Amy andava sobre a superfície arenosa de Áton. Andava sem direção, pois dividiu-se da caçada à tempos. Uma aldeia chamou a atenção dela e sem rodeios ela entrou nesta. As pessoas da vila eram diferentes das que a rosada via cotidianamente, elas possuíam tons próximos ao roxo parecidas com asmodianos, mas sem chifres.

Logo a dançarina avistou uma casa que se destacava não apenas por possuir enfeites arroxeados brilhantes como também por uma multidão de pessoas cercarem-na.

Uma ruiva entrava e saia pela porta principal, à musa curiosa chegou mais perto do local. Ao aproximar-se mais percebeu que a multidão era formada somente pela nobreza. A garota olhou para si própria vendo que sua roupa de Sistina havia se rasgado devido as batalhas que esta enfrentara juntamente de seus amigos, por decorrência disso ela usava sua roupa de dançarina que, por possuir mais decotes que o normal, a fazia aparentar uma plebéia da classe mais baixa, afinal era Àton e ninguém usava uma roupa dessas por lá.

Quase sem perceber fora puxada para o centro da moradia, onde as varias pessoas adentravam e prontamente saiam. A ruiva falava para que entrassem e logo uma garota morena que possuía chifres aparentes entrou pela porta principal. Ouviu-se gritos e mais gritos de lá, quando eles cessaram por fim garota saiu sem possuir mais seus chifres.

A ruiva logo chamou a rosada com certo desprezo e apenas ordenou-a a entrar.

Sem evitar adentrou naquele lugar, aquela simples casa era uma enorme mansão por dentro. Visto que só havia ela dentro da mansão, se sentou em um sofá roxo-azulado.

- Como uma plebéia ousa entrar em minha mansão? – Uma voz masculina ressoou alto pelo lugar.

- Eu não sou uma plebéia... – iniciou Amy já sendo interrompida pelo asmodiano à sua frente.

- Suas roupas estão imundas – afirmou-o reparando nas vestimentas da menina.

- Sim, eu sei, mas sou da alta classe real – afirmou a mesma.

- Você quer brincar comigo, não é? – Ele apenas a ergue pela gargantilha em seu pescoço que ligava-se ao restante da vestimenta.

- Você merece morrer, sabe quem eu sou? Sou o príncipe de uma das famílias mais ricas do submundo – informou-o.

- Eu sou umas das sacerdotisas reais de Sansara, aquela que guarda a essência da luz – informou a menina com as mãos na cintura.

- Já disse para não brincar comigo – informou-o novamente ja começando a enforcar-la pelo cordão.

Amy, que ate então não prestara atenção no garoto que estava à frente, agora olhava-o com sentimento. Um sentimento obscuro... Sua beleza surreal chamara tamanha sua atenção que esta não percebera o fato de estar quase desmaiando devido a falta de ar.

Logo o asmodiano soltou-a pensando que, talvez, esta já estaria morta. Um susto ocorreu a ele ao notar ela se levantando de seu lugar.

- O treino das sacerdotisas nos faz não perder a respiração muito rápido – anunciou ela erguendo-se pesadamente.

- De novo com isso... – resmungou-o.

- Senhor, qual o seu nome? – indagou-a curiosa.

- Para que eu diria? – questionou-o.

- Por favor, como a última palavra – pediu a menina minimamente.

- Meu nome é Dio. – disse ele por fim.

- Hum...Dio... – murmurou ela pensativa.

- Senhor Dio, acho que estou apaixonada. – disse ela notando assim que o sentimento dentro de si tornava-se mais forte. A face da Amy estava incrivelmente calma para a situação.

Dio não entendia o que ela estava fazendo. Ele não entendia aquela humana. Logo um sentimento obscuro cresceu no coração do rapaz, uma coisa impossível de um demônio sentir por uma humana.

Amy apenas depositou delicadamente suas mãos no ombro do rapaz.

- O que você está fazendo... – O sentimento obscuro tomou posse de o rapaz.

A ponto que esse sentimento esclareceu Amy levantava a cabeça, Dio que estava parado começara a se mexer. A face da rosada aproximou-se a ponto de fazer com que o profano se  acalma, ele não entendia o que sentia, e apenas deixou-se envolver por aquele sentimento fazendo assim com que o rosto de ambos se aproximasse e logo ele tomou os lábios da garota em um beijo calmo.

  A escuridão que, antes, possuía o corpo do drakkar fora iluminada pela luz que provinha do interior da menina. A graça que tinha a dançarina iluminou o caminho do demônio. Ele foi totalmente completado pela pureza da garota que possuía junto a si. Após um tempo ambos separaram devido a falta de ar.

  - Senhor Dio... – murmurou a pequena - estou apaixonada por um demônio..

  - Estou... apaixonado por uma... humana... – murmurou-o surpreso por ver o brilho no olhar da pequena a sua frente. Aquele dia passou em um alvoroço mórbido. A rosada sabia que logo teria de partir, mas será que ela realmente desejava ir embora sem o rapaz?

  - Senhor Dio, tenho que ir... – informou-a sentindo uma pontada no coração.

  - Me chame só de Dio – pediu ele - e não vá, por favor. – implorou-o por fim.

  - Tenho que ir! Uma importante missão me aguarda!!

  - Mais o que? – perguntou-o abismado.

  - Derrotar Duel...

  -Duel?

  - Sim!

  - Então teremos que nos despedir... não posso sair dessa cidade sem nenhum motivo, tsc... – a rosada apenas envolveu-o em um abraço que logo teve fim, pois esta retirara-se as pressas dali.

Algumas horas foram o suficientes para que esta encontra-se com a Grand Chase onde alguns membros reclamaram muito devido o atraso da SuperStar.

Ela jamais esqueceria aquele demônio e tampouco ele nunca a esqueceria, não importa o que...

As lutas passaram como um flash para a garota que a cada minuto ansiava a hora de poder reencontrar-se com Dio novamente.

  A caçada fora para as Ruínas de Calnat onde pensavam que iriam encontrar Duel. Amy lutava bravamente quando apareceu um demônio, não era um demônio qualquer era ELE!

Não ouve som algum vindo da parte da menina, mas ainda sim Dio se virou a tempo apenas de vê-la correndo em sua direção.

O profano poderia mentir para todos que estava lá para fechar os portais do submundo, mas esse era só um motivo para sair daquela cidade e ficar com aquela humana dona daquele grande sentimento que não deixaria por nada.

Agora ele encontrara o que procurava afinal era ela a quem ele estava a procurar a tempos. Aquela que ele jamais esquecera. Aquela que o fez sentir algo de novo. Aquela que ele amava. Ela, Amy!

A única dona de seu coração...