- Justin, eu preciso ir, meus pais já devem ter voltado, e a minha vó deve estar meia preocupada, sabe como é né... - disse enquanto acariciava seu rosto.

- Sim eu te entendo, só um minuto que já te pego. - ele disse e pulou do galho onde estávamos sentados.

- Tá... - eu gritei la de cima.

- Ok, agora tchau. - ele disse acendando, sorrindo e se afastando.

- Que??? Nada disso Justin, pode vir me buscar aqui e agora.

- Ah, que linda você brava... Tchau.

- Olha que eu sei pular, ou você acha o que hein? - eu disse sorrindo, e pulei do tal galho, acontece que eu acabei caindo de ''mal jeito'' e me ralei um poquinho...

- Samantha!!! Você está bem? Não acredito que eu fiz isso... - Justin disse enquanto se aproximava de mim.

- Fez? Mas você não fez nada, eu é que fui louca de me jogar... - disse pensativa.

- É, mas acontece que se eu tivesse te buscado isso não teria acontececido... Quer saber vem cá. - ele me pegou no colo.

- Eu estou bem Jus... Sério.

- Não importa. - ele disse e em seguida me colocou sentada no banco do passageiro.

- Obrigada. - respondi sorrindo.

- Não tem porque me agradecer... - ele disse enquanto olhava meu pequeno machucado no braço.

- Isso dói? - ele perguntou.

- Não, quase nada, está tudo bem...

- Ok... Me desculpe. - encostamos nossos lábios e ele acariciava minha nuca, o que me deixou arrepiada, e envolvia a minha cintura graciosamente.

- Gosto quando você fica assim...

- Ah, é dá pra perceber você vive me arrepiando. - respondi sorrindo.

- Ok, vamos pra casa da sua avó antes que ela fique brava...

Chegamos na casa da minha avó, e parecia estar tudo completamente escuro.

- Quer eu eu chame ela pra você? - ele perguntou.

- Não Jus, está tudo bem... É melhor eu entrar.

- Nada disso, primeiro vai anotar meu número em seu celular, e eu vou fazer o mesmo, me passe o seu. - ele meio que ordenou, então fizemos a troca de telefones...

- Quero que saia comigo amanhã, ok? - ele perguntou sorrindo.

- Claro que saio.

- Mas será um pouco diferente, pois quero que você conheça minha mãe amanhã, poderiamos almoçar juntos eu sei lá...

- Tudo bem, vamos sim. - eu disse e o beijei.

Sai do carro e entrei em casa, ele só deu a partida quando já pode me avistar lá dentro.

Subi as escadas bem devagar, entrei no quarto onde eu dormia, e tomei um banho rápido para não acordar ninguém...  Quando sai do banho vi que o visor do meu celular estava aceso, só quando me aproximei pude ver que era um sms do Justin... E nele dizia assim:

 ''Oi, a quanto tempo não é mesmo? rs, só queria dizer que pra mim essa foi uma das melhores noites de toda a minha vida, você me fez sentir coisas que a tempos eu não sentia... Enfim, boa noite shawty''

Quando li aquilo, automáticamente abriu-se um sorriso imenso nos meus lábios, ao lado dele eu me sentia segura, me sentia feliz... Ele tem um beijo quente, envolvente, e o seu perfume é tão doce e viciante,  acho que eu estou hipnotizada por aqueles olhos, aquele sorriso... Eu não podia negar, estava completamente apaixonada... Minutos depois eu me deitei, fiquei relembrando tudo o que tinha acontecido, e acabei pegando no sono. Acordei no dia seguinte, escovei os dentes, arrumei meu cabelo, e troquei de roupa, desci e meus pais estavam fazendo as malas

- Mãe, pai, pra que essas malas? - perguntei confusa.
- Bom querida, foi só um susto, sua vó vai continuar com os medicamentos corretamente, e sua mãe e eu vamos para casa. - disse meu pai fechando o zíper de sua mala.
- Como assim, você e a mãe? E eu? Vou ficar aqui? - perguntei apressada.
- Você.... Bom, o que vamos fazer com ela Steve? - minha mãe perguntou e sorriu.
- FALEM DE UMA VEZ! - respondi e cruzei s braços.
- Ok, amanhã você vai para Los Angeles, a Mandy e o Peter já estão no hotel de lá esperando por você. - meu pai respondeu e sorriu.
- O QUE? ESTÃO BRINCANDO? OMG.  - respondi e começei a correr pela casa, minha avó e meus pais só sabiam rir de mim...

Me sentei no jardim e por algum momento me senti triste, e vocês devem saber o porque, eu iria sair de Stratford, eu não veria mais aquele menino doce que me fez deilirar, eu não poderia mais sentir aquele beijo, nem o calor de seus braços... Eu precisava encontra-lo, ao menos para me despedir, não queria me afastar dele sem ao menos sentir seu beijo pela ultima vez... 

- Sam, Sam, cadê você? - disse meu pai me procurando.
- Aqui pai, respondi e rapidamente enxuguei uma lágrima que escorreu sobre meu rosto.
- Ok querida, já estamos indo sua vó sabe corretamente o seu horário de vôo, e você vai amanhã bem cedo. - ele disse e deu um beijo em minha testa.
- Se cuide... 
- Oh minha filha, muito cuidado, espero que fique bem - minha mãe disse e me abraçou.
- Ok, eu ficarei bem... Obrigada por tudo eu amo vocês e sentirei saudades. - falei.
- Nós também pequena, você vai ficar lá as férias todas... Então cuidado, hein... Cuidado, não quero que fique de conversa com vários meninos, nao quero que vá dormir tarde e... - interrompi as mil e uma palavras do meu pai.
- Tá, tá tá pai se acalme, agora vão haha. - sorri e os abraçei novamente, pude ve-los se afastando de mim, entrei novamente com minha avó e senti que precisava ligar pra Mandy, pro Peter, mas antes de tudo, eu iria atrás do Justin... 
- Vovó, posso dar umas voltas por ai? Sabe, pra que eu possa me despedir de Stratford. - perguntei cabisbaixa.
- Vá atrás dele boneca... Diga que essa não será a ultima vez. - ela disse beijou minha testa, sorriu e se afastou.

Eu apenas fiquei observando e sorrindo... Era incrível o quanto os avós são inteligentes, e nos entendem apenas com um olhar, bom pelo menos os meus são assim. Sai andando pelas ruas tentando encontrá-lo, e pensei em mandar uma mensagem para ele me encontrar na mesma praça de sempre... Ele não respondeu, mas alguns minutos depois avisto um garoto de shorts jeans, camisa xadrez vermelha e preta, e um sapato fechado, ele vinha com aqueles cabelos bagunçados ao vento, sorrindo....

- Olá. - ele disse sorrindo e em seguida sentou-se acariciou meu rosto, olhou fundo em meus olhos, e me beijou.

Parecia que ele sentia que tinha algo errado, pois seu beijo era calmo e suave, enquanto meus lábios deslizavam sobre os dele, senti uma lágrima escorrer meus olhos. Rapidamente ele parou nosso beijo.

- Ei, ei... Está chorando? O que fiz? - ele perguntou passando as mãos em meus cabelos e meio confuso.
- Você não fez nada, são outras coisas. - disse tentando sorrir e acariciando seu rosto.
- Mas que coisas? Não gostei de te ver chorando. - ele disse.
- Bom, meus pais foram para casa, e eu vou para Los Angeles amanhã. - disse abaixando a cabeça.
- Ué, mas Los Angeles se não me engano, é a cidade que você queria tanto conhecer não é? - ele perguntou entortando um pouco sua cabeça, e com uma expressão confusa.
- Sim... Mas... eu, eu vou sentir sua falta. - respondi e mais ula lágrima escorreu meus olhos.
Ele simplesmente abaixou a cabeça, e em seguida enxugou minhas lágrimas, me abraçou bem forte e eu me senti tão segura, era uma ótima sensação. De repente começou a chover, e não foi uma chuva fina, e sim grossa, pingos grandes.

- Wow!!!! Que chuva fria! - disse enquanto começava a tremer.
- Calma, aproveite o momento que a chuva passa. ele disse se levantando e me puxando para dançar na chuva.
- Hahaha Jus, só você mesmo. - respondi enquanto ele colava nossos corpos. Ficamos dançando na chuva e rindo dos nossos passos nada bonitos de dança.
- Sabia que um dos meus sonhos é beijar uma garota na chuva? Você aceitaria ser essa garota? - ele disse sorrindo.
- Claro que sim. Será uma honra. Vamos compartilhar os nossos sonhos, pois esse momento também é um dos meus sonhos. - disse sorrindo e me aproximando dele.

Ele foi se aproximando também e encostou seus lábios nos meus, eu pude sentir aquela corrente elétrica percorrer todo o meu corpo novamente e aquela sensação boa de tê-lo junto a mim.

Meu corpo não estava mais gelado, todo o calor do corpo dele tinha se juntado ao meu e estávamos quentes como nunca estivemos antes. Ele acariciava meus cabelos, enquanto envolvia minha cintura e a apertava levemente com uma de suas mãos, enquanto eu passava minha mão direita em sua nuca, enquanto a esquerda acariciava seus braços em volta de mim.

Meu coração começou a acelerar e não conseguia mais voltar ao seu batimento normal. Eu sentia borboletas no estômago e muita emoção. Separamos nossos lábios e ele me deu selinhos.

Abri meus olhos, que se fecharam automaticamente antes, e olhei para seus lindos olhos castanhos, que me observavam atentamente.

Dei um leve suspiro e acariciei seu rosto e seus cabelos enquanto olhava no profundo de seus olhos e ele fazia o mesmo.

- Sabe, eu... Eu te amo Justin. - disse enquanto a chuva escorria nossos rostos.
- Saiba que tenho toda certeza de que também te amo... Você é diferente das outras, você me passa segurança, felicidade, enfim... Você é especial.

Eu o abracei me lembrando novamente que teria de ir embora, o abracei forte, como se quisesse congelar aquele momento para todo o sempre, não queria deixa-lo, não queria fingir que tudo o que aconteceu em tão pouco tempo, não fosse especial. 

- Vem, vamos sair dessa chuva, antes que você fique doente. - ele disse segurando em minha mão, e me levando em direçao ao seu carro.
- Mas Jus, seu carro vai ficar todo molhado. - respondi.
- Não tem problema. - ele disse sorrindo e olhando em meus olhos.

Entramos no carro, ele percebeu que eu estava triste e tentou não tocar no assunto da nossa despedida.

- Tem irmãos? - ele perguntou olhando para baixo.
- Não, infelizmente não... Sou filha única, mas e você? Tem algum? - perguntei sorrindo.
- Sim, dois, Jazmyn e Jaxon, Jazzy tem 3 anos, e Jaxon 1 ano e meio. - ele respondeu.
- Aww, queria conhece-los, alguma foto por ai? - perguntei.
- Sim, acho que sim. - ele disse enquanto procurava algo no porta-luvas. E finalmente retirou uma foto dos pequenos:


- Jazzy é a de rosa, e Jaxon o de amarelo. - ele disse com os olhos brilhando.