes de terror não é?

Eu realmente devo está mudando porque consegui afastar todos os meus amigos, pelo menos os que diziam ser. Não tenho mais nenhum amigo e estou indo para um colégio novo, interno para ser mais exata, semana que vem em outro país. Bom, vocês ainda não sabem quem eu sou, mas só vou dizer o necessário, tirem suas próprias conclusões. Me chamo Vinny e tenho um irmão mais velho que se chama Vinicius, ele sempre foi do tipo galinha e eu o odeio. Tenho 15 anos, tenho 15 desde ano retrasado porque eu não mudei absolutamente nada, não fisicamente, continuo sendo a pequenininha da família, da escola e dos amigos, e risque o grupo “amigos” e “escola”. Fui expulsa do meu antigo colégio semana passada, tinha uma garota que se chama Mel e ela estava-me zuando por algum motivo que eu não dei muita atenção, algumas pessoas da escola tentavam zuar comigo, porém nunca fui do tipo que leva desaforo para casa e há algum tempo isso tinha parado ate que essa garota veio com marra para cima de mim e cara, ela era novata não sabia a merda que estava fazendo. Eu só quebrei o nariz dela com um soco, não sei por que tanto drama e é lógico que, o diretor deu razão a ela, ela era bonita e filha de um grande empresário, uma verdadeira vadia se você quer saber.  Meus pais, eu sempre os amei, não sei por que quer me ver longe agora, eu realmente não entendo, mas se isso os faz feliz eu estou bem.  

 Eu estou caminhando por uma praça a poucas quadras da minha casa. Agora é exatamente 23 horas 47 minutos um pouco estranho para algumas pessoas, mas para mim virou um hábito já que me ajuda a relaxar e a não socar o meu irmão outra vez por iludir uma antiga amiga, uma ex melhor amiga, sabe odeio essa merda de termo ”melhor amiga”, mas continuo gostando dela com se ainda fossemos amigas. Estou passando em frente à casa de um garoto bem bonito da antiga escola, ele se chama Dave mais é uma pena que ele não tenha um pouco de valor, uma prova? Estou em frente à janela do seu quarto e estou percebendo certa movimentação em sua cama e de onde eu estou que é sentada no banco em que me faz sentar de costas para a sua janela, sendo que eu estou virada obviamente, escuto alguns gemidos e parece muito trabalho se você me entendeu.  

Puxa, meu celular está tocando mais uma vez e sem número de novo. Como sempre atendi e o máximo que eu consegui ouvir foi alguns ruídos e nada mais, sei lá sempre tenho a impressão que esse alguém sempre esta por perto. Cansei de ver Dave e a vadia número 1707, é o dia e o mês de hoje, eu nomeio todas as garotas que o Dave transou, não sou nenhuma louca por ele para falar a verdade todas às garotas da escola teve uma queda por ele menos eu, é que ele tentou alguma coisa comigo ano passado, mas eu dei o maior fora do ano e para ele foi o fim já que foi bem no meio da quadra de basquete na frente de toda a escola, sem falar que ele passou o resto do ano todo sendo zuado, tenho que me lembrar de pedir desculpas a ele por isso, ou melhor, não vou pedir desculpas coisa nenhuma isso serve por ter iludido todas as minhas antigas amigas, pois é todas as garotas daquela escola eram vadias se eu continuasse lá não duvidaria de me tornar uma também. Estou voltando para casa e mais uma vez estou sentindo meu corpo formigando, isso sempre acontece... Acontece depois que eu recebo as ligações, que estranho. Cheguei a casa e abri a porta e, acho que coloquei muita força ao fechar porque a fechadura ficou um pouco, vamos dizer que frouxa, não dei muita importância e subi para o meu quarto. Entrei na banheira e peguei uma gilete que tinha escondida no meu armário em baixo dos cremes que a mamãe comprou para mim e que na verdade eu mau uso, fiz um pequeno corte no meu braço e passei a língua só para sentir o gosto, logo mergulhei o braço na banheira e logo passei a toalha de rosto em cima, foi um corte bem pequeno nada profundo. Coloquei um band aid em cima para ninguém reparar e vesti um camisola de seda, tenho uma certa implicância com isso, só durmo com camisolas de seda. Liguei o DVD para assistir um filme de terror, algo normal e logo quando acabou conseguir dormir tranquilamente, como um anjinho ate.

PVO Justin                                                             

- Isso é loucura, uma merda de loucura – estava fora de mim – Voltar para o colégio interno é loucura, mamãe – eu estava gritando com a Sra. Patrícia, minha mãe. 

- Justin, meu filho tente se acalmar. Eu sei o que é melhor para você – falou gritando mais auto que eu

- Foi aquele seu novo namorado babaca, não é? – minha mãe arrumou um namorado há alguns meses e eu não o suporto, brigamos algumas vezes, da ultima vez foi há alguns dias atrás e o deixei de olho roxo e com o impacto do meu soco ele bateu a cabeça na mesinha de centro a fazendo quebrar já que era de vidro e frágil – Aquele filho da puta vai pagar caro por isso.

- Justin Drew cadê a educação que eu te dei – falou gritando e metendo o dedo na minha cara

- Você me ensinou a ser educado e não idiota – falei sentando na cadeira ao lado do sofá

- Eu não me importo mais, não mais Justin. Eu desisto de você, seu pai já desistiu de nós e eu não quero mais saber de nada; você vai voltar para esse colégio nem que eu precise te bater por isso – falou subindo as escadas

Está tudo uma droga desde quando minha mãe arrumou esse novo namorado, Ethan. Desde então eu passei há ficar mais tempo fora de casa, comecei a beber e a ir mau na escola. Eu já não estava mais nem ai, esse cara faz a cabeça da minha mãe, qualquer coisa que ele pedir ela faz tudo, ate me mandar de voltar para o colégio interno. Ouvi uma conversa deles enquanto eu tinha uma garota no quarto, pronta para o que eu quisesse. Eles estavam no quarto, ele falava coisas do tipo para livrar-se de mim e logo depois ouvi gemidos, é a coisa mais óbvia, eles estavam fazendo sexo. Logo senti o ódio me consumir e voltei ate ao meu quarto, e descontei todo no corpo da garota, ela ficou bastante assustada no dia seguinte eu pedi desculpas e na mesma noite nos transamos de novo.

Semana que vem volto para aquela escola, Chaz vem comigo. Mas que merda eu vou fazer lá? A única coisa que me consola é que têm garotas gostosas, eu pelo menos acho que ainda tem gatas lá.

PVO Vinny                                   

Os dias passaram mais rápido do que eu pensei. Vinicius foi me deixar no aeroporto já que eu estava de “mudança” para o Canadá, puxa, eu moro em Londres na Inglaterra precisava tanto eles me mandar para Ottawa em Ontário no Canadá, tão longe, outro país. Ok, não fará diferença alguma ficar me lamentando por toda essa história. Na minha mala estou levando meu DVD portátil e filmes de terror, giletes e tudo o que um ser humano precisa para sobreviver. Vou estudar em Ashbury College que é só para adolescentes, eu era boa na escola só que os professores não me achava à melhor aluna por que eu sempre sabia mais que eles. 

Estou indo na primeira classe, grande coisa, tem um gordo nojento sentado ao meu lado, sabe, nunca fui do tipo que julgava as pessoas mais algumas imploram para julgá-las mau como esse gordo vendo uma revista pornô comendo rosquinhas de chocolate e me sujando além dele. A viajem não demorou muito, pois eu dormi para não ver a cena deplorável.  Peguei um taxi para ir ate o colégio, fui o caminho todo escutando os mesmos ruídos do celular passei a tentar ignorar aquilo que estava me assustando. A aparência do colégio com certeza não deve ser a melhor coisa de lá, tirei todas as malas do carro, sozinha e segui ate o grande portão, 727 ignorei todos que passavam de mim. Tinha uma senhora de cabelos loiros com certo volume, deve ser a diretora, fui ao seu encontro e a mesma deu um enorme sorriso.

- Sou a Sra. Olivia Cox, diretora do Ashbury College. E você deve ser a Sra.Vinny Dixon, estou certa? – falou a senhora me acolhendo com um aberto de mãos

- Estar certa Sra. Cox – sorri

- Aqui está seus horários, número do seu quarto. Neles está seu uniforme e tudo o que precisará. Você terá duas colegas de quarto que conhecerá em breve e em cima da sua cama tem o manual do colégio explicando como tudo funciona entendido? – falou atenciosamente

 - Entendido Sra. Cox. Tenha um bom dia – falei sorrindo e logo sai à procura do quarto 754 de acordo com o papel. Tinha várias pessoas chegando e parecia um colégio não tão formal quanto eu imaginava. Havia algumas garotas que pareciam ser legais falando sobre algum assunto que eu não consegui entender, eu iria pedir alguma informação, pois me parecia que conhecia muito bem o colégio.

- Me desculpem interromper a conversa de vocês, é que eu estou meio perdida aqui. Vocês sabem onde fica o quarto 754? – perguntei e sorri em troca, acho que elas não eram legais, mas foda-se

- Novata? Eh... Siga em frente e no corredor 45 vire à esquerda e logo vai ver várias portas com números e a minha cara escrita “ajudo pessoas desorientadas”– acho que ela estava zuando com a minha cara

- Ôh minha filha, não é porque eu sou novata que eu vá deixar você falar como quiser comigo, beleza? – falei sem paciência

- O que disse? – falou vindo para cima de mim e outra garota entrou na sua frente

- Eu te mostro onde é o seu quarto – falou enquanto me puxava pela mão – Você não sabe nada sobre esse colégio, você não pode falar como quiser com os veteranos – falou soltando a minha mão

- Me dê um bom motivo para deixar qualquer pessoa falar assim comigo? – falei enquanto caminhava pelo grande corredor

- Somos veteranos – disse olhando para mim como “quer um motivo melhor?”

- Você não me conhece – a respondi como “você não sabe o que esta falando”. Logo chegamos ao quarto, ela abriu a porta e me ajudou com as malas. Tinha uma garota sentada na cama chorando.

- Ei, o que aconteceu com você? – perguntei a cutucando com os dois dedos perto do seu pescoço

- Não enche – falou agressiva e eu recuei

- Tudo bem – disse sentando na cama e vi a mesma garota que me trouxe aqui sentada em uma das camas – Ei e você o que ainda faz aqui? – perguntei

- Esse é o eu quarto e por nada ter te ajudado – falou com um sorriso irônico nos lábios

- Me desculpe e obrigada – disse soltando um risinho fraco. Peguei o manual e folhei algumas páginas – Aqui tem muitas regras não é? –falei olhando agora a capa

- É, mas a maioria das regras só está ai por que... Eu não sei os alunos não dão muita bola. Mas ninguém quebrar as mais fortes

- Aaah – falei meio em suspiro e arquei as sobrancelhas – Mas como você se chama? – perguntei, ela parecia uma pessoa legal.

- Holly, Holly Ducce e o seu?

- Vinny Dixon. De onde você é? – perguntei a fim de lhe conhecer melhor

- Sou do Canadá mesmo, Vancouver e você? –

- Sou de Londres, Inglaterra – sorri sem graça por vir de um lugar tão longe

- Uau. Londres... Mas, por que tão longe? – perguntou fazendo uma cara estranha

- Não me pergunte, não sei bem o porquê... Mas é melhor ficar um pouco longe de casa, eu acho. – falei abaixando a cabeça e logo levantando.

Fui ate a garota que ainda se encontrava chorando.

- Acho que é melhor irmos beber um pouco de água você vai se desidratar chorando desse jeito – falei fazendo ela sentar na cama – me conte o que aconteceu para você está nesse estado garota... – sentei de frente a ela, pois sua cama ficava entre a minha e a de Holly.

- Justin Bieber voltou – falou limpando as lágrimas com a palma da mão