Diary Of Me escrita por Allyyyne


Capítulo 1
Capítulo 1




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Diary of me

(Capítulo I)

Passei três anos da minha vida querendo uma coisa. Querendo só uma única coisa. Sair da escola e sair o mais rápido possível, começar uma vida nova, uma vida que me impusesse perante a minha família; uma vida que fizessem as pessoas acreditarem que eu sou a partir daquele momento ‘dona do meu nariz’ e ninguém vai poder meter o bedelho na minha vida glorificante.

E só uma ressalva sobre o colégio que estudei durante 36 meses, 13.140 dias e 315.360 horas, o que você chama de Instituição de Ensino, eu chamo de INFERNO! (vou reservar uma página deste diário para falar... bom, para falar daquele ambiente frustrante).

Ok, não sou tão durona quanto posso parecer. O nome que escolheram para eu carregar como um fardo foi Alice. Meu nome é esse. ALICE. Durante a adolescência, eu fazia a linha rebelde sem causa minhas roupas eram em tons escuros. Eufemismo para não dizer que eram, sempre, impreterivelmente, pretas. Eu não gostava de nada fofo por isso não curtia meu nome. Por que me lembrava “Alice no País das Maravilhas” e isso é completamente fofo! É não é?

Agora, passada aquela fase negra eu gosto do meu nome. Gosto de ouvir alguém me chamar: Aliceeeeeee. Então, eu cheguei ao ano mais esperado o ano em que assinaria minha “lei áurea”. Foi a minha linha de chegada, o meu limite. Em apenas 12 meses eu teria que decidir o meu futuro. Parei para pensar apenas por um segundo, e constatei que sabia quem era a Alice de antes. Mas teria que decidir quem seria a Alice do futuro. Quem eu seria dali em diante?! Na minha tenra infância eu quis ser médica, mas desisti logo porque eu teria que estudar muito, e, sinceramente eu não nasci pra isso. Depois eu quis fazer Turismo, mas logo também desisti, agora por motivos bem mais primitivos simplesmente enjoei. Mais tarde quis fazer Publicidade, mas através de longas pesquisas de campo eu vi que não era minha praia. Logo após pensei em Jornalismo... Mas não, apesar de gostar dessa área sabia que não seria feliz. E enfim, após muitas voltas eu me decidi. ENGENHARIA. Tenho que confessar, relutei muito em aceitar. Ao decorrer de toda minha vida, nunca sequer imaginei em trabalhar com matemática todos os santos dias. Surpreendentemente, eu fui ousada o bastante para tentar. E consegui. Nos primeiros dias de aula eu estava hiper animada, empolgada com tudo! Com os professores, com os novos amigos e com o quê? Com os carinhas. Que, por favor, eu queria que você tivesse a chance de testemunhar o mesmo que eu.  –“Vou tirar o pé da lama “-pensei (olha aí resquícios da Alice antiga, descolada)

Na verdade, eu tinha esperanças de encontrar alguém especial que não tinha encontrado naquele-lugar-você-sabe-onde. E eu sabia que não seria fácil considerando a grande barreira que existia entre mim e a matemática. E não foi, pode ter certeza. A realidade é que mudei muito desde a adolescência até aqui. Eu era baixinha e vivia de cabelo amarrado. Mas quis o destino preparar-me uma peça no meio tinha uma pedra... (tá, não vou recitar o poema de Carlos Drummond de Andrade)

No meio do caminho eu acabei dentro de uma piscina, natação. E deixei de ser aquela baixinha que todos conheceram, meço agora 1,70 de altura e meus cabelos? Estão lisos e esvoaçantes como num comercial de shampoo. Depois da faculdade, conheci muitos caras. Especiais e não tão especiais assim. Tirei o pé da lama. Tive momentos sensuais, se é que você sabe o que são momentos sensuais. Namorei e quase casei. Ainda bem que abri os meus olhos em tempo de me unir a um cara que já tinha 11 filhos. Se eu tivesse descoberto no altar, eu pedido o desquite antes mesmo de sacramentar meu suicídio. Mas amigos são para essas horas. Valeu Briggite!

Mas olhando de cima por todas essas coisas que vivi, eu nunca o esqueci. Ele, sim, era alguém especial. Eu o amava mais... Mais que... Ah, não sei explicar.

Não pense que Christopher era o garoto popular da escola. Christopher era um astro do show business. E eu, essa pessoa que vos fala era completamente, loucamente apaixonada por ele. Sabia que iríamos nos encontrar um dia, sabia que o fenômeno chamado amor iria acontecer e ele com certeza dos seus sentimentos iria pedir-me em casamento na mesma hora, e eu, com certeza dos meus iria aceitar na mesma hora. (tá bom exagerei na poética, não rir, NÃO RIR, qual é?!não é o que disse mas é o que quer dizer).

Briggite, Suzanna, Abigail e James (na real, ele parecia com James Dean) sempre diziam que eu era uma lunática, uma iludida. Como eu queria que eles lessem esse diário.


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Notas finais do capítulo

Dedico essa FANFIC aos meus queridos e eternos amigos:Camilla,Millena,Thaynara e Valbert